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Acesso em 16/07/2025 às 03h43.

Área Tecnológica na Mídia – 25 a 29/09/2023

Confira as notícias do dia

25 de setembro de 2023, às 11h53 - Tempo de leitura aproximado: 22 minutos

Área Tecnológica na Mídia

 


29/09/2023: Identidade com Blockchain / Buchas Elétricas / Construção de Monumento / Fungicidas / Bioativos do Maracujá / Investimento em Infraestrutura


O governo anunciou que vai utilizar a tecnologia blockchain na emissão das carteiras de identidade no Brasil. Esse avanço permite uma troca de dados mais segura entre a Receita Federal e os Órgãos de Identificação Civil (OICs). A Receita Federal introduziu a tecnologia blockchain na nova versão do Cadastro Compartilhado (b-Cadastros), contemplando também a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN). A tecnologia blockchain que estará nas carteiras de identidade é uma criação do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). Agora, além de permitir que os OICs realizem operações de emissão, atualização e consulta de CPFs, o blockchain também servirá para emitir carteira de identidade. O aspecto descentralizado do blockchain, distribuído por vários pontos, minimiza o risco de ataques cibernéticos, explica o gizmodo. A tecnologia ainda oferece transparência, rastreando todas as ações e reforçando a confiança dos usuários.

 

Uma equipe formada por engenheiros mecânicos da Universidade Beihang, da Universidade de Pequim e da Universidade de Houston descobriu que é possível gerar pequenas quantidades de eletricidade apertando esponjas de luffa, popularmente conhecidas como buchas vegetais. Durante a investigação, a equipe tratou as esponjas com produtos químicos para remover a hemicelulose e a lignina, deixando para trás uma casca de cristal de celulose. Em seguida, os engenheiros conectaram os resultados a um circuito elétrico, e começaram a apertá-los repetidamente com a mão. Como resultado, as esponjas foram capazes de gerar até 8 nanoampères de eletricidade, reporta o Olhar Digital. Mesmo sendo uma quantidade de energia considerada baixa, a equipe trabalha com a possibilidade de criar esponjas luffa artificiais que sejam mais eficientes para essa finalidade.

 

Construir um edifício monumental que se tornasse um ponto de encontro de produção científica e ensino e marcasse a paisagem do bairro do Morumbi. Esse foi o desafio da Racional Engenharia, vencedora da categoria Ensino e Pesquisa do Master Imobiliário 2023, com o projeto do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, reporta o Terra. A construtora recebeu a missão de dar vida ao primeiro projeto no Brasil assinado pelo arquiteto israelense Moshe Safdie, reconhecido mundialmente por projetar construções icônicas, entre elas uma cúpula de vidro gigantesca no aeroporto Jewel Changi, em Cingapura. O edifício, que tem 44 mil m² de área construída, é conectado ao Hospital Albert Einstein por uma passarela. São oito pavimentos. No topo, uma cobertura envidraçada tem 3.800 m² e foi projetada com três cúpulas estruturais integradas. O prédio tem um jardim com 2.000 m² de área plantada, que ocupa o átrio central com espécies nativas da Mata Atlântica. Um sistema mecânico foi projetado para refrigerar o átrio somente quando necessário, com intensidade baixa, o que aumenta o conforto, controla a umidade e minimiza o uso de energia. O edifício recebeu a certificação LEED Gold, que atesta características sustentáveis.

 

Pesquisadores da Linax, empresa com sede em Votuporanga, desenvolveram um fungicida à base de óleos essenciais, com baixo impacto ambiental e alto potencial econômico, contra pragas que acometem as culturas de soja no Brasil, reporta a Agência Fapesp. Uma mistura de óleos extraídos de diferentes plantas é encapsulada por polímeros naturais, que liberam a substância de forma lenta e prolongada, ampliando seu período de ação na lavoura e diminuindo o risco dessas pragas desenvolverem algum tipo de resistência ao produto. Protótipos foram testados contra o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja. O patógeno ataca as folhas, afeta a capacidade de realizar fotossíntese e de formar grãos saudáveis, chegando a inviabilizar até 90% da plantação. A solução desenvolvida apresentou efeito equivalente ao dos fungicidas mais usados no combate da praga no Brasil. “A aplicação conjunta de metade da dose da nossa solução mais metade da dose dos fungicidas convencionais apresentou eficácia superior à dos convencionais aplicados de modo isolado”, explicou o engenheiro agrônomo Nilson Borlina Maia.

 

Pesquisas de especialistas da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e da startup Rubian Extratos, empresa-filha da Unicamp, constataram que o maracujá reserva em suas sementes compostos bioativos com potencial de prevenir o envelhecimento da pele. “Isso se deve às suas propriedades que estimulam a renovação celular e a produção de colágeno”, explica o professor Julian Martínez. A Rubian Extratos, que licenciou a patente, fornece esses extratos a empresas do setor de cosméticos, que usam os bioativos do maracujá como componentes de produtos como séruns e de loções hidratantes ou de limpeza da pele. A emulsão desenvolvida apresentou características sensoriais adequadas ao uso pela indústria cosmética. Segundo Martínez, os extratos combinados na forma de miniemulsões concentram num único produto as propriedades bioativas da parte lipídica e hidroetanólica do maracujá (Passiflora edulis). Outras pesquisas demonstram que esses extratos possuem capacidade de inibição das enzimas responsáveis pela degradação da elastina e do colágeno, além de promover a proliferação de queratinócitos, que atuam na renovação celular, destaca o site da Unicamp

 

O governo federal calcula que a indústria automobilística brasileira investirá cerca de R$ 14 bilhões em infraestrutura para carros elétricos até 2035, com a aprovação do PL do Combustível do Futuro. O projeto de lei foi encaminhado pelo presidente Lula (PT) neste mês ao Congresso Nacional e engloba propostas para a mobilidade de baixo carbono, relata a agência epbr. O Ministério de Minas e Energia estima que, com o programa, o consumo anual da frota de veículos eletrificados pode chegar até 4,4 TWh até 2030, representando de 0,5% a 1,5% do consumo elétrico brasileiro. A mudança resultará na redução de 3 bilhões a 5 bilhões de litros de gasolina consumidos anualmente. O ministro Alexandre Silveira projeta que o crescimento terá impacto positivo em setores como o da mineração, uma vez que minerais estratégicos serão cada vez mais demandados para a produção de baterias dos carros elétricos. Outra previsão é que o Combustível do Futuro gere mais de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos no setor automobilístico.

 


28/09/2023: Líder na Inovação / Congresso na Inovação / Microrreator para Carros / Combustível de Aviação


O Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com o ranking de 2022 e agora ocupa o 49º lugar entre 132 países. Após 12 anos fora do recorte das 50 economias mais bem classificadas no IGI, o Brasil passou a liderar o ranking dos países da América Latina e Caribe, ultrapassando pela primeira vez o Chile (52ª).  Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e serão apresentados durante o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que está sendo realizado no São Paulo Expo. O Brasil apresentou pontuações elevadas em indicadores como serviços governamentais online (14ª posição) e participação eletrônica (11ª). Também se destaca pelo valor de seus 16 unicórnios, aparecendo na 22ª posição, e por seus ativos intangíveis (31ª), obtendo bons resultados mundiais por suas marcas registradas (13ª) e pelo valor global de suas marcas (39ª). Os dez países mais bem colocados no índice global são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul, mostra a Agência Brasil.

 

Teve início na quarta-feira (27), no São Paulo Expo, na capital paulista, o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, reporta o Correio Braziliense. De acordo com os organizadores do evento, o evento reúne, presencialmente, cerca de 7 mil pessoas que, até amanhã, vão discutir o tema da ecoinovação. Além dos painéis, que terão a participação de 18 palestrantes internacionais e 42 brasileiros, o congresso conta com uma ampla área onde serão expostas tecnologias e inovações de empresas de diversos setores, desde os automóveis do futuro até soluções criadas por pequenas empresas na área de construção civil ou agricultura familiar, por exemplo.

 

Pesquisadores do Laboratório de Otimização, Projeto e Controle Avançado, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp, desenvolveram um reator químico compacto, um microrreator, capaz de produzir hidrogênio a partir do etanol. Ele pode ser embarcado em veículos e acoplado a células combustíveis para alimentar motores elétricos, informa o site da Unicamp. A tecnologia permite aproveitar o etanol do tanque do veículo para gerar o hidrogênio que vai alimentar o motor elétrico. A tecnologia, que pode permitir a fabricação de veículos elétricos abastecidos por etanol, foi patenteada pela Universidade. O microrreator, projetado e construído na Unicamp, tem o tamanho de um smartphone e seu núcleo possui apenas 5 centímetros de comprimento. No dispositivo, as reações químicas ocorrem em um espaço confinado. O aparelho se alimenta com etanol de um lado e elimina o hidrogênio do outro. As placas têm uma malha de microcanais feitas por impressão 3D em dispositivos específicos para metais. A impressão 3D tem uso em diferentes áreas do setor industrial, com destaque para a produção de microssistemas.

 

A Petrobras planeja construir na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, uma unidade para produzir combustível sustentável de aviação (SAF) a partir de óleo vegetal, disse na terça-feira (26) o diretor-executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim. Ele destacou que o setor aéreo tem um mandato para a descarbonização a partir de 2027 e frisou que a Petrobras tem condições de fornecer um combustível menos poluente para o segmento, relata o Nova Cana. “Em 2027, aviões vão ter mandato para descarbonizar”, disse Tolmasquim. “Temos água, solo e tecnologia e somos ator fundamental no mundo.” Tolmasquim reiterou que, além da planta dedicada à produção de SAF, a estatal deve expandir a produção de combustível renovável em porcentual menor, como o diesel R e o bunker (diesel marítimo) renovável em outras unidades. A Petrobras pretende apostar no hidrogênio verde como insumo que vai impulsionar a transição energética no mundo, frisou.

 


27/09/2023: IA contra Pandemias / Vagas na Tecnologia / Operação Tererê / Importância das Minhocas / Embalagens Comestíveis / Cidades com 5G


Como os avanços em inteligência artificial (AI) e ciência de dados podem contribuir para o combate à propagação de doenças infecciosas e o aprimoramento da saúde pública em países de baixa e média renda? Dezesseis projetos de pesquisa que buscam responder a esse questionamento foram selecionados em uma chamada de propostas lançada pela Global South Artificial Intelligence for Pandemic and Epidemic Preparedness and Response Network (AI4PEP) e receberão financiamento da Universidade York e do Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento do Ministério de Desenvolvimento Internacional, ambos do Canadá. Um dos projetos aprovados é do CeMEAI, o Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos. Segundo os pesquisadores, o objetivo é desenvolver uma plataforma integrada e fácil que possa ser efetivamente empregada por não especialistas que trabalham com doenças infecciosas. Essa plataforma, denominada AutoAI-Pandemics, fornecerá soluções robustas usando aprendizado de máquina automatizado (automated machine learning) para análise epidemiológica capaz de detectar possíveis cenários epidêmicos e recomendar intervenções para suprimir com segurança a propagação de doenças, com o mínimo impacto social; análise de bioinformática, ajudando pesquisadores das ciências da vida com a análise do genoma do patógeno e combatendo a desinformação para auxiliar na busca de fontes confiáveis de informação.

 

A capacitação e formação de profissionais para o setor de tecnologia foi tema de reunião entre o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, e representantes da Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais. De acordo com levantamento da associação, o mercado de tecnologia no Brasil vai gerar 797 mil vagas de emprego até 2025. No encontro, o secretário Inácio Arruda reforçou que o governo federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), busca o diálogo com o setor produtivo para estabelecer projetos e ações que resultem na formação profissional para a área de TIC. A média é de 150 mil empregos gerados por ano no Brasil pela área de tecnologia, revelou o diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Brasscom, Sergio Sgobbi, durante a reunião em formato virtual. Outro dado do estudo, segundo ele, mostra que a remuneração dos profissionais de TIC é 2,9 vezes maior do que a média de trabalhadores de outros setores. A diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes, destacou que o ministério vai atuar na formação em TIC por meio do Programa Conecta e Capacita, que conta com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O programa vai expandir a infraestrutura de redes e conectividade para educação e pesquisa, detalha o Olhar Digital.

 

A Operação Tererê, organizada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e coordenada pelo Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), começou no dia 11 de setembro. O objetivo principal é conduzir ensaios do sistema de reabastecimento em voo (REVO) da aeronave KC-390 Millennium para a aeronave SC-105. Para alcançar essa qualificação, é crucial compreender o comportamento da SC-105 quando exposta à esteira de turbulência de um jato. Inicialmente, será adotada a técnica de ‘aproximação gradual’, começando os ensaios com a aeronave turboélice KC-130H Hércules, que apresenta menor efeito de esteira, reporta Aeroin. O processo demanda  coleta de dados, com a instalação de sensores nas aeronaves. O Chefe da Engenharia de Instrumentação e da Seção de Operações de Instrumentação, Capitão Engenheiro Túlio Araújo Medeiros de Brito, enfatizou a atuação do IPEV, que implementou inovações na Instrumentação de Ensaios. Entre elas, destaca-se a derivação de parâmetros de barramento Arinc 429, um avanço na manipulação e análise de dados de aviação. Além disso, estão sendo instalados extensômetros para registrar esforços estruturais em pontos diversos da aeronave receptora.

 

Minhocas são impulsionadoras da produção global de alimentos, contribuindo para 6,5% da produção global de grãos e 2,3% das leguminosas a cada ano, constataram cientistas da Universidade Estadual do Colorado, que publicaram um estudo na revista Nature Communications. Isso significa que as minhocas podem ser responsáveis por até 140 milhões de toneladas métricas de alimentos produzidos anualmente – algo que se aproximaria da quantidade de grãos de cereais cultivados anualmente pela Rússia, o quarto maior produtor do mundo, destaca Um Só Planeta. “Este é o primeiro esforço que conheço que tenta pegar um pedaço da biodiversidade do solo e estimar os valores contextualizados em escala global”, diz Steven Fonte, professor no Departamento de Ciências do Solo e das Culturas. Fonte e seus colegas estimaram a contribuição das minhocas para a produção global de alimentos sobrepondo e analisando mapas de abundância da espécie, propriedades do solo, taxa de fertilização e rendimento das culturas. Os cientistas analisaram o impacto das minhocas em quatro culturas: arroz, milho, trigo e cevada. E leguminosas como soja, ervilha, grão de bico e lentilha.

 

A Oka Bioembalagens foi a primeira empresa brasileira a receber o certificado de embalagem comestível, produzido com ingredientes locais e com uso mínimo de água na produção. Em vez de descartar as embalagens, potinhos e colheres são comestíveis, destaca o Ciclo Vivo. Os produtos são feitos de fécula de mandioca e têm sabor neutro. material desses produtos também pode envolver sementes e tornar a regeneração e o reflorestamento de áreas degradadas mais eficientes. Além de o material se transformar em hidrogel antes de se dissolver, pode conter elementos para adubação verde, nutrientes como substratos, biofertilizantes, biochar etc. Segundo a fundadora Érika Cezarini, em 1999 estava pesquisando um biomaterial para coletar resíduos orgânicos. Por meio de uma pesquisa realizada na Unesp de Botucatu, ela tomou contato com o potencial da mandioca para a fabricação de bioembalagens. “Formalizei uma parceria com a Unesp para ajudar no desenvolvimento e produção desse novo biomaterial. Esta foi uma pesquisa pioneira e em 2000 já tínhamos as primeiras bandejas feitas com a fécula de mandioca e água na composição”, explicou.

 

O Estado de São Paulo foi o destaque do estudo Cidades Amigas do 5G, que mapeou os municípios que mais trabalham para garantir a oferta e a expansão dos serviços de telecomunicações no Brasil. Das 10 primeiras cidades do ranking, nove são paulistas. O 5G já está disponível em 128 municípios do Estado, que responde por uma de cada quatro cidades brasileiras com a tecnologia, informa o portal do governo paulista. Em primeiro lugar no ranking divulgado pela Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as empresas do setor, aparece o município de Americana, que subiu 110 posições em relação à edição de 2022. As demais cidades paulistas no ‘top 10’ são Jacareí (2º), Pindamonhangaba (3º), Indaiatuba (4º), Jaú (5º), Mogi Guaçu (6º), Bauru (7º), Itu (9º) e Araraquara (10º). Foram avaliados 201 municípios brasileiros com mais de 150 mil habitantes.

 


26/09/2023: Janelas Anti-calor / Drex / Dirigível Eficiente / Reciclagem de Painéis


Engenheiros da Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU), nos Estados Unidos, desenvolveram um novo material que permite que a mesma janela alterne o bloqueio de luz e calor. Segundo os pesquisadores, essas adaptações são possíveis graças ao óxido de tungstênio. Normalmente transparente, a substância se torna mais escura e bloqueia a luz quando recebe um sinal elétrico, explica o Olhar Digital. Mas no novo estudo, os engenheiros do NCSU descobriram que a adição de água transforma o óxido de tungstênio em hidrato de óxido de tungstênio. E é essa nova substância gerada que permite a alternância entre os “modos” da janela. Quando “desligado”, ela permanece transparente à luz e ao calor, ideal para aqueles dias de inverno. Mas se alguns elétrons e íons de lítio são injetados no material, ele primeiro passa por uma fase em que bloqueia a luz infravermelha (sentida como calor) enquanto permanece transparente para comprimentos de onda visíveis da luz. E, finalmente, à medida que mais elétrons passam para o material, ele transita para uma fase escura, onde bloqueia a luz visível e infravermelha.

 

O BC (Banco Central) afirma que o lançamento do Drex, moeda digital brasileira, vai facilitar o acesso da população ao crédito, baratear as operações financeiras e funcionar como um método menos burocrático para a aquisição de imóveis. Em entrevista ao portal de notícias G1, Fabio Araujo, coordenador do projeto na instituição financeira, explicou os benefícios da nova tecnologia, que já está em uma 1ª fase de testes com os bancos até maio de 2024. Segundo o técnico, ainda será necessário fazer ajustes na legislação brasileira para que a moeda virtual seja utilizada na compra e venda de imóveis. Ao mesmo tempo, o segmento precisará demonstrar interesse na digitalização do mercado. A princípio, a ideia é que as compras funcionem por meio de “contratos inteligentes”, quando uma pessoa paga pelo imóvel com o Drex ao mesmo tempo em que o bem é transferido automaticamente. Na prática, a medida eliminaria a insegurança de o pagamento ser feito, mas o imóvel não ser transferido. O método também permitiria um custo menor de centavos por contrato

 

Uma startup francesa está planejando voar por 20 dias com um dirigível ao redor do mundo, sem escalas e sem o uso de combustíveis fósseis, informa Aero Magazine. O Solar Airship One possui 151 metros de comprimento que serão preenchidos por 50.000 m³ de gás hélio. Dois tipos de fontes irão abastecer o seu sistema de propulsão: durante o dia, a energia solar, que preencherá quase 5.000 m² na parte superior da aeronave, e de noite o hidrogênio será utilizado para alimentar uma célula de combustível. Segundo a Euro Airship, o projeto está sendo desenvolvido há uma década e, nos últimos três anos, detalhes de cunho industrial estão sendo definidos em conjunto com uma empresa de tecnologia e consultoria da França. Três tripulantes estarão a bordo do dirigível, que tem previsão de decolar em 2026, percorrendo 40.000 km, no sentido ocidente-oriente.

 

O mercado global de reciclagem de painéis solares deverá atingir o valor de US$ 477,74 milhões em 2032, crescimento anual composto de 12,9% a partir de 2022, mostra estudo da consultoria Polaris Market Research. No ano passado, esse setor foi estimado em US$ 141 milhões. Uma placa solar pode ser reciclada mediante a recuperação dos materiais e componentes, como silício, vidro, cobre, alumínio, prata, alumínio e plástico. Também é possível reutilizar painéis fotovoltaicos antigos em um diferente contexto, ampliando a vida útil do equipamento, destaca o Portal Solar. Segundo a Polaris, o processo mecânico deverá ser o mais representativo do mercado de reciclagem. Esse método consiste em separar os componentes por meio da quebra do equipamento. Essa forma é a mais simples e barata, podendo recuperar uma grande parte dos materiais utilizados na placa fotovoltaica.

 


25/09/2023: IA contra Incêndios / Parceria em Tecnologias / Patrimônio Geológico / Energia Brasileira / Barco Elétrico


Metodologia desenvolvida pelo pesquisador Fábio Teodoro de Souza, do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), com uso de inteligência artificial (IA), identifica focos de incêndio com 12 horas de antecedência e 85% de acerto. A metodologia está disponível desde 2015, com testes efetuados no Parque Nacional Chapada das Mesas, no Maranhão, e pode ser aplicada em qualquer local do país. Ela considerou dados de focos de incêndios monitorados por satélites do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e dados meteorológicos da rede automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), informa a Agência Brasil. Os satélites registram o horário do foco e as coordenadas de onde está o incêndio. Isso ocorre 24 horas por dia. O artigo do pesquisador da PUC-PR foi publicado na revista Environmental Earth Sciences.

 

Com o objetivo de desenvolver estudos de tecnologias-chave e de sistemas e aeronaves não tripuladas foi assinado um memorando de entendimento entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Stella Tecnologia Indústria e Comércio Aeroespacial. A parceria representa mais um passo na realização de missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), de Busca e Salvamento (SAR), de emprego de armamento ar-solo e do Posto de Comunicação Aeroespacial. As partes se comprometem a definir os conceitos relacionados aos sistemas e veículos aéreos não tripulados, conhecidos pela sigla UAS (Unmaned Aerial Systems/Vehicles), englobando sistemas habilitadores e interfaces entre sistemas, além de envolver a Base Industrial de Defesa e as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação nacionais na cooperação em pesquisas. Os equipamentos UAS servem tanto para o controle do espaço aéreo quanto para a defesa aérea, destaca o site da FAB.

 

Os pesquisadores Sofia Groppo, Rodrigo Figueiredo Ramponi e Eliane Aparecida Del Lama, do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Patrimônio Geológico e Geoturismo (GeoHereditas) do Instituto de Geociências da USP, publicaram o ‘Roteiro Geoturístico no Cemitério São Paulo’. O objetivo é realizar atividades educativas e turísticas que promovam a sustentabilidade, além de fortalecer práticas de geoconservação no Brasil. Segundo Eliane Del Lama, os cemitérios possuem grande quantidade de rochas ornamentais, nacionais e estrangeiras, possibilitando relacionar história, sociologia e geociências. “Tem todo um contexto ali associado com a ideia desses tours”, conta Eliane Del Lama, professora do IGc que coordena as atividades do GeoHereditas, ao falar sobre seus interesses pela preservação do patrimônio histórico, geoconservação e petrografia em entrevista publicada no Jornal da USP.

 

Um estudo sobre o consumo global de eletricidade em 2022 mostra que a produção de energia no Brasil se tornou mais sustentável, informa o gizmodo. Nas Américas, a produção de energia sustentável do Brasil fica apenas atrás dos EUA — em números, não em percentual de matriz energética, vale dizer. No entanto, o estudo aponta que o restante do planeta segue um caminho oposto. A produção de energia renovável nos EUA chegou à casa dos 8.43 EJ (ou exajoules, unidade para medir grandes quantidades de energia) em 2022. No Brasil, esse total foi de 2.53 EJ. Além disso, os dados mostram que esse total só aumentou desde 2012: há dez anos, o montante de energia renovável produzida no Brasil era de 0.99 EJ. O Brasil utiliza, majoritariamente, energia hidrelétrica, mas outras fontes renováveis, como eólica, solar e geotérmica, correspondem por quase 10% da produção de energia do país.

 

A Candela, fabricante sueca de barcos elétricos, se juntou às empresas Northvolt e Plug na construção do protótipo C-8 Polestar Powered, um e-boat capaz de atingir 777 km em 24 horas. Segundo o Olhar Digital, o e-boat navega em velocidade de cruzeiro, mas com a tecnologia de hidrofólio — que navega acima da água. Essa função proporciona uma viagem mais suave e com maior eficiência energética. Com a bateria da Northvolt e carregamento da Plug for the Distance Challenge, o C-8 da Candela foi testado em um percurso de 37 km entre Frihamnen e a ilha de Tynningö, no arquipélago de Estocolmo. Em um período de 24 horas, o C-8 viajou em uma velocidade limite de 50 km/h, embora a média tenha sido de 31 km/h — considerando as pausas para carregamento.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP