A segurança do trabalho é um tema que vai muito além da prevenção de acidentes e envolve conhecimento sobre diversas atividades, mapeamento de riscos e disseminação de uma cultura de comportamento seguro. Esse foi o tema do painel “Desafios da Formação e da Segurança em Ambientes Industriais: da eletricidade à sustentabilidade na Engenharia”, na 80ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA) realizada na Grande Vitória (ES). A moderação foi ministrada pelo engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Hilário Dantas Júnior, coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia de Segurança do Trabalho do Confea.

O Eng. Eletric. e de Seg. Trab. Edson Martinho, fundador e diretor da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), falou sobre técnicas e recomendações para a elaboração de um programa eficiente de gerenciamento de risco elétrico. O especialista alertou para a importância do cuidado redobrado visto que, só em 2024, foram registrados mais de 2,3 mil acidentes de origem elétrica, a maior parte deles em redes de baixa tensão (110V/220V).

Esse tipo de ocorrência pode ser evitado se os profissionais envolvidos nas instalações elétricas seguirem as orientações adequadas. O Brasil tem normas de segurança elétrica consideradas entre as melhores do mundo. Porém, a falta de adesão e de procedimentos adequados pelas empresas e profissionais é um problema recorrente.

Para Martinho, um bom programa de gerenciamento de riscos elétricos deve incluir os perigos inerentes a cada tipo de atividade e seus respectivos procedimentos; fatores físicos, humanos (considerando que as pessoas podem cometer erros), gerenciais e ambientais; além de uma cultura que priorize a prevenção.

Hilário Dantas Júnior e o Eng. Civ. e de Seg. Trab. Otávio Gonçalves Adami, gestor de Segurança e Saúde Ocupacional da MedSenior, também traçaram um panorama da evolução das práticas desde o período pré-Revolução Industrial até os dias de hoje, com a chamada Quarta Revolução Industrial.

Para os especialistas, essa é uma questão de altíssima importância, visto que a segurança do trabalho é aplicável à maioria das atividades, o que demanda profissionais altamente qualificados, afinal o objetivo é assegurar que os trabalhadores possam voltar para casa em segurança física e mental, algo que a formação de qualidade busca cumprir.

Produzido por CDI Comunicação