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Acesso em 15/08/2025 às 01h58.

Crea-SP leva cerca de 3 mil profissionais a campo para transformar cidades

Colégio de Inspetores e Congresso Estadual de Profissionais reúnem lideranças, autoridades e especialistas para discutir soluções para o futuro urbano de SP.

9 de agosto de 2025, às 21h50 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

O Colégio de Inspetores 2025 e o 12º Congresso Estadual de Profissionais (CEP) provaram que a área tecnológica é essencial para traçar estratégias para o futuro das cidades. Os eventos, que começaram ontem (08/08) e continuaram hoje (09/08) no espaço Mercado Pago Hall, no Mercado Livre Arena Pacaembu, colocaram os cerca de três mil profissionais participantes em um exercício de responsabilidade social.

O público foi instigado à missão na noite anterior, quando o vice-governador Felicio Ramuth e o secretário estadual de Governo e Relações Institucionais, engenheiro Gilberto Kassab, ressaltaram, na abertura dos encontros, a importância da integração da gestão pública às áreas técnicas. Isso também foi reforçado pelos presidentes do Crea-SP e do Confea, engenheiros Lígia Mackey e Vinicius Marchese, respectivamente, em especial às Engenharias, Agronomia e Geociências.

A visão prática ocorreu mesmo ao longo da programação deste sábado, com desdobramento em painéis e palestras que trataram dos desafios da reconstrução de territórios após desastres provocados pelas mudanças climáticas, bem como da mobilidade, acessibilidade, governança, segurança hídrica, energia limpa e habitação social, dentre tantos outros temas que compõem a infraestrutura e o planejamento urbano das cidades.

“Um bom gestor público é aquele que ouve, pensa tecnicamente e desenvolve soluções para a sociedade. As políticas públicas dependem de técnica. Então, uma oportunidade como essa, que escuta especialistas para colher ideias e promover iniciativas de desenvolvimento, é o que precisamos para ter resultados”, defendeu o engenheiro agrônomo Diógenes Kassaoka, subsecretário de Abastecimento e Segurança Alimentar, da pasta estadual de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

O mesmo foi observado pelo Eng. Agr. Julio Yoji Takaki, inspetor do Crea-SP em Ribeirão Preto. Ele é servidor público há 25 anos, atualmente na Prefeitura de Guatapará, município da macrorregião ribeirão-pretana, onde atua com suporte aos produtores rurais locais, especialmente médios e pequenos. “É a política pública que nos move. Move o estado e, consequentemente, o país. Tudo é fruto da política pública, e nesses eventos conseguimos captar as informações que precisamos para fazer o nosso trabalho”, afirmou.

Funcionando como fórum de conhecimento e troca de experiências, o Colégio de Inspetores e o CEP se tornaram ainda mais estratégicos por somar a visão de profissionais de modalidades distintas e que estão em atuação em mercados e cenários que variam de acordo com suas regiões. O Eng. Sérgio Reis, da Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de Suzano (AEAAS), por exemplo, experienciou o potencial de integração há alguns anos e segue em busca permanente desse mesmo propósito em tudo o que faz. “Nós, da AEAAS, participamos da atualização da Lei de Uso e Ocupação do Solo em 2019. Nasci, moro e atuo em Suzano e é muito legal trabalhar desta forma, porque estou mudando a minha cidade.”

Cristina Figueiredo, inspetora pela capital paulista, na Comissão Auxiliar de Fiscalização (CAF) da Zona Norte, apontou que o senso de responsabilidade é construído aos poucos e que a inspetoria contribui para isso. “Na CAF, aprendemos que somos os olhos da fiscalização. Isso mudou a minha relação com a profissão. Nos vemos mais próximos do Sistema e do compromisso com a sociedade”, disse a engenheira civil.

Já a Eng. Fatima Vilela, inspetora por Caraguatatuba, espera que os efeitos transcendam gerações. Ela contou que percebeu uma mudança cultural ao longo de seus 40 anos de carreira. “A Engenharia era uma profissão mais masculinizada quando comecei. Tive dificuldade para ingressar no mercado”, disse ao associar a transformação às políticas integrativas. “Ainda temos muito a melhorar, mas já vemos melhorias acontecendo, principalmente ao ter uma presidente mulher na liderança do Crea-SP”, concluiu.

 

Produzido pela CDI Comunicação