Fórum Estadual de Arborização Urbana
20 de junho de 2022, às 13h31 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Exemplos de iniciativas públicas bem-sucedidas e legislação vigente no estado de São Paulo foram alguns dos temas abordados durante o Fórum Estadual de Arborização Urbana do Crea-SP, realizado na Sede Angélica, em 14 de junho. Profissionais da área tecnológica e gestores públicos participaram de programação voltada a debates sobre a importância da presença de responsáveis técnicos à frente de atividades que envolvam projetos, plantios, podas, transplantes, manejos e supressão de árvores.
Representando a vice-presidente no exercício da Presidência do Conselho, Eng. Civ. Lígia Marta Mackey, o diretor administrativo do Crea-SP, Eng. Prod. Mamede Abou Dehn Júnior, destacou, na abertura do evento, que o conteúdo apresentado pode ser replicado nas cidades pelos profissionais da área tecnológica, pois contribui para mais qualidade de vida para a sociedade.
Coordenadora do Comitê Multidisciplinar de Arborização Urbana do Crea-SP, Eng. Agr. Ana Meire Coelho Figueiredo, responsável pela organização do Fórum, comemorou os resultados do trabalho efetivado pelo grupo. “Idealizávamos esse evento desde 2019, mas chegou a pandemia e tivemos que adiar. Neste ano, colhemos diversos frutos desse trabalho, como a fiscalização do Crea-SP no setor de arborização das prefeituras e a concretização desse encontro”, disse.
Superintendente de Fiscalização do Conselho, Eng. Civ. Maria Edith dos Santos, ressaltou que a arborização é uma questão de saúde pública, e, em sua palestra, compartilhou os resultados parciais da fiscalização na área. Ao todo, foram 358 Prefeituras oficiadas pelo Crea-SP, das quais 285 respostas seguem em análise.
“Após o relatório do Comitê, identificamos a necessidade de intensificar a atuação dos agentes fiscais nessas atividades. Prefeituras, empresas prestadoras de serviços de poda e corte de árvores, e concessionárias de energia estiveram no foco da fiscalização”, reforçou a superintendente.
Compuseram a mesa de abertura, ainda, a coordenadora da Câmara Especializada de Agronomia (CEA), Eng. Agr. Adriana Mascarette, e o assessor da presidência do Crea-SP, Daniel Montagnoli Robles.
Projetos de arborização urbana
Além da palestra sobre a fiscalização do Crea-SP focada em arborização urbana, ministrada pela Eng. Civ. Maria Edith dos Santos, a programação trouxe também exemplos de boas práticas para servir de inspiração aos profissionais da área tecnológica.
Estudo de caso do município de Adamantina, sobre compostagem por meio de resíduos oriundos da poda de árvores, foi apresentado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento da cidade, Eng. Amb. João Vitor Marega.
O composto orgânico produzido pela Usina de Compostagem Municipal é distribuído aos produtores rurais de agricultura familiar, que já passaram por treinamentos e estão certificados pela Prefeitura. Na próxima etapa da cadeia agroambiental, os alimentos são vendidos para a gestão municipal no Programa de Aquisição de Alimentos (PAAM). A iniciativa tem apoio da União Europeia, através do projeto EuroClima, e da Energisa.
Para discorrer sobre o funcionamento do Programa Município VerdeAzul (PMVA), do governo do Estado, seu idealizador, o Eng. Agr. José Walter Figueiredo Silva, membro do Comitê Multidisciplinar de Arborização Urbana, tratou sobre a Resolução nº 81/2021 da Secretaria de Infraestrutura do Meio Ambiente (SIMA), que estabelece os procedimentos operacionais e os parâmetros de avaliação da certificação do programa. Além disso, destacou pontos importantes que devem constar em diagnóstico do município para cumprir ao disposto pelo governo.
Figueiredo pontuou que a arborização implantada sem planejamento ou acompanhamento profissional especializado resulta em transtornos, pois interfere nos serviços públicos e precisa ser submetida a manejos inadequados. “A arborização deve ser amparada por estudos tecnocientíficos, projetos, implementação e manutenção de custos compatíveis com o orçamento municipal. Para realizar tais atividades técnicas, é preciso contratar um profissional habilitado pelo Crea-SP, um engenheiro agrônomo ou florestal”, finalizou.
Produzido pela CDI Comunicação