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Acesso em 18/05/2024 às 04h41.

Lançamento do plano de drenagem de São Paulo

Conselho sedia evento que apresentou ações prioritárias para a capital paulista

29 de agosto de 2022, às 9h54 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), realizou na Sede Angélica do Crea-SP, em 25/08, o lançamento das ações prioritárias do Plano Diretor de Drenagem do município.

O estudo apresentado indica a realização de 56 obras propostas nos Cadernos de Bacias Hidrográficas (CBH) que visam a redução em até 30% da mancha de alagamento da cidade e o aumento da capacidade de reserva de pouco mais de 4,3 mil m³ das águas de chuva. As atividades devem ser iniciadas ainda este ano, com investimento de R$ 4,6 bilhões e previsão de conclusão até 2036, tendo em vista a importância da drenagem para evitar enchentes e deslizamentos.

Para a vice-presidente no exercício da Presidência do Crea-SP, Eng. Lígia Marta Mackey, a oportunidade serviu para reforçar a importância da participação da área tecnológica nas discussões públicas. “As soluções pensadas em conjunto, como as do Plano Diretor de Drenagem, resultam em mais segurança e melhor qualidade de vida para a população”, destacou.

O projeto vai ao encontro do desafio de aumentar, cada vez mais, os recursos empregados nas cidades inteligentes, planejando o espaço urbano para atender à crescente demanda populacional e resolver os problemas sociais de forma inovadora, sempre com o envolvimento de profissionais habilitados e capacitados. Por isso, a participação do Crea-SP e a interação com engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos desse ecossistema.

As ações do plano de drenagem devem mobilizar 26 das 32 subprefeituras. As obras de controle do período de cheias da chuva são concentradas em 32 reservatórios, 14 piscinões, quatro lagoas, diversas canalizações e outras intervenções, como revitalizações e aberturas de córregos, bacia de sedimentações, lâmina de retenção, controle de poluição difusa com fitorremediação (controle de poluição por meio de plantas), biovaletas, terraceamento, poços de infiltração e canteiros pluviais.

“É um plano de metas bastante ousado e temos convicção de que chegaremos lá, pois o intuito é encontrar um equilíbrio para atender as áreas de maior vulnerabilidade”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes, que citou ainda as importantes obras de intervenção na área urbana, como piscinões e recapeamentos, melhorando as questões ambientais e urbanísticas da cidade.

Também foram apresentados o Programa de Obras de Controle de Cheias de São Paulo, com detalhamentos do Plano de Metas, e o Programa de Redução de Alagamentos e Áreas de Risco.

Os benefícios devem ser imediatos, com redução de danos às propriedades e dos riscos de perda humana; escoamento mais rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião das chuvas; eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais e focos de doenças; redução de impactos da chuva ao meio ambiente, como erosões e poluição de rios e lagos; e redução da incidência de doenças de veiculação hídrica.

Secretário da SIURB, o Eng. Marcos Monteiro ressaltou a parceria com o Conselho. “O Crea-SP tem nos apoiado para preparar a cidade para o retorno de chuvas, levando-nos a atuar de forma mais planejada quanto às drenagens, sobretudo para evitar problemas pós-chuvas”, disse.

Participaram ainda o secretário de Urbanismo e Licenciamento, Arq. Marcos Gadelho, e o secretário adjunto de Infraestrutura, Eng. Marcos Garcia. A iniciativa conta com a colaboração da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), da Universidade de São Paulo (USP).

“Acho muito importante essa atuação do Conselho com a SIURB e a Prefeitura, principalmente em se falando de drenagem. Isso reflete na atuação profissional, na qualidade dos serviços do poder público e no bem-estar de toda a população”, finalizou a Eng. Fabiana Albano, conselheira do Crea-SP.

 

Produzido pela CDI Comunicação