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Acesso em 08/06/2025 às 09h02.

Área Tecnológica na Mídia – 06/02 a 10/02/2023

Confira as notícias do dia

10 de fevereiro de 2023, às 11h30 - Tempo de leitura aproximado: 15 minutos

 


10/02/2023: Porto do Açu / Avanço Tecnológico / Câncer de Mama / E2G / Captura de CO2


O porto de petróleo que mais cresce no Brasil se prepara para se tornar um centro de energia eólica offshore e hidrogênio verde, destaca o Money Times. O Porto do Açu, no Rio de Janeiro, que responde por quase 40% das exportações de petróleo do Brasil, está localizado em um dos três principais trechos da costa brasileira para o desenvolvimento eólico offshore. Shell, Iberdrola e EDF buscam estabelecer operações eólicas na região. O Porto do Açu está oferecendo às empresas eólicas espaço para fábricas de montagem das turbinas e instalações de hidrogênio verde que seriam alimentadas por energia renovável.

 

Uma pesquisa global da IBM revela que 78% dos líderes empresariais brasileiros investirão em tecnologia nos próximos 12 meses — o que inclui soluções como IA, automação e nuvem híbrida. A porcentagem é maior do que em outros países, como EUA, Japão, Alemanha e Reino Unido, reporta o TI Inside. Os principais fatores externos que estão impulsionando o investimento em tecnologia no País são riscos cibernéticos (32%), mudanças de mercado (29%) e pressões ambientais devido à agenda ESG (26%). Entre os fatores que estão dificultando ou desacelerando os investimentos em tecnologia, a inflação lidera com 30%.

 

Pesquisadores da Cleveland Clinic, nos EUA, deram início aos testes de uma nova vacina que pode prevenir o câncer de mama triplo negativo, reporta o Gizmodo. A doença é responsável por 12% a 15% de todos os cânceres de mama e preocupa por se espalhar rapidamente. O ensaio clínico de fase 1b terá entre 6 e 12 voluntários saudáveis — porém com alto risco de desenvolver câncer de mama. Todos os participantes optaram pela mastectomia profilática, feita antes do surgimento do câncer, para reduzir o risco de tumor.

 

Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade de São Paulo (USP) encontraram uma forma de aumentar a extração de açúcar do bagaço da cana-de-açúcar em até 120% ao longo de um ano. A descoberta promete impulsionar e baratear a produção do etanol de segunda geração (E2G), proveniente da biomassa restante do etanol 1G, no país, destaca o portal Novacana. Segundo os cientistas, a pesquisa conseguiu tornar mais fácil a digestão dos resíduos pelas enzimas através da aplicação de compostos naturais na cana-de-açúcar,  soja e braquiária. O biólogo Wanderley dos Santos, coordenador do Laboratório de Bioquímica de Plantas da UEM, explica que os compostos naturais são inibidores da lignina, molécula que confere rigidez à parede celular da planta. “Assim, esse processo facilita o acesso à parede celular da planta, que é onde está localizada a celulose. Assim é possível produzir mais açúcar, mais carboidrato”, disse.

 

O concreto, um dos materiais mais usados na construção civil ao redor do mundo, pode mudar seu papel de vilão a aliado na luta contra as mudanças climáticas. Isso porque, apesar da produção da substância responder por cerca de 8% das emissões de carbono no mundo, engenheiros norte-americanos das companhias CarbonCure e Heirloom desenvolveram uma forma de capturar no material os gases que ele gera. A técnica usa o óxido de cálcio presente em rochas calcárias para capturar o CO2, além de utilizar água proveniente de reúso no processo, tornando a tecnologia ainda mais ambientalmente amigável, explica o Yahoo!. Já na fase de testes, as empresas já conseguiram remover 38 quilos de carbono do ar. Segundo as companhias, o objetivo é melhorar a técnica para barateá-la e aplicá-la em larga escala.

 


09/02/2023: Investimentos em Tecnologia / IEEE Access / IA em Buscas / Capacete de Grafeno


De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, o Brasil registrou aumento de 6,5% nos roubos a estabelecimentos comerciais, assim como o crescimento de 11% em assaltos a instituições financeiras. Para se proteger, as empresas planejam reforçar seus sistemas de segurança e a tecnologia promete ser uma grande aliada neste processo. Segundo pesquisa realizada pela Avantia, desenvolvedora de tecnologia para segurança eletrônica, com aproximadamente 50 empresas do mercado brasileiro, 45% das organizações pretendem aumentar seus investimentos em segurança. Cerca de 43% delas também planejam direcionar o aumento dos recursos para potencializar, especificamente, a tecnologia de seus dispositivos e sistemas de vigilância. Entre as soluções que devem receber os aportes previstos estão equipamentos para controle de acesso, videomonitoramento, detecção de incêndio e/ou integração de sistemas, recursos com capacidades analíticas, inteligência artificial e machine learning, lista o portal Comunique-se.

 

A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que um artigo científico de dois alunos do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) foi publicado pela revista americana IEEE Access, uma das mais importantes do mundo na área de engenharia, relata o Aeroin. O estudo cria uma metodologia de uso de Inteligência Artificial (IA) em missões totalmente autônomas de busca de embarcações-alvo realizadas por drones. O algoritmo desenvolvido nos estudos pode contribuir nas operações da FAB de patrulha marítima e de reconhecimento aeroespacial.

 

O Google anunciou na quarta-feira (8) que adicionará recursos generativos de inteligência artificial (IA) nos resultados de busca, um dia depois de a Microsoft apresentar planos para integrar respostas semelhantes às produzidas pelo ChatGPT ao buscador Bing, informa a Agência Brasil. Adicionar IA generativa – que cria texto ou respostas visuais como humano – às buscas online permitiria ao Google reter usuários, fornecendo respostas personalizadas às perguntas e protegendo seus negócios com venda de espaço publicitário. O Google disse que a IA generativa permitirá que os usuários interajam com as informações de “maneira totalmente nova”.

 

Depois de ser adotado na produção de eletrônicos e próteses, o grafeno foi escolhido para compor um novo capacete de moto da brasileira Taurus Helmets. O produto levou dois anos de estudo para ficar pronto e saiu do papel graças a uma parceria firmada entre a Universidade de Caxias do Sul com a UCS Graphene, que produz grafeno em larga escala na América Latina.O resultado foi um capacete mais forte, seguro e eficiente na absorção de impactos, afirmou a marca. O revestimento com o material tornou o capacete menos suscetível a danos, mesmo em temperaturas mais altas, além de trazer melhorias no desempenho térmico e acústico, explica o Olhar Digital. Considerado o cristal mais fino conhecido, o grafeno é uma fina camada de grafite que pode ser usada em diversas áreas, desde construção, energia, telecomunicações, medicina e eletrônica.

 


08/02/2023: 5G / BrainTech / Portal de Periódicos / Monitoramento de Soja / Inteligência Artificial / ReRAM


Desde o leilão da Anatel, que arrecadou mais de R$ 47 bilhões em dezembro de 2021 e marcou a entrada do 5G no Brasil, a ansiedade por sua implementação tomou conta não só da população, mas dos negócios também. Para alguns dos principais setores da economia, a tecnologia poderá alavancar verdadeiras revoluções. Em entrevista ao Mobilidade de Sampa, André Medina, responsável pelo Vetor AG, programa de inovação aberta da Andrade Gutierrez, espera que os projetos estejam cada vez mais conectados, independente de estarem localizados em grandes centros urbanos ou locais mais distantes. “Com a maior conectividade e rastreabilidade que o 5G oferece sobre equipamentos, materiais e pessoas, dados e estatísticas poderão ser manuseados em tempo real, gerando redução de custos, aumento de produtividade e tomada de decisões mais assertivas”, afirma. Além disso, os segmentos varejistas que lidam com logística e tecnologia também têm muito a ganhar, principalmente com a diminuição de custos por parte das grandes operações.

 

Equipamento que permite capturar e simular sinais cerebrais começou a ser testado no Brasil, em 2022, para detecção de doenças em estágio inicial, em cultivos de soja, por meio de inteligência artificial (IA). O trabalho é uma parceria entre a Embrapa e as empresas Macnica DHW e InnerEye, esta última desenvolvedora do BrainTech, equipamento que faz a captura dos sinais neurais de especialistas por meio de um capacete com eletrodos, similar a um eletroencefalograma (EEG), destaca o Embrapa Notícias. O sistema, então, simula o funcionamento cerebral no momento em que especialistas visualizam imagens de plantas doentes, automatizando a rotulagem e tornando a etapa mais rápida e eficiente.

 

A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) assinou um novo contrato com a Elsevier para continuar a ofertar o conteúdo da editora no Portal de Periódicos, informa o site do governo. A Elsevier é uma editora de análise de informações que ajuda instituições e profissionais na promoção da saúde e no avanço da ciência. O acervo digital do Portal de Periódicos da CAPES tem mais de 40 mil publicações em texto completo, em todas as áreas do conhecimento. Reúne, ainda, mais de 150 mil livros e 280 mil documentos eletrônicos.

 

A multinacional Bunge alcançou 80% de rastreabilidade e monitoramento da soja de sua cadeia de abastecimento indireta no Cerrado, anunciou a companhia na terça-feira. A empresa está expandindo a parceria com a agtech Vega Monitoramento para atingir 100% de monitoramento das compras indiretas de soja, relata a IstoÉ Dinheiro. A Vega usa a plataforma LYRA para sensoriamento remoto, inteligência artificial e dados estruturados para diagnóstico socioambiental de propriedades agrícolas. A iniciativa para rastrear as compras indiretas no bioma do Cerrado ajuda vendedores de grãos a avaliar o desempenho socioambiental dos fornecedores.

 

O Senado tem proposta para regulamentar os sistemas de inteligência artificial no Brasil. Uma comissão de profissionais da área jurídica entregou um relatório ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. A comissão, presidida por Ricardo Villas Bôas Cueva, foi instalada em março de 2022 para propor mudanças em três projetos de lei, destaca o Poder 360. Entre os pontos analisados estão restrições ao uso de câmeras para reconhecimento facial de pessoas nas ruas e recomendar que operadores e fornecedores sejam responsáveis por danos causados por sistemas de alto risco, como carros automatizados, ou risco excessivo, como câmeras de vigilância.

 

Uma nova maneira de fabricar memórias foi criada pela pós-doutoranda do Instituto de Física (IF) da USP, Marina Sparvoli, em colaboração com outros pesquisadores. A cientista desenvolveu um mecanismo de memória baseado nos memristores, a partir de materiais jamais combinados. O protótipo consiste em uma camada de grafeno depositada entre contatos de indium tin oxynitride (Iton) — semicondutor pouco pesquisado — e de alumínio, como um sanduíche. A eletricidade passa pelo conjunto, gerando campo eletromagnético. A grande vantagem dessa tecnologia, segundo o Olhar Digital, é que, ao contrário das memórias atuais, as informações contidas nas memórias resistivas não somem quando o aparelho é desligado. Ainda não existem computadores equipados com tal dispositivo, por isso os testes são feitos em estações de prova de semicondutores.

 


07/02/2023: eDrone / Prótese Robótica / Gasoduto de Biometano / Lysa / AeroShark


Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique e do Instituto Federal de Pesquisa em Florestas, Neve e Paisagem desenvolveram um drone que coleta de forma autômana amostras de DNA em galhos de árvores, relata o Diário de Pernambuco. O drone é equipado com coletores adesivos. O dispositivo foi programado para permanecer estável por tempo suficiente para coletar as amostras. “O eDrone pode automatizar a coleta de eDNA, permitindo pesquisas em ambientes de difícil acesso”, diz Stefano Mintchev, professor de robótica ambiental.

 

Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) estão desenvolvendo uma prótese de perna robótica, com joelho e pé. O dispositivo pode ajudar quem passou por amputação transfemoral em atividades rotineiras, como caminhar e subir escadas, destaca o site da Ufes. A iniciativa é coordenada por Rafhael Andrade, professor do Departamento de Engenharia Mecânica, que coordena o LabGuará, laboratório com pesquisas na área de robótica e biomecânica. Segundo Andrade, a prótese ativa pode prover energia, por meio de dois motores de 200 watts de potência, acoplados no joelho e no pé do equipamento.

 

Entrou em operação o primeiro gasoduto de biometano do Brasil. O projeto é uma parceria da GasBrasiliano e a Usina Cocal, informa a Revista Oeste. A GasBrasiliano construiu o gasoduto e a Usina Cocal produz o gás. O combustível é gerado a partir de resíduos de cana-de-açúcar, como vinhaça, palha e torta de filtro. As operações começaram no fim de janeiro. O produto é alternativa ao diesel e GNV. E pode substituir os gases liquefeito de petróleo e natural em residências e indústrias. Foram investidos R$ 180 milhões.

 

Neide Sellin, professora graduada em Ciência da Computação, criou um cão-guia robô chamado Lysa para auxiliar pessoas com algum tipo de deficiência visual. Para isso, ela realizou uma pesquisa com mais de 20 pessoas para conhecer seus principais desafios e desenvolver uma plataforma robótica completa, com inteligência artificial, navegação autônoma, malha de sensores e um aplicativo que detecta objetos, evitando colisões. Pesando pouco mais de quatro quilos, o robô possui câmeras, cinco sensores, navegação GPS e bateria de oito horas, informa o Olhar Digital. Para aprimorar o projeto, a educadora precisou conquistar recursos do CNPq, FAPESP, FINEP, FAPES e SEBRAE. Esses investimentos permitiram o avanço das pesquisas, inclusive a adaptação do design para comportar inovações e potencializar a sua eficiência.

 

O primeiro Boeing 777-200F modificado com nervuras com cerca de 50 micrômetros de tamanho conhecidas como riblets, inspiradas na pele dos tubarões entrou em serviço pela Lufthansa Cargo. A modificação chamada de AeroShark foi desenvolvida em conjunto pela Lufthansa Technik, e a BASF, que criaram uma superfície que reduz o arrasto em voo, proporcionando economias de combustível e emissões da ordem de um por cento, segundo a AeroMagazine. Com a implementação da tecnologia em toda a frota de 777 da Lufthansa Cargo, a empresa estima uma economia anual de mais de 4 mil toneladas métricas de  querosene e quase 13 mil toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono (CO2). Ao todo, onze aeronaves da companhia receberão a nova película, além de doze Boeing 777-300ER da Swiss, que foi a primeira empresa a utilizar a tecnologia.

 


06/02/2023: Energia Renovável/ Pelican Cargo / Gaia / Plectrum


A geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis no ano passado alcançou a marca de 92%. O resultado, divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mostra que a participação das usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total de energia gerado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) foi a maior dos últimos 10 anos. No total, em 2022, foram gerados quase 62 mil megawatts médios por mês de energia, informa a Agência Brasil. Segundo a CCEE, o resultado se deu, entre outros fatores, a um cenário hídrico climático mais favorável, que contribuiu para a recuperação dos reservatórios de água e da expansão das usinas movidas pelo vento e pelo sol.

 

A Pyka, startup norte-americana especializada em aeronaves elétricas, anunciou a produção de um avião elétrico de carga. Além de ser zero emissão, a aeronave tem capacidades de voo autônomas, relata o Terra. A aeronave tem 11,5m de envergadura e 6,1m de comprimento. A velocidade de cruzeiro gerada pelos dois motores elétricos turboélice fica entre 111 km/h e 148 km/h, suficiente para entregas até 320 km de alcance. O teto operacional é de 2.500 metros. O Pelican Cargo pode ser programado e controlado remotamente por um piloto em solo.

 

A Petrobras investirá R$ 76 milhões no supercomputador Gaia, que desenvolverá e aperfeiçoará pesquisas ligadas à geofísica. As tecnologias poderão ser aplicadas tanto em campos do pré-sal, área responsável por 74% da produção, quanto em novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial, no norte e nordeste da costa, destaca o Poder 360. O objetivo é aprimorar o processamento de imagens sísmicas – técnica que produz imagens tridimensionais do interior da terra – para obter reproduções em altíssima definição das camadas de rochas em subsuperfície.

 

A última invenção do estúdio italiano Lazzarini Design Studio mostra a evolução tecnológica dos superiates que têm surgido nos últimos meses. Alimentado por um sistema de hidrofólio – um tipo de “asa” que atua como superfície de elevação dentro da água – o navio de 74 metros de comprimento, conhecido como Plectrum, pode se erguer acima da superfície da água e aparentemente “voar” em alta velocidade. Feito de uma mistura de materiais compósitos de fibra de carbono seco, o superiate leve foi projetado para ser o mais rápido de seu tipo e terá a capacidade de atingir uma velocidade máxima de 75 nós. Segundo a equipe do estúdio italiano, o design foi amplamente inspirado nos monocascos usados ​​na America’s Cup, uma das mais antigas competições internacionais de iates à vela. Embora o projeto seja apenas um conceito, os projetistas dizem que ele pode ser construído em dois anos a um custo de cerca de US$ 87 milhões, ou R$ 434 milhões, destaca a CNN.

 

Produzido por CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP