Área Tecnológica na Mídia – 01/07/2024 a 05/07/2024
5 de julho de 2024, às 11h12 - Tempo de leitura aproximado: 17 minutos
05/07
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), divulgou na quarta-feira (03) o edital e o termo de referência para a aquisição do sistema de supercomputação e armazenamento de dados de alta performance. A aquisição contempla entrega, operacionalização, transferência de conhecimento das tecnologias utilizadas, documentação e garantia da solução adquirida. Conforme o edital, os fornecedores interessados em participar do processo deverão apresentar propostas técnica, de preço e documentos de habilitação até 30 de julho. A licitação é conduzida pela Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate). Os equipamentos serão instalados em Cachoeira Paulista (SP), onde está localizado o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE. A aquisição do supercomputador é considerada condição fundamental para o aprimoramento dos modelos numéricos, produtos meteorológicos e climáticos atuais, além do desenvolvimento de novos produtos que permitam simulações mais precisas, centrais para as previsões de tempo, clima e ambientais e para o estudo da mudança do clima. Os produtos da modelagem numérica são úteis, por exemplo, para o agronegócio, um dos pilares da economia brasileira, para o setor da saúde, à medida que podem ser usados para suportar programas operacionais para planejamento e controle de epidemias, e para o monitoramento de eventos severos, que requer modelos em alta resolução espacial para subsidiar o envio de alertas de curtíssimo prazo.
A West Japan Railway (JR West) apresentou um novo robô humanóide projetado para manutenção de linhas férreas, capaz de trabalhar em altura, cortar ramos e pintar armações metálicas. Com alcance vertical de 12 metros e capacidade de transportar objetos de até 40 quilos, o robô é controlado remotamente por um técnico usando óculos conectados a câmeras na cabeça, permitindo movimentos sincronizados e feedback auditivo. Equipado com vários acessórios, o robô pode realizar tarefas precisas e delicadas, como usar uma motosserra ou pincel. Desenvolvida em parceria com uma startup de robótica, a criação visa enfrentar a escassez de mão de obra na envelhecida sociedade japonesa e melhorar a segurança no trabalho, reduzindo o risco de quedas e choques elétricos para os funcionários. A JR West espera que o robô diminua as horas de trabalho de manutenção em cerca de 30% e garanta operações ferroviárias mais estáveis e sustentáveis. A máquina entra em operação a partir de julho, após dois anos de testes, afirma a Agência Brasil.
Um projeto em desenvolvimento na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp – com ramificações na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e na Universidade de Passo Fundo (UPF0), do Rio Grande do Sul – caminha para a obtenção, até o início do ano que vem, de uma classe de implantes ortopédicos e odontológicos biocompatíveis, com propriedades antibacterianas e alto índice de personalização, revela o Jornal da Unicamp. A nova tecnologia passa pela fabricação do pó a partir de diferentes ligas de titânio, nióbio e tântalo, posteriormente produzidas por meio de manufatura aditiva – processo mais conhecido como impressão 3D. Por conta disso, esse novo material poderá atender a características específicas de cada paciente. Além disso, terá vida útil pelo menos duas vezes maior que a dos implantes convencionais de aço inoxidável e ligas de titânio, alumínio e vanádio, os mais usados atualmente. Segundo o coordenador do projeto, Éder Sócrates Najar Lopes, professor da FEM, a nova classe de biomaterial inova por incluir alterações em toda a cadeia de produção – por exemplo, na seleção do material a ser usado na confecção da peça, na fabricação do pó resultante de uma liga específica e na manufatura aditiva, que vai possibilitar a personalização. “É como se estivéssemos em uma farmácia de manipulação”, resume o professor. “A matéria-prima para um determinado implante é diferente da de outro e, com isso, o design também poderá ser diferente. Assim, teremos um grau de customização muito alto”, afirma.
O termo Global Positioning System pode não ser tão popular, mas a sua sigla – GPS – está presente no dia a dia de pessoas e empresas do mundo todo. Desenvolvido durante a era Sputnik, quando os cientistas conseguiram rastrear o satélite com mudanças em seu sinal de rádio conhecidas como Efeito Doppler, o GPS só passou a ser utilizado popularmente em 1995, começa matéria da Época. Desde então, o sistema de navegação por satélite, que oferece medidas precisas de localização geográfica, passou a ser utilizado nas mais diferentes tarefas, incluindo aviação, monitoramento de dados, respostas emergenciais e tantas tecnologias às quais o sistema é integrado. O GPS é baseado em um conjunto de 24 satélites artificiais que orbitam a Terra. Chamada Navstar, essa rede fornece dados em tempo real aos aparelhos que possuem receptores do sistema. São esses receptores que interpretam as informações e as convertem em dados geográficos, que são utilizados para a localização de lugares em qualquer lugar do planeta. A criação do GPS tem raízes na Guerra Fria, em meados da década de 1950. Durante o período, que também marca a primeira corrida espacial, a União Soviética lançou o satélite Sputnik I (1957), projetado para estudar a Terra a partir do espaço. A tecnologia chamou a atenção e passou a ser estudada por cientistas do mundo todo. Ao acompanharem os bipes de rádio do Sputnik, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) notaram que a frequência aumentava à medida que o satélite se aproximava da Terra e diminuía à medida que ele se afastava – um exemplo clássico do chamado Efeito Doppler. A partir da observação, os cientistas do MIT argumentaram que o princípio poderia ser utilizado, em futuros satélites, para determinar dados como localização, velocidade e elevação.
04/07
Um drone foi lançado pela Marinha Brasileira, na última sexta-feira (28), para mapear e identificar a situação dos locais mais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo a Força Naval, a operação tem objetivo de registrar situações de alagamento, destroços e a possibilidade de locais ainda não verificados, informa a CNN. Durante a ação, foram observadas regiões como a Lagoa dos Patos, a Ilha dos Marinheiros e toda área da costa. Esta foi a primeira vez que um drone foi lançado do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, pelo chamado Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP). A Marinha explicou que todas as imagens captadas são transmitidas simultaneamente para a equipe terrestre do 5º Distrito Naval, em Rio Grande, que faz parte do Comando Conjunto da Operação “Taquari 2”. Além disso, o equipamento utilizado possui uma câmera “eletro-ótica” com um zoom que aproxima em até 171 vezes, ou seja, sobrevoando a mais de 600 metros de altitude, o sistema é capaz de registrar a imagem da placa de um veículo, por exemplo.
Com a ascensão da IA generativa que cria vídeos extremamente realistas, como o Sora e o Kling AI, o risco de desinformação por deepfakes aumentou significativamente. As ferramentas atuais são ineficazes na identificação desses vídeos, exigindo novas abordagens tecnológicas. Pesquisadores da Universidade de Drexel, na Filadélfia, desenvolveram o algoritmo “MISLnet” que detecta deepfakes com 98% de precisão, destaca o gizmodo. Este algoritmo utiliza redes neurais convolucionais (CNN) para identificar padrões sutis, ou “impressões digitais”, em vídeos gerados por IA. Graças ao seu treinamento em machine learning, o MISLnet pode diferenciar vídeos deepfake de IAs desconhecidas, adaptando-se rapidamente às novas tecnologias. A pesquisa destaca a importância social dessa tecnologia, essencial para combater a crescente ameaça de desinformação por deepfakes, sublinhando que, embora os mecanismos de detecção não sejam a única solução, são um passo crucial para verificar a autenticidade da mídia digital.
03/07
A iluminação fotossintética é um grande avanço na horticultura e no design de interiores, permitindo que a beleza e os benefícios das plantas sejam integrados em espaços onde a luz natural é limitada ou inexistente. A tecnologia, além de imitar a luz solar, facilita a fotossíntese e abre novas possibilidades para o paisagismo urbano e o bem-estar humano, destaca o portal MSN. O projeto ‘Conexão Natural’, de Renata Guastelli, apresentado na Casacor São Paulo, é um exemplo dessa aplicação. Ocupando área de 130 m² dentro do Conjunto Nacional, o espaço tem plantas como o Guaimbê compacto e o Cipó-imbé, apesar da ausência de luz natural. A escolha das espécies e a utilização da iluminação fotossintética criam um microclima que não apenas sustenta a vida das plantas, mas também melhora a qualidade do ar e proporciona um refúgio verde. O projeto é uma prova de que a tecnologia pode ser uma aliada na criação de espaços verdes sustentáveis, mesmo nos corações das cidades. O jardim busca integrar os visitantes em um cenário rico em plantas vivas e elementos naturais. Sustentabilidade é um aspecto central, manifestado na escolha de materiais e práticas. O piso drenante monolítico, com 99% de permeabilidade, é composto de micro seixos de quartzo rolado, extraído de pedreira com licença ambiental, e aglutinado por uma resina de poliuretano com 70% de base vegetal. A Lepri, responsável pelo revestimento cerâmico das jardineiras, usou material reciclado. A pegada sustentável inclui o reaproveitamento de vasos plásticos para novas plantações pós-evento, e o planejamento para o uso posterior das plantas em decorações e jardins. Os sistemas de irrigação e iluminação foram projetados para serem reutilizáveis.
A Unesp vai ser a sede de dois novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). As propostas lideradas pela Unesp são para a formação de um Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, com sede na Faculdade de Ciências do campus de Bauru, e para a formação de um centro em habitações de interesse social, com sede no Instituto de Ciência e Tecnologia do campus de Sorocaba. A Fapesp anunciou 21 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento em parceria com universidades, instituições de pesquisas, secretarias de Estado e outros órgãos de governos. O investimento total será de R$ 130 milhões. “Temos muitos grupos trabalhando com tecnologia assistiva isoladamente em São Paulo. O projeto surgiu da ideia de conectar pessoas que trabalham nessa área e vai permitir maior penetração em pesquisa, no Brasil e no exterior”, disse Carlos Roberto Grandini, pesquisador responsável pelo Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologia Assistida (CMDTA) ao Jornal da Unesp. A proposta inicial do centro reuniu pesquisadores da Unesp que atuam nas unidades de Bauru, Rio Claro, Presidente Prudente, Ourinhos, Marília, Botucatu, Ilha Solteira, Sorocaba e Araraquara, além de docentes da USP, UFABC e da UFSCar. Os pesquisadores se dividem em quatro linhas de pesquisa: novas tecnologias e materiais para tecnologias assistivas; novas tecnologias e materiais para dispositivos médicos, órteses e próteses; inteligência artificial e comunicação alternativa; e materiais pedagógicos digitais.
Uma reunião técnica, envolvendo lideranças científicas da Acelen Renováveis, da Embrapii e da Embrapa, deu início ao projeto de desenvolvimento tecnológico das espécies de palmeira macaúba para produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), diesel verde (HVO, em inglês), energia térmica e outros coprodutos de alto valor agregado. A parceria de inovação aberta visa a contribuir para a domesticação da macaúba e a decorrente implantação de lavouras comerciais e o melhor aproveitamento dos frutos (casca, polpa, endocarpo e amêndoa) via processos mais eficazes para extração de óleos de alta qualidade e geração de bioprodutos. O projeto, que terá a duração de cinco anos, está amparado em dois acordos de cooperação técnica firmados entre a Acelen Renováveis e a Embrapa Agroenergia, cujos investimentos somam R$ 13,7 milhões, com o apoio financeiro da Embrapii e do BNDES, e envolvem o aporte científico de outros quatro centros de pesquisa, as Embrapas Algodão, Florestas, Meio Norte e Recursos Genéticos e Biotecnologia. O empreendimento da Acelen Renováveis está desenhado para atender o processo de transição energética, oferecendo combustíveis renováveis em larga escala, e tem claras orientações ambientais e sociais, na medida em que visa criar sistemas de produção descarbonizados em áreas de condição semiárida, criando novas opções econômicas para comunidades carentes, e o reaproveitamento de efluentes industriais. Espera-se a criação de 90 mil empregos diretos e indiretos e a geração anual de R$ 7,4 bilhões de renda para as populações envolvidas. Segundo Alexandre Alonso, chefe geral da Embrapa Agroenergia, a iniciativa da Acelen Renováveis é extremamente importante porque a demanda por biocombustíveis avançados crescerá exponencialmente nos próximos anos à medida que crescerem também as pressões por descarbonização.
Engenheiros da Universidade da Carolina do Norte (NCSU) criaram um novo material chamado “gel vítreo”, que combina as propriedades rígidas e frágeis dos polímeros vítreos com a maleabilidade e elasticidade dos géis. Este gel não evapora, pode ser esticado até cinco vezes seu comprimento original sem quebrar e retorna à sua forma inicial com a aplicação de calor. Além disso, o gel é altamente adesivo e conduz eletricidade mais eficientemente do que os plásticos comuns, destaca o Olhar Digital. Para criar o gel, os pesquisadores combinaram precursores líquidos de polímeros vítreos com um líquido iônico, que confere resistência, elasticidade e capacidade de regeneração ao material. A mistura é colocada em um molde e exposta à luz UV para cura. Publicado na revista Nature, o estudo detalha que o processo de criação dos géis vítreos é simples e pode ser feito em qualquer tipo de molde ou por impressão 3D, facilitando a produção. Os pesquisadores estão animados com as possíveis aplicações do gel vítreo e estão abertos a colaborar para explorar seu uso em diversas
02/07
A professora da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP) Lauralice de Campos Franceschini Canale e a doutora Rosa Lucia Simencio Otero transformaram conhecimento de Engenharia de Materiais em uma importante publicação do setor, que acaba de ser lançada: ASM Handbook, Volume 4F: Quenchants and Quenching Technology. A obra é uma atualização abrangente do best-seller Handbook of Quenchants and Quenching Technology (ASM International, 1993) e analisa a metalurgia de ferros e aços, bem como as mudanças que ocorrem em resposta ao aquecimento controlado e ao resfriamento. Também são abordados os mecanismos dos meios de resfriamento, explicando mais detalhadamente como os dados da curva de resfriamento são adquiridos e usados no desenvolvimento de processos de têmpera e na seleção de agentes de têmpera. O livro descreve as características de molhamento e transferência de calor na têmpera em processos industriais, incluindo soluções de polímeros e sais, nanofluidos e óleos de petróleo, vegetais e animais, e apresenta exemplos de microestruturas e propriedades alcançadas em diferentes meios de têmpera, analisando a influência dos parâmetros de processo, como a agitação, temperatura e concentração (no caso de soluções) dos meios de resfriamento. “A obra é bem completa sobre o tema, uma vez que explica como avaliar projetos iniciais e a viabilidade de fabricação, como determinar a causa raiz das falhas induzidas por têmpera e abrange uma ampla gama de processos de têmpera além da convencional, como por indução, spray, gás e intensiva, além de abordar o uso de dinâmica de fluidos computacional e outras ferramentas de modelagem. Os assuntos abordados despertam interesse tanto na área acadêmica quanto na industrial”, destaca Lauralice, que atua na EESC há 36 anos e já participou de outras publicações, contando com parcerias como a do professor visitante da EESC, George Edward Totten, da Universidade de Portland, que se repetiu nesta obra, em conjunto com Rosa Lucia Simencio Otero, a quem foi orientadora no programa de doutorado.
01/07
A fabricante sueca de carros de alta performance Koenigsegg lançou uma inovação que promete redefinir os padrões de potência e eficiência no mercado automotivo: o Quark, um motor elétrico desenvolvido para equipar o mais novo modelo da marca, o Gemera. O Quark, que tem apenas 28,5 kg, é um prodígio da Engenharia. Mesmo com peso reduzido, o motor entrega potência de 340 cv e torque de 61,2 kgfm, superando motores elétricos convencionais que são mais pesados, relata Click Petróleo e Gás. A leveza do Quark é atribuída ao uso de materiais avançados como aço aeroespacial e fibra de carbono, resultando em um conjunto motriz que maximiza a eficiência sem comprometer a robustez. Equipado com duas unidades do motor elétrico inovador, o carro tem um conjunto motriz de 680 cv e 112,1 kgfm. Esse desempenho coloca o Gemera entre os carros mais rápidos e eficientes do mercado. O Quark é compacto e lembra um platô de embreagem, com dimensões ligeiramente maiores que uma lata de refrigerante de 330 ml. Essa característica compacta permite uma integração eficiente no design do Gemera, garantindo um desempenho otimizado sem ocupar muito espaço. Além disso, a Koenigsegg destaca a versatilidade do Quark, que pode ser aplicado em diversas áreas, além dos automóveis, como aeronaves de decolagem e pouso vertical, incluindo helicópteros e drones, graças ao seu acionamento direto, que dispensa a necessidade de transmissão. O Quark foi projetado para atuar principalmente em arrancadas e baixas velocidades. Durante picos de potência, que podem durar até 20 segundos, o motor entrega toda a sua capacidade de 340 cv e 61,2 kgfm. Após esse período, os números estabilizam em 136 cv e 25,4 kgfm. Embora a Koenigsegg não tenha revelado todos os detalhes sobre o Gemera e o motor Quark, a expectativa é alta. A empresa está planejando grandes investimentos para aprimorar a tecnologia inovadora. A introdução do Quark abre caminho para novas possibilidades na indústria de veículos elétricos.
Cientistas desenvolveram uma nova técnica para previsão de erupções vulcânicas utilizando ferramentas de machine learning. Segundo o Daily Mail, o novo sistema, desenvolvido na Universidade de Granada (Espanha), é capaz de prever com dias de antecedência uma erupção, utilizando a nova ferramenta para identificar padrões da atividade sísmica local e melhorar os planos de emergência traçados. O uso da estratégia de IA permitiu detectar os momentos de inquietação, erupção e pré-erupção do vulcão com 95% de precisão. O estudo foi anunciado dez dias após a Rede Sistêmica do Noroeste Pacífico revelar que cerca de 350 terremotos foram detectados na região do segundo vulcão mais perigoso dos EUA, o Monte St. Helens , localizado em Washington, que está mostrando sinais de que o está ‘acordando’. Só neste mês foram 38 tremores, informa Época Negócios. Com a ajuda do machine learning, os cientistas espanhóis querem evitar problemas futuros. Em 1980, a erupção do St. Helens deixou 57 mortos e alterou o bioma local. A ferramenta desenvolvida analisou todos os sinais emitidos para descobrir os padrões de progressão de uma fase para a outra, até atingir o pico de uma erupção. Segundo os dados, os sinais pré-eruptivos batem com os movimentos vistos em 2024 – tremores e acúmulo de magma e pressão. O estudo utilizou fórmulas matemáticas para analisar os sinais e calcular as quatro características principais essenciais de monitoramento: energia, previsibilidade, nitidez dos picos de atividade e mudança nas frequências dos sinais. Com base nesses resultados, os cientistas podem determinar o estado do vulcão: inquietação, pré-eruptivo e eruptivo, com a explosão do magma. “É um valor numérico confiável para afirmar a probabilidade de uma erupção vulcânica a curto prazo e melhoraria a vigilância de um sistema vulcânico e a capacidade de prever uma erupção”, afirmaram os pesquisadores no jornal Frontiers in Earth Science. “A probabilidade de estar no estado eruptivo geralmente chega a 80% sempre que uma erupção vulcânica está prestes a começar, demonstrando que a metodologia tem potencial como uma ferramenta de vigilância universal”, detalharam.