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Acesso em 27/07/2025 às 21h39.

Área Tecnológica na Mídia – 26 a 30/06

Confira as notícias do dia

26 de junho de 2023, às 10h35 - Tempo de leitura aproximado: 20 minutos

Área Tecnológica na Mídia


30/06/2023: IA na Radioterapia / Luva-robô / Radar Doppler


A IA (inteligência artificial) pode encurtar o período de tratamento de pessoas com câncer. Uma nova tecnologia, desenvolvida na Inglaterra, permite reduzir o tempo que os pacientes esperam antes de iniciar a radioterapia. A inovação permite que os médicos calculem mais rápido onde direcionar os feixes de radiação terapêutica para matar as células cancerígenas, enquanto poupa o maior número possível de células saudáveis. Segundo o gizmodo, o objetivo da nova ferramenta é garantir assertividade no diagnóstico e preservar os órgãos saudáveis. Com ajuda da IA, o mecanismo “contorna” os órgãos com precisão de 90%, o que acelera o tratamento em 2,5 vezes, disseram os cientistas.

 

Pesquisas têm mostrado que, além da fisioterapia e da terapia ocupacional, a musicoterapia pode ajudar na recuperação da linguagem e da função motora de pacientes que sofreram AVC. Agora, um estudo publicado na Frontiers in Robotics and AI aponta que uma luva robótica pode auxiliar a reaprender a tocar música e outras habilidades que exigem destreza e coordenação. Com sensores táteis integrados, atuadores macios e inteligência artificial, o item funciona como um exoesqueleto inteligente, explica o Olhar Digital.  Toda a área da palma da mão e do pulso da luva é projetada para ser macia e flexível, e o formato dela pode ser feito sob medida para se ajustar à anatomia de cada usuário. Atuadores pneumáticos macios em suas pontas dos dedos geram movimento e exercem força, imitando movimentos naturais e afinados das mãos. Cada ponta do dedo também contém um conjunto de 16 sensores flexíveis, que dão sensações táteis à mão do usuário ao interagir com objetos ou superfícies.

 

Motoristas apressados do Brasil devem ganhar um novo vilão em breve: é o radar Doppler, equipamento capaz de detectar mudanças bruscas de velocidade. Isso significa que, sim, aquela clássica “freada” pode entrar para a fiscalização eletrônica. O sistema já está em fase de testes em algumas cidades do interior de São Paulo e em Curitiba (PR). Como ainda não foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os novos radares não estão aplicando multas. Como o nome indica, o radar Doppler utiliza os conceitos do chamado Efeito Doppler. O fenômeno prevê que as ondas eletromagnéticas emitidas por um objeto em movimento variam conforme a distância em relação ao observador. Dessa forma, o radar Doppler emite ondas eletromagnéticas para medir a velocidade relativa de um veículo, cobrindo uma distância de 50 metros antes e 50 metros depois do aparelho. Assim, quanto mais rápido for o deslocamento, maior será a frequência emitida em relação ao radar, e vice-versa. Essa tecnologia é diferente dos radares tradicionais, que medem a velocidade por meio de sensores instalados no asfalto, explica o gizmodo

 

 


29/06/2023: Mapeamento de Favelas / Mercúrio em Solos / Proteínas da Célula / Imunidade Infantil


Entregar encomendas ou prestar atendimentos de emergência em favelas é mais difícil quando o local não tem endereço. Pensando nisso, o Google anunciou que vai mapear algumas dessas regiões com endereços digitais conhecidos como Plus Codes. Os Plus Codes são um padrão de código com letras e números que funcionam como o CEP e ajudam a encontrar locais. A iniciativa envolve uma parceria do Google com a naPorta, empresa que viabiliza entregas em favelas e que será responsável pelo mapeamento, e a ONG Gerando Falcões, que vai promover o serviço para moradores. A meta do Google é mapear 20 favelas até o fim de 2023, chegando a 10 mil novos endereços digitais. A empresa espera impactar até 40 mil pessoas neste período e vai começar esta etapa pelas favelas Cidade de Deus, em Ferraz de Vasconcelos (SP), e da Tubulação, em Poá (SP), informa o g1.

 

Pesquisadores da Embrapa Instrumentação e da Escola de Engenharia de Lorena, da Universidade de São Paulo (EEL/USP), desenvolveram um modelo de calibração capaz de quantificar mercúrio em chorume de aterro sanitário e em amostra certificada de solo. O modelo faz a calibração da técnica de espectroscopia de emissão de plasma induzido por laser (LIBS, na sigla em inglês) com uma amostra de solo. Trata-se de um feito inédito no mundo, porque é a primeira vez que um grupo de pesquisa consegue calibrar essa técnica com um tipo de amostra e aplicá-la a outra. Apesar de ser considerada uma técnica poderosa, a LIBS apresenta baixa sensibilidade para alguns elementos; entre eles, o mercúrio. Para contornar esse obstáculo, os pesquisadores empregaram um sistema LIBS de duplo pulso (DP-LIBS), desenvolvido de forma inédita no Brasil, na Embrapa Instrumentação, com parâmetros otimizados para cada uma das duas amostras – solo e chorume. Um dos principais avanços do estudo foi melhorar o limite de detecção do sistema DP-LIBS para o mercúrio, tornando-o mais preciso e sensível quando comparado a sistemas LIBS convencionais.

 

Estudo conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e publicado no Journal of Biological Chemistry pode facilitar a busca de novos medicamentos para tratar doenças como, por exemplo, a mucolipidose tipo 4 – condição que provoca atraso psicomotor, deficiência visual e graves problemas digestivos. Esse tipo de enfermidade está relacionado com a disfunção de proteínas existentes na membrana de organelas, ou seja, as estruturas internas das células. Diante desse cenário, a equipe do CQMED resolveu testar a metodologia chamada BRET (sigla em inglês para transferência de energia por ressonância de bioluminescência), que já havia sido empregada com sucesso em bactérias. A metodologia BRET basicamente consiste em criar um sistema de fluorescência na célula que só funciona se o composto em teste estiver ligado na região correta da proteína. Além da vantagem de já testar o comportamento do composto em células vivas, o uso da metodologia para estudar TRPML1 mostra a relação entre a concentração do composto e o tempo que ele ficou ligado à proteína, explica o gizmodo.

 

Modelos de aprendizado de máquina são ferramentas promissoras para auxiliar no rastreio de erros inatos da imunidade (EII) — conjunto de doenças causadas por disfunção ou problemas no desenvolvimento do sistema imune — em crianças. Essa foi a principal conclusão de uma tese de doutorado que acaba de ser defendida na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. O estudo, conduzido pela alergologista e imunologista pediátrica Marina Takao, comparou o desempenho de quatro modelos de predição de risco no diagnóstico de pacientes com suspeita de terem EII e resultou em uma parceria que está desenvolvendo um aplicativo para ser utilizado em consultórios médicos. O sistema utiliza inteligência artificial (IA) para auxiliar os profissionais a organizarem as informações médicas dos pacientes e indicar se eles devem ser encaminhados a um imunologista, o que é algo inédito até agora.

 


28/06/2023: Incêndios Florestais / Plataforma Meteorológica / Visualização 3D / Metanol Verde / Agrotóxicos / Alertas de Enchentes


A Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveu uma tecnologia para ajudar a prevenir e combater os incêndios florestais que se alastram nesta época do ano no país. A ferramenta cruza imagens de satélite com focos de queimadas, direção e velocidade do tempo, tipo de relevo e vegetação. O resultado é uma estimativa sobre o risco de um incêndio florestal e o tamanho da área de mata que pode ser atingida, explica o g1. O sistema que tem acesso livre na internet vem sendo utilizado para ajudar a prevenir e combater focos de incêndio em propriedades rurais e unidades de conservação. Além disso, os pesquisadores afirmam que a taxa de acerto do sistema chega a 89%. O projeto começou a ser desenvolvido em 2017 e, neste ano, foi publicado na revista de divulgação científica Nature.

 

Uma plataforma de ponta de previsão do tempo e clima, e que usa inteligência artificial para fornecer informações altamente precisas, está disponível para uso no Brasil pela primeira vez. A Meteum processa dados de milhares de instrumentos na Terra e no espaço, oferecendo atualizações em tempo real aos usuários verificadas por aprendizado de máquina para ajudar a refinar previsões e promover modelagem climática com mais precisão do que alguns dos principais sistemas do mundo como o Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo e o Sistema Global de Previsão. A plataforma possui mais de 100 parâmetros climáticos, incluindo temperatura, umidade, precipitação (tipo, probabilidade, intensidade), velocidade e direção do vento, umidade do solo e mais. De acordo com o AgroRevenda, a Meteum também fornece uma plataforma de informações meteorológicas para empresas afetadas pelo clima para evitar riscos, planejar operações e proteger seus resultados.

 

O Google anunciou o lançamento da ferramenta Visualização Imersiva para o Google Maps no Brasil. Com ele o serviço de mapas do gigante das buscas tira proveito de inteligência artificial e dados do Street View para criar sobrevoo realista em pontos turísticos e locais famosos do país. Além da visualização tridimensional, o Visualização Imersiva permite ter ideia do clima local, previsão de movimento de pessoas e mostra também a redondeza. Além de ambientes externos, o Indoor Live View chega ao Brasil para dar ainda mais detalhes de locais internos. Segundo o Olhar Digital, o foco da ferramenta está em aeroportos, shoppings e estações de metrô.

 

A transportadora dinamarquesa Maersk anunciou nesta semana a encomenda de seis navios porta-contêineres de médio porte – todos com motores bicombustíveis capazes de operar com metanol verde, reporta a agência epbr. A companhia tem 25 embarcações habilitadas para metanol encomendadas. A Maersk fez o primeiro pedido em 2021, e se comprometeu a só adquirir novos navios que possam navegar com combustíveis descarbonizados. Segundo a companhia, o movimento ganhou novos adeptos: dois anos depois, a carteira global de pedidos tem mais de 100 navios habilitados para metanol. As seis novas embarcações que passarão a integrar a frota entre 2026 e 2027 serão construídas pelo Yangzijiang Shipbuilding Group. A dinamarquesa estima que as 25 novas embarcações reduzirão suas emissões anuais de gases de efeito estufa (GEE) em 450 mil toneladas de CO²e por ano com base no ciclo de vida do combustível, ao operar com metanol verde.

 

Disparou, nos últimos anos, o investimento no combate biológico às pragas. Trata-se do uso de organismos vivos, como fungos e insetos, para combater outros organismos danosos às culturas agrícolas. “O controle biológico já acontece na natureza sem nenhuma intervenção humana. O milho, por exemplo, atrai um punhado de insetos. Alguns deles são predadores que comem os que estão acabando com a plantação”, explica Ivan Cruz, pesquisador da área de Entomologia da Embrapa Milho e Sorgo. A taxa média de adoção dessas técnicas subiu de 17% para 28% da área plantada no país, entre as safras de 2020 e 2022, destaca Um Só Planeta. O número de produtos biológicos registrados no Brasil passou de um, em 2005, para mais de 480 neste ano. A receita do segmento triplicou da safra colhida em 2020 para a de 2022, passando dos R$ 3 bilhões, segundo relatório da consultoria S&P Global e da associação setorial CropLife.

 

Alertas em tempo real passaram a ser enviados na terça-feira (27) para todos os usuários do sistema Android localizados próximos das regiões impactadas por inundações ribeirinhas. A atualização é do Sistema de Alerta de Previsão de Inundações, que usa inteligência artificial (IA) e dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) para emitir alertas e previsão de enchentes em mais de 80 localidades do Brasil, expõe o Estado de Minas. O recurso também oferece informações sobre o nível das águas dos rios e previsões de cheias, que podem ajudar a população ribeirinha a se proteger com até sete dias de antecedência. De novembro de 2022 a abril deste ano, o sistema emitiu 58 alertas de enchentes em tempo real em seis Estados. Antes das notificações no celular, já era possível checar regiões afetadas por inundações pelo Alerta SOS e Alertas Públicos na Busca e no Maps. Além disso, a IA direciona às pessoas informações como telefones e orientações de emergência.

 

 


27/06/2023: Cafés Canéforas / Concreto Fotocatalítico / Lasers para Internet / Filme Biodegradável / Queimadas na África


O café comum consumido no Brasil é, geralmente, uma mistura de grãos da espécie arábica (Coffea arabica) com o chamado robusta – uma designação generalizada para variedades da espécie canéfora (Coffea canephora). Apesar de usado em misturas e historicamente descrito como um café de baixa qualidade em comparação ao arábica, o canéfora está em ascensão, resultado de uma nova percepção da indústria. Por isso, pesquisadores brasileiros desenvolveram um método para avaliar instantaneamente a origem de cafés da espécie canéfora dos principais estados produtores, tornando possível distinguir suas variedades botânicas (conilon e robusta) e os cultivares da Amazônia. O método desenvolvido pelo grupo emprega a espectroscopia na região do infravermelho e ferramentas de quimiometria para fazer a identificação. Na prática, o equipamento utilizado emite radiação eletromagnética sobre a amostra do alimento e um sistema de detecção registra o sinal. Em seguida, essas informações são processadas por softwares e geram os espectros referentes às interações da radiação eletromagnética com a amostra, que depende de sua composição química, explica o gizmodo.

 

A qualidade do ar em túneis rodoviários subterrâneos tende a ser pior do que em outros ambientes rodoviários devido à má circulação do ar. Para resolver esse problema, pesquisadores do Instituto Coreano de Engenharia Civil e Tecnologia de Construção (KICT) desenvolveram concreto fotocatalítico que pode efetivamente remover partículas finas em estradas. O material funciona por meio da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) com forte poder oxidante através da reação entre o fotocalisador e a luz. Segundo o blog Canal da Engenharia, a maneira mais eficaz de melhorar a qualidade do ar interno na infraestrutura rodoviária é remover preventivamente os precursores de partículas finas geradas pelos gases de escape dos automóveis.

 

Em mais uma tentativa de expandir seus serviços de internet para áreas remotas, a Alphabet, controladora do Google, tenta levar acesso à banda larga em regiões rurais usando lasers. Segundo reportagem da Reuters, o projeto conhecido como Taara foi iniciado em 2016, depois que as tentativas de usar balões estratosféricos apresentaram problemas ante aos altos custos. A tecnologia funciona a partir da instalação de máquinas do tamanho de semáforos que irradiam feixes de luz capazes de transportar dados — em especial, internet de fibra óptica sem os cabos. O projeto está sendo implementado em larga escala na Índia, mas já ajuda a conectar serviços de internet em outros 13 países, incluindo Austrália, Quênia e Fiji, destaca o Olhar Digital.

 

Pesquisadores do Departamento de Engenharia de Materiais e Bioprocessos da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp e do Centro de Tecnologia de Embalagem do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) criaram um filme composto por um derivado do limoneno, substância presente na casca de frutas cítricas, e pela quitosana, um biopolímero proveniente da parte exterior do corpo de crustáceos, reporta a Agência Fapesp. Segundo o professor Roniérik Pioli Vieira, o limoneno já foi usado em embalagens plásticas por ter ação antioxidante e antimicrobiana, mas sua alta volatilidade e baixa estabilidade durante o processo de manufatura levam a alterações que prejudicam o desempenho. “Diante dessa questão idealizamos o uso de um derivado da substância, o poli(limoneno), que não é volátil e tem maior estabilidade que seu precursor”, conta Vieira. Já a quitosana, um derivado da quitina, biopolímero encontrado na carapaça e exoesqueleto de crustáceos, foi aplicada como matriz para o poli(limoneno) por ser um polímero de origem natural com propriedades antioxidantes e antimicrobianas.

 

As correntes de ar transportam pela atmosfera materiais essenciais à fertilização dos solos e os ciclos naturais, conhecidos como aerossóis. Embora essas partículas suspensas no ar possam nutrir biomas distantes, aerossóis contendo fuligem da queima de combustíveis e florestas também contribuem para desequilíbrios no clima e na saúde. Pesquisadores brasileiros e alemães monitoraram os aerossóis provenientes das queimadas na África, revelando como e em que quantidade afetam a atmosfera amazônica, destaca o Jornal da USP. Os cientistas conseguiram diferenciar as partículas de fumaça originadas na floresta das que foram transportadas do continente africano. Essas diferenças se dão em relação ao tamanho e à capacidade de absorção de calor, entre outras características físicas e químicas. O volume de poluição transportado da África corresponde a um percentual significativo do total da poluição medida no bioma: de 30%, na estação seca, a 60%, na chuvosa.

 


26/06/2023: Rastreabilidade / Alzheimer / Biocombustíveis / Agricultura Regenerativa / Bocas de Lobo / Satélite Brasileiro


Na tentativa de garantir o monitoramento e a preservação das áreas florestais nacionais, sobretudo na região amazônica, diversas iniciativas têm sido adotadas por órgãos públicos, universidades e organizações da sociedade civil. Uma das frentes de combate mais ativas é o desenvolvimento de sistemas e tecnologias para rastreio de madeira, uma vez que a extração ilegal degrada a floresta e é um dos principais incentivadores do desmatamento.  Exemplo desse esforço foi o lançamento do DOF+ Rastreabilidade, uma atualização do sistema que controla o transporte, a industrialização, o armazenamento e o consumo dos produtos florestais de origem nativa no Brasil. O novo sistema exige a emissão das licenças obrigatórias para o transporte de produtos florestais, bem como o registro das etapas de industrialização e de consumo destes produtos. O diferencial é permitir também a rastreabilidade dos produtos madeireiros, destaca o gizmodo.

 

Uma plataforma de inteligência artificial desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre auxilia pacientes com Alzheimer a preservarem a memória por meio da terapia de reminiscência, que se baseia na recuperação de memórias do passado. De acordo com o Ministério da Educação, a intervenção é reconhecida em estudos científicos pelos efeitos positivos sobre a saúde mental de pacientes, cuidadores e familiares, além do atraso da progressão dos sintomas. Diferentemente de outras tecnologias em inteligência artificial mais conhecidas, como o ChatGPT, a plataforma bAIgrapher foi projetada para produzir autobiografias e não atua como um assistente de escrita ou chatbot. O sistema utiliza depoimentos de pessoas indicadas pelo paciente, em formato de texto, áudio e imagens. Segundo a Agência Brasil, os materiais são interpretados, organizados e reescritos para construir uma autobiografia literariamente uniforme e cronologicamente ordenada.

 

A região de Rio Preto concentra quatro pesquisas consideradas promissoras para neutralizar as emissões de CO² e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Duas são realizadas pela Unesp e outras duas são conduzidas pelas empresas Tereos e CTG Brasil, relata o Diário da Região. Maurício Boscolo, professor do Departamento de Química e Ciências Ambientais, estuda como tornar o etanol de segunda geração viável para comercialização em larga escala. A engenheira de alimentos Mariane Daniella da Silva estuda a produção de etanol de 2ª geração a partir dos resíduos gerados na produção da farinha de mandioca, no sabugo de milho e nos restos do sisal. Na CTG Brasil, responsável por usinas hidrelétricas como Ilha Solteira e Jupiá, pesquisadores em parceria com o Instituto Senai de Inovação Biomassa estudam a produção de um biodiesel obtido a partir de plantas aquáticas. Na unidade da Tereos em Olímpia, as pesquisas estão concentradas na      produção de biogás e, futuramente, de biometano. A meta é atingir, até a safra 29/30, o abastecimento de 100% dos veículos canavieiros com o gás.

 

A agricultura regenerativa é um mercado mundial de US$ 10 bilhões (R$ 47,7 bilhões), com previsão de crescimento médio anual de 16% até 2033, segundo a pesquisa ‘Regenerative Agriculture Market’ (Mercado da Agricultura Regenerativa), do escritório Evolve, da Índia, destaca Um Só Planeta. A agricultura regenerativa emprega técnicas que reconstroem a matéria orgânica do solo, aumentam a infiltração e retenção de água, promovem o sequestro de carbono e promovem ecossistemas naturais. No Brasil, a americana Bunge anunciou um projeto de incentivo à agricultura regenerativa com fornecedores no Cerrado, que deve abranger 250 mil hectares. A produtora Amaggi lançou no dia 22 um programa que incentiva práticas para a proteção e recuperação do solo, a conservação de recursos hídricos e da biodiversidade e a mitigação dos impactos climáticos nas fazendas do grupo e em toda a rede de colaboradores, que originam grãos e fibras nos biomas Amazônia e Cerrado.

 

A internet das coisas (IoT) chegou às ruas de Santo André, que avança para se tornar uma cidade inteligente. A novidade é a rede de bocas de lobo inteligentes, que ajuda a combater enchentes e alagamentos: 560 estão sendo postas em operação, informa o Terra. O equipamento tem um sensor que informa se o cesto está cheio e emite um alerta. O sinal chega a um servidor e, assim, é possível determinar a necessidade da limpeza imediata ou não. Santo André integra o Programa ConectCidade, que torna o município um laboratório para testes de soluções e aplicações relacionadas ao conceito das cidades inteligentes e digitais. Além de IoT, tem aplicação de big data e inteligência de dados. As ações de inteligência e prevenção incluem a instalação de centrais meteorológicas, câmeras de monitoramento (com foco em drenagem) e a implantação de sistema integrado de gestão.

 

A moeda era o cruzeiro real, Itamar Franco ocupava a presidência da República, a seleção de futebol ainda não tinha conquistado o tetracampeonato mundial e a internet só estrearia por aqui dali a dois anos. Quando foi lançado, em fevereiro de 1993, o SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados 1) marcava época por ser o primeiro desenvolvido, construído e operado pelo Brasil. Após 30 anos, 4 meses e 4 dias, no último sábado (17), ele bateu um recorde: é o equipamento enviado ao espaço para observação da Terra há mais tempo em operação na órbita do planeta. Para fazer isso, superou barreiras – uma delas é ter ultrapassado a própria expectativa de vida em mais de 30 vezes, visto que foi projetado para durar apenas um ano. Responsável pelo projeto, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) classifica o satélite como “um tributo à competência da engenharia espacial brasileira”, informa o UOL. Hoje, porém, ofuscado por novas tecnologias e pelo sucateamento da ciência brasileira, este velhinho vive em um limbo. Muitos lembram dele com nostalgia, mas é até difícil conseguir informações detalhadas sobre seu papel atual. O SCD-1 já percorreu mais de 7 bilhões de quilômetros, girando em torno do planeta. Daria quase para ir a Marte e voltar duas vezes.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP