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Acesso em 11/11/2025 às 10h18.

Área Tecnológica na Mídia – 21 a 25/08/2023

Confira as notícias do dia

21 de agosto de 2023, às 12h00 - Tempo de leitura aproximado: 18 minutos

Área Tecnológica na Mídia

 


25/08/2023: Febre Amarela / Mais Capacitação / Avaliação da Água / Identificação de Tumores


Por apresentar sintomas semelhantes a outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, entre elas chikungunya, dengue e zika, a febre amarela não é uma arbovirose de fácil diagnóstico. Para superar essa dificuldade e agilizar o tratamento adequado, pesquisadores brasileiros e britânicos desenvolveram um biossensor eletroquímico capaz de detectar a infecção, com um bônus: é construído a partir de cápsulas de café recicladas, material que o torna mais sustentável e ajuda a reduzir seu custo. Manufaturado em impressora 3D comum, o sensor miniaturizado cumpre ainda os critérios para testes diagnósticos em locais remotos ou com poucos recursos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS): acessibilidade, sensibilidade, especificidade, facilidade de uso, rapidez e robustez, sendo livre de equipamentos e facilmente distribuível aos usuários finais. Segundo a Época, o funcionamento do dispositivo é simples: sua superfície conta com eletrodos impressos por meio de tecnologia 3D em ácido polilático (polímero biodegradável conhecido pela sigla em inglês PLA), proveniente de cápsulas de café processadas e recicladas. Filamentos com nanotubos de carbono e negro de fumo como aditivos são responsáveis por garantir a condutividade do sensor e gerar a reação eletroquímica, em que fragmentos do DNA da febre amarela se encaixam na sequência genética da amostra de soro sanguíneo dos pacientes.

 

O governo federal e a Microsoft podem trabalhar juntos na ampliação do programa Escola do Trabalhador 4.0, que oferece cursos gratuitos em plataforma online, informa o Olhar Digital. A ideia é que a empresa de tecnologia dê suporte financeiro para a manutenção dos tutores. A proposta foi realizada pelo ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com apoio do ministério das Comunicações (MCom).  Juscelino Filho destacou que o apoio ao projeto depende do conceito de conectividade significativa, ou seja, da ampliação do acesso à internet no Brasil. “Essa plataforma pode ser um instrumento para trabalhar de forma mais efetiva as habilidades digitais do nosso público. Nós adotamos o conceito de conectividade significativa, que inclui capacitar as pessoas para que elas consigam fazer uma utilização da internet efetiva em qualquer área, o que passa pelo letramento digital”, disse o ministro. A pasta pretende colaborar integrando ações do projeto Computadores para Inclusão, de doação de equipamentos substituídos no serviço público, além do Internet Brasil, focado em levar conexão à internet e inclusão digital aos estudantes e às suas famílias. Para isso, na quarta-feira (23), a presidente global da Microsoft Philanthropies, Kate Behncken, e sua equipe, se reuniram com os ministros do governo Lula em Brasília.

 

Para detectar elementos que contaminam a água, um problema crescente no mundo, uma americana criou uma ferramenta natural, feita de repolho, que identifica esses materiais contaminantes. Melissa Ortiz, mestranda em design industrial na California College of the Arts, onde desenvolveu uma “pastilha” feita completamente de resíduos de repolho roxo, provenientes de uma comunidade local, e chamada de “Colores del Rio”. Segundo a revista “Fast Company”, a composição química do repolho faz com que o vegetal mude de cor de acordo com o pH da água, se tornando vermelho-rosado, quando a água está ácida, ou verde amarelado, quando a água está alcalina. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), algumas substâncias têm seus efeitos tóxicos atenuados ou magnificados em pHs extremos (muito ácidos ou básicos), como aquelas presentes em despejos de produtos químicos. O projeto recentemente ganhou um prêmio de “crítica social excepcional” no Biodesign Challenge 2023, destaca a CNN.

 

O crescente número de casos de câncer no mundo impõe a necessidade de encontrar maneiras de controlar e combater a doença em suas diversas formas. A detecção precoce é um dos principais elementos desse processo. Por isso, em um cenário de aumento de casos de um tipo específico de câncer de esôfago e de estômago nos últimos 50 anos, pesquisadores buscaram maneiras de facilitar essa detecção precoce, mostra o gizmodo. Com uso da IA (Inteligência Artificial), um estudo conseguiu prever com precisão esses tipos de câncer pelo menos três anos antes de um diagnóstico.

 


24/08/2023: Missão na Lua / Descontaminação de Água / Café e Concreto / Despoluição de Oceanos / Projeção de Futuro


Em missão histórica nesta quarta-feira (23), a Índia se tornou o 1º país a pousar no polo sul da Lua, região inexplorada que fica no lado escuro do satélite. Em transmissão ao vivo, os indianos exibiram uma representação gráfica da sonda descendo na Lua. O módulo foi lançado em 14 de julho e pousou na superfície lunar por volta das 9h33 desta quarta, horário de Brasília. De acordo com o g1,  momento é histórico porque vários países tentam pousar no polo do sul da Lua. Segundo o jornal The New York Times, Estados Unidos, Japão, Europa, China e Israel tentaram pousar na superfície lunar, mas todas as missões falharam. A superfície lunar, onde a sonda indiana desceu, é um terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes, além de não receber luz solar, levando a temperaturas extremamente baixas, que chegam a -203°C. Essas características tornam muito difícil operar equipamentos de exploração na região. Dessa forma, um pouso suave significa que o módulo não foi destruído.

 

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram uma estratégia para remover da água resíduos de glifosato – um dos herbicidas mais vendidos no mundo. Idealizada de acordo com os conceitos da economia circular, a técnica usa como matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, um detrito gerado nas usinas durante a produção de açúcar e de etanol. Isoladas e funcionalizadas quimicamente, as fibras de celulose do bagaço podem ser empregadas como material adsorvente, retendo em sua superfície as moléculas do glifosato. Dessa forma, é possível remover, por filtração, decantação ou centrifugação, o contaminante da água. No Brasil, são usadas 173.150,75 toneladas do herbicida ao ano – sendo parte deste montante carregada pelas chuvas, podendo contaminar rios, riachos, poços e outros ambientes aquáticos, destaca a Agência Fapesp.

 

Cientistas do Royal Melbourne Institute of Technology, na Austrália, desenvolveram uma técnica para reutilizar borras de café para criar um concreto mais resistente. A pesquisa foi publicada na revista Journal of Cleaner Production, relata o Gizmodo. Os pesquisadores torraram o material para transformá-lo em biochar, que é um resíduo leve que se parece com o carvão. Para evitar a emissão de gás carbônico durante o processo de queima, os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada de pirólise. A equipe aquece as borras de café a cerca de 350°C na ausência de oxigênio, de forma que a reação não produz dióxido de carbono. Esse material substitui uma parte da areia necessária para produzir concreto. Em geral, os pesquisadores utilizaram 15% de biochar de café no lugar da areia normalmente usada. Essa mistura aumentou a resistência do concreto em 29,3%. “O biochar de café é mais fino do que a areia, mas também é um material poroso, o que permite que o cimento se ligue à estrutura porosa do biochar”, disse Shannon Kilmartin-Lynch ao jornal The Guardian.

 

A startup Ebb Carbon desenvolveu uma tecnologia para restaurar a química dos oceanos e acelerar sua capacidade de absorção e conversão do CO2, relata o Olhar Digital. A Ebb Carbon instalou módulos próximos do oceano. A água do mar flui por um sistema que utiliza processo eletroquímico para remover a acidez. Após passar pelo sistema, a água é devolvida ao oceano em condições ideais para absorver novamente o CO2 e armazená-lo naturalmente como bicarbonato. Esse serviço de remoção de carbono da Ebb Carbon vem atraindo a atenção de empresas como a Stripe, que busca compensações para atingir metas de net-zero. Apesar dos avanços, o custo da tecnologia ainda é alto, ultrapassando a marca de US$ 100 (R$ 493,83) por tonelada de CO2 removido. A startup espera que esse custo diminua à medida que a tecnologia ganhe escala, aproveitando a infraestrutura existente, como usinas de dessalinização e de energia costeiras.

 

Um novo estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) – agência da ONU para o mercado de trabalho e promoção do emprego – aponta que as mulheres enfrentam um risco maior de terem seus empregos substituídos pela IA generativa. Nos países de alta renda, 7,8% dos empregos ocupados por mulheres têm potencial para serem automatizados – o que a OIT estima em cerca de 21 milhões de postos. Em contraste, 2,9% dos empregos em países de alta renda ocupados por homens – ou cerca de 9 milhões de empregos – enfrentam o potencial de serem automatizados, mostra a Época. No entanto, a maioria das tarefas dos trabalhadores não corre grande risco com a popularidade da IA, segundo o estudo. Por exemplo, a pesquisa descobriu que apenas 4% das tarefas dos trabalhadores de serviços e vendas enfrentam alta exposição à IA generativa e 18% de suas tarefas enfrentam exposição média.

 


23/08/2023: Piloto Humanoide / Certificação para SAF / EXPOINTER / Prêmio BB


Uma equipe de pesquisadores do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia (KAIST, na sigla em inglês) criou um robô humanoide capaz de entender manuais escritos e pilotar um avião por conta própria, relata o Terra. Usando tecnologias de inteligência artificial (IA) e robótica, o time de cientistas conseguiu mostrar que o robô poderia operar os diversos equipamentos da cabine aérea sem a necessidade de modificar a estrutura da aeronave, o que distingue essa máquina das funções de piloto automático existentes ou das aeronaves não tripuladas. Apelidado de PIBOT, o robô consegue analisar o estado da cabine de comando e a situação fora da aeronave, usando uma câmera embutida, além de controlar os vários interruptores na cabine de comando. PIBOT conduz operações como a partida da aeronave, taxiamento, decolagem, aterrissagem, utilizando um simulador de controle de voo. Consegue controlar com precisão seus braços e mãos robóticos, mesmo durante turbulências severas. O robô consegue lembrar as cartas aeronáuticas Jeppesen de todo o mundo, o que é impossível para os pilotos humanos.

 

A Raízen, produtora de etanol de cana-de-açúcar, anunciou ter recebido a certificação ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation ou Esquema de Compensação e Redução de Carbono para Aviação Internacional) para seu etanol produzido no parque de bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba. A companhia é a primeira produtora de etanol certificada por esse programa para a produção de Combustível Sustentável de Aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF), destaca Um Só Planeta. O CORSIA é um programa mantido pela Organização da Aviação Civil Internacional, agência da ONU para a redução e compensação das emissões de CO² na aviação. Produzido a partir de matéria-prima renovável, o SAF é capaz de reduzir 80% o volume total de emissões de gases de efeito estufa em comparação com o combustível fóssil de aviação, segundo estimativa da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).

 

Tradicional espaço que atrai milhares de visitantes na Expointer, o setor de máquinas e implementos agrícolas está com a área ampliada para a 46ª edição do evento, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O acréscimo de 0,18 hectares (eram 13,5 hectares no ano passado) permitiu a participação de mais 31 empresas, totalizando 170 expositores. O segmento lidera o faturamento da feira, com mais de 95% do volume de negócios. Segundo o Agrolink, o evento representa um grande shopping a céu aberto, onde, em meio ao grande volume de opções, as indústrias oferecem as novas tecnologias agrícolas que levam mais inovação e mais sustentabilidade ao agronegócio. Embora o perfil dos produtores que visitam a Expointer seja bastante diversificado, com demandas por todo o tipo de maquinário agrícola, as máquinas mais procuradas são tratores, colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores.

 

As instituições sem fins lucrativos que promovem tecnologias sociais, que visam resolver problemas socioambientais e promover o desenvolvimento sustentável, têm a oportunidade de tirar os projetos do papel. O Banco do Brasil (BB) e a Fundação BB lançaram a 12ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, que investirá R$ 6 milhões nas melhores iniciativas. As inscrições começam em 1º de setembro e vão até 10 de novembro, na página www.bb.com.br/tecnologiasocial, informa a Agência Brasil. Do total de R$ 6 milhões em prêmios, R$ 5 milhões serão investidos em dez projetos de tecnologias sociais premiadas pela Fundação BB e R$ 1 milhão, em 20 projetos finalistas. Podem participar entidades sem fins lucrativos, como instituições de ensino e de pesquisa, fundações, cooperativas, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais de direito público ou privado, legalmente constituídas no Brasil.

 


22/08/2023: Navio ‘à Vento’ / Catalisador para Biodiesel / Evento Tecnológico


A primeira jornada do navio Pyxis Ocean será da China para o Brasil – e servirá como o primeiro teste da tecnologia “WindWings” no mundo real. O termo se refere ao uso das grandes velas em cargueiros, com o objetivo de reduzir o consumo de combustível e, portanto, a pegada de carbono do transporte marítimo.  Dobradas quando o navio está no porto, as velas são abertas depois da embarcação zarpar. Elas têm 37,5 metros de altura e são construídas com o mesmo material das turbinas eólicas, o que as torna mais duráveis. Permitir que uma embarcação seja levada pelo vento, em vez de depender apenas de seu motor, pode reduzir as emissões de um navio de carga em até 30%. A empresa de transporte marítimo Cargill, que fretou a embarcação, diz esperar que a tecnologia ajude a indústria a caminhar em direção a um futuro mais verde. Atualmente,  estima-se que a indústria seja responsável por cerca de 2,1% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2). De acordo com a BBC, o Pyxis Ocean vai demorar cerca de seis semanas para chegar ao Brasil, seu destino final.

 

A produção mais sustentável de biodiesel tem sido largamente estudada em diferentes frentes de pesquisa. Estudo publicado na revista ACS Applied Nano Materials trouxe resultados promissores ao aplicar nitretos de carbono como catalisadores da reação que transforma óleos vegetais no biocombustível. Segundo o gizmodo, os testes catalíticos verificaram a eficácia na transesterificação de óleo de canola para a produção de biodiesel – reação que pode ocorrer sem catalisador, mas tanto a qualidade do biodiesel produzido quanto o tempo de reação são melhorados com o uso desses agentes. Na maioria dos casos, a reação de conversão dos óleos vegetais em biodiesel usa hidróxido de sódio como catalisador básico, mas, por ser homogêneo, ele não é recuperado ao final da reação e ainda exige uma etapa de ajuste de pH. Assim, substituir o hidróxido de sódio por um catalisador heterogêneo evita a fase de ajuste de pH, além de permitir sua recuperação para que seja reutilizado. Além disso, esses materiais à base de nitretos de carbono são compostos essencialmente por carbono e nitrogênio, o que reduz o custo de produção do biodiesel. O trabalho abre caminho para explorar o desempenho de diferentes materiais para uma produção mais sustentável e eficiente de combustível.

 

Entre 28 de agosto e 10 de setembro, o Centro de Inovação da USP (Inova USP) sediará a 7ª edição da Escola Interdisciplinar de Verão Infieri, promovida pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN). O evento é dirigido a pesquisadores das áreas da Física, Engenharia e Ciência da Computação, relata o Jornal da USP. Após edições em Oxford, Paris, Hamburgo, Wuhan e Madri, a Escola chega a São Paulo para explorar as fronteiras da ciência e da tecnologia. Com foco em temas como semicondutores avançados, tecnologias 4D, fotônica, inteligência artificial, big data e tecnologias quânticas, o evento reunirá pesquisadores da academia, centros de pesquisa e da indústria para compartilhar conhecimentos essenciais para o progresso científico. A programação terá o simpósio Tecnologia Avançada e Pesquisa Fundamental: a ligação incomparável, realizado no auditório da Poli. O evento servirá como plataforma para discussões sobre a interseção entre tecnologia de ponta e pesquisa científica fundamental.

 


21/08/2023: Neblina em Água / Novo VLS / Sensor Portátil / Transição Energética


Extrair água a partir de neblina é um desafio devido à presença de poluentes atmosféricos, o que faz a água coletada ser imprópria para o consumo. Para tentar resolver esse problema, cientistas da universidade ETH Zurich desenvolveram um método que  coleta a água da neblina e a purifica simultaneamente, reporta o Gizmodo. Esse sistema utiliza uma malha composta por fios de metal revestidos com uma combinação de polímeros e dióxido de titânio. Essa configuração possibilita que as gotas de água acumulem-se na malha e, em seguida, direciona para um recipiente antes que o vento as disperse. O dióxido de titânio age como um catalisador químico, decompondo as moléculas dos poluentes orgânicos presentes nas gotículas, tornando-as inofensivas. A tecnologia exige pouca manutenção e permite alcançar a reativação do catalisador mediante uma dose regular de raios ultravioleta (UV). Requer meia hora de exposição solar para regenerar o óxido de titânio por até 24 horas, graças à propriedade conhecida como memória fotocatalítica.

 

A tragédia da explosão do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) na base de Alcântara, no Maranhão, na qual morreram 21 pessoas, completa 20 anos. O Brasil construiu uma nova base de lançamentos no Maranhão – rebatizada de CEA (Centro Espacial de Alcântara) – e revisou o projeto do VLS-1, mas ele acabou extinto em 2016. Em São José dos Campos, sede do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), está sendo construído o VS-50, maior motor para foguetes já desenvolvido no país. O primeiro teste em solo foi feito em outubro do ano passado. O motor será o principal propulsor do VLM-1 (Veículo Lançador de Microssatélites), projeto do programa espacial brasileiro, destaca O Vale. O investimento é de R$ 170 milhões, dos quais já foram gastos R$ 110 milhões. Maior parte serviu para contratar a Avibras para a produção de seis motores S50 para equipar o foguete VS-50, veículo suborbital que será construído antes do VLM-1, cujo primeiro voo está planejado para 2025. Ele está sendo projetado para colocar até 30 kg de carga útil em órbitas baixas, a 300 km de altitude. O equipamento será usado basicamente para lançar nanossatélites.

 

Um sensor portátil, fabricado com papel e nanopartículas de ouro sintetizadas por laser, foi desenvolvido por pesquisadores da USP para baratear a produção de dispositivos que permitem identificar, fora do laboratório, compostos químicos presentes em líquidos, incluindo aqueles que podem comprometer a qualidade da água que consumimos. Os resultados do estudo, destacados pela Royal Society of Chemistry (Reino Unido) em sua conta no Twitter, foram publicados na revista Sensors & Diagnostics, reporta a Agência Fapesp. Ao custo unitário de pouco mais de R$ 0,50, o sensor descartável pode ser reproduzido em qualquer lugar do mundo, em larga escala, não dependendo de etapas ‘caseiras’ (que demandam manuseio humano), o principal gargalo da indústria. A tecnologia está em processo de patenteamento. As nanopartículas de ouro são as responsáveis pela reação eletroquímica que identifica as substâncias presentes no líquido. O produto é sustentável: feito de papelão, pode incluir material reaproveitado e subutilizado e não lança mão de reagentes químicos tóxicos nas reações, ao contrário dos procedimentos mais comuns para a fabricação de sensores.

 

Colaboração em biofertilizantes, criação de um fundo para financiar projetos de energia limpa no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB); elaboração de carteira de projetos prioritários de infraestrutura para financiamento; e investimentos em portos de pequeno porte, ferrovias e transporte marítimo de curta distância para diminuir a pegada de carbono. Essas são quatro das dez prioridades elencadas pela indústria brasileira para discussão na reunião dos Brics, bloco econômico entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, marcada para quarta-feira (23), em Joanesburgo, informa a agência epbr. O Brasil busca assumir a liderança da agenda desenvolvimentista do Sul global. A estratégia é enfrentar o movimento de eletrificação dos países ricos com a bioenergia – produto do agronegócio. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o potencial do Brasil de fornecer biocombustíveis para descarbonizar o mercado doméstico e o transporte internacional, a exemplo dos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês). O MME tenta avançar o PL do Combustível do Futuro, que fixa corte de emissões à aviação civil com SAF e elevar o percentual de etanol na gasolina para 30%.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP