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Acesso em 18/07/2025 às 19h30.

Área Tecnológica na Mídia

Confira as notícias do dia

12 de janeiro de 2024, às 13h40 - Tempo de leitura aproximado: 34 minutos

Área Tecnológica na Mídia

 


12/01/2024:  Inteligência Artificial / Exploração de Oceanos / Adubo Orgânico / Jatinho Elétrico


A inteligência artificial ajudou a desenvolver uma bateria que usa até 70% menos do caro e raro metal lítio, elemento central para a atual tecnologia das baterias, mas cuja ocorrência é concentrada em poucos países e a extração é ambientalmente controversa, relata o site Inovação Tecnológica. Em busca de substitutos para o lítio, Chi Chen e colegas do Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste (PNNL) e da empresa Microsoft usaram programas de inteligência artificial para testar novos candidatos. Os pesquisadores se concentraram em um tipo de bateria que contém apenas partes sólidas e procuraram novos materiais para o componente por onde se movem as cargas elétricas, chamado eletrólito – as baterias de lítio de estado sólido podem atingir capacidades muito maiores do que as atuais baterias de íons de lítio, que têm eletrólito líquido. O programa começou analisando 23,6 milhões de materiais candidatos, e foi então ajustando a estrutura dos eletrólitos conhecidos, trocando alguns átomos de lítio por outros elementos. Aos poucos, o algoritmo foi eliminando os compostos que calculou serem instáveis, bem como aqueles nos quais as reações químicas que fazem as baterias funcionarem seriam fracas. Depois de apenas alguns dias de computação intensiva, a lista continha apenas algumas centenas de candidatos, alguns dos quais nunca haviam sido estudados antes. Em seguida, cientistas especializados em materiais sugeriram vários critérios adicionais. A lista reduziu-se ainda mais, chegando a 18 materiais, e a equipe então selecionou um deles e partiu para testá-lo em laboratório – para surpresa dos cientistas, nesse material o que era para ser lítio havia sido em sua maior parte substituído por sódio. Embora não tenha tido um desempenho recordista, a bateria funcionou com 70% menos lítio do que os melhores protótipos já testados

 

A engenharia naval, uma disciplina tão vasta quanto os próprios oceanos, desempenha um papel crucial na exploração e no uso sustentável dos recursos marinhos. Essa área da engenharia, responsável pelo design, construção e manutenção de estruturas e veículos aquáticos, é um pilar fundamental na economia global e na exploração oceânica, começa matéria do Blog da Engenharia. O setor passou por uma verdadeira revolução nas últimas décadas. Com o advento de novas tecnologias, os engenheiros navais têm desenvolvido embarcações mais eficientes e sustentáveis. O uso de materiais leves e resistentes, como compósitos avançados, tem permitido a construção de navios mais rápidos e econômicos. Outra inovação significativa é a automação e a robotização na construção e operação de navios. Sistemas de navegação autônomos, por exemplo, estão sendo cada vez mais explorados, prometendo uma revolução na maneira como os navios são operados e gerenciados.

 

Cinco jovens empreendedores do Quênia criaram um banheiro que transforma dejetos humanos em adubo orgânico para cultivo e ração animal. Semelhante ao banheiro seco, o protótipo usa larvas (a mosca-soldado-negro) para digerir os dejetos humanos, decompondo os resíduos sólidos e gerando um esterco comercializável. O material tem sido usado para a fertilização de culturas agrícolas em fazendas, relata o Ciclo Vivo. Os sanitários são feitos de materiais reciclados, incluindo resíduos plásticos e tetra packs que são comprimidos e transformados em painéis. Outros dois modelos foram desenvolvidos: um mais simples e outro que funciona como um biodigestor. Usando a planta aguapé, rica em nitratos e fosfatos, e aplicando termofilia e processo anaeróbico, os dejetos humanos são transformados em esterco. Chelsea Johannes, uma das desenvolvedoras do banheiro, afirma que a ideia surgiu da experiência pessoal de ter crescido em um assentamento com saneamento precário. Um dos grandes problemas solucionados com o protótipo é que na falta de saneamento básico para escoar os dejetos há quem polua os rios despejando resíduos, afirma Benjamin Odhiambo, CEO da ONG Saniwise Technologies. Os jovens Benjamin Odhiambo, Chelsea Johannes, Steven Otieno, Valerie Ochieng e Vera Ouko ganharam uma formação apoiada pela Unicef e vários prêmios. Um dos destaques ocorreu na COP27: o grupo venceu o Global ImaGen Ventures, no pavilhão da juventude.

 

A startup suíça Sirius Aviation AG promete que o Sirius Jet voará até 1,8 mil km a velocidades de até 520 km/h com um trem de força a hidrogênio líquido. É um eVTOL – ou seja, decola verticalmente – com um sistema de empuxo vetorial desviado com 20 ventiladores elétricos, reporta Olhar Digital. A empresa informou que uma equipe de mais de 100 engenheiros trabalhou na pesquisa e desenvolvimento do projeto, desde 2021. Os primeiros voos demonstrativos do jatinho estão agendados para 2025. O Sirius Jet usa hidrogênio para armazenamento de energia, com 20 ventiladores – cada um com 30 centímetros de diâmetro, ao longo de suas asas laterais e canards (asas na frente). A versão Business, com capacidade de três passageiros, é a que oferece os quase dois mil km de alcance. Já a Millennium – direcionada ao comércio e com capacidade de cinco passageiros – desloca o espaço de tanques de hidrogênio para assentos, o que reduz o alcance para 1.046 km. A Sirius iniciou o processo de certificação com a Administração Federal de Aviação (FAA), dos EUA, com entregas comerciais e voos de curta distância agendados para 2028.

 


11/01/2024:  Submarino Humaitá / Bateria de Lítio Metálico / Tsunami / Agroflorestores / ChatGPT


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai entregar na próxima sexta-feira (12) o segundo submarino construído pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) – iniciativa que teve origem em acordo firmado com a França, em 2008, no segundo mandato do petista, informa o Diário de Notícias de São Paulo. Desenvolvido para a construção das embarcações, o Prosub utiliza a transferência de tecnologia entre os países para quatro submarinos convencionais da classe da embarcação francesa Scorpène e a fabricação do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear, com conclusão prevista para 2029 e lançamento para 2033. O projeto está sendo colocado em prática no complexo naval de Itaguaí (RJ). O Humaitá tem 72 metros de comprimento e capacidade de deslocamento de 1,8 mil toneladas. A embarcação é o segundo dos quatro submersíveis comprados do estaleiro DCNS e financiados pelo banco BNP Paribas, ambos franceses, em 2008. O primeiro da classe entregue foi o submarino Riachuelo, em 2022. A tecnologia escolhida pela Marinha é francesa, dos submarinos Scorpène, que usam motores diesel-elétricos. O processo de transferência de conhecimento é amplo. No navio atômico, último do pacote binacional contratado, a participação da engenharia do Naval Group está limitada às partes não nucleares. O projeto original dos quatro modelos convencionais sofreu alterações em benefício do conforto dos 31 tripulantes regulares e da capacidade de alcance. A “Versão BR”, uma denominação informal, é cerca de 10 metros mais longa que a da especificação de catálogo.

 

Engenheiros da Universidade de Harvard, nos EUA, apresentaram o protótipo de uma bateria de lítio metálico que pode ser carregada e descarregada pelo menos 6.000 vezes – seis vezes mais do que a marca tipicamente considerada para que uma bateria seja comercializada – e que pode ser recarregada em questão de minutos, começa matéria do site Inovação Tecnológica. Ao contrário das atuais baterias de íons de lítio, as de lítio metálico são baterias de estado sólido, podendo reter o dobro da energia que as primeiras. Infelizmente, essas baterias de lítio metálico também apresentam um risco muito maior de pegar fogo ou mesmo explodir, um problema que tem impedido sua chegada ao mercado. “As baterias de ânodo de lítio metálico são consideradas o Santo Graal das baterias porque têm dez vezes a capacidade dos ânodos de grafite comerciais e podem aumentar drasticamente a autonomia dos veículos elétricos”, diz o professor Xin Li. “Nossa pesquisa é um passo importante em direção a baterias de estado sólido mais práticas para aplicações industriais e comerciais.” Os culpados pela redução na vida útil das baterias são os dendritos, minúsculas estruturas parecidas com raízes que se acumulam através do eletrólito, colocando a bateria em curto-circuito. Inicialmente, a equipe descobriu uma maneira de lidar com os dendritos usando uma estrutura multicamadas, que intercala diferentes materiais com estabilidades variadas entre o ânodo e o cátodo. Este design evita a penetração dos dendritos de lítio, não impedindo-os completamente, mas ao menos controlando-os e evitando seu crescimento demasiado. Agora eles conseguiram parar completamente os dendritos. Para isso, foram usadas micropartículas de silício no ânodo, inibindo a reação de litiação e facilitando a criação de uma camada galvânica homogênea, formada por uma espessa camada de lítio metálico.

 

Após o devastador terremoto e tsunami de 2011, que deixou cerca de 22 mil mortos e desaparecidos, o governo do Japão empreendeu um dos projetos de engenharia costeira mais ambiciosos do mundo: uma muralha de concreto de 400 km ao longo da costa leste, informa Click Petróleo & Gás. As novas estruturas, mais altas e robustas do que as anteriores, atingem até 14,7 metros em certas áreas, com fundações de cerca de 25 metros. Projetadas para absorver o impacto das ondas, essas muralhas são uma evolução das defesas costeiras que já existiam, mas que se mostraram insuficientes em 2011. Apesar da inovação e do avanço técnico, a construção não é isenta de críticas. Há preocupações de que possam intensificar o impacto dos tsunamis, agindo como barreiras que, ao quebrarem, liberam ondas ainda mais poderosas. A obstrução da vista para o mar e o possível impacto no turismo local e na cultura das comunidades costeiras são aspectos negativos destacados por moradores. Em resposta a essas preocupações, surgiram propostas de integração de elementos naturais, como parques de mitigação de tsunamis, combinando vegetação com estruturas de concreto. Além do avanço tecnológico na engenharia civil, como amortecedores eletrônicos em prédios, o governo implementa estratégias como rotas de evacuação e sistemas de alerta. E muitos municípios estão se adaptando, movendo instalações públicas para áreas mais elevadas e restringindo construções em zonas de risco.

 

O engenheiro florestal Gabriel Neto criou a startup a Agroforestry, uma das três startups brasileiras finalistas do Climate Launchpad 2022, maior competição mundial de negócios de tecnologias para as mudanças climáticas, coordenada no país pela Climate Ventures, uma plataforma de inovação com o propósito de acelerar a economia regenerativa e de baixo carbono. A agrofloresta é um modelo de cultivo que combina o plantio de árvores com diferentes espécies vegetais, facilitando o acúmulo de matéria orgânica no solo, a restauração da biodiversidade e de mananciais hídricos, além de captar CO². O método é mais adequado ao clima tropical e permite a produção de até 50 toneladas de alimentos por hectare, além de garantir maior variedade nutricional para os produtores. A startup tem 23 funcionários – quase a metade é programadores e os demais são engenheiros ambientais e florestais e especialistas em marketing, vendas e financeiro. A Agroforestry oferece o aplicativo GPS Agroflorestal, no qual é possível identificar no mapa todas as árvores plantadas, conhecer informações sobre as propriedades e escolher a agrofloresta que deseja beneficiar, informa Um Só Planeta. Em dois anos e meio de operação, a Agroforestry distribuiu recursos para 281 famílias cultivarem de mais de 400 espécies, o plantio de mais de 220 mil árvores, a maioria na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, e assim recuperar mais de 300 hectares de áreas degradadas e capturar 12,8 mil toneladas de CO².

 

A Volkswagen apresentou na segunda-feira (8) seus primeiros veículos com assistente de voz que integra a tecnologia do ChatGPT, permitindo que os motoristas recebam conteúdo por voz durante a viagem. O sistema foi apresentado na feira de eletrônicos CES, em Las Vegas, relata o InvestNews. O chatbot, integrado por meio de uma parceria com a Cerence, pode controlar o entretenimento no carro e responder a perguntas de conhecimento geral. No futuro, ele poderá conversar com os motoristas e interagir de outras formas, informou a montadora. A Volkswagen anunciou que foi a primeira montadora de grande porte a tornar a tecnologia um recurso padrão em seus carros do segmento compacto. A GM anunciou em março de 2023 que estava trabalhando em um assistente pessoal digital usando modelos de IA que equipam o ChatGPT. A Mercedes-Benz realizou um programa de testes em junho, permitindo que cerca de 900 mil veículos que tinham o sistema ‘MBUX’ da montadora baixassem o ChatGPT, com o objetivo de que os usuários pudessem realizar tarefas como fazer reservas de filmes ou restaurantes enquanto dirigem.

 


10/01/2024:  Agricultura Molecular / Biofábrica de Abelhas / IA Generativa / Smart Cities / Nanocristais de Celulose / Viagem a Lua


A startup Moolec Science, empresa de proteínas moleculares, está fundindo genes de porcos com soja, reporta o Gizmodo. A técnica empregada pela Moolec, conhecida como agricultura molecular, utiliza culturas geneticamente modificadas, como tabaco ou cártamo, para produzir proteínas. A abordagem é comum na indústria farmacêutica desde a década de 1990, mas a aplicação da agricultura molecular na produção de proteínas de células animais para uso alimentar é uma novidade. Cultivada, uma planta de biofábrica, após sua colheita, poderá ser processada ou destinada ao consumo humano ou animal. Testes em estufas na empresa, localizada em Wisconsin, resultaram em soja com mais de um quarto de suas proteínas solúveis provenientes de fontes suínas. Isso confere ao grão um sabor semelhante ao da carne — e um tom rosado, essencial para o aspecto visual do produto final. Gastón Paladini, CEO da Moolec Science, destaca o foco da empresa em estender seu processo de proteína de células animais para plantas específicas, como soja e ervilha. Ele ressalta que os isolados e concentrados dessas culturas são essenciais na produção de produtos vegetais. A Moolec está aplicando o mesmo processo, mas incorporando células animais dentro dessas plantas. Outras startups que trabalham com agricultura molecular incluem Nobel Foods, Tiamat Sciences (ambas nos EUA), Miruku (Nova Zelândia), ORF Genetics (Islândia) e Bright Biotech (Reino Unido).

 

A Prefeitura de Belo Horizonte inaugurou o Meliponário Biofábrica para a preservação de espécies de abelhas sem ferrão, nativas do Brasil e responsáveis pela polinização de mais de 90% da flora do País. Instalada no Parque das Mangabeiras, a ‘biofábrica’ vai contribuir com a educação ambiental, além de ensinar as pessoas a criarem essas espécies em casa, favorecendo a polinização de mais áreas verdes e hortas, relata o Ciclo Vivo. O projeto ‘Poliniza BH’ tem como objetivos instalar meliponários móveis, construir jardins de polinização, realizar educação ambiental para preservação e conservação das colônias de abelhas sem ferrão e realizar a destinação correta de colônias de abelhas nativas em unidades de conservação, promovendo também a recuperação de áreas degradadas. Segundo Thiago dos Santos, responsável técnico pelo Meliponário Biofábrica, a ideia de investir na construção e instalação de meliponários partiu da constatação de que podem ser uma ferramenta crucial para a sobrevivência dos ecossistemas. ““Quase 90% de todas as espécies selvagens de flores e outras plantas dependem totalmente, ou em parte, da polinização”, explicou Santos. Existem mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão no Brasil. No Meliponário Biofábrica, são criadas sete espécies: mirim-preguiça (Friesella schrottkyi), marmelada amarela (Frieseomelitta varia), moçinha-branca (Frieseomelitta doederleini), moçinha-preta (Frieseomelitta languida), mandaçaia (Melipona quadrifasciata), uruçu amarela (Melipona mondury) e jataí (Tetragonisca angustula). Elas atuam na polinização de horta e jardins e nas áreas florestadas do Parque das Mangabeiras.

 

A IA generativa está remodelando setores e a Nvidia, que atua em robótica inteligente, está aproveitando o momento. O vice-presidente de Robótica e Computação de Borda da Nvidia, Deepu Talla, detalhou na CES (Consumer Electronics Show) 2024, a maior feira de tecnologia do mundo, que começou nesta terça-feira (9) em Las Vegas, como a Nvidia e parceiros estão unindo a IA generativa e a robótica. “Os robôs autônomos alimentados por inteligência artificial estão sendo cada vez mais utilizados para melhorar a eficiência, diminuir os custos e enfrentar a escassez de mão de obra”, afirma Talla, relata o Infor Channel. O impacto da IA generativa irá além da geração de textos e imagens, chegando a residências e escritórios, fazendas e fábricas, hospitais e laboratórios. O segredo: os grandes modelos de linguagem (LLMs), semelhantes ao centro de linguagem do cérebro, permitirão que os robôs entendam e respondam às instruções humanas de forma mais natural. Essas máquinas serão capazes de aprender continuamente com os humanos e entre si. “Com esses atributos, a IA generativa é adequada à robótica”, diz Talla. Agility Robotics, NTT e outras empresas estão incorporando IA generativa nos robôs para ajudá-los a entender comandos de texto ou voz. As tecnologias da Nvidia, como as plataformas Nvidia Isaac e Jetson, que facilitam o desenvolvimento e a implementação de robôs alimentados por IA, têm a confiança de mais de 1,2 milhão de desenvolvedores.

 

Rennes, na França, é um exemplo de como a tecnologia vem apoiando o planejamento urbano. Por meio de uma parceria com a Dassault Systèmes, a cidade desenvolveu um gêmeo virtual da sua área territorial a partir da implementação da plataforma 3DExperience para fornecer uma solução colaborativa baseada na nuvem. Rennes é a segunda área metropolitana que mais cresce na França, com 450 mil habitantes, o que torna o planejamento de edifícios, redes de serviços públicos, sistemas de mobilidade e outras infraestruturas uma tarefa desafiadora, destaca Engenharia é. A administração e a Dassault Systèmes vêm desenvolvendo a ‘Rennes Virtual’, que abrange, por meio de modelagem sistêmica, diferentes fontes de dados em um único referencial, que é constantemente atualizado, permitindo entender e prever melhor as necessidades da cidade. O projeto inspira outras iniciativas de ‘cidades inteligentes’ no mundo. Com um gêmeo virtual preciso e confiável, funcionários, moradores, empresas, parceiros de desenvolvimento, prestadores de serviços podem simular e experimentar virtualmente a evolução da cidade e elaborar soluções sustentáveis. O recurso de um ambiente virtual possibilita que os governos testem e planejem cenários de forma mais eficiente, transformando os complexos padrões de infraestrutura urbana em cidades inteligentes, sustentáveis e conectadas.

 

Pesquisadores da Embrapa Instrumentação e da Universidade Federal de São Carlos desenvolveram uma solução aquosa, conhecida como sensor em forma líquida, que permitiu uma descoberta importante: a fluorescência de nanocristais de celulose (CNC) tem potencial para monitorar o teor de ácido tânico em vinhos tintos, informa a Agência Fapesp. A solução composta de CNC pura se mostrou eficaz para apontar a presença de tanino e atuar na estabilização da cor do vinho. A constatação de que a autofluorescência da celulose se altera na presença do ácido tânico abre caminhos para o desenvolvimento de sensores ópticos à base de nanocristais de celulose para monitorar taninos em vinhos e também em produtos alimentícios e outras bebidas. A pesquisa detectou a molécula de tanino associada à palatabilidade em vinhos tipo cabernet sauvignon e tannat. Os taninos são compostos fenólicos que desempenham um papel importante na composição, qualidade e potencial de envelhecimento dos vinhos tintos. A descoberta pode fornecer ao enólogo uma informação importante para que entenda melhor as características e a composição do produto. Outra vantagem do sensor em forma líquida é que o método pode ser adaptado para aparelhos portáteis de fluorescência, facilitando o uso em diferentes locais.

 

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, a Nasa, anunciou na terça-feira (9) que irá adiar o envio de humanos à Lua. A missão Artemis II estava programada para ocorrer em novembro de 2024, mas agora está prevista para levar o grupo de astronautas ao satélite em setembro de 2025, reporta a CNN Brasil. Com a missão, a primeira mulher e a primeira pessoa negra chegarão à Lua: os astronautas da Nasa Christina Koch e Victor Glover. A equipe da missão também é formada por Reide Wiseman e o astronauta da Agência Espacial Canadense, Jeremy Hansen. A Nasa também informou que irá enviar outra equipe na missão Artemis III à Lua em setembro de 2026. Também está no radar a primeira missão à estação espacial Gateway na Artemis IV, que deve ocorrer em 2028. A missão Artemis II é a primeira ação da Nasa de levar astronautas à Lua desde o fim do programa Apollo, em 1972. “Estamos voltando à Lua de uma maneira que nunca fizemos antes, e a segurança de nossos astronautas será a maior prioridade da Nasa conforme nos preparamos para as missões Artemis no futuro”, disse Bill Nelson, administrador da Nasa.

 


09/01/2024:  Organ-on-a-chip / Robotáxis / Caminhão Elétrico / Pouso na Lua / Carvão


Sem a necessidade de experimentos em animais e utilizando tecnologia de ponta, estruturas tridimensionais denominadas de organs-on-a-chip (OoC), formadas por canais ultrafinos revestidas por células vivas, simulam funções e respostas fisiológicas de órgãos humanos e passaram a ser utilizadas para realização de testes de medicamentos e terapias, relata o Correio Braziliense. Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) trabalham em um modelo OoC personalizado para substituir o uso de amostras vivas e ampliar pesquisas biomédicas. A ideia é que o projeto, no futuro, possibilite aprofundar estudos para tratamento de feridas diabéticas e outras doenças em larga escala. A plataforma Chip Eny é constituída de canais microfluídicos e câmaras de células vivas biológicas. Essas células são cultivadas dentro de uma matriz 3D, que imita a estrutura de um órgão ou tecido específico. O uso do conjunto microfluídico permite criar um ambiente controlado que funciona similarmente ao organismo humano. Desenvolvida em 2010, na Universidade de Harvard, a tecnologia OoC foi trazida para o Brasil recentemente. “Os pesquisadores de Harvard já estudavam a tecnologia organ-on-a-chip para testar medicamentos e equipamentos médicos assistenciais. Não tínhamos nenhum tipo de tecnologia que maximizasse esse processo no Brasil”, relata Suélia Fleury, coordenadora do projeto e membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).

 

A Waymo, fabricante de carros autônomos da Alphabet, dona do Google, anunciou que seus robotáxis começarão a ser testados em rodovias de Phoenix. As viagens serão realizadas com um limitador de velocidade. Inicialmente, os serviços de robotáxis serã oferecidos apenas para funcionários e amigos. Posteriormente, o serviço será liberado para os usuários do aplicativo de transporte Waymo One para viagens que passem por rodovias, reporta o Olhar Digital. Atualmente, os veículos autônomos da Waymo não circulam em rodovias. Os robotáxis são liberados apenas para trafegar em vias de baixa velocidade, por questões de segurança. Segundo a empresa, à medida que aumenta o número de quilômetros rodados nas rodovias, coletará dados e feedback dos funcionários que usam os veículos como passageiros. A Waymo espera fornecer rotas mais rápidas que passem por rodovias, especialmente para os clientes que usam os veículos sem motorista para viajar para os aeroportos de Phoenix, um dos serviços mais rentáveis para transporte de passageiros. Especialistas apontam que os veículos autônomos ainda não são suficientemente seguros para trafegar em altas velocidades. A Waymo já testou caminhões autônomos em rodovias no Texas. No entanto, desistiu desse serviço e priorizou apena viagens de passageiros.

 

A empresa de logística VIX Logística apresentou um caminhão elétrico com capacidade de tração de 120 toneladas. Chamado de Atlas. o veículo integra o portfólio do VIVA — VIX Veículos Autônomos, vertical de negócios focada na criação de tecnologias para otimizar operações logísticas. O caminhão passará por testes de calibração de softwares. A transformação do chassi Mercedes Benz, modelo Axor 3344, incluiu a substituição do sistema de combustíveis fósseis por propulsão elétrica, alimentada por baterias de fosfato de ferro-lítio, destaca Petrosolgas. A VIX Logística projeta redução mensal de até 8.300 litros de diesel em determinadas rotas, resultando em diminuição nas emissões de CO₂ estimadas em quase 21 toneladas por mês. Para a tração de 120 toneladas, o desafio consistiu em equilibrar a capacidade de tração, autonomia e as dimensões das baterias. Os packs de baterias possuem um sistema de controle de temperatura, além de um sistema de supressão de incêndio e estrutura de contenção mecânica. Sensores integrados permitem o monitoramento contínuo da operação. A recarga requer um ponto de energia específico com corrente contínua para possibilitar a opção de recarga rápida.

 

Apenas algumas horas após ser lançado da Flórida em direção à lua na madrugada de segunda-feira (8), o primeiro módulo lunar dos Estados Unidos a decolar em cinco décadas ficou por algumas horas em perigo, relata a CNN. A Astrobotic Technology, a empresa comercial que desenvolveu o módulo lunar Peregrine, postou nas redes sociais que inicialmente conseguiu entrar em contato com o veículo após seu lançamento às 4h18 (horário de Brasília), mas então a missão enfrentou um contratempo. “Infelizmente, uma anomalia ocorreu, impedindo a Astrobotic de alcançar uma orientação estável voltada para o sol”, publicou a empresa no X (antigo twitter) às 11h37. “A equipe está respondendo em tempo real à medida que a situação se desenrola e fornecerá atualizações à medida que os dados forem obtidos e analisados.” Uma posição voltada para o sol é geralmente necessária para fornecer energia solar para carregar as baterias de uma espaçonave. Em uma atualização emitida mais tarde na manhã de segunda-feira, a Astrobotic acrescentou que acredita que a causa provável do problema “é uma anomalia de propulsão que, se comprovada verdadeira, ameaça a capacidade da espaçonave de pousar suavemente na lua.”

 

O carbono é a base da vida na Terra, mas recentemente tem-se tornado também a estrela da nossa onda tecnológica, começa matéria do site Inovação Tecnológica. O grafeno, por exemplo, é uma folha formada por uma única camada de átomos de carbono. Já o grafite pode ser visto como um amontoado infindável de folhas de grafeno, o que pode explicar muito do comportamento do material – suas folhas facilmente deslocáveis explicam como o grafite do lápis solta-se tão facilmente sobre o papel ou como ele funciona como um excelente lubrificante. Mas o carvão, embora igualmente formado principalmente por carbono, é algo totalmente diferente. Trata-se de uma massa disforme de carbono sem nenhuma estrutura e repleta de outros elementos contaminantes. Para se ter uma ideia, basta lembrar que carvão e grafite são espécies mineralogicamente diferentes – é até possível fazer grafite de carvão, mas o trabalho e a qualidade final não compensam. Assim, é surpreendente que Fufei An e colegas da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, nos EUA, tenham conseguido fabricar componentes eletrônicos para dispositivos de próxima geração usando apenas carvão.

 


08/01/2024:  Ponte do Xingu / Torre de Pisa / Reciclagem de Bitucas de Cigarro / Turbina Eólica / Star Trek / Veículos Elétricos / Supersônico da  Nasa / Energia Limpa


As obras da Ponte do Xingu foram oficialmente iniciadas. O projeto representa um avanço na infraestrutura de transporte na região, conectando Anapu a Vitória do Xingu, no Pará. A ponte, perto da usina de Belo Monte, terá 700 metros de extensão total e um vão livre estaiado de 424 metros, informa o Click Petróleo & Gás. As atividades começaram no final de 2023, com a movimentação inicial de terra. O projeto da ponte, que é estaiada, apresenta dois mastros localizados nos extremos da estrutura, de onde partem os cabos de aço que suportam a seção central. A ponte foi projetada para manter a navegabilidade do rio Xingu. A profundidade do rio torna inviável a construção de pilares no vão central. As obras incluem etapas como terraplenagem, escavação, carga e transporte de materiais e compactação. A construção é um marco para a infraestrutura de transporte na região amazônica. A conclusão trará benefícios significativos em mobilidade e desenvolvimento econômico, impactando positivamente a vida das comunidades locais e de todos que dependem da Transamazônica para transporte e comércio.

 

Praticamente todas as grandes construções do passado desabaram (ou foram derrubadas), mas a Torre de Pisa, na Itália, segue de pé desde que começou a ser construída no ano de 1173 dC. Cinco anos após o começo da construção, o solo ao redor começou a ceder e engolir lentamente as fundações, destaca Olhar Digital. A construção foi interrompida e retomada apenas no ano 1272 dC, após o solo estar consolidado. Algumas mudanças foram feitas, como tornar o lado sul mais alto. A estrutura da torre não é totalmente plana: tem uma curva proposital. Todas as tentativas de torná-la ‘convencional’ fracassaram e a construção seguiu com seu formato famoso até hoje. No início da década de 1990, a torre inclinou-se num ângulo de 5,44 graus. A torre foi fechada e o governo recrutou especialistas, liderados pelo engenheiro civil Michele Jamiolkowski. Eles tentaram ancorar o lado norte com 900 toneladas de pesos de chumbo para contrabalançar o sul afundado. Não funcionou, então escavaram o solo sob o lado norte da torre. Lentamente, ela começou a subir – e girar. O projeto de estabilização foi concluído em 2001: a torre endireitou 40 centímetros e agora a inclinação é de 4º – duas vezes mais do que a inclinação original, quando a construção foi concluída, em 1350. Em 2013, pesquisadores mapearam os cantos da torre com scanners 3D, criando reconstruções digitais que poderiam ser usadas caso precisasse de reparos. A torre agora oscila levemente, em média, cerca de meio milímetro por ano, segundo o geotécnico Nunziante Squeglia, professor da Universidade de Pisa.

 

A Eslováquia anunciou um programa que pretende transformar bitucas de cigarro em asfalto. O projeto une a Prefeitura de Bratislava e a SPAK-EKO, companhia financiada pela indústria de cigarro (Philip Morris, British American, entre outras) para iniciativas de responsabilidade social e a EcoButt, empresa especializada em reciclagem. A primeira rodovia com material feito a partir de filtros de cigarros foi construída em Žiar nad Hronom, na região central do país. O projeto teve participação da EcoButt, informa Um Só Planeta. A iniciativa consiste em transformar filtros usados, basicamente feitos de plástico, em fibras especiais que podem se tornar um aditivo na preparação de asfalto. O grupo testou recipientes especiais concebidos para recolher filtros de cigarros e também dos ‘vapes’, os cigarros eletrônicos. Os filtros de cigarro são um problema ambiental mundial: estima-se que apenas um terço seja descartado corretamente. Além de plástico, as bitucas carregam itens químicos tóxicos, que contaminam o mar, lençóis freáticos e prejudicam o solo. Segundo a ONG Ocean Conservancy, as bitucas são a forma mais comum de poluição marinha, com cerca de 5 bilhões descartadas no oceano a cada ano.

 

A empresa espanhola Vortex Bladeless, especializada em energia renovável, desenvolveu uma turbina eólica sem hélices que pode ser mais eficiente e gerar menos poluição sonora. A nova turbina pode ser usada em espaços urbanos e residenciais. O design inovador lembra um canudo, registra o Petrosolgas. O desenvolvimento da tecnologia passou por várias fases. A primeira focou na compreensão do fenômeno aerodinâmico e a segunda na interação da estrutura com o vento ― o foco era aumentar a gama de velocidade do vento no qual a ressonância acontece. Na terceira fase foi criado um alternador para transformar a energia oscilatória em energia elétrica. A quarta e última fase é de produção, industrialização e venda da turbina. O cilindro no gerador foi desenvolvido para aproveitar ao máximo a captação de energia eólica, possuindo boa capacidade de vibração e rigidez. Ele se adapta a mudanças repentinas de vento, assim como fluxos de ar turbulentos em ambientes urbanos. A Vortex utiliza um efeito aerodinâmico que reproduz o padrão de vórtices rotativos. Em vez de usar o movimento circular que as pás fazem, a nova turbina usa a chamada vorticidade. O formato foi desenvolvido para garantir que os ventos rotativos percorram, em sincronia, toda a expansão do mastro, para obter um melhor desempenho. O cone é feito de fibra de vidro e de carbono, possibilitando vibrar o máximo possível. Na base do cone foram colocados dois ímãs repelentes, que atuam como um motor não-elétrico. Quanto o cone balança para um lado, os ímãs puxam na outra direção. Essa energia cinética é convertida em energia elétrica por um alternador.

 

A NASA está finalizando os preparativos para o lançamento da missão Peregrine amanhã (8). O objetivo é colocar novamente um módulo de pouso dos EUA na Lua ― feito não visto há mais de 50 anos, desde o fim do projeto Apollo. O lançamento do foguete Vulcan Centaur, da United Launch Alliance (ULA), será no Cabo Canaveral, na Flórida, relata Época Negócios. Depois de dar a volta no satélite, a sonda entrará na órbita lunar A tentativa de pouso está programada para 23 de fevereiro. A missão vai levar cargas científicas, incluindo um veículo espacial do tamanho de uma caixa de sapatos, desenvolvido pela Universidade Carnegie Mellon. Se tudo correr bem, os instrumentos medirão os níveis de radiação na Lua, além de coletar gelo da água superficial e subterrânea, analisar o campo magnético e a exosfera. As leituras devem ajudar a minimizar os riscos quando os humanos regressarem à superfície lunar. A missão também vai levar as cinzas de Gene Roddenberry, o criador de Jornada nas Estrelas, da atriz Nichelle Nichols (a oficial Uhura) e de outros membros do elenco original da franquia. O lançamento do foguete é considerado arriscado porque o Vulcan Centaur nunca voou antes. A fabricante do foguete, a United Launch Alliance, informou que teve 100% de sucesso com foguetes antecessores.

 

A ABB, desenvolvedora de tecnologias de eletrificação e automação, anunciou uma expansão na colaboração com a Volvo Cars. A parceria ganha novo impulso com o fornecimento de mais de 1.300 robôs e pacotes destinados à produção da próxima geração de veículos elétricos. A iniciativa é um passo estratégico para ajudar a fabricante sueca a alcançar metas de sustentabilidade, relata Click Petróleo & Gás. Junto com os controladores OmniCore, a nova família de robôs da ABB promete economizar até 20% de energia nas unidades de produção. Os pacotes funcionais fornecidos pela ABB incluem uma variedade de tarefas de produção, desde soldagem por pontos até inspeção de solda por ultrassom. Esses sistemas integrados combinam hardware, software e serviços. A implementação desses sistemas ocorrerá nas unidades da Volvo Cars em Torslanda, na Suécia, e Daqing, na China. A fase de implantação do projeto é planejada com ajuda do software RobotStudio, da ABB. Essa plataforma permite visualizar a implantação de forma virtual, garantindo que a produção permaneça ininterrupta durante a instalação dos robôs. Esse planejamento detalhado assegura que as soluções de automação sejam validadas, permitindo a replicação em diferentes locais.

 

A Nasa e a empresa aeroespacial Lockheed Martin devem apresentar na semana que vem o X-59 Quesst, jato projetado para ultrapassar a barreira do som com um impacto sonoro mínimo. O lançamento está programado para o dia 12 e será transmitido pelos canais oficiais da agência espacial americana, registra o Terra. O X-59 foi desenvolvido no centro de inovações da Lockheed Martin, na Califórnia. A proposta é um voo supersônico com ruído reduzido, diferentemente do estrondo sônico característico desse tipo de manobra. O nariz alongado e pontiagudo de 11,5 metros foi projetado para reduzir o impacto das ondas de choque durante o voo. O motor da General Electric Aviation é capaz de alcançar Mach 1.4, equivalente a 1.500 km/h, e o jato voa a 16.764 metros. O Sistema de Visão Externa (XVS) é uma combinação de câmeras, tela e software de processamento de imagem, que proporciona uma visão aumentada e sobreposições de dados de voo aos pilotos. O jato participará de um projeto de pesquisa voando sobre áreas residenciais selecionadas para coletar dados sobre a percepção pública dos sons dos estrondos sônicos reduzidos.

 

A Samsung planeja deixar de utilizar funcionários humanos nas linhas de produção de semicondutores até 2030. A empresa iniciou o desenvolvimento do ‘Smart Sensing System’, que visa a melhorar o rendimento dos wafers de silício e mudar como suas fundições operam, tornando as fábricas 100% automatizadas até o final da década, destaca o Canaltech. O processo de transição envolve soluções de IoT e automação auxiliados por IA. O primeiro passo é implantar um sistema robusto de monitoramento e sensores de visão computacional. Segundo a ET News, a Samsung vem investindo dezenas de milhões de dólares em projetos de sensores inteligentes, com a projeção de que o valor se pague no longo prazo, tanto no custo de operação quanto no rendimento das fundições. Empresas de diversos setores já operam com fábricas inteligentes, algumas já bem próximas de 100% de automação. No entanto, de maneira geral, é mais viável atualmente em linhas de produção mais pesadas, que envolvem processos menos sensíveis. Todo processo de automação envolve algum nível de visão computacional, para mapear rotas de robôs e identificar possíveis problemas de qualidade do produto. Por isso, o setor de IoT industrial é um dos que mais podem se beneficiar a curto e médio prazo das soluções de Inteligência Artificial em escala.

 

A construção do maior projeto de energia limpa do Ocidente, conhecido como SunZia, começou na última semana nos EUA. Com investimento de US$ 11 bilhões, o projeto desenvolvido pela empresa Pattern Energy visa a criar um sistema abrangente, que inclui turbinas e geração de energia limpa e um sistema de transmissão eficiente, reporta Click Petróleo & Gás. Segundo o site Electrek, o parque eólico construído nos condados de Torrance, Lincoln e San Miguel, no Novo México, produzirá 3.500 megawatts. De acordo com a empresa, a energia limpa que deve chegar a 3 milhões de pessoas e gerar US$ 20,5 bilhões na economia. A segunda etapa do investimento é a SunZia Transmission, que vai transmitir a corrente de alta tensão do local de geração para o centro-sul do Arizona, a quase 900 km de distância. Quando finalizado, o projeto produzirá 3 mil MW de energia limpa de um estado para outro. A Pattern Energy Group, responsável pelo SunZia, encomendou 242 turbinas eólicas da empresa Vestas ― o maior pedido global da nova turbina de alta capacidade da Vestas. A construção do parque começou em 2023 e a entrega das turbinas está prevista para o primeiro trimestre de 2025, com operações comerciais previstas para o primeiro semestre de 2026.