Engenharia e criatividade: esculturas com palitos de sorvete inspiram estudantes em Suzano
13 de outubro de 2025, às 11h30 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Uma iniciativa que une matemática, física, engenharia e criatividade tem transformado o aprendizado de alunos do Ensino Médio em Suzano, São Paulo. O projeto de Esculturas com Palitos de Sorvete, idealizado pelo engenheiro mecânico e professor de matemática Marco Antônio da Fonseca em 2017, transcendeu seu propósito inicial como ação social e se consolidou como um projeto extracurricular na Escola Estadual Comandante Jean Jacques Yves Cousteau. 
Ao longo de oito anos, o projeto mobilizou estudantes na construção de estruturas complexas usando um material simples: palitos de sorvete. A cada ciclo, que dura nove meses, os participantes, todos alunos do Ensino Médio, são desafiados a estudar e desenhar a estrutura da escultura, aplicando na prática os conceitos de matemática e física aprendidos em sala de aula. Esse processo transforma abstrações teóricas em soluções concretas de Engenharia.
Com quase 100 mil palitos utilizados nas obras ao longo dos anos, o projeto demonstra o potencial da Engenharia em pequena escala. A escultura deste ano é um feito notável: com 3,2 metros de altura e construída com 12.500 palitos de sorvete, ela incorpora inovações. A estrutura não é estática. Ela ganhou movimento com a adição de dois motores e oito rolamentos, ensinando os alunos sobre sistemas mecânicos e dinamismo estrutural.
A exposição das obras é o ponto alto do ciclo. Após a apresentação inicial para a comunidade escolar, as estruturas iniciam um circuito por espaços públicos, como centros culturais e o Suzano Shopping, que neste ano apoiou o projeto com a doação de parte da matéria-prima.
Segundo o professor Marco Antônio, mesmo não sendo uma escola técnica, a iniciativa tem o mérito de aproximar os estudantes da Engenharia. “O projeto é uma forma de apresentar um novo jeito de aprender, onde os jovens podem ver a aplicação direta do que aprenderam em sala de aula”, avaliou.
Os benefícios do trabalho vão além do conteúdo técnico. A aluna Ana Francisca Lô, do 2º ano, destaca a importância do projeto em seu desenvolvimento pessoal: “Este é um projeto que ajudou no meu processo de aprender a trabalhar em grupo. Antes, eu tinha muita dificuldade com isso”. A construção das esculturas exige colaboração, planejamento e gestão de desafios, habilidades essenciais para a vida profissional.
O Crea-SP apoia a iniciativa de profissionais como a do engenheiro Marco Antônio da Fonseca, que estão comprometidos em tornar a Engenharia mais acessível e inspiradora para os jovens, mostrando que criatividade, matemática e física são as bases para construir o futuro.
Produzido pela CDI Comunicação
              