05/08/2022: Comunicação de Animais / Cirurgia no Metaverso / Acidentes Fatais / Trato da Cana

Pesquisadores do Earth Species Project (ESP), uma ONG da Califórnia, estão trabalhando na decodificação da comunicação de todos os animais da Terra. A equipe pretende usar o aprendizado de máquina para alcançar esse feito, destaca o Gizmodo. A equipe já foi capaz de desenvolver um modelo de IA que difere o chamado de um animal dentro de um grupo. Ou seja, eles conseguiram mostrar qual macaco estava emitindo sons entre os primatas. Isso também foi feito para golfinhos e morcegos. Os próximos passos para a decodificação da comunicação dependem de uma avaliação de contexto. Não basta ouvir o animal; é preciso analisar o seu comportamento e criar ligações. O estudo será aplicado inicialmente em baleias jubartes.

Uma equipe de médicos do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, contou com o auxílio da doutora Geex, uma assistente em holograma, para realizar uma cirurgia dentro do metaverso, reporta o Gizmodo. Quem conduziu o procedimento foi Giselle Coelho, neurocirurgiã pediátrica da instituição. Durante a operação foi usado um par de óculos do metaverso, que permitiu à médica ter acesso ao mundo real e virtual ao mesmo tempo. A equipe realizou a simulação de uma neurocirurgia de biópsia de um tumor cerebral por endoscopia em um boneco hiper-realista. Segundo os pesquisadores, essa foi a primeira cirurgia no mundo realizada no metaverso. Todo o procedimento foi acompanhado por especialistas internacionais.

O relatório de sustentabilidade de 2022 da Honda revelou o desenvolvimento de novas tecnologias para cumprir uma meta anunciada em abril de 2021: zerar acidentes fatais envolvendo suas motocicletas até 2050. A fábrica pretende atacar esse problema de forma integrada com os automóveis. O foco inicial será o aprimoramento dos sistemas de detecção que equipam os carros, como sensores de ponto-cego e assistentes de frenagem, destaca o Auto Esporte. Outro recurso que a Honda pretende usar é a inteligência artificial. Equipamentos como sistema de permanência em faixa, sensor de ponto-cego e assistente de frenagem (comuns em automóveis) serão incorporados às motos da marca. A I.A. estudará o comportamento do motociclista, por meio de câmeras e sensores. Ao identificar uma situação de risco, o sistema executará intervenções automáticas.

A Agricef, startup de máquinas e serviços agrícolas, desenvolveu um implemento para os tratos culturais da cana soca, reduzindo os custos operacionais em até 40%. A inovação foi apresentada em parceria com o Pulse, hub de inovação da Raízen, registra o Nova Cana. O Kronos, como é conhecido, promove a aplicação dos insumos na medida e tempo corretos, além de diminuir a quantidade de equipamentos e mão de obra da operação. O equipamento integra cinco operações de tratamento: aplicação de fertilizante, de inseticida em profundidade e superficial, de herbicida e preparo de solo. Com a operação integrada, são mobilizados menos tratores na lavoura.

04/08/2022: Pantanal / Fábrica de Startups / Tecnologia na Construção / Carne Cultivada / Supercomputador

A Pantera (Plataforma Integrada para Gestão de Incêndios Florestais) detectou uma ocorrência em uma área considerada a mais isolada no bioma do Pantanal. O módulo detecção usa inteligência artificial e visão computacional, por meio de câmeras de alta resolução instaladas no topo das torres de comunicação, destaca o Diário Corumbaense. O sistema de alerta implantado cobre cerca de 1 milhão de hectares do entorno. O módulo de prevenção oferece alerta diário dos pontos suscetíveis à incêndios e presta apoio às brigadas.

A partir de 12 de agosto, o Centro de Inovação Tecnológica de Guarulhos terá a primeira fábrica de startups da região, sob a gestão de Dennis Nakamura, mentor da Oracle e da Bluefilds Development e ex-gestor do iFood. O StartGRU funcionará como uma aceleradora de ideias e inovação, auxiliando empreendedores que já têm projetos, relata o Guarulhos Hoje. O StartGRU vai funcionar dentro do Centro Universitário Eniac. Durante o processo de mentoria, as ideias passarão por um estudo de viabilidade.

Construtoras e incorporadoras estão investindo em pesquisa e soluções que permitam desenvolver os projetos construtivos de forma mais econômica, rápida, sustentável e segura. A Internet das Coisas (IoT) vem ganhando destaque, não apenas no período de execução das obras nos canteiros, mas também na vida útil das edificações. O uso da IoT otimiza o desempenho e a produtividade na construção, ajudando a alterar, relatar e monitorar o canteiro de obras por meio de inteligência artificial, destaca o Diário do Aço. Outro recurso inovador é a Modelagem da Informação da Construção (BIM, na sigla em inglês). A metodologia permite criar soluções digitais com manejo de toda a informação de um projeto de engenharia. É possível prever as interferências que o projeto poderá sofrer no canteiro e antecipar soluções.

A Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, em Santa Catarina, aprovou um projeto para estudar a carne cultivada de frango, que é produzida em laboratório por meio de técnicas de bioengenharia, ou seja, sem abate de animais. Para ampliar as discussões e buscar parcerias, a Embrapa realizará a ‘I Jornada de Carne Cultivada’, dias 24 e 25 de agosto, em conjunto com a GFI/Brasil e a Universidade de São Paulo (USP), reporta a Avicultura Industrial. O evento será híbrido: no auditório do centro de pesquisa e com transmissão via internet.

O supercomputador Santos Dumont, instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC  (Unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), está disponível para cientistas. O equipamento localizado em Petrópolis pode contribuir para projetos nas áreas da saúde, inovação, clima e tecnologia. As propostas para utilizar o dispositivo podem ser enviadas até 25 de novembro e serão avaliadas por uma comissão, relata o Olhar Digital. Atualmente, cerca de 230 projetos de pesquisas, incluindo estudos sobre novos materiais, exploração de petróleo e gás, energias renováveis, fenômenos climáticos e indústria aeroespacial, utilizam a capacidade de processamento do supercomputador.

03/08/2022: Indústria 4.0 / Robô ‘Cirurgião’ / Agricultura Regenerativa / Agricultura de Precisão / Inteligência Artificial

A Fábrica do Futuro da USP, laboratório que simula um ambiente real de manufatura com a aplicação de tecnologias da Indústria 4.0, é a primeira instituição da América Latina admitida na International Association of Learning Factories (IALF), a principal rede acadêmica de laboratórios conhecidos como Fábricas de Aprendizagem (Learning Factories), reporta o Jornal da USP. A participação da Fábrica do Futuro na IALF permitirá que o laboratório da USP integre grupos de trabalho na rede internacional, incrementando o intercâmbio de práticas de ensino e o desenvolvimento de novas tecnologias. Com a entrada da USP, a rede passa a ter 22 laboratórios em 15 países. Segundo o professor da Poli-USP Eduardo Zancul, a infraestrutura é aplicada no ensino, em aulas e atividades práticas, e na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a digitalização da manufatura.

Shane Farritor, professor de engenharia na Universidade do Nebraska-Lincoln, desenvolveu um robô miniaturizado para cirurgias, que poderá ser levado à Estação Espacial Internacional (ISS) para testes, em 2024. A universidade recebeu US$ 100 mil da Nasa para que os pesquisadores preparem o robô para a missão, reporta o Canaltech. Farritor e seus colegas vêm trabalhando há quase 20 anos no robô MIRA, sigla em inglês para “assistente robótico miniaturizado ao vivo”. Ele tem duas vantagens: o robô pode ser inserido por pequenas incisões, o que permite a realização de cirurgias abdominais com invasão mínima. E a tecnologia permite que os cirurgiões trabalhem remotamente. Quando for levado à estação, o MIRA funcionará autonomamente, sem o direcionamento das mãos de um astronauta ou médico.

A Expocaccer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado divulgou a exportação de café com certificação de agricultura regenerativa para o Japão e a Inglaterra. O café exportado que aderiu às práticas sustentáveis, e ganhou relevância no segmento de cafés especiais por atender às metas da cadeia produtiva, pertence ao cooperado Fernando Nogues Beloni. Quatro fazendas de café com o selo regenerativo pertencem ao quadro de cooperados da Expocaccer: Guima Café, Dois Irmãos (Evandro Sanches), Fazenda Farroupilha (Inácio Urban) e Agro Beloni (cooperado Fernando Beloni), que foi a primeira no mundo a conquistar a certificação na cafeicultura, em dezembro do ano passado, destaca o Notícias Agrícolas.

Um estudo da Berg Insight, consultoria para clientes nas áreas de Internet das Coisas e tecnologias digitais, apontou que mercado de agricultura de precisão deve crescer de US$ 12,9 bilhões (R$ 68,3 bilhões) em 2021 para US$ 20,8 bilhões (R$ 110,2 bilhões) em 2026. A agricultura de precisão faz parte de um sistema de gerenciamento agrícola que permite uma exploração mais controlada e precisa de insumos agrícolas, como adubos e defensivos, aumentando a lucratividade e reduzindo os impactos ambientais, destaca a Rede Brasil. Utiliza a tecnologia no campo, como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), análise de dados por meio de algoritmos (Big Data), geolocalização, automação e robótica.

A NeuralMind, fornecedora de soluções em inteligência artificial com foco na automação de operações, compliance e detecção de fraudes, e a consultoria Terranova foram escolhidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como fornecedoras de uma solução tecnológica para fiscalizar o dinheiro público, destaca a Fapesp. A solução em software vai apoiar a avaliação dos indícios (instrução) de 2 mil novos processos de representações e denúncias que chegam ao TCU por ano. O volume desse tipo de processo corresponde a mais de 40% do total apreciado pela corte. O programa será capaz de identificar, por exemplo, as irregularidades alegadas nas petições iniciais.

02/08/2022: Tecnologia Autônoma / Microrreator / Esqueleto Robótico / Bicho Mineiro / Ciências da Vida

O BMW Group lançou o projeto ‘Automated Driving In-Plant’ (em tradução livre, ‘Condução Automatizada na Fábrica’), pelo qual os carros vão manobrar na linha de produção de Dingolfing, na Alemanha, sem a necessidade de motorista. A iniciativa é uma parceria com as startups Seoul Robotics, da Coreia do Sul, e a Embotech, da Suíça, destaca o Webmotors. O sistema será testado nos veículos Série 7 e no i7, totalmente elétrico. Os veículos passarão apenas pela área de montagem e depois pela logística de maneira autônoma. Recém-saídos da linha de produção, os carros se dirigirão a uma área de estacionamento, prontos para seguirem viagem de trem ou de caminhão.

Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) patentearam um reator químico compacto, ou microrreator, produzido por impressão 3D e capaz de transformar etanol em hidrogênio, a primeira etapa do processo para converter em energia elétrica, mediante as células de combustível, informa o Mobiauto. A opção pelo microrreator visa a embuti-lo na célula de combustível. Com isso, seria possível criar células modulares, produzidas em larga escala, sempre com o mesmo padrão, em vez de usar modelos diferentes de células e reformadores para cada tipo de veículo. Segundo os professores da Faculdade de Engenharia Química, o objetivo é tornar o projeto viável em escala industrial.

O conceito de exoesqueleto é a base de uma pesquisa de tecnologia de reabilitação de pacientes com dificuldades motoras. Na Unesp de São João da Boa Vista, pesquisadores estão desenvolvendo um exoesqueleto robótico voltado à recuperação dos movimentos de membros inferiores, relata o Jornal da Unesp. O projeto do ExoTAO desenvolveu um protótipo do exoesqueleto, que vem sendo testado em indivíduos sem incapacidades motoras, mas a meta é começar seu uso em pacientes ainda neste ano. Os pesquisadores equiparam o aparelho com motores dotados de molas situados em cada uma das articulações. Por meio da leitura da força do paciente por algoritmos, os atuadores calculam a intensidade de força que o exoesqueleto deve imprimir no movimento que está sendo realizado pelo paciente.

Considerado a pior praga dos cafezais, o bicho mineiro (Leucoptera coffeella) está mais conhecido. Uma equipe de pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) anunciou a geração de dados do genoma completo desse inseto, responsável por comprometer a qualidade dos grãos e causar perdas de até 70% da produção. Um dos maiores obstáculos era a escassez de informações sobre a sequência genômica do inseto-praga. Por isso, a dificuldade de superar a resistência aos inseticidas disponíveis no mercado. Os pesquisadores passaram a trabalhar com os dados do genoma e transcriptoma do inseto (genes em uso pelo inseto), analisando órgãos, tecido ou linhagem celular. Essas informações permitirão estudos moleculares de genes alvo para controle da praga.

A USP inaugura nesta quarta-feira (3) o Hub Ciências da Vida, que pretende se tornar um celeiro de startups da área de saúde ao desenvolver e testar tecnologias para ajudar no enfrentamento de futuras pandemias, reporta o Yahoo!. Capitaneado pela USP e pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), e articulado pelo Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), o espaço ocupará 20 mil m² no campus do Butantã. O Cietec atribui a criação do hub a uma articulação nacional que envolve institutos como o Emílio Ribas e o Butantan, empresas como L´Oréal e Merck, além do Governo de São Paulo.

01/08/2022: Adesivos de Ultrassom / Proteína e Óleo da Soja / Correção e Nutrição do Solo / 5G no Brasil

Engenheiros do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) criaram um adesivo do tamanho de um selo que produz imagens de ultrassom de alta qualidade de órgãos internos, e pode ser usado para monitorar a atividade de músculos e órgãos em dispositivos eletrônicos, relata a Forbes Brasil. O adesivo, apresentado pela revista ‘Science’, na quinta-feira (28), produziu imagens de alta resolução, que permitiram à equipe observar alterações nos vasos sanguíneos, órgãos e músculos em voluntários que realizaram diferentes atividades físicas.

Um equipamento produzido pela Fine Instrument Technology (FIT) em parceria com a Embrapa Instrumentação utiliza ressonância magnética para fazer a medição da quantidade de proteína, óleo e umidade da soja. A principal vantagem é o número reduzido de calibrações necessárias, destaca o Canal Rural. A ressonância magnética examina o interior do grão, indo no nível do átomo do hidrogênio. “É menos suscetível à interferência de cor, de luminosidade, de forma, ou seja, não é preciso moer o grão para fazer a análise”, explica a CEO da empresa, Silvia Azevedo, destaca o Canal Rural.

A paranaense Caltim Fertilizantes recorreu à transformação molecular para a correção e a nutrição do solo. A tecnologia traz soluções com composições para todos os tipos de cultivos, que corrigem a acidez, fazendo com que as plantas possam absorver melhor os nutrientes, destaca o Correio dos Campos. Segundo Nicolas Ito Trindade, diretor da Caltim, a tecnologia de transformação molecular permite ao agricultor produzir mais em uma mesma área. “Essa tecnologia surgiu para potencializar a safra, evitando perdas de produtividade em áreas que recebem duas ou até três plantações no ano”, explicou.

Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, afirmou, em entrevista à CNN, que a tecnologia deve estar liberada em todo o Brasil somente em quatro anos. Isso porque “o 5G não é um carro zero quilometro pronto que você pega e sai usando”. Ou seja, é necessário fazer testes de frequência, pois, a faixa de 3,5 Ghz também é usada por diversos brasileiros que tenham antena parabólica.

Produção: CDI Comunicação Corporativa

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP