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Acesso em 27/07/2025 às 08h23.

Área Tecnológica na Mídia – 14 a 18/10/2024

Confira as notícias do dia

18 de outubro de 2024, às 10h14 - Tempo de leitura aproximado: 28 minutos

18/10

TELECOMUNICAÇÕES

Testes de 6G alcançam velocidades 9 mil vezes maiores que o 5G

Ao realizar testes de uma nova tecnologia, pesquisadores do University College London chegaram a resultados surpreendentes na transmissão de dados sem fio, com velocidades 9 mil vezes superiores as vistas no 5G, informa o portal Tudo Celular. Alcançando a incrível marca de 938 gigabits por segundo (Gbps), a velocidade recorde atingida seria mais do que suficiente para baixar o equivalente a 20 filmes em um segundo.

 

AGRONOMIA

Veja a lista dos 100 municípios mais ricos do agronegócio brasileiro

O Ministério da Agricultura e Pecuária mapeou os 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio. A análise se baseia nos dados da pesquisa anual do IBGE sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM). Em 2023, esse índice alcançou um valor total de R$ 814,5 bilhões, sendo que a centena mais produtiva contribuiu com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões, informa o Canal Rural.

 

METEOROLOGIA

Meteorologia é essencial para o agro; entenda

A meteorologia é essencial para o agro, como aliada do campo. Ao conhecimento trazido pela experiência dos produtores rurais, somam-se os avanços tecnológicos na área. Cálculos e medições colaboram para indicar as melhores técnicas a serem usadas, enquanto a pesquisa colabora para melhorar a relação entre clima e produção agrícola, principalmente para evitar perdas, informa o Jornal da Noite da Band.

 

EVENTOS

Robótica Paula Souza promove quinta edição da Semana de Tecnologia

Começa nesta segunda-feira (21) a quinta edição da Semana de Tecnologia, promovida pela Robótica Paula Souza. A programação seguirá até o dia 25 de outubro e tem como propósito expandir os horizontes de toda a comunidade acadêmica sobre o mercado de trabalho na área de tecnologia por meio da troca de experiência entre professores, alunos e convidados. A transmissão das lives será feita por meio da plataforma Microsoft Teams, informa o site do Centro Paula Souza.

 

17/10

GEOLOGIA

Diplomas de geologia e de engenharia geológica se equivalem, confirma Senado

O Senado aprovou o projeto de lei que reconhece que os diplomas de graduação em geologia e em engenharia geológica são equivalentes. O texto também consolida o entendimento de que a geologia é um ramo da engenharia e que geólogos e engenheiros geólogos têm a mesma profissão, informa o portal do Senado Federal. O PL 435/2021, do deputado federal Reinhold Stephanes Junior (PSD-PR), segue agora para sanção presidencial. O texto aprovado também garante aos diplomados em geologia o direito de requerer o título de engenheiro geológico junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), com expedição de nova carteira profissional.

 

ENGENHARIA

Gasoduto que desafiou a engenharia deve aquecer a economia da Serra catarinense

Uma das mais belas do mundo, a Serra Catarinense também exigiu algumas das tecnologias mais avançadas do planeta para a instalação do gasoduto que leva gás natural para a região. A obra, com 221 quilômetros de extensão e feita em 14 anos, foi inaugurada na noite da quarta-feira, 16 de outubro, informa o NSC Total. A lista de desafios para instalar o gasoduto incluiu furar rochas em montanhas e no subsolo de rios, instalar tubos em profundidade de solo sem afetar reserva florestal, fazer instalações em região arenosa e sob rodovias, explicou o gerente de engenharia da SCGÁS, Rodrigo Schappo.

 

CARREIRAS

Descubra por que Engenharia Naval se tornou o curso mais concorrido do Brasil

As tendências na educação superior no Brasil estão sempre no radar das empresas de engenharia. E recentemente, a divulgação dos dados do Censo da Educação Superior 2023, por parte do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), surpreendeu especialistas. Isso porque, ao invés dos tradicionais cursos de Medicina, Advocacia e até Engenharia Civil estarem em primeiro lugar na busca pelos candidatos, é Engenharia Naval o mais concorrido da vez, informa o portal Engenharia360.

 

EVENTOS

SOLIDWORKS 2025: Prepare-se para o Futuro da Engenharia

A Dassault Systèmes anunciou oficialmente o lançamento do SOLIDWORKS 2025, marcando um novo capítulo na evolução desta poderosa ferramenta de engenharia e design. O evento acontecerá em dois formatos, garantindo que todos os profissionais possam participar, informa o Blog da Engenharia: presencialmente em 21 de novembro na Sede do Crea-SP em São Paulo e on-line, com transmissão ao vivo pelo YouTube, em 28 de novembro.

 

16/10

Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres Rurais, em 15 de outubro, a Embrapa lançou a publicação ‘Mulheres na produção agroecológica de milho no Brasil’. A obra reúne análises e relatos sobre a importância da mulher envolvida com a produção agroecológica de milho. O objetivo dos autores foi dar visibilidade ao trabalho das mulheres do meio rural, em relação ao plantio, à conservação e ao uso da cultura, contribuindo para retratar a diversidade social, ambiental e econômica em uma perspectiva de gênero, em prol do desenvolvimento sustentável. Segundo os autores, o milho representa uma cultura importante para a alimentação humana e animal, e o mercado de milho orgânico é estratégico e promissor. Apesar da importância da cultura, são escassos os dados sistematizados por gênero, destacando a participação da mulher relacionada com a produção de milho. Os editores técnicos são Elena Charlotte Landau e Walter José Rodrigues Matrangolo, pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo. Elena Landau salienta que “o livro tem como objetivo dar visibilidade ao trabalho das mulheres rurais na cadeia produtiva de milho, dada a carência de dados sistematizados abordando a variação geográfica da participação feminina em nível nacional”. A obra é composta por sete capítulos: ‘Participação da mulher na atividade produtiva rural’; ‘A mulher e a conservação da biodiversidade do milho’; ‘A diversidade de uso do milho pelas camponesas do Espírito Santo, Goiás, Sergipe e Pernambuco’; ‘Participação da mulher na conservação de variedades crioulas de milho’; ‘Variação geográfica da participação da mulher na produção de milho orgânico no Brasil’; ‘Participação das mulheres como dirigentes de estabelecimentos rurais agroindustriais da produção de fubá de milho no Brasil’; e ‘Políticas públicas para as mulheres rurais e a equidade de gênero’. “A publicação das informações analisadas por gênero representa uma iniciativa original, abordando aspectos sobre a conservação da diversidade genética, a produção, o uso e a comercialização do milho no Brasil, contribuindo em prol de uma maior equidade de gênero no País”, ressaltou Elena Landau. A iniciativa compõe as atividades do projeto ‘Mulheres Rurais do Brasil’, liderado por Cristina Arzabe.


Os pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentaram na segunda-feira (14) estudos voltados para o mapeamento geológico, insumos minerais para a construção civil, entre outros trabalhos de relevância para o setor, no 51° Congresso Brasileiro de Geologia (CBG). A geóloga Carolina Reis falou sobre a geologia da borda leste da Bacia do Parnaíba, onde apresentou parte dos resultados do ‘Projeto Geologia e Potencial Mineral da Borda Ocidental da Bacia do Parnaíba’, indicando a realização da cartografia geológica e de recursos minerais de cinco folhas: Crateús, Valença do Piauí, Picos, Granja e Piripiri. O levantamento traz a individualização de unidades litoestratigráficas, ocorrências fossilíferas, corpos kimberlíticos e outros corpos máficos ainda não cartografados, e registra anomalias de urânio, fosfato e elementos terras raras. “Os novos dados e interpretações que esse trabalho apresenta subsidiarão estudos em áreas mais direcionadas, como agrominerais, fosfato, urânio, elementos terras raras, hidrogeologia, patrimônio geológico e economia circular”, explicou. O geólogo Marcos Luiz Quadros abordou a Geologia da Porção Oeste do Domínio Carajás (PA), resultado do mapeamento geológico sistemático, realizado pela equipe do Projeto Evolução Crustal e Metalogenia da Província Mineral de Carajás. Nesse produto, foram gerados sete mapas geológicos. Outros dois mapas estão previstos para lançamento até dezembro de 2024. Ele frisou que os avanços no conhecimento geológico da região permitiram o avanço na integração e entendimento geotectônico regional. “A porção ocidental da Província Mineral de Carajás se configura como uma nova fronteira para a descoberta de novos depósitos de cobre, ouro, níquel e estanho”, ressaltou. Outra pesquisadora do SGB, Denise Canabrava Brito, fez três apresentações. Os dois primeiros trabalhos foram produtos do ‘Programa de estudos geotectônicos e geodinâmicos da Bacia do São Francisco, Neoproterozoico do Cráton do São Francisco’, que tem foco no Grupo Bambuí, unidade que tem sua importância voltada tanto para o entendimento da configuração arquitetônica da bacia no espaço e no tempo geológico, quanto para estudos de seu potencial para recursos minerais como chumbo, zinco, flúor, fósforo e potássio, além de hidrocarbonetos e, mais recentemente, hidrogênio natural. O terceiro estudo foi sobre o resultado de um afloramento identificado durante a fase de mapeamento geológico do projeto multidisciplinar ‘Estudos para a implementação da gestão integrada de águas superficiais e subterrâneas na Bacia hidrográfica do São Francisco: Sub-Bacias dos Rios Verde Grande e Carinhanha’, fruto de cooperação entre o SGB e a Agência Nacional de Águas (ANA). A Bacia Sedimentar do São Francisco é uma feição geológica que registra o acúmulo de diversas sucessões sedimentares ao longo do tempo. É uma região de grande importância econômica, hídrica e geológica.


A indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) enfrenta desafios constantes relacionados à colaboração e coordenação de atividades. E isso se intensificou com o auge do trabalho remoto. Nesse, novas tecnologias, como a Realidade Estendida, ajudam a resolver essas questões. A XR pode revolucionar o setor, permitindo que os profissionais visualizem, analisem e colaborem em projetos de forma mais imersiva. Um dos maiores exemplos de inovação é o Autodesk Workshop XR, ferramenta voltada para equipes de AEC, relata Engenharia 360. Realidade Estendida (XR) não é uma só tecnologia. Está relacionado a todas as formas de interação digital com ambientes tridimensionais. Isso inclui Realidade Aumentada (AR), Realidade Virtual (VR) e Realidade Mista (MR), que oferecem diferentes níveis de imersão e interação. Na linha de soluções imersivas para AEC, a Autodesk Workshop XR, uma plataforma de Realidade Estendida, integrada Autodesk Construction Cloud, oferece um espaço de trabalho para equipes revisarem e colaborarem em projetos, desde a etapa conceitual até a fase de coordenação da obra. Uma das maiores vantagens do Autodesk Workshop XR é a capacidade de conexão entre profissionais, que podem se reunir virtualmente para discutir detalhes de trabalho, identificando erros potenciais e tomando decisões em tempo real. A ferramenta também permite a criação de ambientes virtuais para simulação de modelos dos locais de construção, compreendendo a interação de elementos físicos em escala real. Diversas empresas de arquitetura, engenharia e construção têm adotado a Realidade Estendida para transformar suas operações. Um exemplo é o Hospital Alder Hey, no Reino Unido. Os projetistas utilizaram Realidade Virtual para criar panoramas em 360 graus a partir de um modelo 3D. Isso permitiu que os próprios profissionais da saúde participassem do design dos espaços, o que acelerou a resolução da proposta e o cronograma da construção. Outro exemplo é o do Palácio de Westminster: a Realidade Estendida foi usada para captura de imagens dos ambientes e criação de modelos virtuais em tempo real, com foco no plano de restauro e modernização do edifício. As equipes envolvidas na obra foram capazes de compreender melhor as complexidades da estrutura e tomar decisões de design mais informadas. Embora os benefícios sejam claros, há desafios associados à adoção generalizada da Realidade Estendida. As ferramentas como o Autodesk Workshop XR mostram que é possível uma melhor colaboração e coordenação de atividades, com experiências mais imersivas, resultando em projetos mais eficientes e bem-sucedidos.


Os materiais termoelétricos permitem fabricar geladeiras de estado sólido, sem quaisquer partes móveis, além de também funcionarem ao contrário, podendo aproveitar qualquer calor residual para gerar eletricidade. Embora existam há décadas e sejam usados até na exploração espacial – as históricas sondas Voyager e o robô marciano Curiosidade os utilizam -, esses materiais são caros porque são fabricados com insumos raros, e os mais eficientes são feitos a partir de componentes tóxicos, como chumbo e telúrio. Mas a tecnologia acaba de superar esses problemas, além de ter ficado ainda mais eficiente. Shun Kondo e colegas da Universidade Kyushu, no Japão, criaram um material termoelétrico cujos elementos centrais são compostos orgânicos e, tão interessantes quanto, não precisam de um diferencial de temperatura para funcionar. “Estávamos investigando maneiras de fazer um dispositivo termoelétrico que pudesse coletar energia da temperatura ambiente. Nosso laboratório se concentra na utilidade e aplicação de compostos orgânicos, e muitos compostos orgânicos têm propriedades únicas, pelas quais podem facilmente transferir energia entre si”, explicou o professor Chihaya Adachi, coordenador da equipe. “Um bom exemplo do poder dos compostos orgânicos pode ser encontrado nos OLEDs e nas células solares orgânicas”. O fato de converter o calor em eletricidade em temperatura ambiente vira o jogo no campo da colheita de energia porque o calor de baixa temperatura é abundante até mesmo em ambientes vivos, mas até agora não era considerado uma possível fonte de energia, explica o Inovação Tecnológica.

 

15/10

 

A Nasa lançou na segunda-feira (14) uma espaçonave destinada a uma lua congelada de Júpiter, chamada Europa, para descobrir se pode existir vida em um oceano oculto sob sua superfície coberta de gelo. O plano é que a nave de seis toneladas — a maior que a Nasa já construiu para uma missão planetária — passe por Marte e dê uma volta na Terra antes de ser lançada em direção a Júpiter, percorrendo quase 3 bilhões de km até chegar ao seu destino, em 2030, reporta Época Negócios. A missão de US$ 5 bilhões contará com um conjunto de instrumentos para vasculhar a superfície da lua Europa em busca de compostos orgânicos e detectar quais gases são liberados e avaliar se é habitável. “É uma oportunidade para explorarmos não um mundo que pode ter sido habitável bilhões de anos atrás, mas um mundo que pode ser habitável hoje”, disse Curt Niebur, cientista do programa da missão. A nave mede mais de 30 metros e possui painéis solares para gerar energia para os sistemas elétricos da sonda. Carrega nove instrumentos, incluindo câmeras para mapear a superfície da lua e radar para explorar abaixo da espessa camada de gelo. Observações anteriores da lua Europa revelaram água jorrando de sua superfície e indícios de um oceano subterrâneo de 130 km de profundidade, que contém o dobro da quantidade de água salgada da Terra, sob uma camada de gelo de 16 a 24 km de espessura. “Se você pensar em toda a água aqui na Terra e depois dobrá-la, é essa a quantidade de água que achamos que pode existir em Europa”, disse Caroline Harper, chefe de ciência espacial da Agência Espacial do Reino Unido. “A água é essencial para a vida como a conhecemos. Se  encontrarmos vida em outro lugar do sistema solar, é muito provável que seja em uma lua gelada. A missão Europa Clipper buscará descobrir se Europa é um lugar habitável que poderia sustentar vida no enorme oceano sob sua superfície gelada”, detalhou. A nnave enfrentará níveis extremos e potencialmente prejudiciais de radiação assim que começar suas observações. Júpiter é cercado por um campo magnético que acelera partículas e as lança contra a lua Europa. Para proteção, a parte eletrônica sensível da Europa Clipper está alojada em um compartimento blindado de alumínio. Em vez de entrar em órbita ao redor de Europa, vai orbitar Júpiter, de onde realizará 49 sobrevoos da lua. Cada sobrevoo, que durará menos de um dia, vai expor a sonda ao equivalente à radiação de 1 milhão de radiografias de tórax.


A Vale passou a recuperar resíduos gerados pelos projetos minerários, a partir do chamado estéril (quando o mineral é removido da lavra) e de rejeitos (sobra do processamento do minério). Entre janeiro e junho, cerca de 2 milhões de toneladas do material já foram extraídos dessa maneira. O processo resultou na economia de R$ 100 milhões, ao eliminar algumas etapas da cadeia de descarte. A expectativa é que 6,7 milhões de toneladas sejam recuperadas até o fim do ano. A iniciativa faz parte de um programa de mineração circular, no quak foram mapeadas 100 iniciativas de reutilização de resíduos. Entre elas está o aproveitamento de 138 milhões de toneladas de rejeitos da barragem Gelado, na Serra Norte de Carajás, no Pará, para a produção de pellet feed. Espécie de pó de minério de ferro, o composto pode ser utilizado na composição de pelotas — as ‘bolinhas’ de ferro aglomerado destinadas à siderurgia, para a fabricação de aço. Na planta paraense, o projeto é reduzir 62% do rejeito total, acumulados na barragem ao longo de 37 anos de operação. “Até 2030, a meta é que cerca de 10% da produção anual de minério de ferro venha de mineração circular”, diz Bruno Pelli, diretor global de serviços técnicos de mineração da Vale, em entrevista ao NeoFeed. “Em um cenário mais otimista, queremos chegar a 20%.” As pesquisas para reaproveitamento dos resíduos da mineração vêm ganhando força, mas já estão em curso há algum tempo. O coordenador do Laboratório de Materiais de Construção Civil, da Universidade Federal de Ouro Preto, Ricardo Fiorotti, atua na área há quase duas décadas. Sob sua batuta estão linhas de desenvolvimento de produtos para a construção civil, obtidos a partir dos resíduos minerários: concreto, argamassa, blocos, cerâmica e azulejos hidráulicos. Outra aplicação é na substituição da brita, os fragmentos de rochas duras, originários dos processos de beneficiamento de blocos maiores, usados como base para pavimentos. É possível ainda usar os rejeitos na infraestrutura de rodovias, para a fundação de estradas. “O grande objetivo de nossas pesquisas é desenvolver soluções para que os rejeitos façam parte da cadeia de valor da mineração”, conta Fiorotti. Os trabalhos do grupo que ele lidera são realizados dentro de casas construídas com blocos e outros materiais feitos a partir de rejeitos.


Uma aeronave de design incomum, com cabine semiovalada para apenas dois passageiros e 16 hélices ao redor dela, decolou no dia 20 de setembro do Clube de Voo Aeroquadra, no município de Quadra, a 160 km da capital. Sem ninguém a bordo, o aparelho controlado remotamente se elevou a 40 metros de altura e durante seis minutos manteve-se no ar, percorrendo trajeto de 1.800 m. Instantes depois, as 60 pessoas presentes ao local testemunharam um segundo voo, mais curto, de três minutos e 20 segundos, por 700 m. As duas decolagens marcaram o primeiro voo teste no país de um eVTOL, conhecidos como carros voadores. O feito coube à importadora e distribuidora brasileira Gohobby, responsável pela importação do modelo EH216-S, fabricado pela chinesa EHang. Antes, o aparelho já havia protagonizado voos de demonstração em 12 países, entre eles China, Alemanha, Espanha, Japão, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos, informa a Revista Pesquisa Fapesp. “O Brasil foi escolhido para receber o voo experimental da aeronave chinesa porque é considerado um dos maiores mercados potenciais para essa tecnologia, depois dos EUA, China e Europa como um todo”, afirma o engenheiro mecânico William Roberto Wolf, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp e especialista em Engenharia Aeroespacial. “Somos um dos países mais atraentes do futuro mercado de mobilidade aérea urbana [UAM], que terá como vetor os eVTOL. Hoje, São Paulo já tem uma das maiores frotas de helicópteros do mundo”, frisou. Dotados de motores elétricos, esses aparelhos estão sendo projetados para deslocamentos rápidos nas cidades e como alternativa menos poluente e mais econômica do que os helicópteros. “O custo operacional deverá ser menor, assim como a emissão de ruídos e poluentes por serem dotados de baterias”, destaca Wolf. “A redução de ruídos é um dos grandes desafios tecnológicos dessa mobilidade”, diz o pesquisador, que estuda como diminuir o ruído de rotores e hélices de aeronaves e equipamentos industriais. Wolf ressalta que há uma corrida global pela regulamentação do mercado aeronáutico de carros voadores e pelo lançamento comercial desses aparelhos, que deverão realizar prioritariamente voos urbanos ou de curta distância, de até 100 km. Os primeiros modelos comerciais, segundo especialistas, deverão entrar em operação em 2025. Pelo menos 150 aeronaves do tipo encontram-se em desenvolvimento no mundo. Uma das empresas mais avançadas do setor, a EHang entregou em julho as primeiras 10 unidades do EH216-S para uma operadora de turismo da província de Shanxi, no norte da China, que planeja utilizá-las em passeios aéreos turísticos de baixa altitude. A aeronave deverá ser vendida no Brasil por cerca de US$ 600 mil – de acordo com a Gohobby já existem 16 possíveis compradores na lista de espera do eVTOL.


Quando se trata de impulsionar um fluido, as pás fazem um trabalho essencial: bombear sangue pelos corações, acelerar os motores ou simplesmente elevar a água até nossas caixas d’água. Qualquer que seja seu modo de impulsão, as pás ajudam o fluido a fluir em uma direção. Sem elas, manter os líquidos indo na direção certa seria problemático. Agora, engenheiros descobriram uma nova forma de não apenas enviar líquido através de um canal, mas de enviá-lo apenas na direção desejada, impedindo seu retorno. Embora já existissem “diodos” para fluidos, até agora esses mecanismos só funcionavam em microescala – o nome técnico para esse mecanismo é fluxo unidirecional de fluidos, ou assimetria de fluxo. Para criar um sistema de grande porte para fazer fluidos em apenas uma direção, Ido Levin e colegas da Universidade de Washington foram buscar inspiração no intestino dos tubarões, que possuem estruturas que lembram o parafuso de Arquimedes, só que são flexíveis e altamente deformáveis. Os intestinos humanos são essencialmente um tubo oco. Mas, os tubarões e raias têm intestinos dotados de uma rede de espirais circundando uma passagem interna. Em uma publicação de 2021, outra equipe propôs que essa estrutura única promovia o fluxo unidirecional de fluidos através dos tratos digestivos dos tubarões e raias, sem depender de pás, aletas, abas ou quaisquer outros mecanismos para evitar o refluxo. Levin então partiu dessa proposta e começou a desenvolver seu próprio mecanismo biomimético de fluxo assimétrico. “A assimetria de fluxo em um cano sem pás móveis tem um tremendo potencial tecnológico, mas o mecanismo era intrigante,” confessou. “Não estava claro quais partes da estrutura intestinal do tubarão contribuem para a assimetria e quais servem apenas para aumentar a área de superfície para absorção de nutrientes”. Para responder a essas questões, a equipe usou uma impressora 3D para construir uma série de tubos biomiméticos, todos com hélices internas inspiradas nos intestinos de tubarão. Eles variaram os parâmetros geométricos entre esses tubos, como o ângulo de inclinação da hélice e o número de pás. Apesar de serem impressos usando materiais rígidos, alguns protótipos mantiveram uma forte preferência por um fluxo unidirecional. Então, ajustando ainda mais os parâmetros geométricos e aprimorando esses projetos mais promissores, os pesquisadores conseguiram aumentar a assimetria de fluxo até que ela rivalizasse com os projetos do famoso inventor Nikola Tesla, que há mais de um século patenteou a válvula de Tesla, um dispositivo de fluxo de fluido unidirecional sem partes móveis, explica o portal Inovação Tecnológica.

 

14/10

Estudo conduzido por pesquisadores Unesp mediu a contribuição das águas pluviais e subterrâneas para a manutenção de nascentes e rios na região de Brotas, na porção central de São Paulo, localizada na sub-bacia do Alto JacaréPepira, onde o abastecimento urbano, a agricultura e o turismo intensivo dependem dos recursos hídricos. Os resultados, divulgados na revista ‘Isotopes in Environmental and Health Studies’, indicam que as chuvas não conseguem repor toda a água do Aquífero Guarani que vem sendo utilizada nas diversas atividades humanas, relata a Agência Fapesp. Os aquíferos são as maiores fontes de água potável do mundo. É o maior aquífero transfronteiriço – estende-se pelo subsolo de vários países. Sua área total, de 1 milhão de quilômetros quadrados, abrange trechos no Brasil, Paraguai,  Uruguai e Argentina. Dois terços estão no território nacional, alcançando Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São Paulo consome cerca de 80% da água extraída do Aquífero Guarani no país. Poços para abastecimento urbano e para irrigação agrícola são os principais fatores de redução do conteúdo. “Monitoramos as nascentes, os rios, os poços e a chuva no período 2013-2021, utilizando isótopos estáveis de hidrogênio e oxigênio como marcadores da origem da água. Constatamos que cerca de 80% do volume de água dessas nascentes é proveniente da descarga de águas subterrâneas do Sistema Aquífero Guarani”, conta Didier Gastmans, pesquisador do Centro de Estudos Ambientais (CEA) da Unesp, no campus de Rio Claro, coordenador do Laboratório de Recursos Hídricos e Isótopos Ambientais. Mesmo em períodos de chuva intensa, a maior parte da água que alimenta as nascentes provém do aquífero, com apenas 20% da descarga anual sendo devida à água da chuva recém-infiltrada. Os pesquisadores acompanharam as variações na profundidade do nível da água subterrânea, a quantidade de chuva e as razões isotópicas da água das nascentes, da água da chuva e da água de um poço profundo de monitoramento instalado na região. A homogeneidade das águas subterrâneas indica que o aquífero não é afetado diretamente por efeitos de sazonalidade, sendo essencialmente composto por uma fonte majoritária de água subterrânea com contribuições bem menores da água da chuva. O rebaixamento do poço durante o período de monitoramento sugere que tenha ocorrido redução das taxas de recarga, devido à diminuição dos volumes totais de precipitação e ao aumento da evapotranspiração. O montante de água que entra no aquífero por meio da recarga não está sendo suficiente para repor o montante de água que sai do reservatório.

 

Pesquisadores brasileiros utilizaram teias de aranha em um estudo sobre poluição do ar por microplásticos. A proposta foi captar as partículas do material e analisar os tipos e a quantidade de resíduos inalados diariamente. Os pesquisadores selecionaram 30 pontos no campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo e utilizaram um aplicativo para mapear as localizações. Foram encontradas 3.138 partículas e todo ambiente estudado estava contaminado com microplásticos. A inspiração para o estudo veio de uma pesquisa realizada na Alemanha e chamou a atenção dos especialistas pelo baixo custo, já que outros métodos de pesquisas podem exigir equipamentos caros, destaca Época Negócios. O estudo, publicado no Journal of Hazardous Materials, foi realizado pelo Laboratório de Biologia Costeira e Análise de Microplástico, integrado ao Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos. Segundo a universidade, a equipe que conduziu o estudo pretende expandir o trabalho para outros estados para entender onde os microplásticos atmosféricos estão chegando e quais são os mecanismos que a ciência pode usar para evitar essa contaminação. Participam do projeto professores, técnicos e estudantes de graduação, mestrado e doutorado da Ufes, da Universidade Tecnológica do Peru e da Universidade de Buenos Aires.

 

A SpaceX está prestes a provar que foguete pode, sim, ‘dar ré’: a empresa aeroespacial de Elon Musk concluiu no domingo (13) com sucesso o quinto voo de teste do foguete Starship. A missão decolou às 9h25 (horário de Brasília) do complexo Starbase, próximo de Brownsville, Texas. O Starship tem como essência ser um sistema de lançamento reutilizável, ou seja, o foguete precisa voltar à Terra e pousar novamente na torre de lançamento para ser considerado um teste de sucesso. Essa tecnologia é essencial para reduzir os custos de viagens espaciais e expandir missões para Marte, destaca Exame. A ideia é que, no futuro, o Starship transporte cargas e astronautas, além de ser a tecnologia escolhida para o programa Artemis, da Nasa, que levará humanos à Lua. A SpaceX planeja realizar centenas de missões com o sistema Starship antes de transportar tripulações. O objetivo principal do teste de lançamento era garantir o retorno e a captura do primeiro estágio, o Super Heavy Booster. O propulsor se separou da Starship e conseguiu voltar para a torre de lançamento com sucesso. A Starship completou a trajetória prevista, orbitando parte do planeta e retornando para um pouso seguro no Oceano Índico. Essa operação validou uma série de melhorias e aperfeiçoamentos após testes anteriores. Durante o voo de teste anterior, realizado em junho de 2024, a SpaceX conseguiu trazer o propulsor para um pouso controlado no Golfo do México e pousar diretamente no Oceano Índico. A quinta tentativa, no entanto, foi especialmente desafiadora devido à inclusão da captura automatizada — algo que nunca havia sido tentado antes. O lançamento foi autorizado pela Administração Federal de Aviação depois de uma análise regulatória mais rápida do que o esperado. A SpaceX havia criticado o “excesso de análises ambientais”, que atrasaram o cronograma inicial. A empresa também teve de pagar multas por descargas não autorizadas de água em seu complexo no Texas. Além de atender às demandas regulatórias, a SpaceX destacou que a infraestrutura da torre exigiu dezenas de milhares de horas de preparação e testes.

 

Durante um evento de aviação organizado pela National Business Aviation Association, nos EUA, a brasileira Embraer, em parceria com a canadense Bombardier, apresentou um conceito de avião 100% autônomo, que voa sem piloto e é controlado por um sistema IA (Inteligência Artificial). Aliás, a nova aeronave nem mesmo tem um cockpit — a cabine de pilotagem tradicional. Isso possibilitaria a criação de um novo espaço na parte dianteira do veículo, como, por exemplo, um lounge para passageiros, divulga o Gizmodo.
 

Cientistas do Laboratório Nacional Brookhaven, nos EUA, testaram com sucesso o canhão de elétrons de mais alta energia já construído. O canhão é uma peça-chave da tecnologia necessária para construir o primeiro Colisor Elétron-Íon (EIC) totalmente polarizado do mundo, uma instalação de física nuclear de próxima geração que deverá investigar os blocos de construção mais internos da matéria visível. Para isso, a instalação irá acelerar e colidir elétrons polarizados com prótons e íons polarizados – átomos despojados de seus elétrons, explica o portal Inovação Tecnológica. O canhão de elétrons polarizados de corrente contínua, acionado por laser, servirá como uma espécie de arremessador de partida para criar o fluxo de elétrons do EIC. Ele produzirá e disparará os elétrons que farão seu caminho para dentro e ao redor do colisor circular de 3,8 km de circunferência. Para se ter uma ideia do poder de aceleração desse disparador, basta lembrar que os carros são comumente avaliados por suas taxas de aceleração de “zero a 100” (da imobilidade à velocidade de 100 km/h), com os melhores fazendo isto em poucos segundos. “Nós aceleramos a velocidade dos elétrons para 80% da velocidade da luz. Isso equivale a uma aceleração de zero a mais de 800 milhões de quilômetros por hora – no intervalo de apenas cinco centímetros dentro do canhão, em cerca de dois décimos de bilionésimos de segundo,” comparou o professor Erdong Wang, que projetou o canhão de elétrons e vem trabalhando nele desde 2017.


A SpaceX anunciou que está se preparando para lançar o foguete Starship, em seu quinto voo de teste integrado, a partir de 13 de outubro, dependendo da aprovação regulatória. A nova missão tentará retornar o foguete Super Heavy ao local de lançamento da Starbase, em Boca Chica, Texas. Isso permitirá que a torre de lançamento “pegue” o foguete com um par de braços mecânicos e o coloque de volta na plataforma de lançamento, um elemento chave dos planos de longo prazo da SpaceX para permitir a reutilização rápida do veículo, publica a Época Negócios. Segundo a empresa afirmou em comunicado, milhares de critérios distintos dos veículos e da plataforma devem ser atendidos antes de uma tentativa de retorno e captura do propulsor Super Heavy, o que exigirá sistemas saudáveis no propulsor e na torre e um comando manual do Diretor de Voo da missão.
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