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Acesso em 23/07/2025 às 15h03.

Comitê do Crea-SP debate mudanças climáticas

Reunião de trabalho reforça integração entre área tecnológica e gestão pública

22 de julho de 2025, às 9h21 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a atuação qualificada da área tecnológica, o Crea-SP realizou, na última sexta-feira (18/07), a 4ª reunião do Comitê sobre Mudanças Climáticas. Instituído este ano, o grupo se reúne mensalmente para debater propostas, trocar experiências e promover soluções voltadas à mitigação dos impactos ambientais e à construção de cidades mais resilientes em todo o Estado. Em pauta, destaque para a prevenção e o combate a enchentes, a gestão de resíduos da construção civil e a adoção de soluções baseadas na natureza. 

Participaram a vice-presidente do Conselho, engenheira agrônoma Marilia Gregolin; a coordenadora da Câmara Especializada de Agronomia (CEA) e do Comitê, Eng. Agr. Gisele Herbst Vazquez; o gerente do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE), Eng. Hassan Barakat; o vice-presidente da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), Eng. Agr. José Walter Figueiredo Silva; e a presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Técnicos de Taboão da Serra (AEATS), Eng. Agr. Mariana Corradi. 

Marilia destacou a importância da atuação conjunta e da integração com os entes públicos. “Tivemos um encontro produtivo, com discussões relevantes voltadas à promoção da qualidade de vida nas cidades e ao fortalecimento do papel da área tecnológica frente aos desafios ambientais. Temos consolidado também parcerias com o poder público voltadas ao meio ambiente, para a construção de municípios mais inteligentes, sustentáveis e resilientes”, afirmou. 

Na mesma linha, Gisele reforçou o caráter propositivo dos diálogos. “Temos reunido contribuições qualificadas, com potencial para orientar a atuação técnica dos profissionais e subsidiar políticas públicas mais eficazes. A escuta ativa e a articulação entre diferentes agentes têm sido fundamentais para avançarmos em soluções alinhadas aos princípios da sustentabilidade, da inovação e da responsabilidade social”, pontuou. 

Complementando as reflexões, Barakat falou sobre a relevância de incorporar a perspectiva climática nas estratégias urbanas. “Essa reunião foi de extrema importância por tratarmos dos impactos que as mudanças vêm provocando nos centros urbanos. Como parte das discussões, entendemos ser fundamental envolvermos a meteorologia, tendo em vista as grandes variações climáticas que se tornam cada vez mais frequentes, causando enchentes e graves consequências”, contou. 

Também participaram o gerente de Fiscalização do Crea-SP, Eng. Kleber Brunheira, e o conselheiro federal suplente por São Paulo, Geol. Ronaldo Malheiros. Na ocasião, Brunheira apresentou as ações que vêm sendo desenvolvidas no âmbito da fiscalização ambiental. “O Crea-SP tem intensificado sua atuação por meio da força-tarefa dedicada à fiscalização de silos e aterros sanitários. A ação abrange mais de 400 municípios paulistas, com foco orientativo, na prevenção de riscos e na promoção de boas práticas técnicas”, explicou. 

Já Malheiros compartilhou a experiência do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais em Áreas Florestadas do Município de São Paulo, a Operação Fogo Zero, instituído pela Portaria nº 3, de 2 de outubro de 2023. Ao falar sobre a iniciativa, o geólogo ressaltou a necessidade de articulação entre políticas públicas e conhecimento técnico. “O enfrentamento às mudanças climáticas exige ações coordenadas entre gestão pública e conhecimento técnico. As prefeituras têm um papel estratégico nesse processo, e é fundamental que contem com subsídios qualificados para fortalecer sua governança ambiental”, observou. 

As reuniões do Comitê abordam ainda os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Conselho é signatário desde 2019 por meio do Pacto Global. Desde então, os ODS têm sido incorporados de forma estruturada às diretrizes institucionais, orientando não apenas a resposta a emergências ambientais, mas também a formulação de estratégias integradas voltadas ao desenvolvimento social, ambiental e econômico de longo prazo. 

Esse compromisso tem se traduzido em diversas frentes, como a realização do 5º Congresso de Engenheiros de Língua Portuguesa (CELP), sediado pela autarquia, em maio deste ano, que reuniu lideranças e profissionais dos países lusófonos em torno das melhores práticas voltadas à sustentabilidade. No mesmo sentido, a composição plural do Comitê tem ampliado a construção de propostas aplicáveis ao contexto das cidades paulistas. O grupo volta a se reunir no dia 27 de agosto.  

Produzido pela CDI Comunicação