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Acesso em 28/07/2025 às 08h45.

Área Tecnológica na Mídia – 05 a 07/06/2023

Confira as notícias do dia

5 de junho de 2023, às 11h50 - Tempo de leitura aproximado: 8 minutos

Área Tecnológica na Mídia

 


07/06/2023: Transmissão de Energia / Hidrogênio do Mar


Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) transmitiram pela primeira vez a energia de painéis solares no espaço de volta à Terra. O feito ocorreu dia 1º de junho utilizando uma sonda lançada em janeiro de 2023, reporta a Galileu. Uma espaçonave foi enviada na missão Transporter-6, que levou a sonda Space Solar Power Demonstrator (SSPD-1) ao espaço. A transferência sem fio foi demonstrada pelo experimento MAPLE (abreviação de Microwave Array for Power-transfer Low-orbit Experiment). O MAPLE é uma das três principais tecnologias testadas pela sonda SSPD-1, o primeiro protótipo do Projeto de Energia Solar Espacial da Caltech. O experimento tem uma matriz de transmissores de energia de micro-ondas, acionados por chips construídos com materiais de silício de baixo custo. O MAPLE tem duas outras matrizes de receptores separadas a 30 centímetros do transmissor para receber a energia e convertê-la em eletricidade. A energia transmitida foi detectada por um receptor no telhado do Laboratório de Engenharia

 

Uma nova startup californiana, a Equatic, busca retirar simultaneamente dióxido de carbono do oceano e do ar, enquanto cria hidrogênio como combustível alternativo. A empresa surgiu de uma iniciativa de pesquisa na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), e já possui duas pequenas usinas piloto em Los Angeles e Cingapura. Cada usina utiliza água do oceano e, em seguida, passa uma corrente elétrica através dela. Isso divide as moléculas de água, liberando o hidrogênio para a Equatic vender como combustível. O choque elétrico também separa a água em dois fluxos: um muito ácido e outro muito alcalino. No fluxo alcalino, o cálcio dissolvido se combina com o CO2 na água para formar o carbonato de cálcio. Em seguida, para extrair o CO2 do ar, a empresa faz bolhas de ar passarem por esse mesmo fluxo de água alcalina. O gás se mineraliza em bicarbonato de magnésio. A companhia então neutraliza ambos os fluxos de água para o pH do oceano, para que possa liberar a água do mar que agora está carregada de dióxido de carbono mineralizado. A ideia é que esses minerais prendam o CO2 no oceano por mais de 10.000 anos, impedindo que ele entre na atmosfera, onde causaria o aquecimento global. A Equatic já fechou um acordo com a gigante Boeing para a compra de 2.100 toneladas métricas de hidrogênio que poderão ser utilizados como combustível de aviação sustentável (SAF, em inglês), reporta o Olhar Digital.

 


06/06/2023: Cabeças Robóticas / Energia Limpa / Biolarvicida


Pesquisadores da Augmented Listening Laboratory, da University of Illinois Urbana-Champaign, desenvolveram protótipos de cabeças capazes de conversar e ouvir uns aos outros. A tecnologia, segundo eles, poderá facilitar pesquisas sobre as propriedades acústicas do ouvido humano e impulsionar projetos de criação de dispositivos de áudio mais avançados, incluindo aparelhos auditivos, reporta o Correio Braziliense. Impressas em 3D, as peças robóticas apresentam orelhas equipadas com microfones, distribuídos em diferentes partes, para simular a audição humana, além de fones de ouvido bluetooth para captar os sons. As cabeças antropomórficas têm uma boca montada com talkbox, um alto-falante que imita a voz humana. O projeto foi apresentado no 184º Encontro da Acoustical Society of America, no mês passado, em Chicago.

 

O investimento em energia solar ultrapassou, pela primeira vez, o investimento em produção de óleo e combustíveis fósseis, de acordo com um relatório anual publicado pela Agência Internacional de Energia, relata o TecMundo. Do total de US$ 2,8 trilhões investidos em energia durante 2022, cerca de US$ 1,7 trilhão foi na área de energia limpa. O relatório aponta que, a cada dólar gasto no setor de combustíveis fósseis, em média, US$ 1,70 é investido na energia limpa. As áreas que mais receberam investimentos foram as tecnologias de energia eólica e solar. O setor de veículos elétricos também está acumulando mais investimentos e os valores devem aumentar de US$ 29 bilhões em 2020 para US$ 129 bilhões em 2023.

 

A Prefeitura do campus da USP adotou um biolarvicida chamado DengueTech desenvolvido pela pesquisadora Elisabeth Sanches, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para matar as larvas do mosquito Aedes aegypti rapidamente, relata o Jornal da USP. A tecnologia foi transferida para a empresa de base tecnológica BR3 Agrobiotecnologia, incubada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia da USP/Ipen. A tecnologia é formulada a partir de bioinseticidas à base de uma bactéria de ocorrência natural, a Bacillus thuringiensis israelensis (BTI), e não oferece perigo aos seres humanos e a animais. Em formato de pastilha, o biolarvicida age na larva do mosquito e a mata em poucas horas, preservando o efeito por até 60 dias.

 


05/06/2023: ‘Árvores solares’ / Prêmio de Inovação / Direção Autônoma / Detecção de Tsunamis / ‘Folha artificial’ / Resistência de Abelhas


Árvores de metal com uma copa de sete metros de painéis solares, que geram eletricidade, podem chegar em breve a estacionamentos e shoppings no Reino Unido, reporta a CNN Brasil. As estruturas, que vão captar a energia do sol por meio de ‘folhas’ nanofotovoltaicas e poderão armazená-la em uma bateria colocada no tronco da árvore, foram projetadas pela startup britânica SolarBotanic Trees como fonte de energia para recarregar veículos elétricos. A empresa concluiu um protótipo em meia escala e agora pretende construir e testar uma versão em tamanho real, antes de iniciar a produção comercial no final do ano. A startup recebeu pedido de 200 árvores do Raw Charging Group, fornecedor de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos.

 

A UniQ, empresa residente no Parque Tecnológico de Sorocaba e responsável pelo desenvolvimento dos programas que gerenciam os sistemas do BRT (Bus Rapid Transit) do município, conquistou o segundo lugar, na categoria Inovação, na 3ª Edição do Prêmio Vozes da Mobilidade, organizado pelo Estadão, informa o Jornal ZNorte. O primeiro lugar ficou com a Autopass, empresa de gestão da bilhetagem eletrônica. As plataformas da UniQ são capazes de unificar 16 ou mais sistemas envolvidos na operação do transporte urbano, conectando todos os dispositivos em uma única tela. Os sistemas integrados abrangem catracas, câmeras, TVs, canais de som e sensores de portas.

 

A Jeep divulgou um vídeo que atiçou a curiosidade do público sobre um sistema autônomo de condução voltado especificamente para aplicação off-road, que nos próximos anos será usado pelos SUVs da marca, relata Motor1. A Jeep equipou o sistema em duas unidades do Grand Cherokee 4xe (versão híbrida que será vendida no Brasil) e as levou para o deserto de Moab, nos EUA. O vídeo mostra os SUVs vencendo as trilhas de areia e rochas escorregadias sem motorista, com o volante girando sozinho enquanto o computador traça o próprio curso. No ano passado, o grupo Stellantis, controlador da Jeep, adquiriu a empresa AiMotive e deve acelerar o processo de desenvolvimento da direção autônoma.io ambiente e a comunidade no entorno”, disse o presidente da siderúrgica, Marcelo Chara.

 

Os tsunamis são provocados principalmente por terremotos e vulcões submarinos, podendo destruir completamente comunidades costeiras. Monitorar quando ocorrem esses eventos pode ajudar a emitir alertas muito antes que essas ondas gigantes cheguem à costa, e agora o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA está testando mecanismo de detecção via satélite. O sistema conhecido como GNSS Upper Atmospheric Real-time Disaster Information and Alert Network (GUARDIAN) usa dados fornecidos por conjuntos de satélites de GPS, os GNSS. Os sinais emitidos por ele são calibrados pelo JPL, melhorando a posição em tempo real. E ao analisar esses sinais, o sistema consegue encontrar tsunamis que acabaram de surgir na Terra, explica o Olhar Digital. Atualmente, o sistema consegue detectar as ondas gigantes apenas 10 minutos antes delas surgirem, podendo fornecer até uma hora a mais de alerta, dependendo do epicentro do evento.

 

Uma nova tecnologia alimentada por energia solar tem a capacidade de converter dióxido de carbono (CO²) e água em combustíveis líquidos, reporta Engenharia é. Essa tecnologia pertence ao campo da fotossíntese artificial e permite a produção direta de etanol ou propanol em uma única etapa. A fotossíntese artificial também pode ser utilizada para produzir hidrogênio solar. Uma das grandes vantagens desses combustíveis solares em comparação com os combustíveis fósseis é que não produzem emissões líquidas de carbono. A nova folha artificial produziu etanol e propanol limpos em uma única etapa, eliminando a necessidade da etapa intermediária de produção de gás de síntese. Isso foi possível graças a um catalisador de cobre e paládio, que foi otimizado para permitir que a folha artificial produza compostos químicos mais complexos, especificamente os álcoois multicarbonados etanol e n-propanol, que têm alta densidade energética.

 

A Beeflow, uma startup de biotecnologia que nasceu na Argentina e tem sede na Califórnia, alimenta suas abelhas com um suplemento projetado para melhorar o sistema imunológico, destaca Um Só Planeta. Composto de aminoácidos coletados do néctar floral e de hormônios vegetais, o produto permite que as abelhas realizem até sete vezes mais voos em climas frios, segundo a empresa, e mais do que o dobro de sua carga normal de pólen. A partir daí, o Beeflow usa um suplemento diferente para definir o ‘GPS de voo’ das abelhas para culturas específicas. A empresa usou a tecnologia em mais de 4 mil hectares de terras agrícolas nos EUA, Argentina, México e Peru e diz que seu serviço de polinização produziu aumento médio de 32% no rendimento das colheitas em comparação com fazendas convencionais.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP