Fortalecimento da presença de mulheres no agronegócio. Este é o propósito da Caravana Agromulher, que aconteceu em Piracicaba, no interior paulista, no dia 16/06. Como signatário dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), o Crea-SP esteve presente no encontro para integrar os debates sobre a atuação de profissionais na Engenharia e na Agronomia, visando a promoção da equidade de gênero estipulada como meta no ODS 5.

“É uma honra representar o Crea-SP neste espaço de escuta e troca. Como engenheira agrônoma e vice-presidente do maior conselho de fiscalização profissional da América Latina, me sinto especialmente conectada ao que a iniciativa propõe, que é olhar para o agronegócio brasileiro e para as necessidades das mulheres que atuam no setor”, afirmou a vice-presidente Eng. Agr. Marília Gregolin.

Basta olhar para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para entender o cenário do agronegócio no país. O segmento segue avançando e se destacando na economia como um todo, e, de acordo com os cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), em levantamento realizado em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), pode responder por 29,4% do PIB nacional em 2025. Ou seja, um aumento de 25% em relação a 2024 (23,5%).

“Estamos em um mercado que é muito dinâmico e que precisa de atualização e preparo para ter liderança de impacto”, explicou a Eng. Agr. Vanessa Sabioni, CEO e fundadora do AgroMulher, primeira edutech voltada para o desenvolvimento de carreira e liderança feminina no agronegócio. “Para isso, atuamos em quatro módulos: semear propósito e autoconhecimento; cultivar estratégia e planejamento; florescer diversidade e sustentabilidade; e colher liderança de impacto na prática”, completou.

Thifany Semmler é engenheira agrônoma e também participou do Estágio Visita do Crea-SP, em 2023. Desde então, ela tem buscado outras referências para o seu trabalho. “É extremamente gratificante ver o exemplo. Desde o Estágio Visita que participei, que aconteceu quando a primeira mulher havia sido eleita para presidente no Crea-SP, e hoje estar em um local cheio de outras profissionais que estão na liderança. Isso motiva e faz imaginar onde é possível chegar”, comentou.

“O agro não existe sem a ciência, sem a técnica, sem a inovação de pessoas comprometidas com o desenvolvimento. Esse é o papel do Conselho, como órgão representativo, olhar para as oportunidades e criar caminhos para capacitar pessoas e fomentar a multiplicação desse ideal em todo o ecossistema”, concluiu Marilia.

Produzido pela CDI Comunicação