Área Tecnológica na Mídia – 14 a 18/08/2023
18 de agosto de 2023, às 11h30 - Tempo de leitura aproximado: 19 minutos
18/08/2023: Descarbonização da Amazônia / Recriação Musical / Computação Quântica / ‘Cão-robô’ / ‘Asfalto 2.0’
O governo federal criou na quinta-feira (17) o programa de descarbonização Energias da Amazônia, que prevê investimento de R$ 5 bilhões para conectar os sistemas isolados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), relata a agência epbr. As principais ações previstas são instalar redes de transmissão e distribuição de energia elétrica para interligar os sistemas isolados ao SIN; construir usinas para gerar energia de fontes renováveis ou com combustíveis de baixo carbono, como biomassa, biocombustíveis líquidos, biogás e aproveitamento energético de resíduos; criar capacidade de armazenamento de energia; instalar sistemas de gestão inteligente e digital de redes elétricas; importar energia elétrica que reduza emissões de gases de efeito estufa ou custo; operar e fazer manutenção de equipamentos para a geração das fontes renováveis e o armazenamento de energia elétrica. A primeira cidade conectada foi Parintins, no Amazonas, onde houve o desligamento de uma termelétrica com consumo mensal de 4 milhões de litros de óleo diesel.
Um grupo de neurocientistas recriou a música ‘Another Brick in the Wall, Part 1’, do Pink Floyd, usando ondas cerebrais captadas enquanto as pessoas ouviam a música, relata o Gizmodo. O estudo, publicado na revista PLOS Biology, analisou dados de 29 pessoas que estavam em cirurgia. Os pesquisadores tocaram o clássico do rock durante o procedimento. As ondas cerebrais foram captadas por eletrodos colocados na superfície do cérebro, usados para monitorar ataques epiléticos durante a cirurgia. Enquanto os participantes ouviam a música, os eletrodos capturaram as ondas elétricas de várias regiões do cérebro. O modelo revelou de que forma essas ondas respondiam ao tom, ritmo, harmonia e à letra da canção. Os pesquisadores também identificaram quais partes do cérebro respondem às diferentes características da música. A central de processamento de áudio fica logo atrás e acima da orelha, e responde a uma voz ou sintetizador. Para transformar os dados em som, os pesquisadores treinaram um modelo de inteligência artificial para decifrar as ondas cerebrais captadas. O resultado foi um áudio distorcido, mas os autores disseram que dá para reconhecer o famoso refrão “all in all it’s just another brick in the wall”.
Itaú Unibanco e Bradesco se uniram à IBM Quantum Network, uma rede de empresas, universidades, instituições governamentais, incubadoras e hubs de inovação que têm como objetivo fomentar o uso da computação quântica. Passam a integrar uma rede de discussão com quem está na vanguarda da computação quântica – e aumentam o tempo em que podem usar os computadores quânticos da IBM, via nuvem, para realizar os próprios experimentos, destaca Época Negócios. Com a expectativa de que, no futuro, computadores quânticos serão mais potentes e de mais fácil acesso, uma preocupação que desponta é com a criptografia. Hoje, para que um computador convencional consiga quebrar uma chave criptográfica, é necessário muito tempo. Mas, com a computação quântica, o tempo dessa operação será muito menor. Além do desenvolvimento de computadores mais potentes, outro avanço incentivou a olhar com mais atenção a criptografia pós-quântica. O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia do Departamento de Comércio dos EUA estuda, desde 2016, algoritmos que seriam “quantum safe”. No ano passado, selecionou, entre 82 algoritmos submetidos, quatro que podem resistir a um ataque de um futuro computador quântico — três deles foram desenvolvidos pela IBM. Esses quatro já estão sendo padronizados e criarão provavelmente as bases para a criptografia pós-quântica.
Um robô da Boston Dynamics com aparência similar a de um cachorro vai operar em Foz do Iguaçu, na Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu. O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) anunciaram os dois primeiros exemplares do cão-robô Spot a chegarem ao Brasil na última terça-feira (15). Essas duas unidades do cão-robô serão usadas na “inspeção de infraestruturas críticas em ambientes perigosos”, ou seja, locais de difícil acesso ou potencialmente perigosos para humanos. O cão-robô é equipado com câmeras, microfones e sensores, como os de temperatura e infravermelho, detalha o gizmodo. Com a ajuda de quatro patas sintéticas e mecanismos que imitam músculos e esqueletos, o robô tem estabilidade e agilidade, especialmente em terrenos irregulares. O Spot carrega até 14 kg e ajusta sua rota ao encontrar obstáculos ou se desequilibrar. Um operador vai controlar o Spot usando um tablet, e o cão-robô transmite informações por uma rede 5G. Por isso, para receber as duas unidades do cão-robô, o PTI vai inaugurar uma rede privativa 5G para permitir os testes. Segundo a ABDI, equipes de resgate podem usar o Spot em situações de emergência, como desabamentos. Nesses casos, ele envia informações e pode transportar kits de primeiros socorros.
Iniciado em junho de 2022, o programa de recapeamento da Prefeitura de São Paulo já recuperou 6 milhões de metros quadrados da malha viária do município e ultrapassa 8,6 milhões de metros quadrados, somando as obras concluídas, em andamento e contratadas. Orçada em R$ 2,7 bilhões até o momento e prevista para terminar em 2024, a iniciativa combate um problema crônico da capital, que é o pavimento ruim, e utiliza uma série de novas tecnologias, que vão de asfalto “do futuro” a máquinas detectoras de buracos com raios laser. Sob responsabilidade da Secretaria Municipal das Subprefeituras e executado por concessionárias, o chamado Programa de Conservação da Malha Viária tem, dentre seus principais desafios, identificar onde estão os buracos e avaliar o tipo de intervenção necessária para recuperá-los. Para definir onde e como a recuperação asfáltica é realizada, nas diferentes vias de São Paulo, a Prefeitura usa literalmente os amortecedores de carros como “caçadores de buracos”. Trata-se do Sistema Gaia, parceria com a sociedade civil implantada em 2019 pela Secretaria das Subprefeituras, destaca o UOL. Desenvolvido em parceria com a Escola Politécnica da USP, o sistema tem 108 veículos, dentre táxis e carros de transporte por aplicativo, que trazem um sensor no amortecedor, conectado a uma espécie de “caixa preta”, instalada sob o banco do motorista. Toda vez que a ondulação da via faz o carro trepidar, o solavanco é mapeado e classificado. Uma câmera instalada no retrovisor interno registra imagens dos locais percorridos e todas as informações são enviadas, por meio de um aplicativo de celular, a uma espécie de central de controle da Prefeitura de São Paulo. Conforme a Secretaria das Subprefeituras, os motoristas colaboradores recebem uma ajuda de custo em torno de R$ 500 e esse monitoramento permite acompanhar as condições do asfalto em tempo real.
17/08/2023: Painéis Solares / Eólicas Offshore / Estudo do Aquecimento / Pesquisa sobre Leveduras
Pesquisadores do Imperial College London desenvolveram novo design de energia solar, com maior eficiência, inspirado na natureza, semelhante a folhas de plantas, chamado de folha fotovoltaica (PV-leaf). A tecnologia da PV-leaf utiliza materiais de baixo custo, relata Olhar Digital. A pesquisa, publicada na Nature Communications, englobou experimentos que comprovaram que uma PV-leaf pode gerar 10% a mais de eletricidade do que os painéis solares convencionais, que perdem até 70% da energia solar recebida para o ambiente. A inspiração para o design veio de uma folha de planta, que possui diferentes estruturas que permitem que a água se mova das raízes para as folhas. A PV-leaf imita esse processo, permitindo que a água se mova, distribua e evapore. Fibras naturais imitam os feixes de veias da folha, enquanto hidrogéis simulam as células esponjosas, o que permite que uma PV-leaf remova o calor das células solares. Essa folha fotovoltaica elimina a necessidade de bombas, ventiladores, unidades de controle e materiais porosos caros. E pode gerar água limpa adicional e energia térmica, além de se adaptar às variações de temperatura ambiente e condições solares.
Os parques eólicos offshore que serão construídos no Brasil deverão ser dedicados principalmente à produção de hidrogênio verde, afirmou na quarta-feira o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, pontuando que atualmente o Brasil produz mais energia do que consome. A declaração vem em momento em que a petroleira está estudando o desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore e hidrogênio verde, como alternativas rumo à transição energética, relata Época Negócios. Ele disse que provavelmente o hidrogênio que será produzido no Brasil será para atender mercados externos, antes de o próprio país consumir. Prates disse que “o melhor lugar do mundo” para geração eólica offshore é o Nordeste e destacou perspectivas de baixo custo, em locais onde as torres poderão ser instaladas em águas rasas. O Brasil possui grande potencial para explorar eólicas offshore, fonte que vem atraindo interesse de petroleiras e companhias de energia elétrica, com projetos iniciais em licenciamento no Ibama somando 189 gigawatts (GW) de capacidade.
A Rocket Lab irá lançar satélites de monitoramento climático para a NASA. Objetivo é estudar as consequências do aquecimento global nas plataformas de gelo da Antártica e do Ártico. A missão utilizará dois pequenos cubesats com sensores infravermelhos. Os dois satélites são menores que uma caixa de sapato e contarão com espectrômetros de infravermelho térmico para observar a quantidade de radiação infravermelha distante liberada pelos polos. A missão foi batizada de Polar Radiant Energy in the Far-InfraRed Experiment (PREFIRE) e permitirá que cientistas comparem dados da cobertura de nuvens com o nível de gelo no mar, possibilitando que sejam desenvolvidos modelos climáticos precisos. Segundo o Olhar Digital, os satélites irão viajar a bordo de um foguete Electron que os irá colocar em órbitas quase polares, onde realizarão observações em infravermelho durante pelo menos 10 meses.
Em um estudo inédito, cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e colaboradores conseguiram obter um quadro detalhado do DNA das leveduras Saccharomyces cerevisiae do bioetanol e visualizar suas modificações ao longo do processo de produção – informações que podem oferecer mais estabilidade, previsibilidade e, eventualmente, contribuir para um maior rendimento, que é o desejo de todo produtor. Isso foi possível graças ao uso de novas tecnologias, como a análise metagenômica – técnica que analisa todo o material genético contido em amostras de um determinado ambiente, sem isolar os diferentes organismos. No trabalho, financiado pela FAPESP, pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA-Unicamp) e da Universidade Harvard (Estados Unidos) rastrearam a dinâmica da população de leveduras em duas biorrefinarias, em duas temporadas de produção (abril a novembro de 2018 e 2019). Além de usarem a técnica de análise metagenômica e de sequenciarem em laboratório cerca de 150 clones dessas usinas, os cientistas usaram como base um estudo europeu publicado em 2018, responsável pelo sequenciamento de mais de mil linhagens de Saccharomyces cerevisiae, para construir uma árvore filogenética.
16/08/2023: Clip Mouse / Microchip Implantável / Cruzamentos na Pecuária
Pesquisadores e engenheiros da Alemanha criaram um dispositivo que oferece uma abordagem nova para interações digitais e controle do computador. O Clip Mouse é um pequeno dispositivo que pode ser preso à roupa do usuário, de forma parecida a um broche, combinando a funcionalidade de um mouse tradicional com a mobilidade de um dispositivo vestível, destaca o Olhar Digital. O dispositivo permite que os usuários controlem o cursor do computador mediante gestos naturais e movimentos simples do corpo. Essa abordagem elimina a necessidade de uma superfície plana para uso do mouse. Ele funciona baseado em sensores de movimento e algoritmos de reconhecimento de gestos. Ao detectar os movimentos sutis do corpo do usuário, o dispositivo consegue interpretar os comandos e traduzi-los em movimentos do cursor na tela do computador. O Clip Mouse tem potencial para ajudar usuários com mobilidade limitada ou alguma deficiência física.
A engenheira de software Miana Windall compartilhou na conferência de segurança DEF CON, no dia 10 de agosto, sua experiência ao empregar 25 implantes escaneáveis sob a pele. Segundo a engenheira, ela utilizou esses implantes subcutâneos para acessar seu prédio comercial. A tecnologia reduz as possibilidades de alguém utilizar suas credenciais de acesso sem o seu conhecimento, destaca Engenharia é. Os implantes fazem uso de uma tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID) e ímãs que podem ser lidos por um leitor compatível com essas tecnologias. Isso implica que alguém teria a capacidade de empregá-los para acessar portas de residências ou veículos. A tecnologia RFID foi patenteada na década de 1970 e hoje é responsável pela operação de cartões de crédito e sistemas de transporte. De acordo com Amal Graafstra, fundador da Dangerous Things, empresa especializada em implantes de biosegurança, um uso para chips desse tipo é o implante de um cartão-chave da Tesla, que permite ao usuário ligar o carro.
A Embrapa e a Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) desenvolveram uma ferramenta informatizada para ajudar o pecuarista a selecionar os cruzamentos entre os touros reprodutores e as vacas matrizes, de forma a definir o melhor acasalamento para gerar progênies com características específicas desejadas pelo pecuarista. A ferramenta permitirá que o criador selecione suas matrizes com base em informações das avaliações genéticas atualizadas, inclusive aprimoradas pela genômica quando for o caso, e escolha possíveis reprodutores para a cruza, tanto dentro de seu rebanho quanto entre touros de outros pecuaristas ou de centrais de inseminação. Assim, o produtor poderá visualizar quais resultados os cruzamentos irão gerar em relação a cada uma das DEPs (diferença esperada na progênie) disponíveis pelo programa de melhoramento genético da ANC (Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne, Promebo). A Calculadora fornece, ainda, um algoritmo que propõe as melhores combinações para os animais selecionados pelo pecuarista. Ou seja, em vez de definir o acasalamento avaliando os dados manualmente, a ferramenta faz uma indicação de melhores cruzamentos.
15/08/2023: Laboratório de Biossegurança / Eficiência Energética / Construção Civil / Plástico em Sabão / IA no Petróleo
Entre os mais de R$ 7,89 bilhões em investimentos destinados à ciência anunciados pelo governo federal na sexta-feira (11), durante a apresentação do novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), R$ 1 bilhão está reservado para o desenvolvimento do Órion – um laboratório de biossegurança máxima (NB4) que será construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). O projeto tem um diferencial em relação às outras 60 instalações do tipo existentes no resto do mundo: este será o primeiro laboratório NB4 em todo o globo a estar conectado a uma fonte de luz síncrotron – o acelerador de partículas Sirius. Segundo um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o complexo de contenção biológica máxima vai permitir a condução de pesquisas com patógenos que podem causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade. Possuir um laboratório de biossegurança máxima (NB4) oferece condições ao país de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamento, explica o Olhar Digital.
Cientistas da Universidade Russa de Pesquisa Tecnológica (MISIS) melhoraram a eficiência das células dos painéis solares em mais de 10% com o uso de perovskita, informou o canal de televisão TVBrics, registra a Prensa Latina. “O resultado foi possível graças à criação de uma monocamada de perovskita auto-organizada, que melhora o desempenho e aumenta a estabilidade do painel solar”, disse Ekaterina Ilicheva, pesquisadora do MISIS Advanced Solar Laboratory. Segundo o especialista, uma das principais vantagens das células de perovskita é o custo, já que é duas a três vezes menor do que as células de silício em produção em série. Outras vantagens são a flexibilidade e a leveza. Além disso, podem ser usados na indústria espacial graças à sua resistência à radiação, acrescentou Pavel Gostishchev, engenheiro-chefe do Laboratório Avançado de Energia Solar da Universidade Nacional de Pesquisa Tecnológica. Para trabalhos no solo, outra propriedade muito útil das baterias de perovskita é sua eficiência em condições de pouca luz. “O fenômeno das células solares de perovskita é que, à medida que a intensidade da radiação diminui, a eficiência aumenta”, acrescentou.
O reuso ou retrofit de edifícios antigos pode reduzir as emissões de carbono, os resíduos e a poluição. Segundo o empreiteiro Danilo Delmaschio, o retrofit carrega em seu conceito o respeito pelos aspectos e identidades originais, agregando modernização e atualização ao que já há. Geralmente, elementos estruturais e a arquitetura do projeto são preservados, destaca Um Só Planeta. Uma lei aprovada em Nova York obriga retrofits em grandes prédios a fim de atender aos novos requisitos de eficiência energética. No Brasil, o retrofit também tem crescido. O edifício paulistano Stella passou por um retrofit para se transformar no novo Hotel Canopy. A obra foi coordenada pelo escritório Marchi Arquitetura, responsável pela readaptação da planta, para que os pavimentos atendessem à mudança de uso. O projeto de interiores, do escritório M Magalhães Estúdio, respeita a história do prédio, destacando elementos originais, como as vigas de concreto.
Cientistas da Virginia Tech College of Science anunciaram uma técnica que transforma plástico em sabão. A descoberta foi publicada na revista ‘Science’, reporta Petrosolgas. Os pesquisadores analisaram a estrutura molecular do plástico, especificamente do polietileno e do polipropileno. Ao comparar a composição dos materiais no âmbito molecular, os pesquisadores identificaram uma abordagem para transformar o plástico em sabão. O processo tinha uma barreira: o tamanho molecular do plástico. Com 3.000 átomos de carbono, os plásticos eram maiores do que os ácidos graxos. A solução foi inspirada no processo de combustão da lenha, que libera partículas menores quando queimada. Os cientistas projetaram um reator semelhante a um forno, no qual o plástico era aquecido na parte inferior para quebrar cadeias de polímeros, enquanto a parte superior permanecia resfriada para evitar quebra excessiva. O resultado foi a criação de polietileno de cadeia curta, que se assemelha a uma cera. Esse material foi transformado em sabão.
A Shell está apostando na Inteligência Artificial (IA) fornecida pela empresa SparkCognition para processar e analisar grandes volumes de dados sísmicos de forma mais eficiente, identificar padrões e novas reservas de petróleo, além de automatizar tarefas na exploração em águas profundas. Isso resulta em maior rapidez na produção de petróleo offshore e redução de custos, reporta Engenharia 360. A IA utiliza algoritmos avançados para gerar imagens do subsolo marinho com base em dados sísmicos, fornecendo informações detalhadas sobre as características geológicas e possíveis reservatórios de petróleo. Os algoritmos podem identificar padrões nos dados sísmicos que são difíceis de serem percebidos pelos humanos. A IA automatiza tarefas na exploração offshore, como análise de dados, interpretação e relatórios, liberando os trabalhadores humanos para se dedicarem a atividades mais complexas, como tomada de decisões estratégicas e planejamento.
14/08/2023: Planta de Hidrogênio / Revolução na IA / Rastreamento de Fios
Foi lançado na última quinta-feira (10) o projeto da primeira estação do mundo de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol. Quando finalizada, em julho de 2024, a estação deve produzir 4,5 quilos de hidrogênio por hora e será usada para o abastecimento de três ônibus que circularão pela USP. O plano é avaliar por dez meses o funcionamento dos reformadores para então implantar a fábrica, informa a Agência Fapesp. “Com essa tecnologia, o etanol pode ser transformado em hidrogênio em reformadores instalados nos postos de abastecimento. Conseguimos que o quilo de hidrogênio custe de US$ 6 a US$ 8, quase a metade do preço obtido por outras tecnologias. Além disso, a tecnologia permite capturar o CO² do etanol, resultando em uma pegada de emissões negativas, em comparação ao hidrogênio produzido com energia solar, por exemplo”, afirmou Julio Meneghini, diretor do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI).
Para aumentar o poder computacional, pesquisadores têm-se voltado para a fotônica, a computação com luz, como um meio de aprimorar os algoritmos de inteligência artificial, sobretudo as redes neurais convolucionais, que revolucionaram vários campos, particularmente tarefas de visão computacional, como reconhecimento de imagem, detecção de objetos e segmentação de imagens. Elas são inspiradas no mecanismo de processamento visual do cérebro humano e são projetadas para aprender automaticamente representações hierárquicas a partir de dados de entrada, relata o portal Inovação Tecnológica. Quando as redes neurais convolucionais são mais profundas e têm parâmetros mais treináveis, o desempenho tende a melhorar, mas essa melhoria tem um custo: consumo de energia e requisitos de memória aumentam significativamente. No campo do processamento de imagens, os estágios de convolução dessas redes neurais consomem cerca de 80% da energia total consumida.
A empresa R-Inove Soluções Têxteis, com sede em Maringá (PR), criou um equipamento que imprime um código binário no fio antes se tornar uma malha ou um tecido. A tecnologia é uma das propostas aprovadas na segunda edição do Programa de Subvenção Econômica de Apoio à Inovação e ao Desenvolvimento Tecnológico em Empresas – Tecnova Paraná, destaca Amanhã. Esse código permite mapear o histórico do produto, desde a origem da matéria-prima até a etapa produtiva. A leitura pode ser feita com QR Code (em peças novas, o código fica na etiqueta) ou por meio de um aplicativo, que permite identificar, com luz ultravioleta, a existência do código em peças usadas. Segundo a engenheira têxtil Micheline Maia Teixeira, o segmento ainda tem grandes desafios. “Quem está na loja não sabe a origem do produto e por quais mãos passou. Por isso a importância do código no tecido. Se fosse uma marca d’água na malha, poderíamos perder a rastreabilidade, além da facilidade de cópia. Com o código do tecido temos segurança em todo o processo.”
Produzido pela CDI Comunicação
Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP