Área Tecnológica na Mídia
29 de janeiro de 2024, às 15h33 - Tempo de leitura aproximado: 22 minutos
02/02/2024: Impressoras 3D / Robótica biométrica / Controle de robôs / Biocatalisadores
Uma inovadora impressora 3D de metal chegou nesta quinta-feira (1º) à Estação Espacial Internacional (ISS) como parte da missão de reabastecimento Cygnus NG-20. A cápsula, batizada de S.S. Patricia “Patty” Hilliard Robertson, transportava 3,7 toneladas de suprimentos e equipamentos científicos para os astronautas a bordo do laboratório orbital. Entre a carga, estava a revolucionária máquina que possibilitará a impressão 3D de metal pela primeira vez no espaço, marcando um avanço significativo na produção em ambiente orbital. Diferentemente das impressoras 3D convencionais, que usam polímeros, esta nova tecnologia imprime peças metálicas, apresentando um marco importante em meio ao crescente interesse na produção espacial. Após a instalação, o equipamento será controlado e monitorado da Terra para garantir a segurança da tripulação e da estação, descreve o Olhar Digital. A tecnologia Metal 3D Printer consiste em utilizar um tipo de aço inoxidável comumente usado em implantes médicos e tratamento de água, garantindo boa resistência à corrosão. O processo de impressão envolve o uso de um laser de alta potência para aquecer o filamento de aço inoxidável, fundindo-o e adicionando camadas à impressão.
Em um avanço importante na robótica biométrica, engenheiros britânicos conseguiram desenvolver um robô com IA (Inteligência Artificial) que consegue ler textos em braile a uma velocidade de 315 palavras por minuto — isso é duas vezes mais rápido que o humano. Além disso, o robô não apenas possui uma capacidade rápida de leitura, mas também conseguiu obter uma precisão próxima a 90%. Atualmente, existem robôs disponíveis no mercado que conseguem ler Braile, mas funcionam em um modo estático, processando uma letra de cada vez. No entanto, graças à IA, esse novo robô consegue imitar a forma como um humano lê braile. Os engenheiros afirmam que o código é um “método de testes perfeito” devido à proximidade entre seus pontos, mas tiveram que enfrentar um dos principais desafios da robótica biométrica: imitar a sensibilidade humana. Isso porque as pontas dos dedos humanos conseguem perceber detalhes minúsculos e diferenciar texturas diversas, mas essa tarefa não é nada fácil para os robôs. Por isso, os engenheiros instalaram uma câmera na extremidade do dispositivo, permitindo detecção de objetos em alta velocidade e em alta resolução. Os engenheiros da Universidade de Cambridge revelaram a intenção de aprimorar a tecnologia IA desse robô, ampliando possivelmente as capacidades para além da leitura de braile, destaca o gizmodo.
Um astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA) controlou, pela primeira vez, um robô canino de quatro pernas direto do espaço. Até então, somente robôs com rodas recebiam informações de distâncias além da atmosfera da Terra. Como parte do teste “Surface Avatar”, realizado em janeiro deste ano, o astronauta Marcus Wandt controlou diversos robôs a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), incluindo o cão-robô chamado Bert. Criado pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR), o Bert é um robô quadrúpede com visual que lembra um cachorro. Por meio das pernas articuladas, ele pode andar sobre diversos tipos de terrenos, inclusive lugares onde robôs com rodas não passam. No futuro, a ideia é utilizar o Bert para explorar a superfície da Lua e de Marte, por exemplo, enquanto os astronautas ficam posicionados em segurança na órbita dos corpos celestes. Como Wandt conseguiu controlar Bert estando na órbita da Terra, é esperado que o mesmo possa ser feito em outros planetas. Controlar robôs em outros planetas é apenas parte do objetivo do DLR. A equipe ainda espera que, um dia, os astronautas sejam capazes de controlar vários robôs em uma missão. Assim, será possível fazer as máquinas agirem de forma autônoma, conforme necessário, destaca o gizmodo.
Um grupo de cientistas conseguiu desenvolver uma forma de adicionar a hemoglobina do sangue em uma bateria que funcionou por 20 a 30 dias, informa o Olhar Digital. O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Córdoba, na Espanha e publicado recentemente na revista Energy & Fuels. Os pesquisadores tinham como objetivo encontrar um catalisador para as baterias de zinco-ar – e a proteína principal componente dos glóbulos vermelhos do sangue atendeu aos requisitos. Na prática, o sangue é capaz de absorver as moléculas de oxigênio rapidamente e transformá-las em moléculas de água. De acordo com os pesquisadores, as baterias de zinco-ar com biocatalisadores de hemoglobina podem ser utilizadas em dispositivos implantados no corpo, como marca-passos, principalmente porque elas funcionam em pH 7,4, muito semelhante ao do sangue. O problema do seu uso, no entanto, é que ela não pode ser recarregada. Assim, a equipe de cientistas segue pesquisando para encontrar uma proteína que transforme a água em oxigênio e reiniciar o processo.
01/02/2024: Pagamento por aproximação / Energia limpa / Fabricação de armamento no Brasil / Trem inteligente
A Visa anunciou o lançamento da ferramenta Ingresse Tap. A novidade busca trazer o mundo dos pagamentos por aproximação para compras feitas na internet, transformando o próprio smartphone dos consumidores no equivalente a uma “maquininha de cartão”. O projeto é uma parceria com a Ingresse e com a empresa Symbiotic, afirma o mobiletime. O novo recurso deverá ser lançado no aplicativo da Ingresse na próxima semana. Ele ficará disponível inicialmente apenas para usuários com sistema operacional Android – a versão para o iOS está em desenvolvimento. É necessário que o smartphone tenha uma versão do Android compatível com o sistema e tenha a tecnologia NFC, que permite a transmissão de dados por aproximação. Além dos cartões de crédito e débito, será possível também realizar pagamentos com cartões virtuais em outros smartphones e também em relógios inteligentes com carteiras digitais. Na prática, o sistema combina a tecnologia de pagamento por aproximação com o Tap to Phone, criado pela Visa para transformar celulares em processadores de pagamentos.
Na busca por avanços no campo da energia solar, a Universidade de Oxford parece estar um passo à frente do resto. A instituição afirma ter alcançado o recorde mundial de painel solar mais eficiente, relata o Olhar Digital. Atualmente, os painéis solares comerciais mais comuns conseguem uma eficiência de conversão entre 16 e 24%. No entanto, Oxford afirma que, em colaboração com o Instituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar da Alemanha, o seu painel solar alcançou uma eficiência de conversão de 25%. O grande segredo do novo modelo são as células solares de silício. Enquanto as tradicionais podem atingir uma eficiência de 30%, a universidade tem usado células solares em “tandem de perovskita” sobre silício, que poderiam chegar a mais de 43% de eficiência teoricamente. O painel solar produziu 421 watts em uma área de 1,68m². Os pesquisadores usaram equipamentos padrão de produção em massa e os otimizaram para a tecnologia.
No ano passado, o EDGE Group, empresa controlada pelo governo dos Emirados Árabes Unidos, adquiriu 50% do capital da SIATT (Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico), companhia especializada na fabricação de armamentos inteligentes para as Forças Armadas do Brasil. Agora, o grupo anunciou um investimento bilionário para construir uma fábrica de armamento no interior do estado de São Paulo. O complexo fabril ficará em São José dos Campos e terá 7 mil metros quadrados, custando cerca de R$ 14,8 bilhões em conversão direta. Atualmente, a SIATT possui contrato com a Marinha brasileira para desenvolver um míssil antinavio de longo alcance. Segundo as informações disponíveis sobre o projeto, o armamento teria capacidade de atingir alvos a 70 quilômetros de distância. O principal objetivo da aquisição de metade do capital da empresa brasileira é viabilizar a produção conjunta de mísseis de longo alcance para concorrer com a MDBA, corporação francesa que monopoliza a comercialização de armamento de longo alcance no setor naval, destaca o gizmodo. A companhia fabrica atualmente um míssil capaz de atingir inimigos a 200 quilômetros, quase o triplo da capacidade da tecnologia brasileira. O MANSUP, como foi batizado o míssil de longo alcance brasileiro, ainda está em fase de qualificação até 2025. Depois disso, está prevista a produção em larga escala do armamento.
Divulgado como o primeiro ‘trem inteligente’, uma tecnologia desenvolvida pela fabricante chinesa CRRC e implementada em 2018 na cidade de Zhuzhou prometia, na época, revolucionar o sistema de transporte público. Seis anos depois, o ART – em português, Sistema Ferroviário Rápido Autônomo – enfrenta dificuldades na consolidação como modelo. O veículo opera com pneus de borracha em cima de trilhos ‘virtuais’, com trajetórias pré-definidas remotamente, ou seja, não precisa de condutor. Esta característica permite que ele circule por vias comuns, ao lado de carros. O sistema ART é descrito pelo fabricante chinês como “sustentável”, por ser totalmente elétrico. Para o Fórum Econômico Mundial, é “menos custoso do que o metrô leve, mais rápido e elegante do que ônibus, neutro em carbono e flexível”. Em 2017, o custo de um ônibus ART, com capacidade para 300 pessoas, era de 15 milhões yuan (R$ 10,4 milhões), considerado um baixo investimento. Com uma velocidade de até 70 quilômetros por hora, o ART é defendido por especialistas como uma alternativa para desafogar cidades e ‘revitalizar subúrbios’, destaca a Época.
31/01/2024: Exoesqueleto militar / Demanda de energia / Tecido ecológico / Internet no campo
A empresa alemã Mehler Systems anunciou o lançamento de um novo exoesqueleto militar com blindagem capaz de proteger contra projéteis 7.62 mm, usados nos fuzis variantes do AK-47. O conglomerado alega que seu novo ExoM Up-Armoured é capaz de redistribuir até 70% da carga de um soldado dos ombros para o solo, sem o uso de uma bateria externa pesada e incômoda. Testado pela equipe tática de elite da polícia francesa, GIGN, o exoesqueleto oferece proteção balística de categoria VPAM 8 contra munições de alto calibre, enquanto preserva 99% da mobilidade do operador por meio de um sistema passivo desenvolvido pela Mawashi Science & Technology. O dispositivo é composto por hastes articuladas que sobem pela perna do soldado até um cinturão de apoio no quadril, onde se encaixa uma “coluna artificial” flexível que se estende até a altura dos ombros. Todos os componentes funcionam mecanicamente, sem a necessidade de uma bateria externa, usada na maioria dos modelos de exoesqueletos sendo testados atualmente, explica o Exame. Mehler afirma que essa abordagem é mais adequada a missões longas em lugares remotos, onde o transporte de baterias extras ou equipamento de recarga pode ser inviável.
A Agência Internacional de Energia (IAE) publicou um relatório, na quarta-feira (24), alertando sobre o crescimento na demanda por eletricidade que a IA desencadeou. Em 2026, o consumo de energia dos data centers, que são fundamentais para as operações de IA, pode dobrar, de acordo com o relatório. Esse aumento considerável acontece pela grande demanda de energia por “tecnologias sofisticadas de IA, como o ChatGPT”. Além disso, a mineração de criptomoedas é outro fator que contribui para o aumento do consumo de energia por data centers, mostra o Gizmodo. Atualmente, os data centers representam 2% do consumo global de energia elétrica, com cerca de 460 TWh (Terawatts por hora) em 2022. Mas, em 2026, esse numero vai saltar para 1.050 TWh. Assim, o consumo de energia de data centers, sobretudo aqueles que trabalham com IA, será equivalente ao consumo total de um país como a Alemanha. O consumo de energia especificamente para tecnologias IA pode ser dez vezes maior em 2026, conforme o relatório.
Aomori é a principal província produtora de maçãs do Japão. Na região, foi desenvolvida a variedade Fuji – difundida no Brasil. A produção resulta em grande desperdício da fruta, o que levou um estúdio de pesquisa e design a dar uma finalidade aos resíduos, criando um tecido feito com bagaço de maçã, relata o Ciclo Vivo. “Coletamos maçãs desperdiçadas dos agricultores e criamos produtos com nossa tecnologia de processamento”, destaca o Studio Sozai Center, responsável pelo tecido 100% fabricado com bagaço de maçã. O tecido é orgânico, lavável e translúcido – apesar de manter o tom marrom-avermelhado da fruta. Para garantir a tonalidade natural da maçã, não é adicionado corante no processo de composição do tecido. O produto ecológico suporta lavagens com água ou detergente neutro sem se desfazer. Apesar das vantagens, é preciso ter alguns cuidados no uso. Deve-se evitar o contato com óleos, perfumes, cosméticos e substâncias similares, além do uso de ceras, tira-manchas, álcool, solventes e produtos similares. De acordo com os desenvolvedores, o material pode ser usado para produzir acessórios e até na finalização de móveis de interior. Já foram produzidos também porta-cartões e minibolsas.
A Sol, empresa brasileira de telecomunicação e IoT especializada no agronegócio, e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) fecharam uma parceria para levar internet a 70% da área plantada com algodão no Brasil, reporta o InfoMoney. Parte do Grupo RZK, a startup vai levantar 123 torres com internet 4G em Mato Grosso para cobrir 1,2 milhão de hectares plantados com algodão. Na primeira fase, serão 37 torres, nos seis núcleos regionais da entidade. A expectativa é concluir o projeto até o fim de 2024. “Estamos cobrindo a área produtiva de uma commodity de alto valor em um estado enorme. Podemos dizer que não é um projeto de conectividade, mas de transformação digital”, diz Rodrigo Oliveira, CEO da Sol. A ideia do projeto é permitir um monitoramento em tempo real das lavouras e garantir uma visão detalhada das condições do campo. As conversas com a AMPA tiveram início no ano passado. Com a parceria, a empresa chegará a uma cobertura de 12 milhões de hectares, o que representa, aproximadamente, 15% de toda a área plantada do Brasil. Em números redondos, 50% dos equipamentos estão distribuídos pela região Centro-Oeste, outros 25% no Sudeste, ficando as regiões Sul e Norte com os 25% restantes.
30/01/2024: Circuitos computacionais ópticos / Reciclagem de vidro / Chip cerebral

Cientistas descobriram uma nova maneira poderosa de programar circuitos computacionais que funcionam com luz, em vez de eletricidade, e que são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias futuras, como redes de comunicações invioláveis e computadores quânticos ultrarrápidos. “A luz pode transportar muita informação, e os circuitos ópticos que computam com luz – em vez de eletricidade – são vistos como o próximo grande salto na tecnologia informática”, disse o professor Mehul Malik, da Universidade de Edimburgo, na Escócia. A equipe de Malik pegou fibras ópticas comerciais, utilizadas em todo o mundo para transportar os dados da internet para nossas casas e empresas, e tirou proveito do comportamento natural de dispersão da luz dentro dessas fibras para construir e programar circuitos computacionais ópticos lá dentro, de maneira altamente precisa. Hoje, o desenvolvimento das tecnologias de computação com luz se baseia principalmente em processadores fotônicos, que são chips que trocam as fiações dos processadores convencionais por guias de onda, caminhos capazes de conduzir a luz e então realizar os cálculos. Substituir esses chips, que são grandes e complexos, por circuitos dentro de uma fibra óptica, tem inúmeras vantagens em inúmeros aspectos, da miniaturização e da redução dos custos à possibilidade de integração com os computadores atuais e com os futuros computadores quânticos, descreve o Inovação Tecnológica.

Uma das matérias-primas mais consumidas do mundo é a areia, essencial para a construção urbana, produção de vidro, recuperação de terrenos. Mas os processos de extração utilizados, como a mineração e a dragagem, destroem ecossistemas, sujam rios e causam erosões nas regiões costeiras. Atenta ao problema, a Prefeitura de Maceió anunciou que vai produzir areia a partir da reciclagem de garrafas de vidro descartadas, registra Um Só Planeta. Para colocar em prática essa logística reversa, instalará máquinas de coleta e tritura de garrafas ao longo da orla. A máquina possui uma tela eletrônica com as instruções para uso do equipamento, capaz de triturar uma garrafa de vidro em 3 segundos. Após triturado, o material será recolhido e armazenado para que posteriormente possa ser utilizado em obras estruturantes na cidade, como construções, pavimentações e outras intervenções que necessitem de areia. Dados do último levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) apontam que o Brasil coloca no mercado, por ano, aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de vidro, nos mais variados formatos, que movimentam cerca de R$ 120 milhões. Deste total, somente 300 mil toneladas, o que representa quase 25%, são destinadas à reciclagem.

Elon Musk disse que o primeiro humano recebeu um implante da startup de chips cerebrais no domingo (28) e está se recuperando bem. O anúncio foi feito em uma postagem na plataforma X na segunda-feira (29), reporta a CNN Brasil. A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA autorizou a empresa no ano passado a realizar o primeiro ensaio para testar o implante em humanos. “O primeiro produto @Neuralink se chama Telepatia”, postou Musk. O estudo avaliará a funcionalidade da interface que permite que pessoas com tetraplegia controlem dispositivos com o pensamento. Em setembro de 2023, a Neuralink disse ter recebido a aprovação de um conselho de revisão independente para iniciar o recrutamento para o primeiro teste em humanos do implante cerebral. Pessoas com paralisia causada por lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica (ELA) podem se qualificar para o estudo. A pesquisa levará seis anos para ser concluída e usará um robô para colocar cirurgicamente um implante de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês) na região do cérebro que controla a intenção de se mover. O objetivo é permitir que as pessoas controlem um cursor ou teclado de computador usando o pensamento. Mesmo que o BCI se mostre seguro para uso humano, levará mais de uma década para que a startup tenha autorização para uso comercial, de acordo com especialistas.
29/01/2024: Estação Espacial / Religador Trifásico / Bateria Liquida / Microencapsulamento de Ingredientes/ Antena Portátil Multifunção
Cientistas enviarão na terça-feira (30) uma série de experimentos inovadores para a Estação Espacial Internacional (ISS) por meio da espaçonave Cygnus da Northrop Grumman. Um desses experimentos é um dispositivo robótico desenvolvido pela Virtual Incision, projetado para realizar procedimentos médicos de alta precisão em astronautas no espaço, reporta o Olhar Digital. O dispositivo robótico pesa 0,9 quilograma e possui dois braços controláveis, equipados com uma pinça e uma tesoura. Será testado em tecido simulado. Além de beneficiar os astronautas, principalmente em missões espaciais prolongadas, a tecnologia de cirurgia robótica remota também pode ser aplicada na Terra. A ideia é que pacientes possam ter acesso a cirurgias de alta qualidade em locais remotos. Um braço robótico se juntará à equipe no laboratório orbital da estação. O equipamento já foi testado dentro das restrições da estação e, agora, será submetido a condições totalmente despressurizadas. O objetivo é aumentar a complexidade das operações, como usar uma chave de fenda analógica. Isso amplia o escopo do trabalho realizado e também protege a tripulação nas tarefas em ambientes severos. A Agência Espacial Europeia planeja enviar uma impressora 3D ao espaço para criar pequenas peças metálicas, visando a comparar o comportamento do metal impresso em 3D no espaço com o produzido na Terra. A iniciativa também testará semicondutores impressos em 3D, essenciais para dispositivos eletrônicos, para avaliar a performance no ambiente espacial.
Engenheiros da empresa de base tecnológica paulista HartBR desenvolveram uma versão mais moderna e de baixo custo de um religador trifásico – equipamento responsável por isolar e desativar trechos de redes de energia quando há problemas, como queda de árvores, permitindo a continuidade de fornecimento de eletricidade nas áreas afetadas. A inovação é fruto de uma parceria de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da HartBR com a empresa do setor de energia EDP Brasil, informa o Canal Rural. “Riscamos tudo o que existia até então em termos de religadores e começamos do zero um projeto de desenvolvimento de uma nova versão do equipamento, tendo como base as necessidades das empresas, tecnologias mais modernas e novos conceitos industriais”, diz Celso Garcia Lellis Júnior, diretor-fundador da HartBR. Instalados no alto dos postes e na entrada ou saída das linhas nas subestações, os religadores têm a função de identificar curtos-circuitos na rede elétrica causados por eventos climáticos. Quando o problema é regularizado, a rede é reenergizada automaticamente. Estima-se que o uso de religadores garanta uma melhoria de 70% a 80% nos indicadores de continuidade do serviço. O engenheiro eletricista explica que os religadores tradicionais usam baterias seladas à base de chumbo ácido, responsáveis por garantir seu funcionamento quando ocorre a falta de energia. “Elas precisam ser trocadas a cada dois anos e descartadas adequadamente, o que tende a gerar uma enorme complicação logística”, explica Lellis Júnior. Os engenheiros conseguiram substituir essas por supercapacitores – dispositivos que acumulam e liberam energia de forma quase instantânea.
As baterias de fluxo, uma categoria de bateria líquida, têm capacidade de fornecer energia por meio de dois tanques de suprimento externo de líquido. Isso permite maior flexibilidade e capacidade de armazenamento frente às baterias convencionais. A equipe liderada pelo professor Xianfeng Li, do Instituto de Físico-Química Dalian, alcançou um marco no desenvolvimento de baterias de fluxo de vanádio: a capacidade de 70 kW, um avanço ante as pilhas de 30 kW usadas em instalações comerciais convencionais, destaca Petrosolgas. A densidade de potência de volume da nova pilha atinge 130 kW/m³. Sob as mesmas condições de produção de energia, a pilha é menor e mais eficiente, resultando em custos 40% menores. Além do aumento na densidade de potência, a eficiência e durabilidade dessas novas pilhas de baterias de fluxo de vanádio também merecem destaque. Sob condições de carga e descarga de potência nominal de 70 kW, a eficiência energética atinge 81%. Mesmo em condições de carga e descarga de potência constante de 60 kW, a eficiência energética permanece alta: 82,1%. Outro aspecto é a durabilidade. Após mais de 1.200 ciclos de teste, a eficiência energética ainda tem excelente estado: queda de 1,7%. Com o avanço da bateria líquida, um módulo de unidade de armazenamento de energia em contêiner de 6 metros pode ser atualizado de 250 kW para 500 kW, sem aumento no tamanho das unidades de energia ou nos custos das instalações de suporte do sistema.
Não importa o ramo de atuação de um negócio, quando o assunto é facilidade, todo mundo quer se atualizar, destaca o Food Connection. É por isso que muitas das inovações apresentadas na Food Ingredients South America 2023 estão fazendo brilhar os olhos da indústria de alimentos e bebidas. Entre as soluções expostas está a tecnologia de microencapsulamento de ingredientes. A inovação fez parte do doutorado de Maria Cristina Mascarenhas, CEO da Startup Noviga, e passou a ser oferecida ao mercado em 2022. A técnica consiste em transformar o ingrediente em questão, geralmente alguma gordura, em cápsulas muito pequenas. Outra expositora da FiSA, a FDF Brazil tem a técnica de desidratação como o segredo do seu negócio. A empresa atua com cinco diferentes formas de retirar a água dos alimentos para conservá-los, mantendo suas propriedades e sem precisar partir para os conservantes. A solução está em atualizar a secular técnica de secagem ao sol com novas ferramentas, sendo a air dry uma das mais utilizadas. Ela consiste em colocar ar quente sobre os ingredientes de forma indireta. Pode ser usada para desidratar alho, cebola, salsa e espinafre por exemplo. Outros processos que funcionam para conservar ingredientes são o freezy dry, no qual os ingredientes são colocados em uma bandeja e depois levados para uma câmara de vácuo; o drum dry, que usa alimentos em forma de purê dentro de um cilindro que é aquecido com vapor; o spray dry, cujo líquido extraído do ingrediente entra em um atomizador e é transformado em gotas antes de ser evaporado e virar pó; e ainda o sun dry.
Quando um terremoto, inundação ou outro desastre atinge uma região, as infraestruturas de comunicações, como torres de telefonia celular e de rádio, são frequentemente danificadas ou destruídas. Restabelecer as comunicações de emergência o mais rapidamente possível é vital para coordenar os esforços de resgate e socorro, mas não é fácil e nem rápido erguer torres novas, começa matéria do site Inovação Tecnológica. Pensando nessas situações, Rosette Bichara e seus colegas da Universidade de Stanford, nos EUA, criaram uma antena portátil e automontável que pode ser rapidamente implantada em áreas de desastres ou usada para estabelecer comunicações em regiões subdesenvolvidas. “As soluções de última geração normalmente empregadas nessas áreas são pratos metálicos pesados. Eles não são fáceis de movimentar, exigem muita energia para operar e não são particularmente econômicos”, comentou a professora Maria Sakovsky. “Nossa antena é leve, de baixo consumo de energia e pode alternar entre dois estados operacionais. Ela é capaz de fazer mais com o mínimo possível nessas áreas onde faltam comunicações”. A antena foi fabricada com a abordagem tipicamente usada para projetar dispositivos para serem implantados no espaço. Devido às limitações de combustível e de espaço, a tecnologia enviada para órbita deve ser muito leve e embalada tão pequena quanto possível. Assim que os itens estão em órbita, eles se desdobram no formato adequado para uso. Os pesquisadores queriam que sua antena fosse igualmente dobrável e leve. Feita de compósitos de fibra, um material frequentemente usado em satélites, a antena lembra um brinquedo infantil de armadilha para os dedos, com múltiplas tiras de material cruzando-se em espirais. Assim como qualquer antena do tipo helicoidal, o material condutor que passa pela antena transmite sinais, mas, graças à estrutura única da nova antena, torna-se possível ajustar o padrão e a potência desses sinais, puxando-a para formatos mais longos, ou apertando-a para formatos mais curtos.