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Acesso em 07/06/2025 às 13h45.

5º CELP reforça compromisso com futuro sustentável

Debates destacaram o papel da área tecnológica na construção de soluções ambientais

19 de maio de 2025, às 15h43 - Tempo de leitura aproximado: 5 minutos

O segundo dia do 5º Congresso de Engenheiros de Língua Portuguesa (CELP), realizado na Sede Angélica do Crea-SP, na sexta-feira (16/05), deu continuidade aos debates sobre o tema central do evento, ‘Engenharia e ação climática: Soluções para um futuro sustentável’. Especialistas e gestores municipais e estaduais mostraram a diversidade de políticas públicas e apontaram caminhos para o enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas nos centros urbanos.

Painel Institucional (abertura): Prof. Dr. Eng. José Vieira, presidente da Federação Mundial de Associações Profissionais de Engenharia (World Federation of Engineering Organizations – WFEO); Eng. Nielsen Christianni, vice-presidente do Confea; Eng. Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP); Eng. Carlos Sousa Monteiro, bastonário da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde (OECV); Eng. Feliciano Dias, bastonário da Ordem dos Engenheiros de Moçambique (OrdEMOC); Eng. Rui Neves, vice-presidente da Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA)

O vice-presidente do Confea, Eng. Nielsen Christianni, abriu o dia reforçando o compromisso com a sustentabilidade. “Assumimos uma grande responsabilidade como profissionais que atuam sob o rigor da Ciência e do conhecimento técnico das Engenharias, Agronomia, Geociências, Tecnologia e Design de Interiores”.

Eng. Nielsen Christianni

O painel que deu início à programação foi moderado pelo presidente da Federação Mundial de Associações Profissionais de Engenharia (World Federation of Engineering Organizations – WFEO), Prof. Dr. Eng. José Vieira. “A Engenharia não tem fronteiras, é um bem comum e o motor do desenvolvimento”, lembrou.

Líderes das Ordens de Engenheiros lusófonos apresentaram as realidades e desafios da profissão em seus respectivos contextos, como os bastonários da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP), Eng. Fernando de Almeida Santos; da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde (OECV), Eng. Carlos Sousa Monteiro; da Ordem dos Engenheiros de Moçambique (OrdEMOC), Eng. Feliciano Dias; o vice-presidente da Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA), Eng. Rui Neves; e o presidente da Assembleia Geral da Associação dos Engenheiros de Macau (AEM), Eng. Wu Chou Kit, que deixou uma mensagem de vídeo para o evento.

O público também teve a oportunidade de entrar ativamente nos debates. Para a paulistana Eng. Nauana Cristina de Moraes, foi uma oportunidade de conectar desafios das mudanças climáticas no Brasil com as realidades vividas por outros países. “Poder conhecer e compartilhar essa diversidade é algo verdadeiramente grandioso”, destacou.

Nauana Cristina de Moraes, Engenheira Ambiental – CELP

Já o Prof. Eng. Emerson Canela veio do município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, com o intuito de levar o aprendizado adquirido para a sala de aula. “O mais importante é transmitir esse conhecimento aos meus alunos, mostrar que os horizontes da Engenharia são vastos”, afirmou.

Emerson Canela, Engenheiro Civil – CELP

Na sequência, o painel ‘Futuro das cidades: Habitação e mobilidade’ abordou a crise habitacional e os modelos de mobilidade urbana sustentáveis. O Eng. Osmar Barros, conselheiro federal suplente de Instituições de Ensino Superior de Engenharia, por São Paulo, conduziu os debates com o Eng. Bento Aires, presidente do Conselho Diretivo da Região Norte da OEP, e o Eng. Rui Neves, da OEA. Aires expôs o cenário lusitano. “A sustentabilidade tem um grande pilar que é o social, onde está a habitação. Vivemos uma crise de acesso e de permanência na habitação, e é com a Engenharia que garantimos o planejar, guiar e construir”, pontuou. Ao apresentar a experiência angolana, Neves compartilhou iniciativas de erradicação de bairros degradados no país.

Painel – Futuro das cidades: Habitação e mobilidade: Eng. Rui Neves, vice-presidente da Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA); Eng. Osmar Barros, conselheiro federal suplente de Instituições de Ensino Superior de Engenharia, por São Paulo;  Eng. Bento Aires, presidente do Conselho Diretivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP)

Na sequência, o encontro caminhou para o tema de ‘Incêndios e secas: Efeitos das mudanças climáticas’, sob a condução do conselheiro federal pelo Pará, Prof. Dr. Eng. Paulo Pinho. Participaram ainda o assistente técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), Geog. Rafael Frigério; e o presidente da OrdEMOC, Eng. Bjarke Euadaba.

Frigério destacou os resultados da Operação São Paulo Sem Fogo, mencionando os mais de 8,6 mil focos de calor combatidos registrados por satélite, em 2024. Com base nas iniciativas da gestão climática moçambicana, Euadaba trouxe soluções encontradas para a vulnerabilidade de infraestruturas rodoviárias causadas por ciclones, principalmente a província moçambicana de Sofala, uma das mais afetadas.

‘Inundações e cheias: Desafios e soluções de engenharia’ tratou, por sua vez, das medidas para enchentes e alagamentos. Conselheiro federal suplente por São Paulo, o Geol. Ronaldo Malheiros conduziu o painel que contou com as apresentações do Eng. Dinis Juizo, professor de Hidrologia e Gestão de Recursos Hídricos do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Eduardo Mondlane; do Eng. Fernando A.L. de Moraes Forjaz, diretor de uma companhia técnica; e do Eng. Hassan Mohamad Barakat, gerente do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE). “A governança da gestão de desastres deve ser permanente. Nesse sentido, a Engenharia se mostra fundamental, pois é a manutenção contínua de sistemas, como os piscinões, que propicia o pleno funcionamento dos equipamentos que atuam na prevenção às inundações”, disse Malheiros.

Painel – Inundações e cheias Desafios e soluções de engenharia: Geol. Ronaldo Malheiros, conselheiro federal suplente por São Paulo; Eng. Dinis Juizo, professor de Hidrologia e Gestão de Recursos Hídricos do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Eduardo Mondlane; Eng. Fernando A.L. de Moraes Forjaz, diretor de uma companhia técnica; Eng. Hassan Mohamad Barakat, gerente do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE); Eng. Nanci Walter, presidente do Crea-RS.

Alinhado às discussões propostas, Barakat apresentou o sistema integrado de monitoramento hidrometeorológico da capital paulista, ferramenta importante dentro do plano preventivo Chuvas de Verão. Presidente do Crea-RS, a Eng. Nanci Walter compartilhou também a atuação técnica na reconstrução da infraestrutura das cidades do Rio Grande do Sul, como rodovias e sistemas de drenagem, que foram severamente danificados pelas inundações, em 2024. “A atuação dos profissionais tem sido fundamental na recuperação da estrutura urbana destruída”, enfatizou.

O 5º CELP seguiu adiante com mais painéis e apresentações ao longo do dia. Acompanhe, aqui, outros destaques.

 

Produzido pela CDI Comunicação