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Acesso em 21/07/2025 às 12h01.

Área Tecnológica na Mídia – 28/08 a 01/09/2023

Confira as notícias do dia

1 de setembro de 2023, às 11h50 - Tempo de leitura aproximado: 23 minutos

Área Tecnológica na Mídia

 


01/09/2023: Drone com IA / Captura de Carbono / Concreto Insulado / Luz Solar / Captação para Projetos


A inteligência artificial derrotou três pilotos experientes de drones, que também são campeões mundiais no esporte. O algoritmo aprendeu a pilotar o aparelho em uma pista de corrida 3D em velocidades vertiginosas sem cair. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Zurique, o Swift AI venceu 15 das 25 corridas contra campeões mundiais e registrou a volta mais rápida em um percurso onde drones atingem velocidades de 80 km/h (50 mph). Segundo a Época, Swift usou uma técnica chamada aprendizagem por reforço profundo para encontrar os comandos ideais para percorrer o circuito. Um avanço importante é que o Swift pode lidar com desafios do mundo real, como turbulência aerodinâmica, desfoque de câmera e mudanças na iluminação, que podem confundir sistemas que tentam seguir uma trajetória pré-computada. Kaufmann disse que a mesma abordagem poderia ajudar os drones a procurar pessoas em edifícios em chamas ou a realizar inspeções em grandes estruturas, como navios.

 

Um dos métodos que pode ajudar a reduzir os impactos das mudanças climáticas é a chamada captura de carbono. Por isso, um estudo publicado na ACS Central Science apresenta um novo sistema que utiliza uma célula eletroquímica que pode facilmente capturar e liberar CO2. Segundo os pesquisadores, o novo dispositivo opera à temperatura ambiente e requer menos energia do que os sistemas convencionais de captura de carbono à base de amina, explica o Olhar Digital. Na prática, a equipe desenvolveu uma célula eletroquímica que poderia capturar e liberar carbono emitido “balançando” cátions carregados positivamente através de uma amina líquida dissolvida em dimetil sulfóxido. Quando a célula foi descarregada, um forte cátion Lewis interagiu com o ácido carbâmico, liberando CO2 e formando o carbamato amina. O processo poderia ser eletrificado usando células eletroquímicas, e esse sistema poderia ser alimentado por fontes de energia renováveis.

 

O concreto insulado ou concreto inflado é uma inovação na construção civil, destaca Engenharia 360. A técnica mais conhecida é a ‘Binishell’, desenvolvida pelo arquiteto italiano Nicoló Bini na década de 1960, que usa uma bomba de ar pressurizado para moldar as paredes e a cobertura das estruturas de concreto insulado, permitindo a construção de cúpulas e outras formas curvas de maneira eficiente. No processo ‘Binishell’, uma estrutura de concreto armado com telas é construída no nível do solo e, em seguida, é levantada usando uma grande bola inflada com pressão de ar. Isso cria uma cúpula ou forma curva permanente. O concreto é mantido na fôrma até atingir a cura; depois, a bola de ar é desinflada e removida. O processo de ‘Formação Pneumática de Concreto Endurecido (PFHC)’ foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade TU Wien, na Áustria. Nesse processo, similar à técnica ‘Binishell’, uma almofada de ar ― colocada sob uma estrutura de concreto plana ― é inflada para transformar a laje plana em concha curva. O processo envolve regularizar o terreno e a criação de uma base adequada. A membrana de ar é inflada, dando forma à estrutura de concreto. Cabos funcionam como travas, mantendo a tensão e a forma da estrutura. Após a cura do concreto, a câmara de ar é desinflada e removida.

 

O Google lançou três ferramentas de mapeamento com viés ambiental. Utilizando inteligência artificial, imagens aéreas e dados ambientais, a big tech indicou que as novidades vão ajudar empresas e cidades a acelerar a descarbonização, destaca Um Só Planeta. As novidades são atualizações de APIs – conjunto de ferramentas e rotinas que podem ser associados a softwares diversos. O Google atualizou sua API Solar para disponibilizar dados sobre telhados de mais de 320 milhões de edifícios no mundo, para ajudar a estimar melhor o potencial da energia solar. Usando modelos 3D de alta resolução, o Google afirma que a ferramenta calculará quanta luz solar os edifícios podem receber, permitindo que instaladores calculem a economia potencial antes de visitar uma área ou prosseguir com a instalação. Outra API reforçada é a de Qualidade do Ar, pela qual será possível visualizar a poluição do ar por meio de mapas de calor, reunindo dados de estações de monitoramento governamentais, meteorologistas, sensores e satélites, para fornecer um índice universal de qualidade do ar. Também serão usados dados do Google Maps referentes a trânsito e congestionamentos, para compreender o volume de carros em uma área e os níveis de poluentes presentes no ar.

 

A Unicamp assinou 73 convênios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) com empresas em 2022, conferindo à Universidade R$ 249.485.161,05 para estudos, aumento de 244% frente a 2021. A maior parte dos projetos é referente ao setor de energia, petróleo e gás, informa o site da Unicamp. Segundo Ana Frattini, diretora-executiva da Agência Inova Unicamp, o aumento no valor dos convênios de P&D se deve a diversos fatores, desde a expertise da Universidade até os incentivos fiscais e investimento obrigatórios para empresas da área de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), caso do setor de energia, petróleo e gás, que atendeu exigências da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Além das parcerias com empresas, as cooperações se estenderam a outras instituições, como o Centro de Pesquisa em Engenharia em Redes e Serviços Inteligentes, polo de excelência para pesquisas que auxiliem a construção de infraestruturas de computação em nuvem e redes cognitivas orientadas por aprendizado de máquina e inteligência artificial, para impulsionar conectividade 5G e 6G.

 


31/08/2023: Biopelícula Econômica / Aeronave sem Piloto / Totens ‘Conectores’ / Agricultura de Precisão


Agricultores da Cooperativa Fonte de Sabor, de Pombal, no sertão da Paraíba, encontraram uma solução ambientalmente sustentável para conservar frutas e reduziram em até 40% o valor da conta de energia. Eles substituíram o uso do freezer por uma biopelícula capaz de manter a qualidade das frutas sem a necessidade do congelamento, relata o Ecoa. O material, feito de fécula de mandioca misturado à mucilagem — substância gelatinosa — da palma e da babosa, impede que o fruto tenha contato com o meio externo, o que evita que amadureça e apodreça. “Essa mistura é aplicada nos frutos com uma técnica chamada layer by layer, que reduz a respiração do fruto, o que retarda o seu amadurecimento”, explica o coordenador de Pesquisas do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Emmanuel Pereira.  A tecnologia foi criada por meio de uma parceria entre o INSA, a cooperativa Fonte de Sabor e a ONG World Transforming Technologies (WTT). A biopelícula é aplicada nas frutas sensíveis como manga, mamão e goiaba.

 

A Força Aérea dos EUA começou a testar a aeronave experimental sem piloto XQ-58A Valkyrie, operada por inteligência artificial. Basicamente um drone de próxima geração, o veículo é movido por um motor de foguete e tem design furtivo, expõe Época Negócios. A expectativa do Pentágono é que possa se tornar um complemento à sua frota de caças tradicionais, garantindo auxiliares robôs aos pilotos humanos em situações de combate. A missão é usar a IA para identificar e avaliar as ameaças inimigas. O Pentágono tem hoje a menor e mais antiga frota de sua história, um cenário que deverá ser modificado com a chegada dos drones equipados com IA. O plano é construir de 1.000 a 2.000, cada um com custo de US$ 3 milhões (R$ 14,6 milhões), sendo que alguns poderão passar de US$ 25 milhões (R$ 121,8 milhões) – ainda assim, um valor bem abaixo dos US$ 80 milhões (R$ 389,1 milhões) por unidade do caça a jato F-35. Haverá uma variedade dessas aeronaves robóticas. A versão inicial do software de IA segue em grande parte scripts com os quais foi treinado, com base em simulações de computador que a Força Aérea executou milhões de vezes. As autoridades estimam que pode levar de cinco a dez anos para desenvolver um sistema funcional baseado em IA para combate aéreo.

 

O governo de São Paulo lançou na segunda-feira (28) o projeto Abrigo Amigo, que consiste na instalação de totens de videochamada em pontos de ônibus para tornar a viagem de mulheres que utilizam o transporte público noturno mais segura, relata o g1. Os dez pontos escolhidos para receber a fase de testes estão na região central e foram mapeados com base nas regiões classificadas como mais perigosas para o público feminino. As paradas ficam nas avenidas Tiradentes, Rangel Pestana, Nove de Julho, Brigadeiro Luís Antônio, Ipiranga, Angélica e na Estação da Luz — alguns ficam na mesma avenida. Painéis digitais existentes darão lugar a mídias interativas conectadas à internet e equipadas com câmeras noturnas, microfones, sensores de presença e botões virtuais. Por meio delas, as mulheres poderão acionar uma central de atendimento, que oferecerá companhia, acolhimento e ajuda. O serviço funcionará das 20h às 5h. As atendentes poderão acionar equipes da segurança pública e da saúde em situações de emergência.

 

A Solinftec, startup brasileira de agricultura, planeja acelerar as entregas de seu robô agrícola no Brasil e nos Estados Unidos, em um sinal da crescente demanda por ferramentas de “agricultura de precisão” em dois dos maiores produtores de alimentos do mundo. Vendida a um preço de 50 mil dólares, a unidade pode mapear lavouras e monitorar o desenvolvimento de plantas individualmente, bem como pulverizar herbicidas de maneira dirigida e com menores custos. Assim como outras tecnologias de agricultura de precisão, incluindo drones e imagens de satélite, o robô ajuda agricultores a evitar o desperdício e permite o uso de dados com o fim de melhorar a produtividade e fomentar práticas de produção mais sustentáveis, informa a Época. O dispositivo funciona com energia solar, pode monitorar todos os tipos de culturas, incluindo soja, milho, cana-de-açúcar, cebola, batata e tomate. Esse é o primeiro robô desenvolvido para agricultura em larga escala, segundo a empresa.

 


30/08/2023: Estação em Asteroide / Tradução da Bíblia / Descarbonização em Mineradoras / Novo Chip Intel / Crescimento da Eólica


Um projeto do engenheiro aposentado David W. Jensen, ex-profissional da Rockwell Collins, apresenta a perspectiva de desenvolver um habitat espacial rotativo em um objeto celeste próximo à Terra, com custos reduzidos graças aos avanços tecnológicos. Jensen propõe a utilização de robôs-aranha autorreplicantes, os quais assumiriam a execução das tarefas mais laboriosas, reporta Engenharia é. De acordo com o artigo divulgado na plataforma arXiv, que ainda aguarda revisão, a conversão do asteroide em estação espacial habitável custaria US$ 4,1 bilhões. Segundo Jensen, o projeto estaria finalizado em 12 anos, desconsiderando o período necessário para abastecer o habitat com recursos como água potável e oxigênio. Após minucioso processo de seleção, o escolhido foi o asteroide Atira, que possui um diâmetro de 4,8 km. Sua posição, localizada a cerca de 80 vezes a distância entre a Terra e a Lua, contribuiria para a estabilidade térmica do habitat. O asteroide possui a sua própria ‘lua’ – um asteroide menor que o orbita. A expedição até o asteroide teria quatro robôs, a base da estação e dispositivos tecnológicos capazes de produzir até 3 mil robôs-aranha. Uma vez lá, nenhuma intervenção humana adicional seria necessária.

 

Dois pesquisadores da área de Engenharia e Ciência da Computação uniram-se para construir ferramentas de inteligência artificial (IA) que possam facilitar a tradução da Bíblia, reporta a BBC News. Essas ferramentas são englobadas pelo projeto Greek Room, fundado pelos pesquisadores Ulf Hermjakob e Joel Mathew, do Instituto de Ciências da Informação da Universidade do Sul da Califórnia. O projeto traz ferramentas como corretor de ortografia, rastreamento de caracteres e palavras que têm sinais de erro, o destaque a palavras e trechos que parecem estar faltando e a apresentação de sugestões de palavras. A ideia é que ele seja integrado a outros programas de tradução já existentes.A dupla de pesquisadores está desenvolvendo as ferramentas pensando principalmente em agências e pessoas da própria comunidade cristã com experiência em tradução. São pessoas que dominam bem uma língua que funciona como uma ‘porta de entrada’ e que irão traduzir a Bíblia a partir dessa para uma língua menor.

 

A maior mineradora do Brasil, a Vale, e a terceira maior em operação no país, a Anglo American, voltam suas apostas para a bioenergia: o etanol e o HVO (diesel verde) podem se mostrar opções mais rápidas para descarbonização de grandes caminhões. Responsável por 5% a 7% das emissões globais de gases do efeito estufa, a mineração vem investindo em maneiras de reduzir a pegada de carbono das suas operações, expõe a agência epbr. Anglo pretende reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em 30% até 2030 e ser neutra até 2040. A companhia realizou testes em caminhões de grande porte a hidrogênio verde na África do Sul e Chile. A Vale, que espera reduzir 33% as emissões até 2030 e atingir o net zero até 2050, deve iniciar testes com etanol neste ano. E estuda usar amônia verde, feita do hidrogênio, em navios e locomotivas. A Vale lançou um navio de transporte com velas rotativas, que deve ter redução de até 3,4 mil toneladas de CO2 equivalente por navio por ano. A Anglo American aposta no gás natural liquefeito (GNL) e na amônia. O navio MV Ubuntu Loyalty utiliza GNL como combustível. Segundo a Anglo, proporciona redução de 35% nas emissões de gases do efeito estufa.

 

A Intel afirmou que lançará no ano que vem um chip que promete aumentar, e muito, a eficiência energética. O anúncio foi realizado na segunda-feira (28) durante conferência de tecnologia na Universidade de Stanford, no Vale do Silício. Segundo a empresa, o chip “Sierra Forest” terá um desempenho por watt 240% melhor do que a atual geração dos produtos. Ronak Singhal, pesquisador sênior da Intel, explicou que, para isso, os processadores serão lançados com versões até 144 núcleos de alta eficiência (núcleos “E”). O movimento faz parte dos esforços da indústria para diminuir o consumo de energia, de acordo com reportagem da Olhar Digital. Os data centers que alimentam a internet e os serviços online consomem enormes quantidades de eletricidade, e as empresas estão sendo cada vez mais pressionadas para mudar esse cenário.

 

De acordo com relatório do Global Wind Energy Council (GWEC), conselho global de energia eólica, a energia eólica offshore registrou seu segundo melhor ano de crescimento em 2022. Projetos instalados em alto mar acrescentaram 8,8 GW em nova capacidade, mantendo a tendência de alta que bateu recorde no ano anterior, quando 21,1 GW foram ligados à rede em 2021. Até o final desta década, prevê-se a adição de 380 GW com novas eólicas offshore entrando em operação em todo o mundo, o que vai elevar a capacidade instalada total para 316 GW, destaca o Um Só Planeta. O Brasil tem ao menos 180 GW de projetos eólicos offshore em licenciamento, com Rio Grande do Sul, Ceará e Rio de Janeiro liderando em capacidade de novos projetos junto ao Ibama, mas empreitadas esbarram em falta de regulamentação.

 


29/08/2023: Prevenção a Incêndios / Qualidade da Água / Glifostato / Faculdade de Agronegócio


Sensores que usam inteligência artificial (IA) detectam incêndios de forma precoce. Criado por especialistas em software e TI da startup alemã Dryad Networks, o sistema funciona como se fosse um ‘nariz’ inteligente, com olfato aguçado. Ou seja, detecta indícios de fogo por meio do odor, relata o Gizmodo. Os sensores carregados por energia solar identificam incêndios florestais na fase inicial de combustão ao ‘cheirar’ gases como hidrogênio e monóxido de carbono. O sistema também monitora a temperatura, a umidade e a pressão do ar. Um algoritmo de aprendizado de máquina treina os sensores de acordo com o cheiro específico da floresta em que estão localizados. Isso é fundamental para que os sensores possam, por exemplo, diferenciar entre a fumaça liberada por um caminhão a diesel que passa nas proximidades e um incêndio florestal. Os sensores têm o tamanho da palma da mão e com ajuda de capacitores permanecem funcionando à noite e na chuva.

 

Um sensor portátil, fabricado com papel e nanopartículas de ouro sintetizadas por laser, foi desenvolvido por pesquisadores da USP para facilitar e baratear a produção de dispositivos que permitem identificar, fora do laboratório, compostos químicos presentes em líquidos, incluindo aqueles que podem comprometer a qualidade da água que consumimos. A um custo unitário de pouco mais de R$ 0,50, o sensor descartável tem como principal vantagem o fato de poder ser reproduzido em qualquer lugar do mundo, em larga escala, não dependendo de etapas “caseiras” (que demandam manuseio humano), o principal gargalo da indústria. De acordo com o Um Só Planeta, as nanopartículas de ouro sobre o papel são as responsáveis pela reação eletroquímica que identifica as substâncias presentes no líquido. Outra vantagem é se tratar de um produto sustentável: feito de papelão, pode incluir material reaproveitado e subutilizado e não lança mão de reagentes químicos tóxicos nas reações, ao contrário dos procedimentos mais comuns para a fabricação de sensores.

 

Estudos apontam que líquens – organismos formados por associação entre algas e fungos – em Áreas de Preservação Permanente (APP) do Cerrado são afetados pelo glifosato, um herbicida utilizado na agricultura para controlar ervas daninhas, destaca Galileu. Pesquisadores do Instituto Federal Goiano (IFGoiano) concluíram que a estrutura dos talos, a capacidade de realizar fotossíntese e metabolizar substâncias são danificadas pelo produto. O estudo foi publicado na revista Brazilian Journal of Biology. Os líquens expostos a maiores quantidades do herbicida têm mais células mortas. Em algumas espécies, a concentração de clorofila e a absorção da luz usada na fotossíntese também diminui. Ao ser pulverizado sobre a plantação, o glifosato é carregado por correntes aéreas. E como os líquens são sensíveis à presença do herbicida, quando pulverizados podem bioindicar a presença do poluente no ar, mesmo não estando expostos diretamente ao produto aplicado sobre áreas de produção agrícola. Outros estudos apontam que o consumo de glifosato causa problemas de saúde, incluindo câncer em seres humanos, que podem consumir o herbicida por meio de alimentos contaminados.

 

Uma parceria entre a consultoria Markestrat, voltada à agroindústria, e o Grupo SEB, dono de marcas como Pueri Domus, Universidade Dom Bosco e Escola Paulista de Direito, criou a Harven Agribusiness School, que começará a funcionar a partir de 2024 no complexo empresarial do Dabi Business Park, em Ribeirão Preto, expõe o Metrópoles. A faculdade vai oferecer 180 vagas de graduação em administração, direito e engenharia de produção, além de cursos de pós-graduação. “Nosso objetivo é formar agrolíderes”, diz o CEO da Harven, Roberto Fava Scare. “Queremos que, além da parte teórica, nossos alunos consigam ter uma experiência prática, com visão integrada das cadeias produtivas, que vão da pedra de fosfato, usado na fertilização do solo, até o aplicativo que gerencia a validade do alimento na gôndola.” No centro empresarial onde a faculdade funcionará há um hub com startups e aceleradoras, além de escritórios de advocacia voltados ao agroindustrial.

 


28/08/2023: Luminárias a Gás / Competição de Biodiversidade / Canudos de Papel / Replicar Semicondutores / JetZero / Drones Resistentes


Desde agosto, 18 das 38 luminárias a gás localizadas no Pátio do Colégio foram restauradas. Os lampiões serão inaugurados oficialmente pela Subprefeitura da Sé em setembro em uma caminhada noturna, aberta ao público, informa Época Negócios. O conjunto de lamparinas traz dispositivos acionados por uma fotocélula, que identifica a queda da luminosidade natural e libera o gás em um queimador. Ao clarear, é desligado automaticamente. Os lampiões convivem com as lâmpadas com tecnologia LED, com componentes eletrônicos que transformam energia elétrica em luminosa e proporcionam melhora de 40% na iluminação por metro quadrado. A SP Regula, responsável pelas concessões dos serviços públicos, informa que foram instalados 130 novos refletores com ganho de 30% em fluxo luminoso e em qualidade de distribuição de luz no Triângulo Histórico (Largo São Bento, Pátio do Colégio e Largo de São Francisco) nos últimos meses.

 

A etapa final da competição XPRIZE Rainforest Florestas Tropicais será no Amazonas, em 2024. O prêmio incentiva o desenvolvimento de novas tecnologias para o mapeamento da biodiversidade das florestas tropicais de todo o mundo, reporta Um Só Planeta. A parceria foi firmada sexta-feira (25) entre o Ministério Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e a XPRIZE Foundation. A competição entrou na reta final após quatro anos e envolveu 300 grupos de cientistas de 70 países. Na primeira fase, em Cingapura, em 2022, foram selecionadas seis equipes, entre elas uma brasileira, de Piracicaba, que desenvolveu tecnologia com drones, arranjos de sensores, robótica terrestre e drones com podadores projetados para coletar amostras de DNA ambiental. Além do time brasileiro, há equipes da Suíça, Espanha e três dos EUA. A competição que dura cinco anos visa a estimular o desenvolvimento de tecnologias autônomas para avaliação da biodiversidade e melhorar a compreensão dos ecossistemas da floresta tropical.

 

Estudo de pesquisadores da Universidade de Antuérpia, na Bélgica, apontou que 90% dos materiais usados em canudos de papel contêm “produtos químicos para sempre”. São compostos que, na maioria das vezes, não se decompõem por completo e podem se acumular nos corpos humanos. Por isso, são “para sempre”, destaca Olhar Digital. A classe de produtos chamada de ‘Forever Chemicals’ agrupa mais de 12 mil produtos – conhecidos como substâncias poli e perfluoroalquílicas (PFAS). O contato humano com essas substâncias acontece principalmente por meio de alimentos e água potável, destaca o New Atlas. A equipe testou 39 marcas diferentes de canudos feitos de papel, vidro, bambu, aço inoxidável e plástico e os analisaram para 29 compostos PFAS diferentes. Entre elas, 69% das marcas apresentaram PFAS, sendo 18 tipos diferentes detectados. Em destaque, 90% das marcas de canudos de papel tinham maior probabilidade de conter PFAS. “Os canudos feitos de materiais vegetais, como papel e bambu, são anunciados como mais sustentáveis e ecológicos do que os feitos de plástico”, disse Thimo Groffen. “A presença de PFAS significa que isso não é necessariamente verdade.”

 

O projeto básico de aviões comerciais não mudou muito nos últimos 60 anos. Aeronaves modernas como o Boeing 787 e o Airbus A350 têm o mesmo formato geral do Boeing 707 e do Douglas DC-8, que foram construídos no final dos anos 1950 e solidificaram o fator de forma “tubo e asa” que ainda está em uso hoje. Isso ocorre porque a aviação comercial prioriza a segurança, favorecendo soluções testadas e comprovadas, e porque outros desenvolvimentos – em materiais e motores, por exemplo – significam que o design tradicional ainda é relevante. No entanto, como a indústria procura desesperadamente por maneiras de reduzir as emissões de carbono, ela enfrenta um desafio um pouco mais difícil do que outros setores, precisamente porque suas principais tecnologias provaram ser tão difíceis de abandonar. Pode ser a hora de tentar algo novo, informa a CNN. Uma proposta é o “corpo e asa combinados”. Esta forma de aeronave totalmente nova se parece com o design de “asa voadora” usado por aeronaves militares, como o icônico bombardeiro B-2, mas a asa mista tem mais volume na seção intermediária. Tanto a Boeing quanto a Airbus estão tratando da ideia, assim como um terceiro participante, a JetZero, com sede na Califórnia, que estabeleceu uma meta ambiciosa de colocar em serviço uma aeronave de asa combinada até 2030.

 

A tão popular técnica do copiar e colar, que até hoje só funcionava nos softwares, começou a funcionar na fabricação do próprio hardware dos computadores, e poderá avançar em várias outras frentes, explica o site Inovação Tecnológica. Uma das técnicas mais usadas na fabricação de chips chama-se epitaxia, essencialmente um método de deposição de uma película de um material cristalino sobre um substrato de outro material cristalino. Essa película é chamada de película epitaxial, ou camada epitaxial – o termo vem dos termos gregos epi, que significa “acima”, e taxis, que significa “de maneira ordenada”. Em 2017, o professor Jihwan Kim, do MIT, propôs um conceito de “epitaxia remota”, que permitiria colocar um material bidimensional, ou monoatômico (como o grafeno), sobre uma pastilha (de silício, por exemplo) e cultivar um semicondutor em cima daquele material monoatômico. Isto torna possível obter um material semicondutor de alta qualidade, na forma de um filme fino, que “copia” as características exatas da pastilha. Então, é só “descascar” o semicondutor, separando-o da pastilha, e colocá-lo no chip. Agora, pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Gwangju, na Coreia do Sul, conseguiram pela primeira vez viabilizar esse copiar e colar do mundo real.

 

Pesquisadores da Suíça e do Reino Unido construíram um drone resistente a altas temperaturas que pode ser usado para avaliar de perto o foco de incêndios e permitir a ação mais segura de bombeiros, revela a revista Pesquisa Fapesp. Drones que fazem fotos aéreas, transportam mangueiras ou lançam material extintor precisam se manter a distância do fogo para não se danificarem. O engenheiro mecânico David Häusermann, dos Laboratórios Federais Suíços de Ciência e Tecnologia de Materiais (Empa) e do Imperial College London, foi atrás de quem pudesse desenvolver um material de revestimento leve e resistente a temperaturas elevadas. No Empa, as equipes de Shanyu Zhao e Wim Malfait sintetizaram um aerogel à base de poli-imida, polímero que mantém sua estrutura estável a quase 500 graus Celsius e vem sendo estudado como potencial isolante térmico de trajes espaciais. Häusermann usou placas de 1,5 centímetro de espessura do aerogel revestidas por um filme de alumínio para proteger os componentes eletrônicos do drone. Um protótipo do FireDrone foi testado com sucesso em um centro de treinamento de bombeiros próximo a Zurique.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP