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Acesso em 27/07/2025 às 17h22.

CIES-SP debate futuro da graduação

Palestrantes convidados instigam IES a repensarem métodos de ensino

30 de junho de 2023, às 9h01 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

A reunião de junho do Colégio de Instituições de Ensino de São Paulo (CIES-SP), realizada no último dia 28,  provocou nos representantes de universidades paulistas uma reflexão sobre o futuro das graduações em Engenharia, Agronomia e Geociências. Isso porque o encontrou contou com duas palestras que trataram do planejamento das grades curriculares a partir da evolução dos meios e métodos de ensino e da proliferação de cursos e títulos das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.

“Os projetos pedagógicos estão sendo elaborados para quando? Já estão defasados se for para hoje. Temos que fazer o estudo de um novo projeto que possa atender às demandas de agora e do futuro”, pontuou um dos painelistas do dia, Prof. Dr. Eng. Vanderli Fava de Oliveira, ex-presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE).

Um dos pontos comentados foi a necessidade da capacitação continuada. “A formação de Engenharia não fica restrita à graduação. É preciso identificar para onde vai o aluno depois de formado”, completou Oliveira. Segundo o engenheiro, assim será possível preparar os profissionais para que sejam pensantes, uma vez que as máquinas já ocuparão os trabalhos manuais.

O coordenador do CIES-SP, Eng. Agr. Glauco Eduardo Pereira Cortez, reforçou: “Ficamos tão preocupados de ensinar técnica, que não ensinamos valorização”, disse. A estratégia do Crea-SP para apoiar as instituições de ensino neste sentido, proporcionando diversificação aos profissionais, é o Crea-SP Capacita, com cursos de curta e longa duração para quem já está na área tecnológica e precisa se atualizar, como também para aqueles que buscam a formação além das universidades.

O ensino à distância também foi tema de debate. A coordenadora da Engenharia de Produção da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP), Eng. Márcia Osaki, defendeu o método ao dizer que “não deixa nada a desejar”. A questão levantada, no entanto, caminhou para a quantidade de cursos sem a devida avaliação e acompanhamento.

“Temos 34 cursos no SIC (Sistema de Informações dos Conselhos Federal e Regionais), entre presenciais e remotos, com menos de 200 profissionais registrados. O número segue em série história ascendente e a evasão também”, comentou o superintendente de Integração do Sistema Confea/Crea e Mútua, Prof. Dr. Eng. Civ. Osmar Barros Júnior, que também palestrou para o colegiado e compôs a mesa diretora do encontro, ao lado do professor Vanderli, do coordenador Glauco e da diretora de Educação, Eng. Agr. Andrea Sanches (foto acima).

A Universidade de Araraquara (UNIARA) passa por um problema semelhante. De acordo com o coordenador do curso de Engenharia Civil, Eng. José Eduardo Quaresma, há dois anos não são formadas turmas da modalidade na instituição.

O consenso que ficou é de que o desafio de repensar os formatos educacionais deve acompanhar a transformação comportamental dos estudantes e da sociedade, sem deixar de lado a prática e excelência necessárias nas profissões da área tecnológica.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Colaboração: Estagiários Miguel Rinaldi e Milena Souza