Área Tecnológica na Mídia – 26/02 a 01/03/2024
1 de março de 2024, às 12h30 - Tempo de leitura aproximado: 31 minutos
01/03/2024: Túnel para navios / Pré-sal / Impressão 3D / IA Generativa / Modem 5G
A Noruega prepara a execução de uma obra que deve entrar para a história da Engenharia Civil: a construção do primeiro túnel para navios do mundo, destaca Engenharia 360. O Mar de Star ou Stadhavet é uma região próxima da costa norueguesa bastante turbulenta. Suas águas são conhecidas pelas condições imprevisíveis, por causa da combinação de vento, corrente oceânica e ondas. Com o avanço das tecnologias de Engenharia, o plano é ultrapassar esse obstáculo com a criação de uma nova rota mais segura para navios de carga, cruzeiros e embarcações de pesca. O objetivo é a construção de um túnel para navios que precisam ancorar em terra quando o clima estiver ruim. O Túnel Stad será o primeiro do mundo para navios. Planejado pelo escritório de arquitetura Snøhetta, o túnel terá 1,7 km de extensão e 37 metros de altura, permitindo a passagem de navios de até 16 mil toneladas por dentro de uma montanha. A obra deve custar US$ 325 milhões. As primeiras ações em canteiro foram realizadas em 2022 e 2023. Estima-se que o Túnel Stad seja concluído até 2025, com a inauguração entre 2025 e 2026. A escavação da montanha será realizada com explosivos e tuneladoras. O túnel será revestido com concreto e equipado com sistemas de iluminação, ventilação e monitoramento para garantir a segurança da navegação e a preservação do meio ambiente. A expectativa é que o túnel seja modelo para projetos de Engenharia similares, expandindo a indústria naval.
Engenheiros australianos usaram uma tecnologia de impressão 3D para criar um material à base de titânio que é 50% mais forte do que a liga mais potente de densidade semelhante usada em aplicações aeroespaciais. A nova liga de titânio possui a estrutura de um metamaterial, um material projetado para apresentar características que os materiais naturais não possuem, destaca Inovação Tecnológica. Tanto a impressão 3D quanto a liga de titânio precursora são comuns e disponíveis. O segredo está no modo como as menores estruturas do material (esferas e barras) são dispostas. “Projetamos uma estrutura de treliça tubular oca, que possui uma faixa fina em seu interior. Esses dois elementos juntos apresentam força e leveza nunca vistos juntos na natureza,” disse o professor Ma Qian. “Ao fundir duas estruturas de rede complementares para distribuir uniformemente o estresse, evitamos os pontos fracos nos quais o estresse normalmente se concentra”, explicou. O design de treliça dupla significa que qualquer fissura é desviada ao longo da estrutura, aumentando a resistência. Os testes mostraram que um protótipo em formato de cubo impresso com titânio é 50% mais forte do que a liga de magnésio fundido WE54, a liga mais poderosa de densidade semelhante usada em aplicações aeroespaciais. A nova estrutura reduziu pela metade a quantidade de tensão concentrada nos pontos fracos da rede.
A Adobe deu mais um passo no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial generativa. A empresa, que já tem o Firefly, que transforma prompts de texto em imagens, lança agora o Project Music GenAI Control, pensado para facilitar a criação de áudios e músicas. Criada em parceria com pesquisadores da Universidade da Califórnia, a ferramenta transforma prompts de texto em áudios. Os usuários podem compor suas obras-primas sonoras inserindo descrições como “rock poderoso” ou “dança feliz”, e a IA gera gravações totalmente novas com base nessas instruções. A IA também oferece recursos de edição aprimorados, permitindo aos usuários remixar, remodelar e refinar suas criações com precisão. Em um vídeo de demonstração do projeto, Bryan mostra que a ferramenta tem uma interface simples, que oferece ajustes de ritmo, estrutura e intensidade a apenas alguns cliques de distância, relata a Época.

29/02/2024: Biotecnologia / Táxi Autônomo / Usinas reversíveis / Painéis solares / Nanomaterial
Em um processo biotecnológico, a startup paranaense Mush desenvolveu um biomaterial derivado do micélio de cogumelos. No setor da construção, o mushpack pode ser usado como placas de revestimento para conforto acústico e térmico em paredes e forros no teto, reporta Um Só Planeta. “Outro ponto importante, principalmente para as construções de madeira, é que o mushpack oferece maior resistência ao fogo. O material retarda a chama, o que diminui as chances de propagação de incêndio”, explica Ubiratan Sá, CEO da startup. A empresa desenvolve pesquisas para produzir produtos mais estruturais da construção a partir do material, que é produzido de derivados da agroindústria – serragem, casca de arroz, farelo de trigo e outros materiais naturais. Os substratos recebem a parte do cogumelo que compõe a raiz – o micélio –, que cresce de maneira controlada e condicionada para unir as partículas. “Depois dessa fase, o material pode ser acondicionado em moldes para o formato desejado pelos clientes – placas, blocos, formas geométricas distintas e peças de design”, explica Ubiratan. O mushpack é 100% biodegradável, neutro em carbono, resistente e moldável em diferentes formas. “Não gera resíduo sólido que a natureza não consome”, frisa. Um quilo do material consome dez litros de água, que representam 5,6% do consumo em comparação à produção de plástico, que precisa de 180 litros para produzir um quilo. Em relação ao gás carbônico, o mushpack absorve 1 kg de CO₂ para cada quilo de produto produzido. O material se enquadra na economia circular e pode substituir componentes de embalagens que têm majoritariamente matérias-primas derivadas do petróleo – como o plástico e o isopor.
Portugal está retomando uma ideia que pode ser a solução para armazenamento de energia renovável: ‘baterias de água’, pequenas centrais hidrelétricas construídas próximas de um complexo solar ou eólico, que geram energia quando falta sol ou vento. As duas primeiras usinas desse tipo já estão operando no país, reporta O Empreiteiro. Batizado de Complexo do Tâmega, o projeto envolve a construção de três usinas em um vale que cerca o rio Tâmega, na região norte de Portugal. A última usina deve ser inaugurada em março. As três terão capacidade instalada de 1.158 MW. Conhecidas como usinas hidrelétricas reversíveis (UHR), possuem um mecanismo para bombear a água do reservatório inferior para o superior. Associadas a outras fontes geradoras (de preferência, renováveis). as usinas são chamadas de ‘baterias de água’ porque sua função acaba sendo semelhante à de uma bateria comum: atuam como acumuladores de energia. Dois reservatórios de água são construídos em níveis diferentes. Ao longo do dia, com o sol carregando os painéis solares, parte da energia gerada é utilizada para bombear água do reservatório de baixo para o superior. À noite, quando ocorre o aumento da demanda por energia, o processo se inverte: a água acumulada no reservatório de cima é liberada por meio das turbinas, que produzem energia. Com a geração eólica ocorre processo semelhante: nos períodos de maior intensidade de vento, as bombas enchem o reservatório superior, que é esvaziado quando a geração eólica cai ou quando a demanda por eletricidade sobe. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), as hidrelétricas reversíveis respondem por 90% do armazenamento de energia no mundo. Muitas dessas usinas foram construídas na Europa nos anos 1960 para armazenar a eletricidade excedente de usinas nucleares.
A NASA vai usar tecnologia de pequenos painéis solares para fornecer energia de baixo custo a espaçonaves em órbita. Os painéis são leves e ocupam pouco espaço, podendo gerar até três vezes mais energia do que outras opções fotovoltaicas. A tecnologia também já foi testada anteriormente, inclusive em estação espacial da agência. A iniciativa, chamada de missão Lightweight Integrated Solar Array and anTenna (LISA-T), é a quarta da série Pathfinder Technology Demonstrator (PTD) da NASA, que implementa novas tecnologias em pequenas espaçonaves em órbita. Segundo o Olhar Digital, os painéis solares são leves, ocupam pouco espaço quando embalados e produzem três vezes mais energia do que outras opções semelhantes. A estrutura é armazenada na nave durante o lançamento, mas implantada em órbita. Apesar do tamanho compacto, as matrizes de produção podem aumentar de acordo com a missão, com opções podendo gerar quilowatts de energia para pequenas naves. Os painéis solares usados na missão são da linha Titan, da Ascent Solar Technologies, anunciados em novembro do ano passado como estrutura otimizada para ambientes espaciais. Já neste ano, a empresa divulgou eficiência de 17,55%. O módulo do painel tem 30 cm² de tamanho, 10 gramas e potência de 17 W.

28/02/2024: Telhado Biosolar / Cortiça Renovável / Missão à Lua / Internet Móvel / Baterias de Lítio
A startup francesa Vegetek desenvolveu um telhado ‘biosolar’, uma solução que combina cobertura verde e geração de energia solar, reporta o Ciclo Vivo. O efeito de resfriamento da vegetação é capaz de melhorar o desempenho dos painéis solares em dias de calor intenso. Diferentemente do que se possa imaginar, os módulos se tornam menos eficientes quando estão muito quentes. Outro ponto é que os painéis solares podem ajudar a proteger e aumentar a população de abelhas e outros polinizadores. Ao criar uma espécie de refúgio para os insetos, pode ocorrer o aumento da biodiversidade, como já demonstrado em estudo, por isso há projetos que combinam usinas solares com a criação de abelhas. Manter um telhado com vegetação diminui a temperatura interna dos ambientes de forma natural, economizando a energia que seria usada com ar-condicionado. Melhora a eficiência térmica do edifício. Instalar um teto com tantas vantagens ecológicas responde a uma recente demanda francesa. “A cobertura biosolar permite cumprir a ‘Lei de Clima e Resiliência’, de 22 de agosto de 2021, que obriga as novas construções industriais e artesanais a esverdear ou cobrir com módulos de produção de energia fotovoltaica 30% da superfície da sua cobertura”, aponta a Vegetek. Em um projeto experimental, a solução foi instalada na cobertura de um prédio empresarial em Paris.
Mais de cinco décadas depois, a Lua volta a despertar o interesse de cientistas e pesquisadores. O professor Glauco Arbix aborda a espaçonave Odysseus, construída por uma empresa de Houston, que entrou para a história como a primeira sonda lunar dos EUA a pousar no satélite desde 1972. “Goste a gente ou não, é certo que o voo da Odysseus vai dar enorme impulso a empresas que olham para o espaço”, disse Arbix ao Jornal da USP. “Com esse programa chamado Artemis, a NASA quer usar voos semelhantes a esse para testar novas tecnologias, novos materiais e combustíveis. Os planos da agência preveem o envio de astronautas ao polo sul da Lua, onde há suspeita da presença de água, na forma de gelo. Viabilizaria uma base da Terra lá na Lua”, frisou. Ao custo de US$ 3 bilhões, o programa tem a perspectiva de lançar uma frota de espaçonaves robóticas do setor privado para transportar experimentos científicos e carga à Lua. O governo americano não queria tornar a agência dependente do setor privado, mas a perspectiva de diminuição de custos pesou. “No caso da Odysseus, o governo pagou à empresa privada US$ 120 milhões, o que é uma fração muito pequena do custo real de uma missão interplanetária típica da Nasa.” Segundo o Arbix, o fato de a Nasa não ser a responsável direta por esse tipo de missão, nem mesmo pelos foguetes, é uma oportunidade para abrir caminho para capacitar toda uma geração de empresas para dar conta do espaço. “Do ponto de vista científico, a cooperação público-privada permite que a NASA concentre seus esforços nas áreas científicas mais básicas. São as mais difíceis e desafiadoras”, frisou.
O número total de usuários de internet móvel no mundo deve subir de 4,7 bilhões no fim de 2023 para 5,5 bilhões no fim de 2030, impulsionado pelo aumento na penetração dos telefones celulares entre o público. A expectativa é que a fatia da população que usa o celular aumente de 58% em 2023, para 65% em 2023, informa a Época. A projeção faz parte do relatório de mercado divulgado nesta segunda-feira (26) pela GSMA, associação internacional das operadoras de telefonia e internet móvel. A publicação aconteceu durante o Mobile World Congress (MWC), principal evento do setor, que vai de 26 a 29 de fevereiro, em Barcelona. Atualmente, 3,4 bilhões de pessoas ao redor do mundo não têm acesso à internet móvel, sendo que o principal empecilho para isso é a falta de recursos. Destas, 90% vivem em áreas onde o sinal de internet está disponível. O levantamento da GSMA também mostrou que a internet móvel de quinta geração (5G) correspondia a 18% do total de conexões no fim de 2023, com tendência de chegar a 56% em 2030. Em paralelo, o 4G ainda vai perder participação, mas, ainda continuará relevante para o mercado, passando de 59% para 35%. Já as gerações mais antigas de internet móvel (2G e 3G) caminham para cair em desuso nos próximos anos.

27/02/2024: Sustentabilidade e Inovação / Nanotecnologia / Automação Industrial / Impressão em 3D / Robô Pedreiro
A sede do Confea, inaugurada em 2010, é reconhecida por especialistas como uma das melhores obras de Engenharia e Arquitetura de Brasília, símbolo de compromisso com a sustentabilidade e a eficiência energética, destaca Engenharia 360. Com uma fachada imponente, o edifício tem cinco pavimentos, incluindo a cobertura, e três subsolos de garagem. Nos andares-tipo, a planta é livre, sem pilares internos, o que permite uma organização de escritório versátil, com amplitude e fluidez, atendendo às necessidades presentes e futuras. A estrutura tem um modelo misto, com concreto e aço, o que permitiu a construção de vãos livres de 22,5 metros. Os tramos metálicos centrais são apoiados em estruturas de concreto, enquanto os tirantes ancorados nas paredes laterais asseguram a contenção lateral dos subsolos, tendo a estabilidade necessária para o sistema. Uma membrana têxtil perfurada protege o edifício do sol e contribui para a eficiência energética. Outro mecanismo sustentável é o sistema de reaproveitamento de água da chuva e reuso em descargas e lavagem de áreas externas. O projeto se destaca pela integração com o entorno. As avenidas W3 e W2 próximas foram integradas por meio de galerias periféricas no térreo da sede, criando um espaço público seguro.

O Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp (ICTS), campus de Sorocaba, vai sediar nos próximos cinco anos o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro), que vai impulsionar a produção científica e tecnológica direcionada à agricultura por meio da pesquisa em nanotecnologia, relata o Jornal da Unesp. O coordenador do INCT será Leonardo Fernandes Fraceto, professor do Departamento de Engenharia Ambiental do ICTS. Com potencial de aumentar a produtividade e a sustentabilidade, a nanotecnologia oferece novas possibilidades de conservação dos recursos naturais visando atenuar os impactos ambientais associados à agricultura convencional. O INCT NanoAgro vai articular uma rede de pesquisadores de diversas instituições e terá a colaboração de pesquisadores de instituições da Austrália, Espanha, Grécia, Chile, EUA, Escócia, Inglaterra, República Tcheca, Portugal, Índia, Canadá, Chipre, Argentina, Itália e Hungria. Foram definidos oito eixos temáticos para nortear as pesquisas: design e caracterização de nanomateriais sustentáveis; design e caracterização de nanossensores; mecanismos de interação dos nanomateriais com biossistemas e ambiente; avaliação de eficácia agronômica; avaliação da toxicidade de nanomateriais; análise de risco e aspectos regulatórios; inovação, tecnologia e empreendedorismo; nanoinformática e gestão do conhecimento.
A multinacional dos EUA Honeywell, que desenvolve serviços de Engenharia, sistemas aeroespaciais, equipamentos para automação, anunciou novas funcionalidades no seu sistema de controle multiplataforma, o Experion Process Knowledge System (PKS) R530, que unifica soluções de automação de uma fábrica. Previsto para março de 2024, o lançamento vai oferecer uma solução tecnológica com análise de dados que otimiza o desempenho e a eficiência das instalações industriais, relata Click Petróleo e Gás. Entre as inovações, destaca-se a possibilidade de reduzir a quantidade de controladores necessários em até 50% e a dependência de painéis em até 80%, comparado às soluções convencionais de automação. Essas melhorias são fundamentais para maximizar recursos e minimizar custos operacionais. A atualização expande o suporte para novas iniciativas verticais da Honeywell, que incluem digitalização e sustentabilidade. Projetos como Honeywell Manufacturing Excellence, monitoramento de emissões e armazenamento de energia em baterias são algumas das áreas beneficiadas pela nova plataforma. O Experion PKS R530 introduz uma inovação que facilita as operações remotas por meio de um acesso simplificado, independentemente de navegador, para monitoramento e gestão. A atualização inclui um módulo de interface Ethernet melhorado, elevando a carga de processamento.
Pesquisadores do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH, na sigla em inglês) criaram o edifício impresso em 3D mais alto do mundo, relata a Época. Situado em meio à paisagem montanhosa de Mulegns, na Suíça, o edifício, chamado Tor Alva, tem impressionantes 30 metros e destaca a utilização do processo de impressão 3D para projetos urbanos que focam em sustentabilidade e eficiência. Segundo o ETH, ao empregar a extrusão robótica de concreto, o processo de construção reduz significativamente o desperdício de material, permitindo a criação de formas expressivas e texturas detalhadas que definem a aparência da torre. Como destaca o DesignTaxi, Tor Alva será um centro cultural para abrigar instalações e performances artísticas, com foco na cultura da região. Os visitantes da torre podem experimentar em primeira mão seu design único subindo a escada em espiral, ou passando por uma série de colunas para chegar a um palco de câmara no pináculo. O local intimista, com capacidade para 45 convidados, é feito sob medida para concertos e apresentações teatrais, oferecendo uma experiência cultural única nos Alpes Suíços.

26/02/2024: Nanoscópio / Energia Limpa / Praga do Milho / Foguete New Glenn / Baterias de água

A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) está amplamente distribuída nas Américas. No Brasil, utiliza as plantas de milho como hospedeiras. Causa um dano direto, pela sucção da seiva do floema – o tecido vivo através do qual circulam compostos orgânicos solúveis, em especial a sacarose. Também é transmissor de fitopatógenos – bactérias e vírus – que podem causar danos às espécies vegetais, afetar a produtividade e a produção do milho, destaca Um Só Planeta. Para combater a cigarrinha-do-milho, duas estratégias são adotadas: a pulverização com agroquímicos e o controle biológico. Um dos bioinseticidas utilizados é o fungo Cordyceps javanica, que apresenta alto potencial de controle. Mas não se sabia exatamente como isso acontecia. Para elucidar o mecanismo de atuação do fungo foi realizado um estudo pioneiro no Centro de Pesquisa Avançada de São Paulo para Controle Biológico (SPARCBio), constituído pela Fapesp e pela Koppert Biological Systems na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP (Esalq-USP). A investigação foi conduzida pela engenheira agrônoma Nathalie Maluta e os resultados foram publicados na revista Scientific Reports. Ela aplicou uma técnica chamada de electrical penetration graph (EPG), na qual a cigarrinha de teste é conectada a um eletrodo. A atividade para sugar a seiva pode ser monitorada e representada por meio de um gráfico. A Koppert comercializa um produto bioinseticida que tem como princípio ativo o Cordyceps javanica. O estudo explica seu mecanismo de ação. O produto, contendo o fungo, é pulverizado sobre a planta e atinge os insetos. Também deixa um filme na superfície vegetal. O fungo penetra nos insetos. Seu efeito inseticida não é imediato. “Ele precisa de alguns dias para germinar e produzir esporos, levando o inseto à morte”, explica Nathalie Maluta.
A Blue Origin divulgou uma foto de um foguete em sua plataforma de lançamento no Kennedy Space Center, na Flórida. O foguete em questão é o New Glenn, nomeado em homenagem a John Glenn, que se tornou o primeiro americano a orbitar a Terra em 1962. A colocação do foguete na plataforma de lançamento faz parte de uma campanha de testes para permitir que as equipes da Blue Origin pratiquem, testem e aprimorem suas habilidades em integração de veículos, transporte, suporte no solo e operações de lançamento. O foguete permanecerá na plataforma de lançamento por cerca de uma semana. Com altura de aproximadamente 98 metros, o New Glenn inclui carenagem de carga útil de sete metros, o dobro do tamanho dos veículos comerciais de lançamento comercial padrão. Segundo representantes da Blue Origin, a carenagem é tão grande que poderia acomodar três ônibus escolares. Conforme o Universe Magazine, o foguete terá sua fase inicial reutilizável, semelhante ao foguete Falcon 9 da SpaceX. Deve durar pelo menos 25 missões e pousará em plataforma offshore logo após o lançamento. No entanto, os motores BE-4 New Glenn, que estão sendo testados atualmente nas instalações da NASA em Huntsville, Alabama e no Local de Lançamento da Blue Origin no Texas, não serão instalados para testes na Base Kennedy, destaca o Olhar Digital.

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