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Acesso em 23/06/2025 às 01h10.

Engenheiros que constroem São Paulo

Carreira de profissionais da área tecnológica e crescimento da metrópole se misturam em 470 anos de história

24 de janeiro de 2024, às 15h19 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Em 2024, a maior cidade da América do Sul celebra 470 anos. Hoje uma das metrópoles mais modernas do planeta, atraindo negócios e investimentos do mundo todo, São Paulo é construída a muitas mãos. A atuação dos profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências, que fizeram carreira e deixaram seu legado na evolução da capital, é fundamental nisso. Quem está na área há mais tempo, inclusive, pôde observar a transformação das profissões com o crescimento do município e a chegada da tecnologia. Neste dia 25 de janeiro, o Crea-SP ouviu alguns desses profissionais.

O Eng. Luis Fernando Meirelles Carvalho nasceu, estudou e consolidou sua carreira em São Paulo, onde atua há mais de 50 anos, e já fez desde casinha de cachorro até projetos gigantes. Ele observa como sua atuação profissional foi se aperfeiçoando ao longo dos anos, com destaque para a chegada da tecnologia. “Os softwares nos ajudam com as contas complexas, agilizando os processos e deixando tempo para trabalharmos com a criatividade”, afirma, destacando como a oportunidade de atuar na capital paulista abre portas. “São Paulo é quase um país, até maior que muitos. É uma cidade que oferece todas as possibilidades”.

A Eng. Maria Amélia Adissy Silveira, que já soma 55 anos de profissão, concorda. “É onde acontecem as maiores obras, as inovações e o desenvolvimento de grandes projetos”. No início de sua carreira, ela teve a oportunidade de participar da construção da primeira linha do Metrô de São Paulo, hoje uma das maiores e mais importantes da cidade. Na época, ela contribuiu com os estudos sobre a impermeabilização, que até então eram feitos na Alemanha. A engenheira conta que essa experiência a motivou a direcionar suas atividades para esse segmento. “Por demanda da obra do metrô, a impermeabilização passou de um serviço empírico para uma atividade de Engenharia, que evoluiu muito de lá para cá”, relata. Hoje, ver o metrô em funcionamento, com mais de 100 quilômetros de extensão por onde passam 5 milhões de pessoas por dia, ainda a impressiona.

Conselheiro suplente do Crea-SP, o Eng. Marcos Mansour Chebib Award trabalha na área de avaliações e perícias desde 2003. Assim como os colegas, ele afirma que foi importante para a sua carreira atuar no coração financeiro e econômico do Brasil. “Estar aqui é estar próximo das oportunidades. Como dizem, São Paulo é uma ‘selva de pedra’, para onde a gente olha tem um imóvel. É um canteiro de obras e, se tem construção, tem engenheiro”, afirma. Mansour é presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape) e lembra também a importância da atuação das entidades de classe e órgãos representativos no desenvolvimento da cidade. Neste sentido, ele destaca o trabalho da União das Associações da Capital (Unacap), que potencializa as ações das instituições paulistanas. “O Crea-SP, juntamente a essas organizações, contribui para a difusão do conhecimento técnico científico”.

 

Futuros profissionais da cidade

Para os futuros profissionais, o Eng. Luis Fernando dá o mesmo conselho que aprendeu com um futurólogo americano e repete para o seu filho, que também é engenheiro civil: “o verdadeiro analfabeto no século XXI não é aquele que não sabe ler, é aquele que deixa de aprender coisas novas”. A Eng. Maria Amélia complementa: “para os novos engenheiros de São Paulo, deixo a certeza que terão uma estrada aberta para percorrer, desde que tenham muita garra e muita dedicação a essa nossa profissão”.

O secretário Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, Eng. Marcos Monteiro, também deixou seu recado aos estudantes e aqueles que sonham com a área tecnológica. “Desde que me conheço por gente sonhava com a carreira de Engenharia. Me formei em 1988 e tive uma carreira em que, grande parte dos anos, foi em projetos e estruturas”. Ele conta que assumir a secretaria foi seu maior desafio profissional e como se sente trabalhando pela cidade. “Temos desafios enormes, lidando com as questões de drenagem da cidade, pontes e viadutos e outras grandes obras estruturantes. Mas é um prazer muito grande poder trabalhar pelas pessoas, principalmente fazer a diferença na vida das pessoas da periferia”.

Para o engenheiro, estar na gestão pública é uma forma de contribuir com o conhecimento obtido, e incentiva essa escolha. “Participem mais. Temos que devolver tudo aquilo que aprendemos. Nada mais justo que devolver um pouco do que recebemos de formação”, finaliza.

 

Produzido pela CDI Comunicação