Com ideias inovadoras para debates sobre os desafios ambientais do País, São Paulo marcou presença na 12ª Conferência Nacional de Engenharia Ambiental e Sanitária (CONEAS), realizada em Vitória, no Espírito Santo. O Crea-SP e a Associação de Engenharia Ambiental e Sanitária do Estado de São Paulo (AEAESP) levaram ao evento o olhar de uma das maiores metrópoles do mundo, compartilhando experiências, soluções tecnológicas e reflexões sobre sustentabilidade, saneamento básico e resiliência urbana.

Com mais de 500 participantes presenciais, centenas de espectadores on-line, representantes de 24 estados e 30 palestrantes, o maior encontro da categoria do Brasil não foi apenas um espaço de aprendizado, mas também de trocas de ideias que ajudaram a construir uma visão conjunta para o futuro da Engenharia Ambiental e Sanitária brasileira. Em um cenário em que o papel da área tecnológica é cada vez mais estratégico, a contribuição do paulista se destacou pela busca de respostas que atendam às necessidades locais.

Para a coordenadora adjunta do Comitê de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Conselho e presidente da Associação de Engenharia Ambiental e Sanitária do Estado de São Paulo (AEAESP), Eng. Lissandra Palheta Cordeiro, foi uma vivência muito significativa. “Durante a programação, tivemos a oportunidade de compreender as diferentes realidades entre as regiões de um País tão grande, onde as condições sociais e culturas locais são distintas”, disse.

São Paulo é um dos maiores centros urbanos do Brasil e lida com diferentes desafios, como infraestrutura urbana, saneamento básico e desastres climáticos. Essa realidade traz muitos aprendizados que servem para outras regiões. “É preciso ter um olhar crítico e de urgência para as infraestruturas urbanas, como a ampliação do acesso ao saneamento básico com ênfase no Norte e Nordeste, e as iniciativas voltadas para o enfrentamento dos desastres climáticos que assolam gravemente todo o território brasileiro”, alertou Lissandra.

Durante os três dias de programação da Conferência, os painéis, workshops e sessões de networking reforçaram o compromisso com estratégias escaláveis para esses problemas. Os debates giraram em torno também das tecnologias voltadas ao enfrentamento de eventos climáticos extremos e à gestão de resíduos sólidos. “Aprendemos sobre um projeto da Arábia Saudita, que implementou a economia circular e gestão de resíduos sólidos nas comunidades. Esses exemplos são de extrema relevância para São Paulo, dada a sua dimensão e a urgência de caminhos para atender uma população crescente tão urbanizada”, relatou o vice-presidente da AEAESP, Eng. José Rafael Pires Bueno.

Durante o evento, aconteceu ainda o Fórum de Entidades da Engenharia Ambiental e Sanitária com os presidentes e representantes de todo o País. Foram abordados assuntos relacionados à Engenharia Ambiental e Sanitária e ressaltado a importância do Sistema Confea/Crea e Mútua para a sociedade em um cenário em que a área tecnológica vem sendo fundamental na implementação de recursos inovadores e eficazes. “Conseguimos promover um alinhamento sobre as ações para fortalecer a nossa profissão e a formação dos futuros profissionais. São Paulo pode contribuir, e muito, para o alinhamento de estratégias nacionais e de fortalecimento de ferramentas essenciais para a construção de cidades mais resilientes e sustentáveis”, disse Lissandra.

Neste ano, a CONEAS foi realizada entre os dias 12 e 14 de novembro. A próxima edição acontecerá em Palmas, Tocantins, em 2025.

Produzido pela CDI Comunicação