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Acesso em 16/05/2024 às 13h09.

Área Tecnológica na Mídia – 12 a 16/06/2023

Confira as notícias do dia

16 de junho de 2023, às 11h30 - Tempo de leitura aproximado: 21 minutos

Área Tecnológica na Mídia


16/06/2023: Ponte rolante


Cody Dock, um local industrial da era vitoriana ao longo do rio Lea, no leste de Londres, está passando por uma grande reforma como parte de um plano mestre para transformar o espaço em um centro criativo. Recentemente, uma nova ponte para pedestres, do arquiteto Thomas Randall-Page, foi construída, e conecta os viajantes através de um canal recentemente inundado. A ponte, chamada “Cody Dock Rolling Bridge”, tem a distinção de ser a primeira de seu tipo a rolar em seu eixo para abrir espaço para os barcos que passam, relata o Blog Canal da Engenharia. Após sete anos de construção, o projeto da travessia foi inspirado nos primeiros mecanismos que podiam ser acionados manualmente. Os dentes da engrenagem envolvem a estrutura e, quando acionada por um conjunto de alavancas manuais, toda a estrutura passa por trilhos nas laterais do canal.

 


15/06/2023: Móveis Aquecedores / Tecnologia contra Seca / Criações da NASA / Navio Elétrico


A Warming Surfaces Company desenvolveu malha fina laminada que pode ser usada em paredes ou móveis para aquecer ambientes em segundos. O novo protótipo criado pela startup finlandesa foi chamado de Halia e nasceu de pesquisas realizadas no VTT da Finlândia, um centro de pesquisa e desenvolvimento de propriedade do governo. Essa tecnologia utiliza elementos de aquecimento de baixa tensão com menos de um milímetro de espessura. Graças a isso, eles podem ser incorporados em praticamente qualquer material, até tecido. Segundo o Olhar Digital, a capacidade de aquecer um espaço quase instantaneamente acontece graças aos seus “píxeis” de calor, que se conectam à unidade central de processamento, ligada à rede ou a bateria para funcionar com energia elétrica. Com algumas conexões com sensores de sistemas residenciais, essa tecnologia pode ser usada para programar diversas temperaturas.

 

Um programa de ações coordenadas de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e transferência de tecnologias pretende mitigar os efeitos da seca na cultura da soja. Desenvolvido pela Embrapa, o programa de Tecnologias para o Enfrentamento da Seca na Soja (Tess) deve ser expandido por meio de parcerias a fim de responder ao problema que vem se agravando nos últimos anos. A iniciativa pretende consolidar redes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de transferência de tecnologias (TT) para ampliar o aporte de inovações e intensificar a adoção de estratégias agronômicas para reduzir os danos da seca nas lavouras. Os cientistas do Tess ainda pretendem elevar os investimentos em edição gênica, fenotipagem e melhoramento genético para acelerar processos de obtenção de cultivares mais tolerantes à seca, assim como promover avanços nas práticas fitotécnicas e de posicionamento agronômico de bioinsumos para tornar as lavouras mais resilientes ao déficit hídrico.

 

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) planeja realizar uma nova missão tripulada na superfície da Lua prevista para acontecer em meados de 2024. Agora, a agência começou a buscar por empresas que construam um veículo para transportar astronautas e realizar experimentos de forma semi-autônoma, mas semelhante aos rovers Perseverance e Curiosity enviados a Marte, revela o Tecmundo. Além de transportar os cientistas, o veículo lunar terrestre (LTV) será desenvolvido para coletar amostras da superfície lunar e realizará análises controladas por operadores remotos. A solicitação de proposta (RFP) foi publicada no dia 26 de maio, mas está disponível para as empresas interessadas até o dia 10 de julho de 2023. Para realizar os experimentos autônomos na superfície da Lua, o LTV será equipado com um braço robótico e outras ferramentas para manter os testes em execução mesmo durante os intervalos das tripulações. Os operadores poderão utilizar remotamente as ferramentas do veículo lunar mesmo na ausência de astronautas na superfície da Lua.

 

A companhia de cruzeiros de aventura Hurtigruten Norway revelou planos para uma embarcação elétrica, com emissões zero e velas retráteis cobertas por painéis solares, que deve estrear em 2030. De acordo com a CEO Hedda Felin, embora venha de uma empresa pequena, a Hurtigruten Norway espera que a inovação “possa inspirar toda o setor marítimo”. O projeto, chamado “Sea Zero”, foi inicialmente anunciado em março de 2022. Desde então, a Hurtigruten Norway, junto de 12 parceiros marítimos e o instituto de pesquisa norueguês SINTEF, vem explorando soluções tecnológicas que podem levar a viagens marítimas livres de emissões. O projeto resultante funcionará predominantemente com baterias de 60 megawatts que podem ser carregadas nos portos. É bom lembrar que até a carga é feita com energia limpa, já que as energias renováveis representam 98% do sistema elétrico da Noruega. Gerry Larsson-Fedde, vice-presidente sênior de operações marítimas da Hurtigruten Norway, o responsável pela ideia de um navio de emissão zero, estima que as baterias terão um alcance de 300 a 350 milhas náuticas, o que significa que, durante uma viagem de ida e volta de 11 dias, a embarcação teria que recarregar cerca de sete ou oito vezes. Para reduzir a dependência das baterias, três velas retráteis sobem para fora do convés quando está ventando, atingindo uma altura máxima de 50 metros, relata a CNN. O VP acrescentou que as velas serão cobertas em um total de 1,5 mil metros quadrados de painéis solares que gerarão energia para recarregar as baterias durante a navegação.

 


14/06/2023: Criação de Hologramas / Experimento Gravitacional / Uso da IA / Robô na Amazônia / Ondas Magnéticas


Quem já assistiu a Star Wars sabe que hologramas – a geração de imagens tridimensionais (3D) com projeção de luz – são um meio de comunicação corriqueiro entre os personagens da franquia. Contudo, ao contrário do que acontece no universo cinematográfico, a projeção de cenas 3D realistas continua a ser um desafio para a comunidade científica. A boa notícia é que um grupo de pesquisadores da Unicamp, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Harvard fez dessa fantasia do cinema algo mais próximo da realidade. Em um artigo que acaba de ser publicado no periódico Nature Photonics, os autores apresentaram uma solução para um dos principais problemas da holografia: a percepção de profundidade, informa o Jornal da Unicamp. Nos métodos holográficos tradicionais, uma cena 3D é gerada ao se enfileirarem várias cenas bidimensionais em planos paralelos ao projetor. Nesse caso, porém, a noção de profundidade é afetada por dois fenômenos que ocorrem com as ondas: a difração e a interferência. Para abordar a questão da profundidade, a equipe das três universidades desenvolveu um novo método holográfico com o uso de um tipo especial de feixe de laser chamado frozen wave (onda congelada), concebido em 2004 por Michel Zamboni Rached, docente da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação resistente aos efeitos da difração e que pode ser bastante concentrado transversalmente, ou seja, ter seu “ponto de luz” em um tamanho muito pequeno.

 

Um experimento focado em melhorar as condições de vida dos astronautas durante as missões espaciais selecionou 12 homens para cumprir a tarefa de ficar dois meses deitados em uma cama. O objetivo do estudo é examinar os principais efeitos da ausência de gravidade, relata o Olhar Digital. Para isso, as camas dos voluntários permanecem inclinadas durante 60 dias, em ângulo de -6 graus – por ser a posição mais próxima da ausência de gravidade. “Entramos na fase exploratória espacial. Estamos realmente tentando ir à Lua e à Marte. Não é ficção. E isso implica voos de longa distância, de dois a três anos”, afirma Audrey Bergouignan, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS). “A exposição à microgravidade tem impacto no conjunto dos sistemas fisiológicos […] e provoca alterações que tentamos entender e prevenir.” Analisando a evolução dos organismos durante o período do estudo, os voluntários são divididos em três grupos: um permanece deitado e faz 30 minutos de bicicleta todos os dias; outro não pratica nenhuma atividade física; e um terceiro é responsável por pedalar em centrífuga humana em movimento. Dependendo dos resultados, essa gravidade artificial poderá ser reproduzida em missões espaciais, e ajudará a resolver possíveis falhas técnicas durante a operação. 

 

A Qatar Airways e o Google fecharam uma parceria para utilizar as soluções de análise de dados e inteligência artificial em nuvem para ampliar a experiência dos passageiros nos voos da companhia aérea, informa a Aeromagazine. O intuito, segundo as partes, é ajudar a trazer um significado mais profundo às informações estruturadas ou não para a transformação digital interna, por meio de análise de dados, além de oferecer ofertas personalizadas de acordo com cada necessidade, tendências e histórico de viagens anteriores. A parceria irá além, explorando o uso de ferramentas de nuvem para otimizar custos e simplificar operações. “Também aproveitaremos (…) para otimizar nossas operações aéreas e aeroportuárias, especialmente nas áreas de inventário de aeronaves, operações de voo em terra e no ar, bem como operações aeroportuárias”, disse A. T. Srinivasan, diretor de informações da Qatar Airways. A companhia faz dois voos diários de Doha (DOH) para São Paulo (GRU), com o Boeing 777-300ER.

 

Batizado de robô mais remoto do mundo por seu fabricante, o YuMi, enviado pela ABB Robótica para a floresta amazônica, será controlado a 12 mil quilômetros, da cidade de Västerås, na Suécia. O projeto é fruto da parceria entre a empresa e a organização norte-americana sem fins lucrativos Junglekeepers. O objetivo é proteger 55 mil acres de floresta e contribuir na reversão do desmatamento, relata a Forbes. Em um laboratório na selva, localizado em uma região remota da Amazônia peruana, um cobot YuMi foi instalado para automatizar tarefas essenciais no processo de plantio de sementes, geralmente um esforço totalmente manual. O cobot cava um buraco no solo, joga a semente, compacta o solo em cima e o marca com uma etiqueta com código de cores. O YuMi permite que os Junglekeepers replantem uma área do tamanho de dois campos de futebol todos os dias em zonas que requerem reflorestamento.

 

“Com o advento da inteligência artificial, o uso da tecnologia de computação aumentou tanto que o consumo de energia ameaça seu desenvolvimento. Uma questão importante é a arquitetura de computação tradicional, que separa processadores e memória. As conversões de sinal envolvidas na movimentação de dados entre diferentes componentes retardam a computação e desperdiçam energia,” diz o professor Dirk Grundler, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça. Essa ineficiência, conhecida como gargalo de Von Neumann, tem feito com que os pesquisadores busquem novas arquiteturas de computação que possam atender melhor às demandas dos megadados. Agora, Grundler e seu colega Korbinian Baumgaertl acreditam ter tropeçado em um “santo graal” que iluminará o caminho a seguir. Com outras intenções, a dupla estava fazendo experimentos com uma pastilha disponível comercialmente do isolador ferrimagnético granada de ítrio-ferro (YIG), sobre a qual eles haviam sobreposto tiras muito finas, em escala nanométrica, de materiais magnéticos. Foi aí que eles perceberam que seus experimentos, que usavam unicamente sinais de radiofrequência, estavam induzindo ondas de spin em frequências específicas, na faixa dos gigahertz. Melhor do que isso, bastava controlar as ondas de rádio para gerar ou reverter a magnetização dos nanoímãs de superfície. “As duas orientações possíveis desses nanoímãs representam os estados magnéticos 0 e 1, o que permite que a informação digital seja codificada e armazenada,” explicou Grundler, informa o site Inovação Tecnológica

 


13/06/2023: Robô Anti-Mosca / Tecnologia de Alimentos / Fibra do Curauá / Gordura por Proteína


Alunos do Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, desenvolveram uma máquina robótica focada em dizimar a mosca-lanterna-pintada – espécie que causa sérios problemas na agricultura. O inseto com formato de mariposa é considerado uma praga invasiva e, entre suas características, estão sua facilidade em reprodução e seu apetite voraz. A resposta dos pesquisadores para controlar a espécie é introduzir várias espécies de vespas no ecossistema do meio do Atlântico para caçar e comer esses insetos. Mas, paralelo a isso, os estudantes de Carnegie Mellon desenvolveram um tipo de máquina robótica programada para caçar e destruir as massas de ovos da mosca-lanterna. Chamada de TartanPest, ela é equipada com um trator elétrico para movimentação e um conjunto de câmeras para passagem. Com essa visão computadorizada, ela consegue estar constantemente em busca de massas de ovos, contendo até 50 ovos de mosca-lanterna. Ao encontrar essas massas, sendo em árvores ou superfícies enferrujadas, a máquina usa seu braço de robô com escova giratória para esfregar os ovos — como um tipo de triturador, explica o Olhar Digital.

 

Os compostos bioativos, presentes principalmente em frutas e hortaliças, exercem diferentes ações biológicas no organismo associadas à promoção da saúde e ao aumento do bem-estar. A eles são atribuídos efeitos antioxidante, antidiabético, antienvelhecimento e anticancerígeno, entre outros. Cientistas vêm estudando maneiras de otimizar a absorção desses compostos no trato digestivo, aumentando sua biodisponibilidade. Uma dessas maneiras é nanoencapsular as substâncias para que sejam liberadas lentamente, resistindo ao processo digestório e à ação das bactérias da microbiota intestinal. É o que vêm fazendo dois cientistas do Departamento de Ciência dos Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) em diversos trabalhos, o mais recente publicado no International Journal of Biological Macromolecules, mostra a Agência FAPESP. “Utilizamos a pectina extraída de resíduos do albedo [a parte branca] e da casca de frutos cítricos, com grau de pureza que permite o consumo alimentício. Elas foram preparadas por métodos que excluem qualquer componente químico prejudicial à saúde humana”, conta João Paulo Fabi, coautor do trabalho e professor da FCF-USP. No artigo de revisão, os cientistas descrevem o uso das pectinas como material para encapsulação de compostos bioativos. Além disso, apresentam uma nova tecnologia desenvolvida pelo grupo. “Formamos um nanocomplexo de pectina com lisozima, substância segura para consumo alimentício extraída da clara do ovo, que dá mais estabilidade ao produto. E, assim, formamos uma rede protetora para um composto bioativo muito sensível: a antocianina”, resume. A metodologia sugerida pela dupla também pode ser usada para encapsular outros compostos bioativos solúveis em água.

 

O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) apresentaram os primeiros resultados do projeto Curauá e lançaram o GT FLORATEX, plataforma inovativa de desenvolvimento e introdução de novas fibras naturais e materiais sustentáveis na indústria brasileira a fim de contribuir com sua transição para uma economia circular e verde. O projeto Curauá, parte da tese de doutorado da pesquisadora Rayana Santiago de Queiroz, tem como objetivo o desenvolvimento de novos materiais a partir da fibra do curauá, com foco no mercado têxtil e de moda. “Já desenvolvemos alguns protótipos e estamos em fase de avaliação dos mesmos. Do ponto de vista da aplicação têxtil, o maior desafio deste projeto é beneficiar a fibra de modo que ela esteja apta para o processo de fiação, obtendo-se um fio de qualidade e características exclusivas”, explica a pesquisadora. O curauá é uma bromélia amazônica, mais concentrada na Região Norte do Brasil e em países como Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guiana Francesa. Especialmente pela sua resistência mecânica, é uma fibra de grande potencial que não demanda solos com alta fertilidade e tem sido amplamente estudada no Brasil em várias aplicações – uma das principais é na produção de materiais compósitos. Porém, no que diz respeito à aplicação na produção têxtil, especialmente em vestuário, o projeto é praticamente inédito no Brasil.

 

Nos anos 2000, as classes de menor renda tinham como um dos principais termômetros para identificar a sua ascensão social o acesso a alguns alimentos: o iogurte era um dos produtos que melhor representava uma melhora na vida das pessoas. Naquele tempo, a composição dos iogurtes era consideravelmente diferente se comparada a algumas opções disponíveis no mercado hoje. Na época, a prioridade era quase exclusivamente sabor, independentemente da questão nutricional. Hoje, o sabor só não basta, é preciso garantir saúde também. Nesse aspecto, tecnologias modernas permitiram enriquecer esse produto. A inserção de proteína em bebidas lácteas tem se beneficiado da evolução do setor de saúde. No setor de alimentação – assim como no de estética – produtos enriquecidos com proteína passam por processos um pouco mais simples de purificação da proteína, o que não é permitido, ao menos no mesmo patamar, no setor de fármacos. Essa tecnologia, que é a de fermentação de precisão, é a mais celebrada no mercado e assim deve seguir durante um tempo. O The Good Food Institute mapeia, atualmente, mais de 130 empresas que trabalham com fermentação, tanto de precisão quanto para obtenção de biomassa e geração de proteína através dessa biomassa. Essa fermentação produz, por exemplo, caseína e soro do leite, substâncias amplamente utilizadas nos novos alimentos, mais ricos, e suplementos alimentares.  Essas soluções podem dar um upgrade considerável na quantidade de proteína de produtos de origem vegetal e, em breve, poderemos ter queijos e semelhantes de origem vegetal muito parecido com os de origem animal, revela matéria da Food Connection.

 


12/06/2023: Avião ‘Transparente’ / Estudo de Meteoritos / Navio de Guerra / Bioinsumo contra Estresse / Computadores com Neurônios / Válvula Cardíaca Sintética


A Airbus, uma das principais empresas de aeronaves do mundo, anunciou que está projetando aviões mais sustentáveis. Uma das características dos novos aviões, segundo o site oficial da empresa, são janelas maiores e um teto transparente, informa a Agência Estado. Para reduzir a pegada de carbono, a empresa afirma que irá investir em processos e ferramentas digitais, como tecnologia de impressão 3D, estruturas biônicas e uma filosofia de design circular. As inovações permitirão um avião mais leve. Isso será possível com o uso de tecidos de base biológica e polímeros reciclados. Em vídeo, a Airbus mostra como seria a cabine dos novos aviões.

 

Fragmentos de asteroides ou corpos celestes maiores, que atravessam a atmosfera, resistem à queima causada pelo atrito com a camada de ar e atingem o solo: esses são os meteoritos. “Eles são fragmentos rochosos ou metálicos. Por outro lado, o meteoro ou estrela cadente é o brilho gerado pela queima desse material com o atrito na atmosfera”, explica o professor Gaston Rojas do Instituto de Geociências da USP, em nota publicada pelo Jornal da USP. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) mostra o impacto de detectores de metal — que contêm ímãs —, muito comuns na caça a meteoritos, em seu conteúdo milenar. O foco foi o meteorito Black Beauty, formalmente chamado de Northwest Africa 7034. De um modo mais geral, os dados fornecidos pelo estudo dos meteoritos trazem respostas – e mais questionamentos – a respeito da formação e origem do Universo, sobre os planetas em si e também sobre a preservação do planeta Terra, pontua o professor: “Os meteoritos, de acordo com o seu tipo, nos trazem evidências únicas da história de formação do sistema solar e dos processos que formaram os planetas, incluindo o nosso. Sobre a importância dos estudos dos meteoritos para a sociedade, de um ponto de vista mais filosófico, podemos citar uma das questões fundamentais da ciência e da humanidade que é: de onde viemos? Ou seja, ao estudar os meteoritos, estamos estudando a nossa história. Por outro lado, as considerações que podemos fazer sobre os corpos do sistema solar nos mostram o quão delicada e ímpar são as condições de habitabilidade do planeta Terra, o que reforça o senso de preservação do planeta.”

 

O maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, da Marinha dos Estados Unidos, foi colocado neste mês sob o comando da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Noruega. O navio e sua tripulação realizarão exercícios de treinamento no mar do país. O Ford é o primeiro porta-aviões norte-americano a visitar a Noruega em 65 anos, de acordo com a Marinha dos EUA. A visita reflete o foco crescente da Otan no Atlântico Norte e no Ártico em meio à tensão com a Rússia, relata o UOL. O navio tem 333 metros de comprimento, 41 metros de largura, pesa 100 mil toneladas e sua velocidade ultrapassa os 30 nós (56 km/h). Carrega até 90 aeronaves (entre caças e helicópteros) e uma tripulação de 4,5 mil militares — com isso, é considerado o maior navio de guerra do mundo. Seu armamento inclui lançadores de mísseis antiaéreos de médio alcance Sea Sparrow Raytheon (ESSM), lançadores de mísseis antiaéreos de curto alcance, sistemas de armas de proximidade e metralhadores Browning M2 de 12,7 mm. De acordo com o site da Marinha dos EUA, também possui usina nuclear, capacidade de gerar quase três vezes a quantidade de energia elétrica, equipamento de parada inovador e avançado e sistema eletromagnético de lançamento de aeronaves.

 

Aumentar a resiliência das plantas, a capacidade de adaptação ao estresse hídrico e a absorção de água. Este são os objetivos principais do bioinsumo Auras, criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nas raízes do mandacaru encontrado solos da Caatinga. O bioinsumo, que já é usado no milho contra o estresse hídrico, é capaz de reduzir as principais consequências de estiagens prolongadas, minimizando riscos à lavoura. No momento, a entidade também testa o produto na soja e feijão. O Auras é resultado de mais de 12 anos de pesquisa, em parceria da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola (Patos de Minas, MG). Segundo a Globo Rural, a solução biológica é o primeiro produto comercial destinado a diminuir os efeitos da falta de água nas plantas. Na Bahia Farm Show, maior feira de tecnologia agrícola do Norte e Nordeste do Brasil, a entidade demonstrou a utilização do Auras pela primeira vez.

 

Pesquisadores da Universidade de Johns Hopkins, nos EUA, estão desenvolvendo estudos sobre a “inteligência organoide” — método revolucionário focado em desenvolver computadores vivos fabricados com neurônios reais, que são produzidos a partir de células-tronco. Os cientistas envolvidos no projeto pretendem desenvolver IAs (inteligências artificiais) mais poderosas e com funcionamento próximo ao da mente humana, e, para isso, estão apostando nos “organoides cerebrais” focados em reproduzir partes do cérebro humano na IA. Segundo o Olhar Digital, os pesquisadores transformaram as células epiteliais (células do sangue) em células-tronco e, em seguida, promoveram a conexão entre elas. A fase seguinte contou com eletrodos instalados em lâminas de laboratório, que registram as atividades desses organoides — e permitem a realização de determinadas ações. Como resultado, os cientistas conseguiram conduzir essas células a realizar algumas ações, como jogar videogame.

 

Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criaram uma válvula cardíaca sintética que pode ser desenvolvida por uma impressora 3D em menos de 10 minutos, oferecendo uma solução mais rápida e eficiente em comparação com as técnicas atuais. Atualmente, a produção do material pode levar meses, o que torna as cirurgias de substituição de válvula cardíaca caras e demoradas. O procedimento é necessário quando as válvulas originais não funcionam corretamente, o que gerar consequências como a interrupção do fluxo de sangue. O equipamento é composto por pequenas partículas de fibras que simulam a forma original. A impressão ocorre graças a uma técnica de impressoras 3D chamada ‘fiação rotativa a jato focada’ (FRJS). O estudo, publicado na revista científica Matter, mostra que a válvula sintética é resistente a bilhões de ciclos de batimentos cardíacos, mantendo sua forma e funcionalidade. A válvula também pode se remodelar, função benéfica para crianças que sofrem com válvulas danificadas e precisam se submeter a várias cirurgias durante a fase de crescimento, devido às mudanças no tamanho do coração, explica a Época.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Edição: Superintendência de Comunicação do Crea-SP