Presença da área tecnológica no 67º CEM
29 de agosto de 2025, às 13h22 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O desenvolvimento das 645 cidades de São Paulo esteve em pauta no encontro anual promovido pela Associação Paulista de Municípios (APM). O 67º Congresso Estadual de Municípios (CEM), que ocorreu entre os dias 26 e 28 de agosto, no Mercado Livre Arena Pacaembu, reuniu lideranças da gestão pública de diferentes regiões para tratar de seus desafios e projetos de infraestrutura, mobilidade, habitação, sustentabilidade, saneamento e tantas outras frentes que demandam soluções técnicas.
Presidente do Crea-SP, a engenheira Lígia Mackey esteve no evento na quarta-feira (27/08), junto a representantes do Legislativo e Executivo de todo o Estado, e destacou o objetivo de integrar a iniciativa. “Participamos do CEM porque é aqui que conseguimos nos conectar com os municípios e mostrar a expertise da Engenharia, Agronomia e Geociências. Nossa expectativa é que o poder público reconheça o que o corpo técnico dos cerca de 370 mil profissionais registrados no Conselho tem a oferecer, principalmente quando falamos da resolução de problemas e de políticas públicas”, afirmou.
Vereador em Lavrinhas, o Eng. Adriel Sene comentou que a relação da autarquia com lideranças regionais tem reverberado em mais valorização e projetos. “Cada cidade tem suas questões muito peculiares. Lavrinhas, município pequeno no fundo do Vale do Paraíba, tem características muito diferentes de Cruzeiro, por exemplo, que é uma cidade vizinha pela qual sou inspetor do Crea-SP. Tendo essa participação, conseguimos aproximar governos e abrir oportunidades de parcerias, algumas já em andamento”, falou.
O engenheiro citou um programa de contratação de profissionais para prestação de serviços criado na prefeitura cruzeirense. “Andando juntos, viabilizamos ações essenciais e aumentamos a fiscalização para garantir que a Engenharia esteja sendo executada da melhor maneira”, acrescentou Sene.
Outro profissional registrado que atua na administração pública e visitou o 67º CEM foi o Eng. Bruno Alves, vereador de Santo Antônio do Pinhal, também do Vale do Paraíba. “Precisamos de pessoas comprometidas na gestão pública. Como representante do Legislativo e engenheiro, tenho, talvez, uma responsabilidade ainda maior porque devo levar para a vida pública o conhecimento técnico que adquiri, seja para cobrar o Executivo ou para propor soluções”, pontuou.
Alves tem opinião semelhante à de Sene sobre a necessidade de integração com outros órgãos para intervenções a médio e longo prazo. “Santo Antônio do Pinhal tem sete mil habitantes, então existe uma carência de profissionais. Precisamos percorrer um caminho um pouco mais árduo para buscar parcerias e levar desenvolvimento”, disse.
Habitação social
Tema recorrente no âmbito do Conselho, a habitação social foi tratada em uma interlocução de entidades, exemplificando, em um cenário real, como podem ser feitas as colaborações mencionadas pelos participantes.
“Nos articulamos todos em um mesmo caminho, de bem comum, para que tenhamos habitações seguras, inclusivas e duráveis. Somos complementares nesse processo, trabalhando em conjunto para resolver apenas um dos problemas que a população enfrenta, que é o déficit habitacional”, argumentou o Eng. Roberto Racanicchi, coordenador do Colégio de Instituições de Ensino Superior de São Paulo (CIES-SP), colegiado do Crea-SP, durante o painel ‘Habitação e Desenvolvimento Social: Base para Superar a Pobreza’.
A programação foi compartilhada com representantes das pastas estaduais de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) e de Desenvolvimento Social (SDES), das secretarias municipais de Habitação e de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) da capital paulista, bem como da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), da Vice-Presidência de Habitação da Caixa Econômica Federal e do Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP).
“A política habitacional tem que estar focada nas pessoas, nas famílias, porque as moradias são desenvolvidas para atendê-las”, defendeu Police Neto, subsecretário da SDUH. “O profissional da área tecnológica tem formação e capacidade para entregar projetos economicamente viáveis e que atendam às necessidades dos moradores em cenários de longo prazo. Afinal, aquela moradia é, muitas vezes, um sonho realizado”, concluiu Racanicchi.
Produzido pela CDI Comunicação