12/05/2023: Satélites artificiais / Biomassa / Agronegócio / Hidrogênio / Conversão de CO²

A Amazon está decidida a criar a sua própria constelação de satélites artificiais fora da Terra, em uma resposta aos avanços da Starlink, rede que oferece internet banda larga via satélite da SpaceX, de Elon Musk. Chamado de Projeto Kuiper, tem como promessa a oferta de internet de boa qualidade e com custo mais baixo para pessoas e empresas. O objetivo da companhia é enviar 3.236 satélites ao espaço nos próximos anos, enquanto a concorrente já tem mais de 4.000 equipamentos em órbita e ambiciona chegar a 12 mil até 2027. De acordo com o UOL, as antenas são alimentadas por um chip proprietário da Amazon, batizado de Prometheus, que também estará a bordo dos satélites. Segundo a empresa, no caso do modelo padrão, o custo de produção é de menos de US$ 400 por unidade.

Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp/Dracena) com participação da Embrapa Meio Ambiente (SP) conseguiu incorporar glicerina aos pellets para potencializar a sua utilização na agroindústria brasileira. Os pellets são combustíveis sólidos à base de resíduos de biomassa vegetal, como serragem, cavacos de madeira e bagaço de cana-de-açúcar, entre outros, usados para gerar energia elétrica e térmica em usinas, empresas e aquecimento residencial. Os modelos de agropellets, contendo glicerol, são mais densos e podem oferecer soluções mais sustentáveis para recuperar energia a partir de subprodutos do bioetanol e biodiesel, reduzindo a dependência de processamento de madeira e biomassa lenhosa para biocombustíveis sólidos tradicionais, explica o portal da Embrapa. Atualmente, a principal aplicação dos pellets de madeira no Brasil é na geração de energia térmica para as indústrias e o comércio, sendo utilizados por pizzarias, padarias, hotéis, parques aquáticos, academias de natação, estufas de pintura, indústrias alimentícias, lavanderias etc.

A FAPESP e o Sebrae criaram o programa PIPE Start, voltado a apoiar empreendedores em estágio inicial de validação de ideias de novas soluções tecnológicas e modelos de negócios que tenham potencial de viabilidade no mercado. Os projetos selecionados deverão ser realizados no prazo de até nove meses e poderão receber recursos de até R$ 100 mil, informa o portal do governo de São Paulo. Podem participar da iniciativa empresas paulistas nascentes, com até 12 meses de atividade e faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, ou empreendedores com no mínimo 18 anos de idade e domiciliados no Estado de São Paulo. As propostas devem estar necessariamente vinculadas a desafios tecnológicos e de negócios ligados à produção vegetal e animal e também à sustentabilidade, podendo estar conectados a tecnologias relacionadas a sensores, softwares e aplicativos, drones, maquinários autônomos, inteligência artificial, internet das coisas, robotização, automatização, agricultura 4.0, agricultura de precisão, biotecnologia, dentre outras.

INPI divulgou na quinta-feira (11) um estudo sobre tecnologias ligadas à produção de hidrogênio. Esta edição do Radar Tecnológico apresenta um panorama sobre pedidos de patente nessa área depositados no INPI, entre 2010 e 2021, com ênfase em hidrogênio verde, reporta o site do governo. Além da produção via eletrólise, foi considerado como verde o hidrogênio produzido por outros métodos, como produção biológica, fotoquímica e fotocatalítica, decomposição térmica da água ou a partir de conversão de biomassa, sempre que explicitassem que utilizavam energia de fonte renovável no processo. Da amostra analisada, 44% dos documentos de patente foram identificados como relativos ao hidrogênio verde.

A Braskem anunciou na quinta-feira (11) uma parceria com a startup norte-americana New Iridium para desenvolvimento de tecnologias para conversão do CO² gerado por operações industriais. O foco é a conversão de CO² por meio da fotocatálise, tecnologia de especialidade da startup, uma solução que tem como base o uso de fontes luminosas (LEDs) e CO² de emissões industriais, combinando-os com matérias-primas de baixo custo, reporta a IstoÉ Dinheiro. Segundo a petroquímica, a tecnologia cria um produto químico em versões com menor pegada de carbono, com potencial de mitigar emissões de CO².

11/05/2023: Drone / Estação espacial / Inteligência artificial / Matriz elétrica

O projeto FlatFish recebeu o prêmio ‘Spotlight 2023 de Nova Tecnologia’ na OTC, realizado de 1º a 4 de maio em Houston, nos Estados Unidos. Um dos principais eventos de energia do mundo, a conferência premiou 15 tecnologias que estão revolucionando o futuro do setor offshore. Os vencedores foram selecionados com base em cinco critérios: novidade da tecnologia no mercado, inovação, sucesso demonstrado, apelo comercial e impacto significativo no setor. Originalmente desenvolvido pela Shell Brasil e Senai Cimatec, o FlatFish é um veículo autônomo submarino (AUV) que atualmente se encontra em fase de industrialização e comercialização pela Saipem, tendo sido anteriormente testado por um projeto multicliente (JIP), que incluiu a participação da Petrobras, informa o site Portos e Navios.

A Airbus apresentou seu conceito de estação espacial, denominada Loop, em preparação para o encerramento das atividades da Estação Espacial Internacional, desgastada após mais de 20 anos em operação, destaca Engenharia é. A estrutura modular permitirá a incorporação de tecnologias futuras. Tem três níveis, sendo o Deck de Habitação e o Deck de Ciência os principais. A Centrífuga poderá girar para simular condições de gravidade. Os decks são conectados pelo ‘Túnel’, que é cercado por uma estrutura de estufa.

A ferramenta de inteligência artificial generativa do Google, rival do ChatGPT, foi oficialmente liberada em inglês para usuários de 180 países. O anúncio ocorreu durante o Google I/O, evento que aconteceu na quarta-feira (10). A ferramenta ainda não ficará disponível no Brasil, expõe Época Negócios. Com os feedbacks dos usuários, a empresa pode construir melhorias, como o próprio modelo de linguagem PaLM 2, que quer concorrer com o GPT-4. As novidades incluem integração de novos idiomas, otimização das transferências de textos gerados pela plataforma para o Google Docs e Gmail, pesquisa por fotos e modo escuro. O Google também anunciou que está trabalhando para gerar imagens com IA desenvolvida pela Adobe.

As fontes renováveis foram responsáveis por crescimento de 3,3 gigawatts (GW) da matriz elétrica até abril. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a expansão na capacidade instalada foi de 3.343,1 megawatts (MW) nos quatros primeiros meses deste ano; 49,15% vieram de usinas eólicas, responsáveis por 1.643 MW, e 37,19%, de solares fotovoltaicas, encarregadas por 1.243,4 MW, informa o site do governo. Apenas em abril o crescimento da matriz elétrica foi de 593,0 MW concentrados em 27 usinas: 11 eólicas (153,5 MW), oito solares fotovoltaicas (324,0 MW), cinco termelétricas (85,2 MW), uma pequena central hidrelétrica (22,3 MW), uma central geradora hidrelétrica (8 MW). Minas Gerais teve a maior expansão no mês: 2321 MW.

10/05/2023: Poluição em tecido / Polo de inovação / Robô autônomo / Lixo espacial / Feira de Tecnologia

A startup francesa Fairbrics é a primeira empresa do mundo a transformar poluição em tecido, destaca o NeoFeed. Pelo sistema desenvolvido pela Fairbrics, o CO² lançado na atmosfera por fontes industriais é capturado e purificado. Em seguida, por processos baseados nos conhecimentos de química molecular, o gás reage com um catalisador e um solvente para surgir como poliéster. Ao criar um sistema de captura de carbono diretamente do ar, a startup ajuda a reduzir o volume de sujeira despejado na atmosfera por indústrias de outros setores da economia.

O Ministério da Educação publicou uma portaria que autoriza o funcionamento do polo de inovação do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, em Currais Novos, especializado em tecnologias de mineração, que passa a integrar as 680 unidades da Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica, informa o site do governo. O objetivo do polo de inovação é estimular a pesquisa aplicada, com foco na área da mineração, e desenvolver a extensão tecnológica, o empreendedorismo e a inovação. A unidade ocupa uma área de mais de 800 m² e tem salas, auditório, galpão e laboratórios especializados para análise, beneficiamento e cominuição mineral.

A NASA quer utilizar uma Exobiology Extant Life Surveyor (EELS), um robô semelhante a uma cobra, na superfície de Encélado, uma das luas de Saturno, para conseguir lidar com o terreno irregular do sexto maior satélite natural do planeta. Projetado pelo laboratório JPL da agência espacial, o robô autônomo é constituído por diversos segmentos idênticos, dotados de mecanismos de propulsão e atuação que fornecem energia para os componentes eletrônicos, relata o Mundo Conectado. Esse sistema de mobilidade foi desenvolvido para auxiliar o robô na exploração de terrenos internos e fechados. A concepção possibilita a travessia da crosta gelada superior e também a escavação em profundidade em busca do oceano oculto que se acredita estar presente abaixo da superfície.

A empresa italiana D-Orbit é finalista do Prêmio dos Inventores Europeus, organizado pelo Escritório Europeu de Patentes, pela ideia de criar um equipamento para limpar o espaço, eliminando os satélites fora de uso por meio da ativação, à distância, de propulsores inteligentes, destaca o UOL. A D-Orbit, que desenvolve sistemas de gestão de satélites em órbita, projetou um pequeno motor para ser integrado aos equipamentos antes do lançamento, e que pode ser ativado quando as atividades forem encerradas ou em caso de mau funcionamento. O motor tem sistemas próprios de propulsão, combustíveis, unidade de controle à distância e telecomunicação. Ele consegue, de maneira independente, modificar a órbita do satélite, fazendo com que ele queime na atmosfera.

A Força Aérea Brasileira participa como expositor convidado da SpaceBR Show 2023, uma das maiores feiras de tecnologia espacial do Brasil, que ocorre até quinta-feira (11) no Shopping Frei Caneca, na qual apresenta seus principais projetos estratégicos para a área aeroespacial, como os foguetes VSB-30, VS-30, VS-40 e VS-50, veículos suborbitais do Programa Espacial Brasileiro, informa o site da FAB. Representante do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o capitão Carlos Eduardo De Sá Amaral Oliveira destacou também a exposição das maquetes dos satélites ITASAT-1 e SPORT, que estão em órbita, e do ITASAT–2, o próximo satélite a ser lançado. “Esses satélites foram desenvolvidos por engenheiros que estudam nos programas de pós-graduação do ITA”, explicou.

09/05/2023: Desastres naturais / Avião hipersônico / Qualidade do ar / Agritech

Uma nova tecnologia baseada na anatomia das centopeias pode ser uma solução eficaz para socorro às vítimas de desastres naturais, como terremotos. Desenvolvida por estudiosos do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos EUA, a ideia se baseia no fato de que, diferentemente do movimento humano, o dos artrópodes não é dominado pela inércia. Assim, os pesquisadores partiram do princípio segundo o qual aumentar o número de pares de pernas a um robô aumentaria sua capacidade de se locomover firmemente em superfícies irregulares. Para testar a hipótese, os cientistas criaram terrenos que imitam ambientes naturais desnivelados e foram avaliando robôs à medida que adicionavam mais pares de pernas de cada vez. Começando com seis e chegando a 16, eles comprovaram que assim que o número de pernas aumentava, o robô passava a se mover de forma mais ágil no terreno, detalha o TecMundo.

A startup Destinus, sediada na Suíça, está trabalhando no desenvolvimento de uma aeronave que promete revolucionar as viagens ao redor do mundo. Segundo a empresa, seu avião hipersônico será capaz de reduzir significativamente o tempo de voo entre diferentes países. Um exemplo impressionante é a rota entre São Paulo, no Brasil, e Xangai, na China, que atualmente leva cerca de 22 horas. Com a aeronave da Destinus, o tempo de viagem será reduzido para apenas 4 horas e 15 minutos, informa o Olhar Digital. A empresa afirma que esse feito será possível graças a uma tecnologia inovadora que permite que a aeronave voe a mais de cinco vezes a velocidade do som, utilizando hidrogênio como combustível. A Destinus assegura que esse avanço não comprometerá o custo da passagem, a versatilidade do avião ou o ruído gerado durante o voo.

Um novo recurso sobre questões climáticas foi adicionado ao Google Maps. O aplicativo de mapas e serviço de GPS agora dispõe de uma função que monitora a qualidade do ar, com base nos dados oferecidos em tempo real pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). ”Uma das metas da CETESB é o atendimento à população do Estado, com serviços e informações. Compartilhar dados relevantes para qualidade de vida e ambiental é primordial”, declara a nota publicada na página oficial da companhia, segundo o Olhar Digital. O novo recurso já está disponível no aplicativo e, para acessá-lo, basta acessar ao recurso de “Camadas” e, em seguida, na parte inferior intitulada de Detalhes do Mapa, selecionar “Qualidade do ar”.  Feito isso, basta arrastar o mapa ou escrever os comandos de endereço para acessar as indicações do ar de determinada região. Os dados sobre a qualidade do ar são fornecidos pela CETESB com estações medidoras localizadas na capital, região metropolitana, litoral e interior do estado.

Inovação tornou-se palavra de ordem em meio à nova onda de transformação digital que tem ganhado força no setor agroalimentar. Isso porque, sem ela, empresas do segmento estão fadadas à estagnação e à perda de competitividade, em um cenário marcado não só pela incerteza, mas também pelo surgimento de novos players de mercado e por mudanças nos hábitos de consumo, começa matéria publicada no site da Revista Capital Econômico. É o que mostra o relatório “Tendências Alimentares em Agritech e Foodtech em 2023”, produzido pela Fundación Europea para la Innovación y Aplicación de la Tecnología (INTEC), em parceria com a Minsait, uma empresa Indra, líder em transformação digital e tecnologia da informação. De acordo com Alberto Bernal, diretor de Territórios Phygital da Minsait, a transformação digital focada na sustentabilidade tem se mostrado uma ferramenta básica para responder aos desafios da cadeia agroalimentar de forma inteligente, responsável e inclusiva. “A capacidade de fornecer soluções tecnológicas de alto valor é o que permitirá ao setor avançar em direção a uma operação mais sustentável e competitiva”, afirmou.

08/05/2023: Satélite meteorológico / Veículo solar / Despoluição / Novas tecnologias aeronáuticas

Em dezembro de 2022, o satélite meteorológico Meteosat Third Generation Imager 1 (MTG-I1) foi lançado no espaço para oferecer imagens meteorológicas de alta qualidade e aprimorar a previsão do tempo. A agência europeia de monitoramento do tempo Eumetsat divulgou no dia 4 as primeiras imagens capturadas pelo MTG-I1 — e elas são impressionantes. Conforme a Eumesat explica, o satélite, seus instrumentos e toda a infraestrutura terrestre permanecerão em testes até o final de 2023. Após a calibração e validação dos equipamentos, o MTG-I1 será capaz de produzir imagens meteorológicas e enviá-las ao centro operacional a cada 10 minutos. Para os meteorologistas, os detalhes das estruturas das nuvens são de suma importância para analisar o tempo e prever eventos climáticos — a combinação da alta qualidade das imagens e da velocidade do satélite permitirá que os cientistas façam previsões mais precisas e rápidas, revela o Tecmundo.

A empresa norte-americana de veículos elétricos Aptera Motors está avançando em seus esforços para produzir um veículo movido a energia solar em escala comercial que parece ter saído do seriado de animação futurista Os Jetsons. Os cofundadores da empresa acabam de compartilhar atualizações sobre o progresso em trazer um carro elétrico solar para a produção em massa. Partes importantes, como as laterais e as portas, já foram produzidas e serão preenchidas com um composto de carbono aquecido e pressionado para produzir os componentes estruturais do veículo. A produção do composto produz menos de 1% de resíduos e o material é reciclado até cinco vezes. A empresa afirmou que seus equipamentos têm a capacidade de produzir mais de 100 mil peças e podem ajudá-los a produzir um milhão de veículos movidos a energia solar um dia, relata o Olhar Digital.

Jardins filtrantes instalados no Parque do Caiara, no Recife, estão despoluindo 360 mil litros de água por dia do riacho do Cavouco, que desagua no rio Capibaribe, que banha a capital, informa a Agência Brasil. Trata-se de um projeto-piloto implantado pela Agência Recife para Inovação e Estratégia. A tecnologia usada na despoluição é baseada em recursos naturais, como pedras, areia e de 36 tipos de plantas aquáticas. As águas do Cavouco entram no sistema com cinco tanques de pedras, onde foram plantadas 7.500 mudas, e saem purificadas. As raízes absorvem os nutrientes e os tanques retêm os resíduos sólidos. A técnica é semelhante à empregada na despoluição do rio Sena. Segundo o engenheiro civil Renato Martiniano, a solução sustentável pode complementar o tratamento de esgoto convencional.

A Embraer informou no dia 5 que assinou um acordo com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o desenvolvimento de plataformas demonstradoras de novas tecnologias aeronáuticas, reporta o Aeroin. O projeto de inovação terá o aporte de R$ 120 milhões da Finep nos próximos três anos. No contrato é previsto o desenvolvimento de bancadas de teste em solo (RIGs), softwares e uma aeronave modular remotamente operada para realização de ensaios em condição real de voo, com o objetivo de elevar o nível de maturidade dessas novas tecnologias. Para compor o projeto serão contratados Institutos de Ciência e Tecnologia, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Escola de Engenharia de São Carlos.

Produzido por CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP