20/04/2023:  Novos Veículos Militares / Descargas Atmosféricas / Estruturas de Pontes / Biodiversidade em Medicamentos / Terras Indígenas / Baterias Comestíveis

O Exército brasileiro reforçou recentemente sua frota com a compra de 20 novos caminhões blindados. Os veículos escolhidos foram Socorro 6×6, modelo MaxxPro Recovery Vehicle, produzido pela empresa norte-americana Navistar Defense. Segundo os militares, os novos blindados serão distribuídos aos batalhões logísticos que integram as brigadas de infantaria e cavalaria mecanizadas e às escolas e organizações militares mecanizadas mais isoladas. As viaturas são equipadas com uma “asa delta” traseira e uma lança hidráulica com acesso eletrônico, suportando 42 toneladas de reboque com um arraste de quase 23 toneladas. O MaxxPro Recovery Vehicle resiste a disparos de armas de calibre 5,56 e 7,62 mm, estilhaços de artilharia, minas e artefatos explosivos improvisados. O motor é um 8.9, turbodiesel, com 450 cv e torque de 162,7 kgfm. A transmissão é automática de seis marchas, detalha matéria publicada no UOL.

Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) têm estudado a formação dos raios e o funcionamento de equipamentos para-raios em regiões altamente povoadas. O objetivo é compreender o fenômeno das descargas atmosféricas e aperfeiçoar as formas de proteção, informa o site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Com o uso de câmeras especiais instaladas no topo de prédios, os pesquisadores conseguem capturar até 40 mil imagens por segundo, registrando desde a formação da descarga até o momento em que é absorvida pelos para-raios. “Há 20 anos temos estudado as descargas atmosféricas, como elas se comportam, como os para-raios funcionam e como é a interação entre eles. Com uso das câmeras de alta velocidade, que fazem milhares de imagens por segundo, nossa pesquisa pretende entender melhor qual é o alcance dos equipamentos de proteção, como eles atuam quando um raio se aproxima e o que pode ser aperfeiçoado para garantir mais segurança à população”, ressalta o coordenador do estudo no Inpe, Marcelo Saba.

As pontes vibram naturalmente e, para estudar as “frequências modais” essenciais dessas vibrações em várias direções, os engenheiros normalmente colocam sensores, como acelerômetros, nas próprias pontes. Mudanças nas frequências modais ao longo do tempo podem indicar mudanças na integridade estrutural de uma ponte, revela matéria do Blog Canal da Engenharia. Mas, recentemente, os pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram um aplicativo de telefone móvel baseado em Android para coletar dados do acelerômetro quando os dispositivos foram colocados em veículos que passavam pela ponte. O estudo foi realizado na famosa ponte Golden Gate, na Califórnia (EUA). Os pesquisadores dirigiram sobre a ponte 102 vezes com seus dispositivos funcionando e usaram 72 viagens de motoristas do Uber com telefones ativados. Foi, então, feita uma comparação entre os dados resultantes com os de um grupo de 240 sensores que foram colocados na mesma ponte por três meses. O resultado foi que os dados dos telefones convergiram com os dos sensores da ponte: para 10 tipos específicos de vibrações de baixa frequência que os engenheiros mediram na ponte, houve uma correspondência próxima e, em cinco casos, não houve discrepância entre os métodos.

A partir de plantas da biodiversidade brasileira pode surgir nova classe de medicamentos para doenças multifatoriais – desencadeadas pela combinação de fatores genéticos e ambientais, como patologias metabólicas, câncer e distúrbios cerebrais, expõe a Agência Fapesp. O desenvolvimento desses medicamentos está sendo impulsionado pela startup paulista Nintx em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos e empresas privadas. Estudos têm indicado que, além de modular alvos biológicos, as plantas podem atingi-los indiretamente por meio do microbioma. Metabólitos de plantas, por exemplo, podem ser modificados pela ação enzimática do microbioma intestinal, gerando moléculas bioativas.

Um sistema de monitoramento e gestão territorial tem realizado o mapeamento da produção agroextrativista dos povos que vivem nas Terras Indígenas do Rio Gregório e Kampa do Rio Amônia, no Acre. Por meio de um aplicativo para celular, a ferramenta também faz o levantamento de dados demográficos e da biodiversidade local, além de alertar sobre mudanças no uso do solo. O Sistema de Monitoramento e Gestão Territorial foi desenvolvido em parceria com a organização não governamental Conservação Internacional (CI-Brasil) e os povos Yawanawá e Ashaninka. A ferramenta começou a ser testada em junho de 2022 e, até o momento, mais de 274,6 mil hectares de terras já contam com proteção ampliada, beneficiando direta e indiretamente quase 2,5 mil pessoas. A inovação trazida pela tecnologia é um diferencial para alertar os indígenas em casos de ameaça de incêndio, de desmatamento e invasão. A ferramenta serve ainda para registrar onde estão fazendo um roçado de agricultura ou em que região estão caçando, para poderem identificar onde tem redução de determinada espécie e decidirem caçar em outro lugar. Alguns povos estão fazendo levantamento demográfico em aldeias, aponta o UOL.

Cientistas italianos desenvolveram um tipo de bateria que promete ser mais segura para a utilização em aparelhos médicos e também menos agressiva ao meio ambiente. O diferencial do dispositivo é que todos os seus componentes são comestíveis, e podem se dissolver com segurança no estômago. O protótipo, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Italiano de Tecnologia, opera a 0,65 volts e fornece uma corrente de 48 microamperes por 12 minutos. O dispositivo mede cerca de um centímetro quadrado, conforme detalha o portal Inovação Tecnológica. Tudo isso faz com que o aparelho, caso seja implantado no organismo, não represente nenhum perigo à saúde, dizem os cientistas. Os componentes da pilha comestível são variados. Na lista, estão a vitamina riboflavina, para o ânodo da bateria (‘extremidade negativa’), e a quercetina, para o cátodo (‘extremidade positiva’). A carga elétrica acontece em uma solução à base de água.

19/04/2023:  Bicicleta Quadrada / Criação de Hologramas / Chocolate Amargo / Cursos Gratuitos

O canal de YouTube TheQ, do engenheiro ucraniano Sergii Gordieiev, costuma publicar vídeos em que os experimentos mais malucos são feitos – e um dos seus temas favoritos é a bicicleta. A última invenção é uma bike funcional com as rodas quadradas. O engenheiro constrói um quadrado de aço e instala uma engrenagem em um dos cantos. O miolo é ligado à moldura com varetas metálicas, que seriam chamadas de aros se a roda fosse redonda. Usando correntes de bicicleta e pequenas placas de metal, Gordieiev faz uma esteira, que é o que vai movimentar a bike. Nessas placas, ele parafusa as tiras do pneu da própria bicicleta que corta com um estilete. O mesmo é feito com a roda dianteira. Como a roda traseira da bicicleta do ucraniano não tem um miolo giratório, como em uma bicicleta tradicional, a energia dos pedais é enviada por corrente para a engrenagem instalada no canto da roda traseira. Ao pedalar, o ciclista aciona essa manivela, que movimenta a esteira traseira, relata o UOL.

Imagine poder criar estruturas de luz tridimensionais, capazes de retratar objetos e cenas realistas que podem ser vistos por usuários sob praticamente qualquer ângulo. Uma pesquisa com participação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP acaba de aproximar a ideia da realidade através de um método inovador e promissor em holografia tridimensional. O trabalho, descrito em artigo da revista Nature Photonics, propõe o uso de filamentos de luz altamente controláveis dispostos em cascata, formando padrões espaciais bidimensionais, as folhas de luz, que são empilhados para compor cenas tridimensionais. Concebido por pesquisadores da USP, o método foi testado experimentalmente na Universidade de Harvard (Estados Unidos) com resultados promissores, com potencial aplicação em realidade virtual e aumentada, imagens biológicas, displays e ferramentas educacionais, entre outras, noticia o Jornal da USP.

O engenheiro de alimentos Gabriel Almeida Rodrigues Martins, de 27 anos, transformou a paixão e compulsão pelo chocolate em pesquisa de mestrado ao desenvolver uma fórmula de sucesso para chocolate amargo (concentração de 55%) com cacau nacional, sem açúcar, funcional (com a fibra natural inulina) e enriquecido com pimenta-dedo-de-moça in natura. O produto, pronto para chegar ao consumidor, teve sua aceitação e compatibilidade com o paladar brasileiro confirmadas por testes sensoriais, destaca o site da Unicamp. O processo, que se diferencia dos demais na equação e nas etapas de inserção de ingredientes, já tem custo viabilizado e preços competitivos. Além disso, o chocolate produzido por Martins utilizou a capsaicina, substância comum a pimentas do gênero Capsicum, que traz benefícios para a saúde por conta da função bioativa.

A Prefeitura de São Paulo oferece no mês de maio, 90 vagas em 3 cursos na área da Tecnologia da Informação e Comunicação: Introdução à Administração de Banco de Dados, Introdução à Ciência de Dados e Business Intelligence e Introdução ao Desenvolvimento de Aplicativos Mobile com Sistema Mobile, executado pela Fundação Paulistana, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho. Os cursos terão carga horária de 120 horas, com aulas presenciais, e grade curricular dividida em dois ciclos: 40 horas de Introdutório de Lógica de Programação, conteúdo comum a todos os cursos, e 80 horas seguindo as especificidades do curso escolhido. As aulas iniciam no dia 02 de maio, de segunda a sexta-feira, em três períodos (manhã, tarde e noite), no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, informa o portal da prefeitura. As inscrições vão até o dia 27 de abril e podem ser feitas no link.

18/04/2023:  Risco de Inundação

Uma combinação de modelos de previsão de expansão urbana e de mudança do uso do solo e hidrodinâmicos resultou em uma metodologia capaz de fornecer informações geográficas que identificam os locais com maior risco de inundações em cidades, inclusive as provocadas por chuvas extremas. O estudo é pioneiro e foi realizado com base em dados de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. A cidade foi escolhida por ter passado por eventos extremos de inundações, explica a Agência Brasil. O experimento pode ser usado por outros municípios na construção de políticas públicas e na tomada de decisões para enfrentar os impactos desses fenômenos, podendo evitar, além da destruição de edificações e de infraestrutura, a morte de moradores, apontam os pesquisadores.

17/04/2023:  Nanossatélite Brasileiro / Missão à Jupiter / Paineis Solares Vermelhos  / Atualização no Twitter / Apps de Segurança

Foi lançado na madrugada de sábado, a partir da Base de Lançamento de Vanderberg, na Califórnia, o nanossatélite VCUB1, desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, reporta o Olhar Digital. É a primeira vez que um Satélite de Observação da Terra e Coleta de Dados projetado pela indústria nacional é colocado em órbita. A Visiona, instalada no Parque Tecnológico de São José dos Campos, foi criada em 2012 para atender os objetivos do Programa Espacial Brasileiro.

Com a missão de descobrir condições favoráveis à vida fora da Terra, a sonda espacial europeia Juice foi lançada no sábado rumo a Júpiter e às suas luas geladas, relata o Correio Braziliense. O foguete Ariane 5 decolou do Centro Espacial Europeu em Kourou, na Guiana Francesa. Responsável pela missão, Nicolas Altobelli conta que a Juice levará 17 dias para posicionar suas antenas e, em três meses, haverá um diagnóstico final sobre o desempenho nessa etapa do projeto. A previsão é que a sonda chegue em 2031 para buscar condições propícias ao aparecimento de formas de vida nas luas do planeta.

Com objetivo de minimizar o impacto visual dos painéis solares, uma empresa alemã lançou um projeto-piloto que utiliza painéis solares vermelhos para imitar a cor das telhas, expõe Engenharia é. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Fraunhofer Institute for Solar Energy Systems ISE, o fabricante de módulos AxSun Solar e a empresa INTERPANE. A tecnologia MorphoColor permite colorir painéis solares utilizando o efeito óptico das borboletas Morpho azuis, sem a necessidade de pigmentos ou tintas. Mediante um processo de vácuo, elementos são aplicados na parte de trás do vidro que cobre os painéis fotovoltaicos, criando uma fina estrutura que pode apresentar as cores azul, verde ou vermelha.

Assinantes do Twitter Blue agora podem criar tweets de até 10 mil caracteres com suporte, ainda, a formatação de texto em negrito e itálico — além da publicação de vídeos com horas de duração. A novidade amplia o já expandido limite de caracteres em tweets, que em fevereiro passou dos tradicionais 280 para 4.000. Embora apenas os assinantes do Twitter Blue possam postar tweets mais longos, todos os usuários poderão lê-los — neste caso, serão exibidos apenas os primeiros 280 caracteres na timeline e, se quiser ler mais, basta clicar/tocar em “Mostrar mais”, explica o MacMagazine. A novidade foi implementada para impulsionar as novas ferramentas de monetização da rede anunciadas pelo CEO Elon Musk.

O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo divulgaram pacotes de medidas de segurança e promoção de cultura de paz em escolas, após casos de atentados em instituições de ensino. Entre as medidas estão aplicativos com botões de emergência para acionamento rápido da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), informa o UOL. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que o botão “Segurança Escolar” funcionará dentro do aplicativo 190 SP da Polícia Militar. Todos os casos acionados por meio dele terão preferência no despacho de viatura, assim como já é feito com o aplicativo SOS Mulher. A nova função do aplicativo 190 SP também possibilitará que estudantes denunciem atitudes suspeitas em sala de aula e fora dela, anexando prints de redes sociais suspeitas, de maneira anônima.

Produzido por CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP