Dia 25 de janeiro é aniversário da cidade de São Paulo. Em 2023, o município completa 469 anos. Quem chega nesta grande metrópole se impressiona com a agilidade típica do cenário paulistano e as proporções da maior capital do Brasil. Caracterizada por sua verticalização cada vez mais evidente, é possível identificar nas construções o desenvolvimento através do tempo. Mais do que nunca a cidade que abriga a todos procura espaço para os mais de 12 milhões de habitantes que aqui residem. É no crescente investimento de prédios e arranha-céus que surge um de seus vários apelidos: selva de pedras. Para homenagear a terra da garoa, selecionamos alguns cartões-postais que remontam aos seus muitos anos de história. Confira:

Pateo do Collegio

O marco zero da cidade foi estabelecido em 25 de janeiro de 1554: o Pateo do Collegio. O berço de uma das maiores metrópoles do mundo surgiu quando o Padre Anchieta resolveu construir ali uma dependência para servir de alojamento e colégio para catequização de indígenas.  Nascia, então, o princípio do que viria a ser a cidade de São Paulo. Atualmente, o local abriga o Museu de Anchieta.

Arranha-céus

O horizonte de pedra verticalizado da São Paulo não mais se restringe às áreas centrais da maior capital do Brasil, seja na zona leste, oeste, norte ou sul, é possível se deparar com uma série de prédios cheios de história. Por sinal, é na zona leste que o maior arranha-céu da cidade está: direto do Tatuapé, o Platina 220 tem 50 andares e 172 metros de altura.

Outro gigante é o Mirante do Vale, agora reconhecido como “SampaSky”. Com 170 metros de altura e aberto à visitação, o mirante de vidro permite ver e se encantar com a cidade do alto. Mas é o Edifício Copan que leva o título de arranha-céu com a maior concentração de pessoas: são mais de 5 mil moradores de diferentes classes sociais nos seus mais de 120 mil metros quadrados de área construída.

Pinacoteca

Construído para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, o edifício hoje ocupado pela Pinacoteca do Estado foi projetado em 1896 pelo engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Em 1900, com a estrutura da construção finalizada, o prédio recebeu os primeiros cursos. Pouco depois, em 1905, a Pinacoteca era instalada no local – data que lhe rende o título de museu de artes mais antigo da capital paulista. Na época, era apenas uma sala no terceiro piso. Atualmente ocupa todos os 7.462 m² de área construída, em estilo neoclássico.

“Na reforma à qual foi submetido na década de 1970, o prédio teve parte da fachada principal revestida com travertino, massa especial que imita o mármore. Entre 1995 e 2002, uma série de restaurações foi realizada. Hoje, com seus salões e telhados totalmente recuperados, seus pátios internos cobertos, e sua iluminação específica e adequada, a Pinacoteca abriga importantes exposições de artes plásticas. Nas visitas ao museu, o público encontra um ambiente que conduz a uma verdadeira viagem no tempo”, destaca a revista Espaço Aberto da USP.

Theatro Municipal e Casa das Rosas

Ramos de Azevedo aparece novamente nessa lista por ser responsável pela projeção e construção de diversos prédios icônicos de São Paulo, entre eles, o Theatro Municipal e a Casa das Rosas. Influenciado pelos grandes teatros da Europa, o projeto do edifício do Theatro Municipal começou em 1903 e foi entregue à população em 1911, diante de uma multidão de 20 mil pessoas deslumbradas com a iluminação para a época. Afinal, o prédio foi o primeiro a ser totalmente abastecido por energia elétrica. Em mais de 100 anos de história, três grandes reformas preservaram, renovaram e ampliaram o Theatro, que hoje conta com um edifício restaurado.

As rosas não estão só no nome e florescem por todo o jardim, inspirado no paisagismo do Palácio de Versalhes, na França. A Casa das Rosas foi projetada por Ramos de Azevedo em 1930, no final da era da Avenida Paulista dos barões do café. Trata-se de uma mansão em estilo clássico francês com trinta cômodos, edícula, jardins, quadras e pomar. Atualmente, acolhe o Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, um museu dedicado à cultura literária brasileira e que recebe cerca de 190 mil pessoas anualmente.

Avenida Paulista

Falamos brevemente sobre esse espaço que é considerado um dos maiores símbolos da cidade de São Paulo. Localizada onde antes havia uma grande área verde, conhecida como Mata Grande, seu embrião surge no final do século XIX, quando o engenheiro agrônomo uruguaio Joaquim Eugênio de Lima comprou a região e decidiu construir uma grande via para São Paulo. Foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891. De lá para cá, foi palco de momentos históricos como Diretas Já e muitos outros protestos que mobilizaram a sociedade. Agora, além de ser um dos maiores redutos de negócios do mundo, aos domingos, está com as vias abertas ao público como forma de devolver seu uso aos cidadãos.

São Paulo continuará crescendo e abrigando a diversidade de todo o nosso país. Feliz 469 anos, Sampa!

Produzido pela CDI Comunicação

Fotos:

Pinacoteca: Julio Bueno Photography

Theatro Municipal: Pedro Angelini