Área Tecnológica na Mídia
24 de novembro de 2023, às 13h02 - Tempo de leitura aproximado: 19 minutos
24/11/2023: IA Generativa / Reduzir Emissões / Cerâmica / Amadurecimento da Uva
A Geotab, empresa de origem canadense que desenvolve soluções de transporte conectado, utiliza recursos da inteligência artificial generativa para fornecer métricas do veículo. O Project G é um robô que gera dados sobre o desempenho do veículo, economia de combustível e redução de custos. “O que nós oferecemos, em síntese, é uma solução de big data”, disse ao NeoFeed Eduardo Canicoba, vice-presidente da Geotab para o Brasil. O software da empresa captura e processa 75 bilhões de pontos de dados em 4 milhões de assinaturas nos 160 países onde atua. Seus sistemas são capazes de dizer se o motorista, dado seu comportamento na direção, desperdiça combustível. O suporte à manutenção preventiva dos veículos é outro benefício. O software indica a necessidade de manutenção, rotação de pneus e eventuais falhas que possam comprometer a operação. A empresa desenvolveu uma evolução da telemetria. “Telemetria é basicamente um GPS para avaliar e identificar o que acontece do ponto A ao ponto B”, diz Canicoba. “Já a telemática é a transmissão de dados por meio de uma rede de comunicação.” A No Carbon, empresa da JBS especializada na locação de caminhões 100% elétricos, utiliza a tecnologia para monitorar o estado da bateria e do motor. A IA generativa informa quais veículos estão em carregamento, quais precisam de mais carga e ajuda a traçar rotas. A No Carbon tem 262 veículos eletrificados.
Reduzir as emissões e aumentar o sequestro de gases do efeito estufa na agricultura, ao mesmo tempo em que aumenta a produtividade de alimentos, fibras e energia. Este é o desafio do Centro de Pesquisa de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon), sediado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. O CCarbon é um dos cinco novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) selecionados entre 38 projetos submetidos à chamada lançada em 202, informa a Agência Fapesp. O diretor do CCarbon, Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, lembrou que 20% das emissões globais de gases do efeito estufa são decorrentes da agricultura. No Brasil, essa parcela é de 27%. O novo centro vai desenvolver soluções para mitigar as emissões, como definir as melhores práticas de manejo. Segundo Cerri, as soluções existentes hoje estão, em sua maioria, relacionadas ao clima temperado do Hemisfério Norte, não servindo à agricultura tropical praticada no Sul Global. Diretor de inovação do Centro, Pedro Henrique Santin Brancalion lembrou que o carbono está se transformando em uma commodity e o Brasil tem potencial de atuação como foi a dos países árabes para os combustíveis fósseis. “Uma das vantagens é que aumentar o estoque de carbono aumenta também a produção. E a vegetação nativa restaurada tem papel fundamental nos serviços ecossistêmicos”, resumiu.
O resfriamento radiativo passivo (RPC) é uma das tecnologias de refrigeração verde para reduzir a poluição ambiental e combater o aquecimento global. Um exemplo da tecnologia é uma cerâmica criada por cientistas da City University of Hong Kong, relata o Ciclo Vivo. O material, conhecido como cerâmica de resfriamento, alcança propriedades ópticas de alto desempenho para geração de resfriamento. Sem usar energia elétrica, a relação custo-benefício, durabilidade e versatilidade da cerâmica oferecem inúmeras aplicações, principalmente na construção civil. Ao reduzir a carga térmica dos edifícios e proporcionar um desempenho de refrigeração estável, a cerâmica de resfriamento aumenta a eficiência energética. As descobertas foram publicadas na revista Science. Em altas temperaturas, graças à superfície porosa, o material inibe o efeito de Leidenfrost, um fenômeno que ocorre quando um líquido entra em contato com uma superfície mais quente que seu ponto de ebulição. Em vez de ferver imediatamente, o líquido forma uma camada de vapor que o isola do contato direto com a superfície. Essa camada reduz a taxa de transferência de calor e torna ineficaz o resfriamento do líquido na superfície quente, fazendo com que o líquido levite e deslize pela superfície. A característica de resfriamento da cerâmica vem da estrutura porosa, similar a materiais cerâmicos como a alumina. A produção envolve a inversão de fase, fenômeno químico usado na fabricação de membranas artificiais, e sinterização, processo de aquecimento das peças comprimidas.
O site da Embrapa destaca um novo método de análise científica que promete revolucionar a produção de vinhos tintos no Brasil ao permitir uma colheita mais precisa das uvas destinadas à elaboração dessas bebidas. Desenvolvido por pesquisadores brasileiros e espanhóis, o método utiliza a cromatografia líquida bidimensional abrangente no estudo da evolução das antocianinas nas uvas durante seu amadurecimento, fornecendo informações cruciais para a definição do momento ideal da colheita. As antocianinas são compostos fenólicos encontrados principalmente em vegetais e frutas. Esses compostos, que podem ser tanto naturais quanto sintéticos, são substâncias químicas multifuncionais que dão cor, aroma e estabilidade aos alimentos. No caso dos vinhos tintos, são responsáveis pela cor característica e considerados essenciais para a qualidade da bebida. Pesquisa realizada com uvas Malbec revela tendências significativas na concentração de antocianinas ao longo do tempo de maturação. Segundo o estudo, esse tipo de composto benéfico alcança seu pico na sexta semana após o início da maturação e, posteriormente, sofre redução. Essa descoberta oferece aos viticultores dados valiosos para determinar o momento ideal da colheita, visando à produção de vinhos tintos de excelência.
23/11/2023: Turina Eólica / Inteligência Artificial / Efeito Estufa
A empresa holandesa The Archimedes desenvolveu uma turbina eólica para uso doméstico que gera 1.500 quilowatts-hora (kWh) de energia anuais com velocidade do vento de 5 m/s, isto é, 18 km por hora, superando a produção dos painéis solares. O maior modelo disponível gera mais energia, cerca de 7.500 kWh por ano, informa Click Petróleo e Gás. A turbina eólica compacta chama atenção pelo design, que lembra uma rosa. O rotor em forma de espiral/parafuso sempre está apontado para a direção em que o vento sopra e transforma a energia cinética em mecânica. A turbina é composta por três pás circulares que são enroladas uma na outra e depois expandidas, gerando uma turbina cônica tridimensional, parecida com as conchas alongadas encontradas na praia. O design garante que o vento seja atraído à turbina. As turbinas eólicas podem gerar energia continuamente, aproveitando os ventos diurnos e noturnos.
Pesquisadores da Penn State University (EUA), do AccuWeather e da Universidade de Almería, na Espanha, desenvolveram uma estrutura baseada em classificadores lineares de aprendizado de máquina que detecta movimentos rotacionais em nuvens identificadas em imagens de satélite, que poderiam passar despercebidas. A solução de inteligência artificial foi executada no supercomputador Bridges no Pittsburgh Supercomputing Center, relata Engenharia 360. De acordo com um dos meteorologistas que integraram o projeto, a melhor previsão incorpora o máximo de dados possível. Eles trabalharam com mais de 50 mil imagens de satélite dos EUA. Com esses dados, os especialistas identificaram e rotularam a forma e o movimento das nuvens em forma de vírgula. Esses padrões de nuvens estão associados às formações de ciclones. Usando técnicas de aprendizado de máquina, os pesquisadores ensinaram os computadores a reconhecer e detectar automaticamente essas nuvens nas imagens de satélite. A técnica de IA apontará os padrões, indicando em tempo real onde concentrar a atenção para detectar o início do mau tempo.
O Conselho Universitário da USP aprovou a criação de dois novos centros de estudos: o Centro de Estudos de Gases do Efeito Estufa (RCGI, na sigla em inglês) e o Centro de Estudos em Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, reporta o Jornal da USP. O RCGI (Research Centre for Greenhouse Gas Innovation) foi criado em 2014 como um Centro de Pesquisa em Engenharia da Fapesp e a nova configuração, como centro ligado à Reitoria, complementará as experiências da USP no apoio à pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico em relação ao uso sustentável de gás natural, biogás, hidrogênio, gestão, transporte, armazenamento e uso de CO², com foco na inovação para a sustentabilidade e mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Em agosto, o RCGI anunciou a primeira estação experimental de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol, que será instalada na Cidade Universitária. A previsão é que esteja operando no segundo semestre de 2024. O Centro de Estudos em Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina atuará como polo de pesquisa e inovação na área, estabelecendo colaborações com outras instituições acadêmicas, oferecendo plataformas e recursos compartilhados, transferindo conhecimento e tecnologia, disseminando informações e formando profissionais.
22/11/2023: Cascas de Laranjas / Energia Elétrica / Computação
A indústria de suco gera dez milhões de toneladas métricas de resíduos por ano. Nessas sobras são encontradas substâncias que podem ser aproveitadas com fins industriais e comerciais, como açúcares fermentáveis, polissacarídeos, polifenóis e óleos essenciais. Cientistas da Unesp, em colaboração com pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso (Chile) e da Escola de Engenharia e Ciência de Monterrey (México), desenvolveram um sistema para produzir colorantes e enzimas a partir desse material. Os resultados foram descritos na revista Sustainable Chemistry and Pharmacy, reporta a Agência Fapesp. Os pesquisadores utilizaram uma biorrefinaria, que usa matérias-primas renováveis, como plantas e resíduos orgânicos, para produzir uma variedade de produtos, incluindo energia, combustíveis, materiais e produtos químicos. Vários resíduos da indústria de alimentos e/ou agrícolas, como bagaço de cana-de-açúcar, palha e cascas de laranja, são ricos em celulose e hemicelulose, substâncias que, após a hidrólise, são convertidas em glicose e xilose, respectivamente. Esses açúcares fermentáveis podem ser usados como fontes de carbono para obter bioprodutos de valor comercial, como colorantes naturais e enzimas.
Como pesquisa de doutorado em Energia Elétrica pela USP, Luís Fernando Moreira Machado desenvolveu um algoritmo que coordena e gerencia as fontes de energia, como os geradores a diesel, gás e as cargas de um sistema elétrico. O algoritmo funciona com base nas tarifas de energia e os valores financeiros dos custos dos combustíveis dos geradores. “Podemos fazer a analogia com um maestro que coordena e harmoniza os instrumentos de uma orquestra para que a mágica aconteça”, diz Machado. “Ele realiza o planejamento e a otimização do uso das fontes de energia por meio de dados financeiros e das informações sobre o consumo de energia, com a finalidade de otimizar o consumo. Se o preço da energia estiver alto e o preço do combustível do gerador estiver baixo, o algoritmo realiza essa análise e aciona o gerador determinando a sua potência de operação”, explicou ao Jornal da USP. O produto está no estágio de TRL (Nível de Maturidade Tecnológica) entre três e quatro. Isso significa que acabou de sair da pesquisa, mas é necessário fazer provas de conceito para futuras prototipagens.
Está em curso uma busca intensa e mundial por novos materiais para construir chips de computador que não sejam baseados em transistores clássicos, mas em componentes semelhantes ao cérebro, ou neuromórficos, que consomem muito menos energia e podem até funcionar com base na luz, em vez de eletricidade. Contudo, ainda que a base teórica para os computadores digitais atuais baseados em transistores seja sólida, não existem diretrizes teóricas reais para a criação de computadores semelhantes ao cérebro. E uma teoria que guie as pesquisas está se mostrando absolutamente necessária para colocar os esforços em terreno sólido. Os computadores digitais são máquinas lógicas e sua programação também é baseada no raciocínio lógico, mas nosso cérebro não é um sistema lógico, começa matéria do portal Inovação Tecnológica. “Muito do processamento de informações que nosso cérebro faz é algo não lógico, sendo contínuo e dinâmico. É difícil formalizar isso em um computador digital, explica o professor Herbert Jaeger, da Universidade de Groningen, na Alemanha. Além disso, nossos cérebros continuam funcionando apesar de “grandes variações no hardware”, como flutuações na pressão arterial, na temperatura externa e interna ou no equilíbrio hormonal. “Mesmo os neurocientistas não sabem exatamente como o cérebro funciona. É aqui que a falta de uma teoria para computadores neuromórficos é problemática. No entanto, o campo parece não ver isso,” disse o pesquisador. Mas os primeiros passos já foram dados. Jaeger e seus colegas Beatriz Noheda e Wilfred van der Wiel (Universidade de Twente) desenvolveram um esboço de como deverá ser uma teoria para os computadores não digitais. Eles propõem que, em vez de chaves 0/1 estáveis (os transistores), a teoria deveria trabalhar com sinais analógicos contínuos. E a teoria também precisa acomodar a riqueza de efeitos físicos não-padronizados em nanoescala que os cientistas de materiais estão investigando.
21/11/2023: Super-radar / Melhores do Mundo / Barco Elétrico / Carro Voador / Folha Artificial / Rotação da Terra / Energia Solar
Para um verão que tem tudo para ser abrasador — e com tempestades tão intensas quanto as temperaturas —, o Rio de Janeiro vai se equipar com um super-radar meteorológico. A Prefeitura do Rio anunciou nesta quinta-feira (16) a compra do Vaisala WRS400, um equipamento de ponta voltado para a previsão do tempo de curto prazo. A máquina custou R$ 6,8 milhões e vem da Finlândia. A previsão é instalá-la no mês que vem no Maciço do Mendanha, na Zona Oeste. Outra novidade para o verão é a mudança dos estágios operacionais da cidade. Termos como “atenção”, “alerta” e “mobilização” foram embora e deram lugar a uma escala de números e cores de 1 a 5. Ainda segundo o g1, o Vaisala consegue captar a presença de gelo nas nuvens. Com isso, é possível avisar aos moradores de determinado bairro sobre a possibilidade de chuva de granizo com uma pequena antecedência.
Oito docentes da Universidade de São Paulo (USP) estão entre os pesquisadores mais influentes do mundo, segundo a avaliação da consultoria britânica Clarivate Analytics. A Academia Chinesa de Ciências tem o maior número de pesquisadores citados, com 270. No ano passado, a Universidade de Harvard (EUA) estava em primeiro lugar. O Brasil marcou presença com 19 pesquisadores na lista dos mais influentes, sendo a USP a instituição brasileira com mais docentes destacados, mantendo o número do ano passado, mostra o Olhar Digital. Na classificação, estão os professores Raul Dias dos Santos Filho e Renata Bertazzi Levy, da Faculdade de Medicina (FM); Geoffrey Cannon, Maria Laura da Costa Louzada, Carlos Augusto Monteiro, Jean-Claude Moubarac e Eurídice Martínez Steele, da Faculdade de Saúde Pública (FSP); e Pedro Henrique Santin Brancalion, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). Além da USP, outras dez instituições brasileiras tiveram pesquisadores mencionados: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Fundação Oswaldo Cruz e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Muitas cidades em todo o mundo consideram o transporte público limpo e eficiente como uma forma crucial de reduzir suas emissões de carbono. Para as cidades com vias navegáveis, uma balsa de alta tecnologia na Suécia poderá em breve estabelecer um novo padrão. Atravessando o arquipélago de Estocolmo em alta velocidade, a nova embarcação P-12 da fabricante de barcos elétricos Candela quase não faz barulho ao deslizar mais de um metro acima da água. Seus desenvolvedores esperam que a balsa, apresentada esta semana, produza uma nova era de transporte público por água. “Trata-se de um verdadeiro salto”, disse Erik Eklund, responsável pela divisão de embarcações comerciais da Candela. “A economia de energia que obtemos com o transporte aéreo nas lâminas nos dá a velocidade e o alcance de que precisamos para que isso funcione com baterias.” A embarcação foi projetada para transportar 30 passageiros a uma velocidade máxima de 30 nós (56 km/h)- consideravelmente mais rápida do que outras balsas elétricas de passageiros. Ele consegue isso com as asas do hidrofólio de fibra de carbono que elevam o barco para fora da água, reduzindo o arrasto. A Candela afirma que sua tecnologia reduz a energia por passageiro/quilômetro em 95% em comparação com os navios a diesel que atualmente transportam passageiros pelo pitoresco arquipélago de Estocolmo, formado por dezenas de milhares de ilhas e recifes que se estendem pelo Mar Báltico, revela o Estadão, em matéria reproduzido no site MSN.
O Ceará foi o estado escolhido para receber os primeiros testes do modelo de carro voador em desenvolvimento pela empresa Vertical Connect. A aeronave Gênesis-X1 será um modelo de “veículo elétrico de pouso e decolagem vertical” (eVTOL, em inglês), com capacidade para duas pessoas em deslocamentos urbanos. O Gênesis-X1 é planejado para operar com voos totalmente elétricos, sem o uso de combustíveis fósseis. A ideia anunciada é proporcionar uma alternativa eficiente para redefinir a mobilidade urbana, com preços acessíveis. Em comparação com os helicópteros, os eVTOL fazem trajetos mais curtos e são mais silenciosos. O Gênesis-X1 deverá fazer o deslocamento entre vertiportos, locais de pouso e decolagem menores do que helipontos e que darão mais opções de destinos para viagens, explica o Olhar Digital. A empresa responsável tem escritório comercial em São Paulo e pretende levar o local de fabricação e os testes das aeronaves para o Ceará. Em fase de desenvolvimento, o eVTOL terá velocidade máxima de 130 quilômetros por hora e autonomia de 60 minutos de voo. Ele contará ainda com oito hélices e oito motores elétricos e terá fuselagem composta de fibra de carbono aeronáutico.
Em uma notável evolução desde 2022, a equipe da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, alcançou um marco científico ao desenvolver uma tecnologia de folha artificial aquática capaz de produzir água potável e hidrogênio simultaneamente. O dispositivo flutuante inovador de tecnologia captura a energia solar do alto e utiliza a água presente abaixo – seja água do mar ou águas residuais contaminadas – para gerar hidrogênio, um combustível limpo, e purificar a água. Diferentemente de versões anteriores, este novo protótipo de tecnologia destaca-se pela capacidade de operar com fontes poluídas ou água do mar, oferecendo uma solução inovadora para a dessalinização e transformação em água e hidrogênio. Ariffin Annuar, membro da equipe, destaca a relevância desse avanço em regiões remotas ou em desenvolvimento, onde a escassez de água potável é um desafio e as infraestruturas para purificação não estão prontamente disponíveis, relata o Click Petróleo e Gás. “Um dispositivo que pudesse funcionar usando água contaminada pode resolver dois problemas ao mesmo tempo: pode dividir a água para produzir combustível limpo e pode produzir água potável,” afirma.
Pesquisadores da Universidade Técnica de Munique atingiram a mais alta precisão já registrada na medição da rotação da Terra. Essas medidas contribuirão para determinar a posição exata da Terra no espaço e contribuirão para o aprimoramento das pesquisas climáticas, reporta Engenharia é. O recorde foi estabelecido graças ao aprimoramento do anel de laser no Observatório Geodésico Wettzell, na Alemanha. A Terra gira em torno de seu eixo a velocidades ligeiramente variáveis. O eixo não é completamente estático, apresentando oscilações sutis devido à natureza não totalmente sólida da Terra – a superfície e o interior estão constantemente em movimento. Essas variações na massa influenciam a velocidade de rotação e essas mudanças podem ser identificadas por meio de sistemas de medição extremamente precisos, como o anel de laser. O laboratório usa dois feixes de laser em movimento oposto, percorrendo trajetória quadrada com espelhos nos cantos, formando um circuito fechado. À medida que o conjunto gira, a luz que segue na mesma direção precisa percorrer distância maior do que a luz em sentido oposto. Isso resulta em interferência entre os dois feixes, que ‘ajustam’ seus comprimentos de onda, levando a uma alteração na frequência óptica. Essa diferença é utilizada para calcular a velocidade rotacional.
O investimento em telhados com energia solar nas residências ultrapassou R$ 60,5 bilhões no País. O levantamento da plataforma Meu Financiamento Solar aponta que mais de 1,6 milhão de moradias em 5,5 mil municípios de todas as regiões utilizam a tecnologia fotovoltaica, destaca Um Só Planeta. A análise, feita com base em dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, indica que a potência instalada de energia solar nas casas ultrapassa 12 gigawatts (GW) ― quase a capacidade da usina de Itaipu, a segunda maior do mundo e que possui 14 GW. Quando residências, comércios, indústrias e propriedades rurais são levadas em conta, a potência chega a 24 GW. Como os telhados e pequenos terrenos solares muitas vezes enviam créditos de energia para mais de um consumidor, as 1,6 milhão de conexões chegam a abastecer mais de dois milhões de unidades consumidoras residenciais.
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