Marca do Crea-SP para impressão
Disponível em <https://www.creasp.org.br/90anos/priscila/>.
Acesso em 11/08/2025 às 18h06.

Eu sou a Priscila Bezerra, sou engenheira civil, tenho 35 anos e atuo aqui em São Paulo. A minha história dentro da Engenharia Civil começou, na verdade, com um Curso Técnico em Edificações, porque, na época, eu não tinha dinheiro para pagar a faculdade de Engenharia, mas eu já queria entrar nessa área que sempre foi meu sonho.

Quando eu fiz o Curso Técnico em Edificações, eu falei, “É exatamente isso que eu quero para a minha vida, exatamente isso que eu quero para a minha carreira!”. Consegui uma vaga no mercado de trabalho, dentro da Construção Civil, só que eu quis, logo em seguida, iniciar a faculdade de Engenharia. O salário não comportava pagar a mensalidade da faculdade, então, durante um ano, eu trabalhei como técnica em edificações, em horário comercial, à noite, fazia a faculdade de Engenharia e, aos finais de semana, fazia um bico de garçonete. Isso para poder pagar a faculdade.

Como mulher dentro da Engenharia, a gente enfrenta desafios que talvez se a gente tivesse em outras áreas, não enfrentaria, mas isso nunca me parou e sempre foi meu sonho ser engenheira, então, eu consegui conquistar o meu espaço dentro da Engenharia, inclusive, montei uma empresa de projeto de Engenharia e, hoje, até gero empregos, olha só que fantástico!

Ter alguém na figura feminina, como é o caso da Lígia Mackey, para mim, é muito representativo, porque sempre foi um conselho predominantemente ocupado por homens. Então, ter ela na frente, como presidente, nos dá muito mais fortalecimento, representatividade, dá muito mais voz. Então, eu tenho muito orgulho de ter a Lígia como Presidente do Conselho. 

Eu, hoje, me posiciono nas mídias sociais também, com o intuito de fortalecer outras mulheres, porque, assim como o que a Lígia enfrentou e está enfrentando dentro do Conselho, nós mulheres também enfrentamos no canteiro de obras. 

Então, compartilhar ali as minhas dores, as minhas conquistas, os meus desafios, também serve para inspirar outras mulheres, porque a gente tem espaço de direito dentro da Engenharia Civil e, porque não, né? Então, eu uso isso, também, para conseguir mostrar para outras mulheres que todas nós temos capacidade.