Biogás e biometano impulsionam transição energética e economia circular
21 de agosto de 2025, às 10h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Transformar resíduos em energia limpa, reduzir emissões e gerar oportunidades econômicas: esse foi o foco do bloco ‘Explorando as Potencialidades do Mercado de Biogás’, realizado no dia 9 de agosto, durante o Colégio de Inspetores 2025 e o 12º Congresso Estadual de Profissionais (CEP) do Crea-SP, ocorridos no espaço Mercado Pago Hall, no Mercado Livre Arena Pacaembu. A atividade integrou a programação do palco com a temática de Cidades Resilientes, uma das quatro atrações simultâneas oferecidas aos cerca de 3 mil profissionais da área tecnológica que participaram dos encontros.
Mediado pelo engenheiro Wagner Mancini, gerente comercial de Inovação e Novos Negócios na Ecogen Brasil, o painel reuniu diferentes frentes da cadeia produtiva e consumidora de biogás e biometano. Mancini destacou a visão da indústria sobre segurança no fornecimento de recursos, sustentabilidade e descarbonização, citando o caso do biodigestor da Unilever, que produz energia térmica limpa e verde para o setor alimentício. “O biometano é uma porta aberta para descarbonizar a indústria e fortalecer a economia. São Paulo tem condições reais de operar com energia 100% limpa no futuro”, afirmou.
A Eng. Bruna Biazzi, gerente de Novos Negócios na Necta, empresa integrante do Grupo Cosan, ressaltou o biogás como vetor estratégico para a transição energética, com potencial para substituir os combustíveis fósseis. “Quando conseguimos transformar resíduos em energia limpa, unimos sustentabilidade e economia em uma mesma equação de valor”, disse.
Já a Eng. Waleska Kronitzky, consultora da Amplum Biogás, apresentou dados do estudo ‘O Biometano em São Paulo: Potencial e medidas para alavancar a produção’, elaborado em parceria entre entidades e órgãos governamentais. O levantamento detalha a cadeia de valor do biogás e sua logística, além de comparar o desempenho do biometano ao diesel na redução de emissões de poluentes. “O biometano pode reduzir significativamente os gases de efeito estufa, gerar empregos e transformar a gestão de resíduos em oportunidade econômica. Para isso, é fundamental alinhar oferta e demanda de forma inteligente”, defendeu Waleska.
Após as exposições, foi promovida ainda uma roda de conversa que aprofundou os debates sobre as questões de viabilidade econômica, avanços regulatórios e ampliação da infraestrutura necessária para expandir o uso do biogás e do biometano no Brasil.
O diálogo evidenciou como o avanço dessas fontes depende de um ecossistema integrado, capaz de unir inovação tecnológica, investimento privado e políticas públicas consistentes. Mais do que uma alternativa energética, os recursos representam um caminho para fortalecer a economia circular, reduzir impactos ambientais e impulsionar a autonomia do país, passos essenciais para a construção de cidades mais resilientes e sustentáveis.
O assunto também ganhou espaço no videocast ‘Cidades em Transformação’, produzido pelo portal Metrópoles durante o evento. No episódio, a jornalista Brenna Farias conversou com Bruna e o convidado Thiago Roza, gerente comercial de Soluções de Recarga da BYD e integrante do Comitê de Carregadores de Veículos Elétricos do Crea-SP, sobre os desafios da descarbonização no transporte e o papel estratégico das soluções de Engenharia nesse processo. Confira acima.
Produzido pela CDI Comunicação