De Cotia ao Sambódromo
9 de dezembro de 2024, às 12h42 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Na última sexta-feira (6/12), os participantes da 9ª edição do ‘Por dentro do Crea-SP’, programa de Estágio Visita do Conselho, viajaram cerca de 30 quilômetros de distância da capital paulista para conhecer o funcionamento e o papel de uma entidade de classe. A turma foi recebida pelo Eng. Carlos Peterson Tremonte, diretor de Entidades de Classe do Crea-SP e presidente da Associação dos Arquitetos, Engenheiros e Técnicos de Cotia (AETEC).
“Aqui eles verão a prática do Sistema com as entidades de classe, instituições de ensino e demais órgãos, entendendo os fluxos de atendimento e os serviços que as associações oferecem. A partir da experiência de hoje, eles também aprenderão um pouco mais sobre a fiscalização em campo”, contou Tremonte.
O engenheiro preparou uma dinâmica para aguçar a curiosidade e criatividade dos estudantes, recém-formados e colaboradores da autarquia. Primeiro, eles tiveram que se dividir em equipes. Cada grupo recebeu uma caixa de peças e instruções para montar carros de corrida. Alguns minutos depois, eles foram ranqueados em rodadas para uma disputa de velocidade.
O Guarda Luizinho, como ficou conhecido Luiz Gonzaga Leite, policial aposentado que durante as décadas de 1970 e 1980 cuidou do trânsito entre a rua Coronel Xavier de Toledo e a Praça Ramos de Azevedo, um dos cruzamentos mais perigosos de São Paulo na época, bem em frente ao Theatro Municipal, foi o responsável por arbitrar a competição. “Como policial militar, escolhi estar ao lado dos pedestres na minha atuação, para protegê-los. Passavam cerca de um milhão e duzentas mil pessoas diariamente naquelas ruas e ninguém nunca foi atropelado na minha frente. É um cuidado que, quando trabalhamos, precisamos ter”, argumentou.
O objetivo era despertar nos estagiários-visitantes a percepção sobre a presença das profissões da área tecnológica em todos os cenários, e a contribuição das mesmas para a segurança da população. Além disso, a brincadeira indicava o que eles encontrariam horas mais tarde, durante a operação do dia.
Com um palpite certeiro, Fabio Vanderlei Vieira, agente fiscal na Unidade Operacional (UOP) de Socorro, adivinhou o alvo da fiscalização: o Sambódromo do Anhembi, onde aconteceu, pela primeira vez na capital paulista, a abertura da temporada da Fórmula E. “Já sabia da corrida do fim de semana e que é um evento que envolve várias atividades da área tecnológica”, explicou. Sobre participar do Estágio Visita, ele afirmou ser “uma experiência que todos os colaboradores deveriam ter. Estou há 19 anos no Conselho, mas nunca tinha visto uma plenária. É muito importante que todos conheçam mais do Crea-SP”.
Erick Fernando de Aguiar André, formando do campus São Carlos do Centro Universitário Central Paulista (Unicep), foi outro que adivinhou o local da fiscalização. “O que mais temos aqui é Engenharia, com energia renovável; Engenharia Mecânica, nos carros; e Civil, em toda a infraestrutura, que é o meu curso”, disse.
Dos carrinhos de montar para os veículos elétricos da Fórmula E, os participantes puderam observar um pouco de tudo, da pavimentação especial da pista e estruturas de iluminação e som às equipes que trabalham em tempo recorde para auxiliar os pilotos. “Existe toda uma linha de produção. Não é só montar os carros. Agora, com a visão de engenheira, vejo tudo com outros olhos e que há Engenharia pura em todos os lugares”, complementou Amanda Miranda dos Santos, aluna do nono semestre de Engenharia de Produção da UniCesumar de Dracena.
Para Luiz Tarcisio Daidone Filho, recém-formado em Engenharia de Manufatura pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a lembrança dessa vivência será ainda mais marcante. Enquanto percorria os estandes das equipes competidoras, ele conseguiu um autógrafo do piloto brasileiro Lucas di Grassi, que atualmente faz parte da Lola Yamaha ABT, um dos times de Fórmula E presentes no E-prix de São Paulo. “Foi uma surpresa. Gostei muito de acompanhar os bastidores, passando pelo percurso e vendo a manufatura aplicada”, declarou.
Até mesmo quem já conhecia o Crea-SP ficou encantado com tudo que viu. “Já acompanhei duas das três visitas técnicas que a Unilins fez nas obras da Linha 6-Laranja do metrô, mas essa é a primeira vez que faço parte do Estágio Visita e isso me fez perceber que tudo envolve Engenharia”, finalizou Lucas Mateus Silva Antonio, estudante do sexto semestre de Engenharia Civil do Centro Universitário de Lins (Unilins).
Produzido pela CDI Comunicação