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Acesso em 29/07/2025 às 17h12.

Área Tecnológica na Mídia – 22/07/2024 a 26/07/2024

Confira as notícias do dia

26 de julho de 2024, às 11h30 - Tempo de leitura aproximado: 34 minutos

26/07


A empresa belga Gablok desenvolveu kits de blocos de madeira, semelhantes aos da Lego, para obras de habitação. O objetivo é oferecer uma solução sustentável e acessível para quem deseja erguer a própria casa, relata Engenharia 360. Os blocos de madeira pesam entre 7kg e 9 kg e têm o mesmo princípio de encaixe manual do popular brinquedo de pequenas peças plásticas coloridas. As peça são perfeitas para construções de Engenharia Modular, permitindo que qualquer pessoa possa montar ― de forma intuitiva e rápida ― a sua casa com facilidade. A Gablok oferece kits completos com todos os materiais necessários para a construção de uma residência, incluindo blocos autônomos, sistemas de piso e vigas. As unidades são feitas de OSB (Oriented Strand Board) de 18 mm de espessura, compostas por ripas de madeira comprimida e resina natural, com isolamento de EPS (poliestireno expandido). O processo de construção é relativamente simples. Primeiro, é preciso fazer o projeto da casa, estabelecendo qual será o tamanho da edificação, número de cômodos e outras especificações. Com isso é possível fazer o cálculo da quantidade de peças de madeira necessárias para erguer a volumetria e comprar o kit com todos os materiais, que é entregue pela fabricante acompanhado de um manual detalhado de montagem. Após o kit ser entregue, o cliente pode começar a montar os blocos de madeira, fixando a estrutura com vigas. As instalações elétricas e hidráulicas são embutidas em peças projetadas especialmente para recebê-las, eliminando a necessidade de quebras e recortes durante a obra. Depois de tudo pronto, a cobertura pode ser construída com o material escolhido, as portas e janelas instaladas e os acabamentos aplicados. Entre as vantagens desse sistema de construção estão o mínimo de desperdício e  possibilidade de reciclar os blocos, que têm desempenho térmico e acústico; montagem rápida, sem necessidade de máquinas ou ferramentas complexas, e sem uso de juntas ou argamassa; precisão e organização do processo de construção.

 

Bactérias que habitam as cascas das árvores parecem ser capazes de absorver um dos mais importantes gases de efeito estufa, o metano (CH4), indica artigo publicado na revista Nature. Ao longo da última década, medições de gases que contribuem para o aquecimento global indicaram que a floresta amazônica poderia estar contribuindo para o problema, em vez de ser a solução. A entrada em cena dos novos atores sugere uma equação mais complexa do que parece, além de propor armas adicionais na busca pela mitigação dos danos globais agravados pela ação humana, relata a Exame, que reproduz reportagem da Agência Fapesp. As coletas na Amazônia vêm sendo feitas desde 2013 por um grupo internacional liderado pelo biólogo brasileiro Alex Enrich Prast, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) atualmente na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o grupo do biólogo britânico Vincent Gauci, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido. “Nós mediamos os fluxos de metano na floresta com baldinhos, enquanto outros faziam monitoramento com aviões”, conta Prast. Além do trabalho em que está envolvido, ele se refere ao liderado pela química Luciana Gatti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que, por meio de monitoramento aéreo colhendo ar em diferentes regiões da Amazônia, detectou um volume de emissões maior do que o esperado entre 2011 e 2013. O trabalho dos pesquisadores de campo trouxe a explicação: o metano formado no solo sem oxigênio das áreas alagadas é processado pelas bactérias associadas às raízes das árvores, que funcionam como chaminés que lançam à atmosfera o gás nocivo. A união dos esforços dos dois grupos constatou que as árvores nessas áreas de várzea emitiam tanto metano quanto o que é liberado pelo oceano inteiro, como descreveram em artigo da mesma Nature, em 2017. De lá para cá, Prast, Gauci e outros colaboradores continuaram a carregar seus equipamentos pelo meio da floresta e perceberam que muitas vezes as árvores fazem o contrário do que os resultados anteriores tinham levado a temer: assimilam mais do que emitem, funcionando como sumidouros de metano. Isso acontece nas próprias várzeas, quando não estão alagadas e têm oxigênio no solo, e também – e principalmente – em florestas de terra firme, não alagáveis. Faltava entender por quê. Para isso, prenderam às árvores, em diferentes alturas, aparatos que funcionam como câmaras detectoras de gases e mostraram que os troncos absorvem CH4. Mais especificamente, a microbiota do tronco das árvores, que por isso é classificada como metanotrófica, ou consumidora de metano. “Vimos que a assimilação é maior na porção mais alta do tronco”, completa Prast. Nas várzeas a absorção também acontece, mas não é visível no balanço de emissões na estação alagada devido ao metano produzido no solo sem oxigênio.

 

O Conselho Deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) concluiu no dia 22 as discussões para a seleção da última camada que faltava para a definição do padrão da TV 3.0. O Fórum SBTVD encaminhará recomendação ao Ministério das Comunicações para a adoção da tecnologia de transmissão do sistema ATSC 3.0 como parte do conjunto de tecnologias da TV 3.0. “É uma das revoluções mais esperadas do setor. A nova geração de TV Digital integrará o conteúdo transmitido pelo serviço de radiodifusão à internet, criando novos modelos de negócios e empregos”, afirma o ministro Juscelino Filho, destaca o Ipesi. A tecnologia recomendada pelo Fórum integra a ‘camada física’ da TV 3.0, responsável pela transmissão e recepção dos sinais pelo ar. A TV 3.0 será o novo padrão de televisão digital brasileiro e terá inovações tecnológicas que vão permitir melhor qualidade de som e imagem, interatividade aprimorada, recursos de acessibilidade e integração com conteúdo da internet. De dezembro de 2023 a maio de 2024, o Fórum SBTVD conduziu testes de campo com duas tecnologias candidatas para a ‘camada física’. Após avaliação minuciosa, que considerou todos os dados coletados desde o início do Projeto em 2020, os Módulos Técnico, de Mercado e de Propriedade Intelectual do Fórum SBTVD, em conjunto com o conselho deliberativo do Fórum, decidiram, por unanimidade, recomendar a tecnologia ATSC 3.0 ao Ministério das Comunicações. Essa recomendação foi baseada na adequação da tecnologia aos requisitos específicos do projeto TV 3.0. A decisão final sobre os padrões do serviço de radiodifusão no Brasil é da Presidência da República. O MCom anunciou em abril que o novo padrão de televisão aberta vai estar pronto para transmissão no próximo ano, com a integração completa dos canais de TV com a internet. A navegação será mais interativa, passando a ser feita apenas por aplicativos, abandonando o atual sistema por números. A qualidade da imagem vai quadruplicar. O padrão atual, que é a TV Digital Full HD, passará a ser transmitido pelo ar em até 4k, ou até 8k pela internet, melhorando a cor e a nitidez. O contraste também vai ser aprimorado, por meio de tecnologias de HDR (High Dynamic Range). Com som imersivo, a tecnologia vai permitir que o telespectador escolha ouvir apenas o microfone do cantor e a banda ou destacar o som da plateia, por exemplo.

 

Você vestiria uma roupa que parece “tão confortável” quanto o casco de um tatu? Os primeiros protótipos não parecem muito convidativos, mas o conceito apresentado por Tianyu Chen e colegas da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura, tem potencial para diversas aplicações, começa matéria do site Inovação Tecnológica. A grande inovação é a fabricação de um material vestível que é relativamente flexível, mas que pode endurecer sob demanda, tornando-se um escudo. Desenvolvida através de uma combinação de desenho geométrico, impressão 3D e controle robótico, a nova tecnologia, batizada de RoboFabric (tecido robótico), poderá no futuro dar origem a dispositivos médicos ou de robótica macia, incluindo membros para robôs e drones, além de roupas de proteção individual. Para demonstração, a equipe desenvolveu vários protótipos, como um suporte de cotovelo para ajudar a pessoa a carregar cargas mais pesadas do que consegue apenas com seus músculos. Eles também fabricaram um protótipo de suporte de pulso, que pode ajudar a estabilizar as articulações para as atividades diárias e beneficiar pacientes com doença de Parkinson que apresentam tremores. Inspirando-se nas escamas dos tatus, que se interligam para formar uma concha protetora, a fabricação do tecido robótico começa com um algoritmo matemático, desenvolvido para projetar as “escamas”, criando um sistema interligado de peças. As escamas impressas em 3D são então unidas por fibras metálicas que passam por pequenos canais entre elas, ou são inseridas em um estojo externo, que requer pressão negativa de ar ou vácuo aplicado constantemente. As fibras metálicas devem ser enfiadas nos orifícios entre as escamas e conectadas a um atuador elétrico, que possa apertar ou afrouxar rapidamente os cabos. Atualmente esse processo de enfiamento é feito manualmente, mas a equipe afirma que ele poderá ser automatizado, semelhante à forma como as raquetes de tênis são reencordadas usando uma máquina. Quando as fibras são contraídas, as escamas se interligam e enrijecem, aumentando a rigidez do material em mais de 350 vezes, proporcionando resistência e estabilidade adicionais. Segundo a equipe, a atividade muscular humana pode ser reduzida em até 40% quando o dispositivo auxilia as articulações durante o levantamento de pesos.

 

25/07


O professor Fernando de Lima Caneppele, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em Pirassununga, explica que o armazenamento de energia solar pode ser realizado por meio de supercapacitores, construídos a partir de cimento e negro de fumo. Ele cita um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), que evidencia a possibilidade dessa construção, relata o Jornal da USP. O especialista esclarece como funciona um capacitor: “É um dispositivo elétrico capaz de armazenar energia elétrica semelhantemente a uma bateria, entretanto, a bateria armazena em forma de energia química e os capacitores armazenam em forma de campo elétrico”. Para completar, ele ressalta que os supercapacitores são capazes de estocar uma quantidade de energia muito maior do que um capacitor comum. Essa mistura utilizada para a construção do supercapacitor, em suas quantidades determinadas, não prejudica a resistência mecânica do concreto, ou seja, é possível que seja usada na construção civil: “Assim, ao instalar painéis fotovoltaicos no telhado, a energia excedente poderia ser armazenada na fundação da casa, para que os moradores pudessem usar à noite”. Além disso, segundo o professor, seria possível a construção de rodovias com esse material, o que possibilitaria o armazenamento de energia na própria via e, posteriormente, o carregamento de carros elétricos sem a necessidade de conexão com cabos — seria realizado por meio de carregadores por indução magnética.

 

Pesquisadores brasileiros desenvolveram um sistema de aprendizado de máquina capaz de determinar o sexo de um indivíduo com base em radiografias panorâmicas — imagens de raio-X dentárias que capturam toda a boca. O sistema atingiu a precisão de 96% quando a resolução da imagem era boa e o indivíduo tinha mais de 16 anos. A precisão foi menor para indivíduos mais jovens. As descobertas foram publicadas no Journal of Forensic Sciences, relata o Olhar Digital. O estudo apresenta uma nova ferramenta de software para determinar o sexo de um indivíduo com base em radiografias panorâmicas. No entanto, todas as imagens usadas no estudo eram de pessoas vivas. A eficácia pode ser diferente se as imagens forem de restos humanos, no qual os processos de decomposição já tenham avançado. A autora do estudo, Ana Claudia Martins Ciconelle, fundadora da healthtech MaChiron, e seus colegas exploraram a possibilidade de desenvolver uma ferramenta baseada em IA que pudesse estimar com precisão o sexo de um indivíduo a partir de uma radiografia panorâmica. Os pesquisadores coletaram 207.946 radiografias panorâmicas e relatórios correspondentes de 15 centros clínicos em São Paulo. Essas radiografias foram adquiridas utilizando quatro dispositivos diferentes — 58% eram de pacientes do sexo feminino. Todos os pacientes estavam vivos no momento da radiografia. Os autores do estudo organizaram os dados de cada paciente em um banco de dados e treinaram dois algoritmos de aprendizado de máquina para estimar o sexo com base em uma radiografia panorâmica. Um dos algoritmos era uma rede neural convolucional; o outro era uma rede residual, um tipo de modelo de aprendizado profundo que aprende hierarquias de características em um conjunto de imagens de entrada. Uma rede residual é um tipo de modelo de aprendizado profundo que usa atalhos para ajudar a passar informações pelas camadas de forma mais eficaz. Os resultados mostraram que, após otimização, ambos os tipos de algoritmos tinham precisão semelhante na estimativa do sexo. O principal fator que afetava a precisão era a resolução das imagens — quanto melhor a resolução, maior a precisão. O segundo fator importante era a idade. Para pacientes entre 20 e 50 anos, a precisão do sistema foi superior a 97%. Ficou um pouco abaixo de 95% para pacientes acima de 70 anos. Para pacientes entre 6 e 16 anos, o sistema teve a precisão de 87% na estimativa do sexo, enquanto a precisão foi de apenas 74% para crianças com menos de seis anos. Para indivíduos com mais de 16 anos, a precisão geral foi de 96%. “O estudo demonstra a eficácia de uma ferramenta impulsionada por IA para determinação do sexo usando radiografias panorâmicas e enfatiza o papel da resolução da imagem, idade e sexo na determinação do desempenho do algoritmo“, concluíram os autores do estudo.

 

É inverno no Hemisfério Sul, e as baixas temperaturas são frequentes na Patagônia e no Cone Sul da América Latina. Neste ano, porém, os termômetros chegaram a -15°C, condição meteorológica considerada extrema e incomum. O frio levou patos a morrerem congelados em lagoas e ovelhas a ficarem presas em pilhas de neve. Equipes do serviço militar precisaram levar alimentos para os animais e as pessoas que habitam a região. A onda de frio de julho foi a segunda em três meses na região, que está com alerta meteorológico amarelo, por risco de dano e interrupção das atividades cotidianas. “É um fenômeno incomum”, diz Raúl Cordero, climatologista da Universidade de Santiago do Chile. Ele estima que as temperaturas extremas vão permanecer na região durante a temporada de inverno e alerta que a onda de frio pode voltar a se repetir, registra o Deutsche Welle Brasil. As baixas temperaturas na Patagônia e no Cone Sul da América Latina (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil) devem-se à chegada de ar frio da Antártida. A alta pressão no extremo sul do continente puxou o ar polar para o norte. Isso acontece quando o vórtice polar, uma massa giratória de ar que forma uma espécie de cinturão de ventos fortes e mantém o ar frio sobre o Polo Sul, está fraco. “A fraqueza incomum do vórtice polar antártico aumenta a probabilidade de que as massas de ar polar escapem para as áreas habitadas do hemisfério sul. A probabilidade de ondas de frio aumenta”, explica Cordero. Segundo ele, é improvável que as ondas de frio na Patagônia afetem o clima global. Deve ocorrer o oposto: as mudanças no clima global contribuirão para a ocorrência do vórtice polar antártico fraco, resultando em ondas de frio no Cone Sul. “Embora essas baixas temperaturas tenham ocorrido em áreas populosas do Cone Sul, a atmosfera superior da Antártica teve as maiores temperaturas já registradas”, observa. O pesquisador disse que a onda de frio poderia ter um pequeno impacto positivo em um nível mais local. Os campos de gelo da Patagônia cobrem mais de 10.000 km² na fronteira entre o Chile e a Argentina. “Eles perdem, em média, entre 10 bilhões e 15 bilhões de toneladas de gelo todos os anos. Embora os recentes períodos de frio não mudem essa tendência, podem pelo menos melhorar o balanço deste ano”, diz Cordero.

 

Um robô aéreo alimentado por painéis solares não parece uma novidade tão chamativa, mas esta solução pode permitir que drones voem de modo virtualmente indefinido, sem precisarem pousar para recarregar ou serem reabastecidos, começa matéria do site Inovação Tecnológica. Isto é possível porque o pequeno robô pesa meros 4 gramas e é alimentado por painéis solares também minúsculos, mas que são capazes de produzir tensões extremamente altas. Embora o protótipo, do tamanho de um beija-flor, tenha demonstrado o conceito por apenas uma hora, Wei Shen e seus colegas da Universidade de Beihang, na China, dizem que sua abordagem pode resultar em drones do tamanho de insetos que poderão permanecer no ar indefinidamente. Drones minúsculos são uma solução atraente para uma série de problemas de comunicação, vigilância e busca e salvamento, mas as baterias duram pouco demais para missões do mundo real, enquanto versões alimentadas por energia solar têm problemas para gerar energia suficiente apenas para manterem os robôs no ar. Para superar essas dificuldades, Shen e seus colegas lançaram mão de duas inovações. Primeiro, eles desenvolveram um circuito simples que aumenta a tensão produzida pelos painéis solares para algo entre 6.000 e 9.000 volts. Segundo, em vez de usar um motor eletromagnético comum, como os dos carros elétricos, drones e vários robôs, a equipe usou um sistema de propulsão eletrostática para alimentar um rotor de 10 centímetros.

 

24/07


Quase todas as viagens aéreas com alcance de 1.200 km poderão ser realizadas com aviões movidos a hidrogênio até 2045, e com um novo trocador de calor, já em desenvolvimento, esse alcance poderá ser maior. Segundo Tomas Gronstedt e colegas da Universidade Chalmers de Tecnologia, na Suécia, a possibilidade de voos movidos a hidrogênio significa maiores oportunidades para viagens livres de combustíveis fósseis, e os avanços tecnológicos necessários para que isso aconteça estão vindo rapidamente. “Se tudo correr bem, a comercialização de voos de hidrogênio pode ser muito rápida agora. Em 2028, os primeiros voos comerciais de hidrogênio na Suécia poderão estar no ar,” disse Gronstedt. Alguns desses avanços tecnológicos já estão sendo testados nos túneis de vento da Universidade. Os pesquisadores avaliam as condições do fluxo de ar em instalações de ponta. O objetivo é ter motores mais eficientes em termos energéticos, sem perder de vista a questão da segurança quanto a colocar o gás altamente inflamável a bordo das aeronaves, reporta Inovação Tecnológica. Os trocadores de calor são uma parte vital da aviação a hidrogênio. Para manter os sistemas de combustível leves, o hidrogênio precisa estar na forma líquida. O hidrogênio é mantido frio nos tanques da aeronave, normalmente em torno de -250 ºC. Recuperar o calor dos escapamentos quentes dos motores a jato e resfriar os motores em locais estratégicos permite torná-los mais eficientes. Para transferir o calor entre o hidrogênio frio e o motor, são necessários os trocadores de calor, mas de um tipo diferente dos que existem hoje. A equipe tem trabalhado para desenvolver um tipo novo de trocador de calor. A tecnologia aproveita a baixa temperatura do hidrogênio armazenado para resfriar as peças do motor e, em seguida, utiliza o calor residual dos gases de escape para pré-aquecer o combustível, antes que seja injetado na câmara de combustão. “Cada grau de aumento na temperatura reduz o consumo de combustível e aumenta a autonomia [de voo]. Conseguimos mostrar que aeronaves de curto e médio alcances equipadas com o novo trocador de calor poderiam reduzir o consumo de combustível em quase 8%,” afirmou o professor Carlos Xisto.

 

A fibra óptica chegou ao Brasil para melhorar as telecomunicações há quase meio século e a principal utilidade é o envio de dados por meio da luz. Pesquisadores brasileiros estão trabalhando em outra função: transmitir energia elétrica. Liderado por pesquisadores do Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), o projeto é similar a apenas outros dois realizados no mundo, na Espanha e no Japão, registra o Tilt. A vantagem brasileira é ter uma aplicação prática bem estabelecida de partida. Como o desenvolvimento foi um pedido da Embraer, a energia elétrica via fibras ópticas pode tornar aviões mais leves, o que teria impacto direto no preço da passagem aérea. A previsão dos desenvolvedores é que as próximas aeronaves já tenham a tecnologia embarcada e a novidade já esteja presente nas telecomunicações em cinco anos. “Pouco antes da pandemia, a Embraer nos contatou para iniciar um estudo da tecnologia para transmissão de energia por fibra”, disse o engenheiro Arismar Cerqueira Sodré Junior, coordenador de pesquisas do Laboratório WOCA (Wireless and Optical Convergent Access) do Inatel. A ideia é que os aviões passem a contar com fibra em vez dos cabos de cobre para transmitir energia elétrica em seu interior. “Um avião pode chegar a ter uma tonelada só em cabo de cobre. O custo do combustível é alto. A cada quilo transportado, o valor aumenta”, explica Sodré. A redução de peso levaria a uma queda de custo para as companhias, diz o engenheiro. E os passageiros poderão sentir isso no bolso. “Dado que a companhia aérea economizará bastante com combustível devido à redução de peso, isso pode impactar no próprio custo da passagem”, afirma. A fibra óptica é só um meio para fazer a informação ir de um lugar a outro. Em uma ponta está um transmissor, que converte dados em luz, e na outra, o receptor, que decodifica tudo. A transmissão de energia elétrica segue princípio parecido. A fibra continua sendo um meio de propagação. Porém, é a energia fotônica presente na luz que é convertida em energia elétrica, após ser processada por um aparelho chamado PPC.

 

Cientistas descobriram que uma pequena área no oceano pode desencadear mudanças em temperaturas, causando impactos no clima do Hemisfério Sul em escala similar ao El Niño. Esse novo padrão climático recebeu o nome de ‘Padrão de Número 4 de Ondas Circumpolares do Hemisfério Sul’. No entanto, diferentemente do El Niño, esse novo padrão ocorre nas latitudes médias, região entre os trópicos e os polos, informa o Gizmodo. O estudo destaca a importância climática da interação entre o oceano e atmosfera. Balaji Senapati explica que a descoberta é como “encontrar um novo botão de ativação do clima da Terra”. “Isso mostra como uma área relativamente pequena do oceano pode ter efeitos de grande escala no clima global e nos padrões climáticos”, frisou.  De acordo com os cientistas, o estudo desse novo padrão climático pode aprimorar a previsão do tempo e as análises, sobretudo no Hemisfério Sul. Para descobrir esse ‘primo distante do El Niño’, os cientistas usaram modelos climáticos para simular 300 anos de condições climáticas. O modelo combina componentes atmosféricos, oceânicos e do gelo marino para criar uma representação compreensiva do sistema climático da Terra. Ao analisar os dados da simulação, os cientistas identificaram um padrão recorrente de variações da temperatura do mar circulando pelo Hemisfério Sul. Esse padrão cria quatro áreas nos oceanos que se alternam entre quentes e frias, formando um ciclo completo no Hemisfério Sul, começando perto da Nova Zelândia e Austrália. Quando há alterações na temperatura do oceano nessa pequena área, ocorre um efeito cascata na atmosfera, criando um padrão que viaja por todo Hemisfério Sul, carregando ventos fortes. Conforme essas ondas atmosféricas se movem, as temperaturas do oceano são afetadas, criando áreas quentes e frias. De acordo com os cientistas, o oceano desempenha um papel fundamental no processo, pois as ondas atmosféricas alteram os padrões dos ventos, afetando como o calor se movimenta entre o oceano e o ar. Desse modo, o fenômeno muda a profundidade da camada superior de água mais quente dos oceanos, gerando temperaturas mais quentes ou mais frias.

 

Fazer roupas inteligentes pode ser muito mais simples do que se esperava. Enquanto a maioria das pesquisas na área se concentra na fabricação de tecidos eletrônicos, que precisam ter fibras especiais condutoras de eletricidade, ou mesmo componentes eletrônicos, embutidos na trama do próprio tecido, Olivia Ruston e colegas das universidades de Bristol e Bath, no Reino Unido, fizeram tudo mais simples, começa matéria do site Inovação Tecnológica. Olivia conseguiu construir roupas responsivas usando tecido comum, concentrando as funcionalidades – o fator “inteligência” desses tecidos inteligentes – apenas nas costuras. Os fios eletricamente condutores são usados apenas nas costuras das roupas, criando circuitos elétricos. A resistência elétrica desses fios muda com o movimento do corpo do usuário, devido à deformação natural do fio flexível. E tudo funciona apenas com tensões elétricas muito baixas, inofensivas à saúde humana e incapazes mesmo de gerar qualquer desconforto. Isso cria novas possibilidades para fazer roupas digitais que detectem e capturem movimentos com muito mais precisão do que é possível com outras tecnologias, como os celulares e relógios inteligentes atuais.

 

23/07


Uma startup de aviação suíça encontrou uma forma de aumentar o alcance de voo e a capacidade de carga da sua futura aeronave anfíbia de passageiros, a Hydro Aircraft Zero Emission 100 (ou PHA-ZE 100). Para isso, a JEKTA firmou um acordo com a ZeroAvia, especialista na área de células de combustível. Segundo o CEO da JEKTA, George Alafinov, a ideia é oferecer para clientes e operadores a escolha de duas fontes de combustível (eletricidade ou hidrogênio) para atender rotas mais longas: “O sistema de hidrogênio oferece uma alternativa viável à energia da bateria e promete um aumento significativo no alcance”, afirmou o executivo na feira Farnborough Airshow, que acontece no Reino Unido, relata Olhar Digital. A aeronave de passageiros possui 10 hélices e motores elétricos de 180 kW cada distribuídos pelas asas montadas no teto. A velocidade de cruzeiro é de até 250 km/h e as baterias a bordo são suficientes para voar por 1h. Outros 30 minutos de autonomia ficam reservados para lidar com emergências ou mudanças no plano de voo. A fuselagem possui proteção contra corrosão e a aeronave pode levar até 22 pessoas a bordo (19 passageiros e 3 tripulantes). O interior é feito de materiais sustentáveis, como cortiça, compostos de fibras naturais e couro vegano. A aeronave está configurada para decolar e pousar em águas costeiras, rios, canais e lagoas, bem como pistas terrestres. O plano inicial era usar apenas bateria para alimentar o avião, mas a adoção do hidrogênio permitirá voos mais longos com emissão zero e transportar mais carga útil.

 

Cientistas da Universidade de Derby, no Reino Unido, descobriram um continente escondido entre o Canadá e a Groenlândia. A descoberta foi acidental: o grupo estudava movimentos das placas tectônicas no Estreito de Davis, uma área formada há 60 milhões de anos, quando identificaram uma massa de terra de 400 km de extensão, reporta Época Negócios. O microcontinente foi visto somente agora porque está submerso. A identificação foi possível por meio de uma combinação de dados de espessura da crosta terrestre de mapas gravitacionais, dados de reflexão sísmica e modelagem de placas tectônicas. A pesquisa foi publicada na revista Gondwana Research. De acordo com os pesquisadores, o continente foi criado a partir de “um período prolongado de fissuração e expansão do fundo do mar entre a Groenlândia e a América do Norte”. Os pesquisadores estimam que essa massa foi feita ao se separar da Groenlândia, depois que a tectônica entre o país e o Canadá se dividiu em dois, cerca de 118 milhões de anos atrás. É uma das maiores concentrações de estruturas de falhas conhecidas e pode ajudar a entender como os microcontinentes se formam. “O rifteamento e a formação de microcontinentes são fenômenos absolutamente contínuos. Com cada terremoto, podemos estar trabalhando em direção à próxima separação de microcontinentes”, disse o professor de Geologia Jordan Phethean.

 

A indústria do açúcar e álcool enfrenta um cenário de alta competitividade, custos crescentes e a necessidade de adequação às exigências ambientais e sociais, que exigem busca constante por maior produtividade e eficiência. A excelência em gestão operacional, aliada à automação e à inteligência artificial (IA), emerge como um fator crucial para maximizar a produtividade e sustentabilidade das operações, destaca TI Inside. O agronegócio lida com desafios como sazonalidade e variações climáticas. A eficiência operacional é essencial para otimizar recursos, minimizar desperdícios e garantir uma produção contínua e sustentável. A automação dos processos permite identificar e eliminar gargalos, ineficiências e oportunidades de melhoria nas etapas da produção. A otimização do uso dos equipamentos assegura que operem na capacidade máxima, reduzindo paradas não programadas e aumentando a produtividade operacional. Os benefícios tangíveis da automação são evidentes: aumento de até 60% na produtividade e redução de custos em até 40%. Pesquisa da KPMG e SAE Brasil mostra que 44% dos produtores rurais reconhecem que a adoção de novas tecnologias resulta em melhor performance e redução de custos, e 33% consideram a Agricultura de Precisão como a principal oportunidade para o setor. A integração da inteligência artificial (IA) e do machine learning (ML) nos processos operacionais das agroindústrias eleva a eficiência. A IA permite analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificando padrões e tendências. Isso possibilita uma tomada de decisão mais assertiva. Algoritmos de IA podem prever a necessidade de manutenção de equipamentos, evitando paradas inesperadas . Além disso, a IA pode otimizar o uso de insumos agrícolas, como água e fertilizantes, garantindo um uso mais sustentável e eficiente dos recursos naturais.

 

Fazer com que navios e plataformas de petróleo durem mais e, ao mesmo tempo, não poluam o meio ambiente é um grande desafio. Por isso, substâncias antimicrobianas têm sido misturadas às tintas aplicadas nesses locais que ficarão submersos para evitar a adesão de animais aquáticos, principalmente em áreas com alto tráfego de embarcações, informa a Agência Fapesp. Em estudo divulgado na revista Toxics, pesquisadores observaram que indivíduos adultos da espécie Tubastraea coccinea, popularmente conhecida como coral-sol, são resistentes a nanocápsulas à base de DCOIT, um dos biocidas anti-incrustantes mais utilizados no mundo depois que as tintas que tinham estanho e metais pesados na composição, como cobre e zinco, foram proibidas por causa da sua alta toxicidade para os animais marinhos. Isso ajuda a explicar por que essa espécie, considerada invasora, se espalhou de forma tão consistente por cerca de 3,5 mil quilômetros do litoral brasileiro nos últimos anos, além do fato de não haver um predador natural por aqui. A descoberta é importante porque ajuda a entender o comportamento do animal no oceano Atlântico, já que a espécie veio dos oceanos Pacífico e Índico. Além disso, outros estudos feitos sobre essas substâncias anti-incrustantes geralmente envolvem organismos de águas temperadas ou frias, não havendo dados disponíveis sobre espécies de corais. Como o DCOIT é altamente tóxico, os pesquisadores têm testado várias formas de utilizá-lo. Materiais desenvolvidos com nanoengenharia estão ajudando a controlar a sua taxa de liberação e reduzir o risco aos organismos aquáticos. Entre os principais resultados, o estudo mostra que a versão revestida com prata pode ser promissora em relação às demais, que ainda estão em avaliação pelo grupo de pesquisa. “A ideia é criar uma tinta que já tenha o anti-incrustante e um anticorrosivo, para aliar a questão econômica à proteção do meio ambiente. A gente tem um ganho econômico, pois a tinta é mais eficiente, mas também um ganho ecológico, ao evitar a incrustação de espécies potencialmente invasoras e redução da liberação de contaminantes tóxicos na água do mar”, destaca Denis Moledo de Souza Abessa, coordenador do Núcleo de Estudos sobre Poluição e Ecotoxicologia Aquática (Nepea) da Unesp. O diferencial das novas tecnologias em relação às já disponíveis no mercado está na liberação controlada, trazida pelos nanomateriais.

 

22/07


Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, se inspiraram na capacidade das enguias de produção eletricidade para criar uma inovadora ‘bateria de gelatina’. Na prática, dispositivos eletrônicos vestíveis ou robôs flexíveis podem ser equipados com a nova bateria. Além disso, o componente ainda pode ser utilizado na medicina para tratar epilepsia e outras condições, reporta o Gizmodo. Um dos grandes desafios da robótica flexível é o desenvolvimento de um material que seja ao mesmo tempo elástico e com altas propriedades de condução de eletricidade. Normalmente, essas propriedades não andam juntas, o que dificulta bastante o trabalho dos pesquisadores. Conforme mostra o artigo publicado na Science Advances, o grande ponto de virada foi observar a natureza. A maneira como as enguias produzem energia. Os animais possuem um conjunto de células chamadas eletrólitos localizadas em três órgãos e, a partir delas, são capazes de gerar eletricidade. Imitar a maneira como as células ficam posicionadas no animal foi fundamental para os cientistas atingirem o resultado. As baterias convencionais utilizam materiais rígidos e elétrons para transportar carga. A ‘bateria de gelatina’ funciona de forma um pouco diferente. Assim como as enguias elétricas, usam íons como condutores de carga. Os pesquisadores utilizaram hidrogéis, cadeias de polímeros cuja composição é 60% água, para tornar o componente flexível. Os materiais são normalmente utilizados em carga neutra, mas os pesquisadores envolvidos no projeto adicionaram uma carga para torná-los aderentes o suficiente para comprimir em várias camadas.

 

Os robôs podem ser a tecnologia que estávamos precisando para mitigar os danos dos agrotóxicos. Uma empresa, usando tecnologia de IA, criou os robôs Solix, que conseguem operar 24 horas por dia fotografando plantações para identificar ervas daninhas e insetos e aplicar herbicidas de forma direcionada, relata Olhar Digital. O projeto é da empresa brasileira Solinftec, e o grande ganho do uso dos robôs nas plantações é a capacidade de evitar a pulverização generalizada.Os robôs Solix fazem uso de uma tecnologia de precisão, capaz de reduzir o uso de defensivos agrícolas em até 90%, pois o produto é aplicado somente onde é necessário. Além disso, monitoram uma série de outros aspectos relacionados à “saúde” da planta e são configurados para caça noturna de insetos voadores com luzes e choque elétrico. sar esse tipo de tecnologia também pode trazer benefícios relacionados à diminuição da emissão de carbono, já que os robôs funcionam apenas por baterias recarregáveis com energia solar, e podem substituir máquinas agrícolas movidas a combustível fóssil.

 

A fabricante de aeronaves elétricas Eve apresentou pela primeira vez o protótipo em escala real de seu ‘táxi voador’, alcançando um marco, já que a empresa pretende que o modelo obtenha certificação e entre em serviço em 2026. A Eve, controlada da Embraer, lançou o protótipo da aeronave elétrica de decolagem e pouso verticais (eVTOL) em evento com investidores e clientes na instalação industrial da fabricante brasileira de aviões em Gavião Peixoto, em 3 de julho A empresa faz parte de um grupo de startups que desenvolvem aeronaves movidas a baterias que podem decolar e pousar verticalmente e são voltadas para viagens curtas de passageiros em cidades, registra o InvestNews. A Eve espera voar o protótipo até o final deste ano ou início de 2025, disse o presidente-executivo, Johann Bordais. A empresa iniciou os testes de solo neste mês. O primeiro modelo é equipado com motores elétricos, mas não possui cabine nem piloto. A aeronave final terá capacidade para quatro passageiros e um piloto. “Esse protótipo é totalmente remoto para testar a aerodinâmica. Fazer o voo vertical e depois o voo que a gente chama de transição, de vertical transicionar para o voo horizontal”, disse Bordais. O executivo disse que ter o protótipo em escala real pronto para testes é mais um passo para a certificação da aeronave, que a Eve espera alcançar até 2026. A Eve solicitou a certificação em 2022 à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Eve terá cinco protótipos prontos no próximo ano e um eVTOL pré-série até 2026 como parte do processo de certificação, disse Bordais.

 

Os nanorrobôs prometem revolucionar diversas áreas, desde a medicina até a indústria. Com dimensões na escala de nanômetros (um nanômetro é um bilionésimo de metro), e são projetados para realizar tarefas específicas em ambientes microscópicos, destaca o Olhar Digital. Os nanorrobôs que operam em uma escala tão pequena não podem ser vistos a olho nu. São construídos a partir de materiais como polímeros, metais e biocompatíveis, e podem ser programados para executar uma variedade de funções. A ideia dessas máquinas surgiu da necessidade de desenvolver tecnologias que pudessem interagir com sistemas biológicos de maneira precisa e controlada. Com tamanhos que variam de 1 a 100 nanômetros, os nanorrobôs são menores do que células humanas e até mesmo algumas moléculas. Muitos nanorrobôs podem ser controlados remotamente, utilizando campos magnéticos ou elétricos, ou podem ser programados para operar de forma autônoma, respondendo a estímulos específicos do ambiente. Os nanorrobôs podem ser projetados para realizar uma ampla gama de tarefas, desde a entrega de medicamentos até a detecção de doenças em estágios iniciais. São classificados em diferentes tipos, dependendo das aplicações e mecanismos de funcionamento. Os biológicos são projetados para interagir com células e tecidos e podem ser utilizados para entregar medicamentos diretamente a células doentes, aumentando a eficácia do tratamento e reduzindo efeitos colaterais. Criados a partir de materiais sintéticos, esses nanorrobôs são utilizados em aplicações industriais, como a fabricação de produtos em escala nanométrica. Já os híbridos combinam elementos biológicos e sintéticos e podem ser usados em pesquisas biomédicas avançadas. O funcionamento dos nanorrobôs é baseado em princípios da física, química e biologia, permitindo que realizem tarefas complexas em ambientes desafiadores. São projetados com uma estrutura que permite a mobilidade e a execução de tarefas específicas. A maioria é composta por uma parte motora, que pode ser acionada por diferentes fontes de energia, e uma parte funcional, que realiza a tarefa desejada. Os designs podem incluir cilindros (utilizados para movimentação em fluidos), esferas (têm estabilidade e são facilmente manipulados) e filamentos (se movem em ambientes viscosos, como fluidos corporais). Utilizam diferentes mecanismos para se mover. Alguns nanorrobôs se movem passivamente por meio da difusão, aproveitando o movimento aleatório das moléculas ao redor. Outros utilizam motores químicos ou elétricos para se mover, permitindo um controle mais preciso da direção e velocidade. Muitos nanorrobôs são equipados com materiais magnéticos, que permitem ser guiados por campos magnéticos externos.