Fiscalização passa pelo Porto de Santos
26 de novembro de 2024, às 12h35 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos
É pelo Porto de Santos que são movimentadas as principais exportações e importações do Brasil. Somente entre janeiro e setembro deste ano, foram 137,4 milhões de toneladas de cargas transportadas via trânsito marítimo pela Baixada Santista. Para que isso aconteça de forma segura, há muito serviço da área tecnológica sendo executado em cada uma das fases do sistema logístico.
Por isso, o Crea-SP está sempre fiscalizando as operações desenvolvidas nos terminais e em todo o polo. Até a sexta-feira (29/11), especialmente, uma força-tarefa acontece em formato presencial e com o apoio da Autoridade Portuária de Santos (APS). Cinco duplas, entre agentes fiscais do Conselho e da APS, percorrem o local para certificar que as atividades técnicas estão sendo desempenhadas com acompanhamento de profissionais habilitados e registrados.
“Passaremos a semana fiscalizando todas as empresas prestadoras de serviços para verificar a existência de responsáveis técnicos. O significado de ter um profissional à frente disso é a segurança no atendimento de todas as demandas que existem aqui”, destacou o vice-presidente do Crea-SP, Eng. Luis Chorilli Neto, durante a abertura da ação integrada que ocorreu na segunda-feira (25/11), no Parque do Valongo, às margens do litoral.
O trabalho prevê cerca de 250 diligências nas mais de 100 empresas listadas pela Autoridade Portuária, em um plano de fiscalização que inclui Engenharia Civil, passando por obras e manutenções de fundações, dragagem, edificações, infraestrutura e programas ambientais; Engenharia Mecânica, em gruas, guindastes, pontes rolantes, embarcações, estruturas metálicas, elevadores, extintores, compressores e outros equipamentos de vasos de pressão; Engenharia Elétrica, com iluminação de emergência e instalação, geração e distribuição de energia; Engenharia Química, devido aos planos e programas de qualidade de ar e de água e ao tratamento de efluente e de resíduos perigosos; e o cumprimento das normas técnicas regulamentadoras, com pedido de apresentação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e do Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB).
“Todo o Porto é um grande exercício de Engenharia. Temos atividades mecânicas, químicas, ambientais. Temos grãos que são transportados, expurgados e avaliados. A manutenção de navios, da infraestrutura de drenagem e muito mais. Estamos aqui para garantir que esses serviços estão sendo executados por profissionais preparados para isso”, esclareceu o gerente da 7ª Região Administrativa do Conselho, Eng. Guilherme Del Nero Fiorellini.
Antes mesmo do trabalho de campo, os agentes fiscais, chefes, gerentes e inspetores do Crea-SP se debruçaram sobre o planejamento da operação. A iniciativa visa otimizar os esforços e obter uma melhor e maior cobertura dos objetos da ação. “A participação da Engenharia nesse complexo do Porto de Santos é essencial. Estamos tratando de uma das maiores operações de logística, que gera R$ 220 bilhões para o país e que movimenta, economicamente, mais de um terço de tudo que é produzido no Brasil”, mencionou o inspetor-chefe da autarquia em Santos, Prof. Dr. Eng. Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo.
“São seis milhões de navios por ano, com cerca de 180 milhões de toneladas transportadas. Os inspetores, que são locais, têm muitas vivências, e é com o olhar em defesa da sociedade que apoiamos a fiscalização com competência e regularidade”, acrescentou Pasqualeto, que também é diretor da Universidade Santa Cecília (UniSanta) no município.
Além de toda a gestão, administração, controle e execução portuária, outros serviços foram contemplados na força-tarefa. “Nosso compromisso é com a segurança e proteção da sociedade. Atuamos em todo o estado de São Paulo e buscamos formas estratégicas de otimizar essa cobertura. Onde tem a área tecnológica, estamos com a estrutura de fiscalização”, pontuou a superintendente de Fiscalização Eng. Maria Edith dos Santos.
A operação passou pelas obras de construção civil municipais e estaduais que ocorrem no entorno do Porto, a exemplo da construção de um boulevard entre o Parque do Valongo e centro histórico de Santos e do atracadouro de balsas. “Estamos há um mês atuando com o levantamento de pessoas físicas e jurídicas presentes na região e, agora, damos andamento na fiscalização para garantir que todos estão trabalhando de forma correta”, detalhou o Eng. Roberto Cozza, chefe de equipe da Unidade de Gestão de Inspetoria (UGI) Santos.
“Temos um Porto novo de 10 anos para cá, é um equipamento de logística vivo que está sempre se modernizando. É muito importante para nós, como Autoridade Portuária, que é essencialmente uma empresa de Engenharia, ter essa participação desde a concepção dos projetos até a fiscalização e entrega das obras”, concluiu o Eng. Ernesto Henriques da Costa Jr., gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da APS.
Produzido pela CDI Comunicação