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Acesso em 25/12/2025 às 05h01.

Inovações do Crea-SP servem de modelo para projetos-piloto da CCEEC

Inovações do Crea-SP servem de modelo para projetos-piloto da CCEEC

27 de novembro de 2025, às 9h54 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

Integrantes do CCEEC durante a reunião de trabalho

Representantes dos Creas de todo Brasil participaram da última reunião de 2025 da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Civil (CCEEC), realizada na Sede Angélica, em São Paulo. O encontro, agendado de forma especial, destacou como os investimentos do Crea-SP em tecnologias e desburocratização, especialmente na área de fiscalização, podem servir de referência para serem replicados em âmbito nacional nos Creas com o apoio do Confea.

A presidente do Crea-SP, engenheira Lígia Mackey, ressaltou o papel estratégico da inovação tecnológica para ampliar e otimizar as operações da autarquia paulista, bem como impulsionar a valorização dos profissionais habilitados. “Estamos avançando de forma consistente na digitalização da fiscalização e de todos os processos internos. Já conseguimos resultados expressivos, como os mais de 21 mil novos registros de empresas até outubro. Nosso objetivo é disseminar essa proposta para outros Creas, e assim poderemos integrar os sistemas, desburocratizar os processos e oferecer igualdade de condições para os profissionais em todo o Brasil. A digitalização é um caminho primordial e sem volta”, argumentou.

Ela apontou que a instituição está trabalhando em conjunto com o Confea para apoiar a digitalização de outros conselhos regionais. Para tal projeto, o ente federal está contratando uma nova infraestrutura de Cloud Computing (Computação em Nuvem, em português). E, a partir dessa implementação, a ideia é que exista uma integração maior entre as plataformas das duas representações.

Um dos desdobramentos será a velocidade de emissão de vistos para que os engenheiros possam atuar em outros estados, algo já realizado com dinamismo em São Paulo. “Nossa solução permite essa facilidade, e queremos beneficiar todos os profissionais do país. Entendemos que o Crea-SP possui uma complexidade alta de dados, porém vamos evoluir na direção dessa integração, que é algo que temos trabalhado”, apontou a presidente.

A coordenadora da CEEC do Crea-SP, Eng. Simone Cristina Caldato da Silva, destacou a relevância do encontro para a troca de experiências e o alinhamento de diretrizes nacionais. “Esta reunião reúne os Creas para compartilhar resultados e construir propostas que serão encaminhadas ao Confea, com o objetivo de integração de ferramentas tecnológicas”, concluiu.

Na reunião, foram concluídos e entregues o Plano de Fiscalização e o Manual de Fiscalização, que deverão ser apreciados e aprovados pela Diretoria do Conselho ainda neste ano. Com esses instrumentos, a Câmara reafirma seu compromisso com a proteção da sociedade, adotando critérios mais rigorosos e garantindo o acompanhamento contínuo das ações ao longo do exercício. “Estamos empenhados em garantir respostas mais ágeis à sociedade e, claro, valorizar a Engenharia”, afirmou Simone.

Entre os representantes de outros estados estava o Eng. Daniel de Carvalho Diniz (Crea-SE), coordenador nacional da CCEEC, que reforçou a importância da integração tecnológica, classificando a tarefa como um dos grandes desafios para o próximo ano. “Temos um projeto de integração de ferramentas tecnológicas, a exemplo do FISCALiza, do Crea-SP, bem como a padronização nacional tanto da documentação de controle quanto dos procedimentos. Muitos Conselhos ainda não atuam de forma dinâmica, aproveitando plenamente os sistemas digitais, e com isso vamos ter mais eficiência e produtividade ao adotar soluções que funcionam em alguns lugares, como aqui em São Paulo. As culturas regionais podem e devem permanecer distintas, porém a padronização das práticas é fundamental para garantir segurança à sociedade e valorização dos nossos profissionais”, destacou.

É claro que a realidade dos estados em um país continental como o Brasil, é bem diferente de estado para estado, seja em investimento ou infraestrutura local disponível, como lembrou o coordenador nacional adjunto da Câmara, Eng. Railson Pontes de Assis (Crea-AC). “A autarquia paulista tem uma estrutura robusta com soluções digitais que podem ser complementadas para servir de base para soluções nacionais. Um sistema integrado seria muito eficiente para a evolução do sistema Confea/Crea. A proposta é integrar alguns softwares já existentes, como por exemplo o SITAC, que é voltado para a gestão dos Conselhos, com o FISCALiza do Crea-SP, criando uma base única para as atividades de fiscalização. Queremos colocar um plano-piloto em votação já na próxima reunião de líderes em 2026”, revelou.

Outra ferramenta de fiscalização citada por Diniz é a Fiscalização 360 graus, também utilizada pelo Crea-SP, que inicia com a análise e verificação in loco no momento da fiscalização e, posteriormente, realiza o cruzamento de dados em diversas bases de informações internas para efetivar as averiguações e, na sequência, chegar às autuações. “Enquanto São Paulo já utiliza ferramentas digitais avançadas, muitos Creas ainda dependem de processos manuais”, comparou.

A presidente do Crea-SP, engenheira Lígia Mackey, membros do Comitê e convidados

O encontro na capital paulista reforçou o protagonismo da autarquia local, em especial por sua atuação de vanguarda nos avanços tecnológicos de suas ações e processos.

Além disso, a reunião marcou a despedida de 15 coordenadores da Câmara de Engenharia Civil que não permanecerão no próximo exercício. São eles: Brasil Américo Louly Campos (DF), Claudia Diehl (RS), Daniel de Carvalho de Diniz (SE), Daltro de Deus Pereira (TO), Diogo Veloso Naves (GO), Jerry Luciano de Pontes Junior (MG), Leonardo Macedo Fontenele Recamonde (CE), Mesaque Silva de Oliveira (AM), Michelli das Mercedes Bessa Silva (AP), Olivan Araújo Gonçalves (PI), Paulo Roberto Oliveira (AL), Railson Antonio Pontes de Assis (AC), Silberto Provesi (SC), Simone Cristina Caldato da Silva (SP) e Tatiana Barbosa da Costa (PA).