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Acesso em 29/04/2024 às 13h50.

Área Tecnológica na Mídia – 11 a 15/03/2024

Confira as notícias da semana

15 de março de 2024, às 11h00 - Tempo de leitura aproximado: 33 minutos

Área Tecnológica na Mídia


15/03/2024: Soja do Futuro / Semicondutores / Amônia Sustentável / Foguete Starship / IA


A startup de biotecnologia InEditaBio desenvolve uma técnica que permite fazer pequenas mudanças no DNA de plantas para torná-las mais resistentes a pragas e doenças. Criada há dois anos, a startup já recebeu investimentos do fundo Vesper Ventures e da gestora Ecoa Capital, informa Capital Reset. “Conversando com o Vesper Ventures, eu disse a eles que edição genômica é uma baita oportunidade para o país, porque temos conhecimento, pessoas treinadas e bem formadas”, contou o CEO Paulo Arruda, professor aposentado da Unicamp. De olho nas possibilidades do mercado de capitais americano, a startup tem sua matriz nos EUA. Mas as pesquisas acontecem em Florianópolis – dentro da estrutura da Vesper – e o foco é em duas culturas centrais do agronegócio brasileiro: soja e milho. O negócio da InEditaBio é a edição genômica, um conceito que começa a conquistar espaço no agro. “O genoma de todos os organismos é uma sequência de letras, e o arranjo dessas letras ao longo de uma frase é que constitui o que a gente chama de gene. E o conjunto de todas as frases possíveis compreendem o genoma”, explica Arruda. Modificando ou apagando algumas dessas letras, é possível silenciar genes que seriam atacados por um fungo, com o objetivo de diminuir a dependência de pesticidas. Nesse primeiro momento, a InEditaBio quer atacar a ferrugem asiática. A doença, que atinge as plantações de soja, surgiu no Japão no começo do século XX, se alastrou pelo mundo e afeta em cheio o campo brasileiro. A tecnologia da InEditaBio é diferente da transgenia, que envolve o uso de genes de outra espécie. O produto transgênico mais conhecido do mundo, a soja Roundup Ready, da Monsanto, foi modificado com genes de microorganismos que a tornaram resistente ao glifosato, um herbicida. A diferença não é apenas técnica, segundo Arruda. “O custo de colocar um transgênico no mercado fica em torno de US$ 100 milhões. Fazer um material editado está entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões”, pontuou.

Os nanotubos de carbono andam meio esquecidos devido à dificuldade de fabricação em escala industrial. Um dos maiores problemas é a dificuldade de fabricar nanotubos de carbono que sejam semicondutores. Alguns são metálicos, o que significa que os elétrons podem fluir por eles com qualquer energia, o que é bom para a transmissão de eletricidade, mas não para a eletrônica porque não podem ser desligados. Isso limita o uso em eletrônica digital. Francesco Mastrocinque e colegas da Universidade Duke anunciaram ter descoberto um modo de superar esse problema: transformar nanotubos metálicos, que sempre deixam passar corrente, em uma forma que pode ser ligada e desligada, permitindo que o nanotubo funcione como um semicondutor, registra Inovação Tecnológica. “O segredo está em polímeros especiais, substâncias cujas moléculas estão ligadas entre si em longas cadeias, que envolvem o nanotubo em uma espiral ordenada, como enrolar uma fita em volta de um lápis,” disse Mastrocinque. Os pesquisadores demonstraram que, alterando o tipo de polímero que é enrolado em torno do nanotubo, é possível criar novos tipos de nanotubos semicondutores ― eles continuam conduzindo eletricidade, mas somente quando a quantidade certa de energia externa for aplicada. E o efeito é reversível: envolver o nanotubo em um polímero altera as propriedades eletrônicas de condutor para semicondutor, mas se o nanotubo for desembrulhado volta ao estado metálico original.
Empregada em diversos ramos da cadeia produtiva, a amônia é uma das moléculas mais sintetizadas no mundo. O método usual de produção da substância, conhecido como ‘processo de HaberBosch’, demanda alta temperatura e pressão, o que resulta em grande consumo de energia. Estima-se que a produção da amônia seja responsável pelo consumo de 1% a 2% da eletricidade global e por 3% das emissões de dióxido de carbono. Pesquisadores ligados ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) , desenvolveram catalisadores – à base de óxido de ferro e dissulfeto de molibdênio – com o objetivo de fazer a redução eletroquímica do gás nitrogênio (sem a necessidade de alta pressão e temperatura), reporta a Agência Fapesp. Preparados por eletrodeposição, método simples e barato, os catalisadores demonstraram grande eficiência para a produção de amônia, além de estabilidade e durabilidade. Os resultados abrem possibilidades para o emprego de catalisadores simples e baratos na produção de amônia e para a síntese de materiais amorfos, visando a fixação de gás nitrogênio. A pesquisa foi divulgada na revista Electrochimica Acta.

 

A SpaceX realizou na quinta-feira (14) a terceira tentativa de lançar o foguete Starship. O voo foi o mais bem-sucedido do veículo até o momento, durando quase 1 hora. No teste anterior, em novembro de 2023, o foguete havia sido destruído após 4 minutos de voo. O lançamento do foguete foi feito em Boca Chica, no estado norte-americano do Texas, nos Estados Unidos, por volta das 10h25 (horário de Brasília). Pela primeira vez, o foguete gigante conseguiu realizar um retorno à atmosfera da Terra (chamado de reentrada) após passar alguns minutos na órbita do planeta. No retorno, o Starship chegou a ligar os dispositivos que permitem o pouso. Mas pouco tempo depois, a transmissão ao vivo do teste anunciou que o contato com o foguete havia sido perdido. O plano inicial era que o veículo espacial caísse sobre o oceano Índico e fosse recuperado para testes posteriores. De acordo com a CNN, o objetivo da empresa de Elon Musk era coletar dados que contribuam para a missão de levar astronautas à Lua pela Nasa, e, se tudo der certo, permitir que humanos cheguem ao planeta Marte. O Starship é um foguete de 121 metros de altura e 9 metros de diâmetro, considerado o mais poderoso do mundo. Segundo a SpaceX, ele será capaz de transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração.


Da mesma forma que um motorista pode hoje ser avisado de um engarrafamento ou um carro parado no acostamento, em algum tempo notificações poderão pular na tela do smartphone ou do computador de bordo do carro avisando, em tempo real, que um tamanduá, um lobo-guará ou mesmo uma anta estão atravessando a pista. Tudo isso sem que nenhum humano precise necessariamente ver esses animais antes nem acionar comandos para fazer os alertas. Para que algo assim se tornasse realidade, um passo importante era a construção de um modelo de visão computacional que detectasse, automaticamente, animais da fauna brasileira. O sistema foi criado por pesquisadores apoiados pela Fapesp e descrito na revista Scientific Reports. Segundo Rodolfo Ipolito Meneguette, professor do ICMC-USP que orientou o mestrado de Ferrante e também assina o estudo, grupos de outros países já trabalham há algum tempo na detecção da fauna silvestre com o uso de inteligência artificial. Porém, os modelos criados no exterior não dão conta da nossa fauna. Além disso, poucos deles se preocupam com a identificação de animais nas estradas, uma aplicação que exige detecção rápida, num ambiente muitas vezes com condições de visibilidade pouco favoráveis. Para desenvolver a aplicação no contexto das espécies brasileiras, os pesquisadores primeiro reuniram um banco de dados de mamíferos da fauna brasileira ameaçada com mais chances de serem atropelados. Foram reunidas 1.823 fotos, livres de direitos autorais, baixadas da internet. Quando necessário, as imagens foram editadas para retirar “ruídos”, que poderiam atrapalhar a identificação das espécies, ou para fornecer uma diversidade de ângulos que ajudasse na identificação.

 


14/03/2024: Impressoras 3D / Carro Voador / Impressão 3D / Baterias Sólidas/ Carros Elétricos / Acervo Herpetológico


Pesquisadores do Instituto de Química da Unicamp desenvolveram um dispositivo que torna a impressora 3D mais sustentável. A ideia foi elaborar um carretel — rolo com o filamento de material utilizado para imprimir objetos tridimensionais — que permite controlar automaticamente o diâmetro do polímero. Dessa forma, pode ser usado em vários tipos de materiais plásticos e peças que fazem parte da linha de produção, relata o TechTudo. Segundo o pesquisador Diego Campaci de Andrade, o carretel é controlado por meio de um microcontrolador digital comandado por um software. Esse programa é capaz de gerenciar o carretel e acompanhar a velocidade de giro enquanto controla o diâmetro do polímero na extrusora (peça cuja função é empurrar o filamento para ser derretido e formar o objeto) e o mantém de acordo com o programado. O dispositivo permite que a produção dos filamentos seja mais homogênea e que o diâmetro se ajuste ao projetado. Essas alterações são feitas na programação do algoritmo de controle. O dispositivo automatizado pode criar produtos de melhor qualidade e com menos índice de descarte. O professor André Luiz Barboza Formiga frisa que a geração de filamentos com diâmetro constante é fundamental para deixar o processo de impressão 3D mais sustentável. “A extrusora amolece o polímero e depois o puxa para o seu interior, que deve ser o mais homogêneo possível. Se o polímero não estiver dessa forma, podem ocorrer rejeitos. O fio fica ruim e vai ser descartado. Por isso, o controle automatizado do carretel para impressoras 3D contribui para diminuir as perdas”, explicou.


Com quase três mil encomendas e início de operação previsto para 2026, os eVTOLs da Embraer passam por um processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por supervisionar as atividades da aviação civil, registra o g1. A Anac abriu consulta para apresentação de sugestões e ideias que podem integrar a certificação dos ‘carros voadores’ que serão fabricados pela empresa. O EVE-100, da Eve Air Mobility, braço de mobilidade urbana da Embraer, será produzido em Taubaté. Segundo a agência reguladora, são aceitos comentários em relação aos requisitos que devem ser aplicados ao modelo das aeronaves, como peso e centro de gravidade; estruturas utilizadas; características de navegação; contenção contra propagação de incêndios; teste de durabilidade de equipamentos; itens que devem ser incluídos no manual de instalação. A partir dessa consulta, a Anac vai analisar as informações e avaliar quais podem ser incorporadas no regulamento usado nas certificações. De acordo com o engenheiro Fernando Capuano, especialista em aviação, esse tipo de consulta é importante justamente por se tratar de algo novo e que não tem uma regulamentação específica para certificações. “Cada modelo de aeronave precisa seguir critérios internacionais e específicos do país onde são fabricados. Mas com os carros voadores tudo é uma grande novidade. É uma nova categoria. Não existe um conjunto de regras para os eVTOLs e para o EVE-100”, explica.
Grandes fabricantes de automóveis estão investindo bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de baterias sólidas, que podem triplicar a autonomia de carros elétricos. A nova tecnologia tem o potencial de transformar o mercado, destaca o Olhar Digital. Atualmente, um carro elétrico que utiliza uma bateria de íon-lítio da geração atual pode ter uma autonomia de 500 km, dependendo do modelo. Com a tecnologia da bateria sólida, esse alcance pode triplicar a autonomia, chegando a 1.500 km. Além disso, a durabilidade da bateria pode dobrar, passando de 5 mil para 10 mil ciclos. E o tempo de recarga pode ser reduzido drasticamente, de uma hora para apenas oito minutos. A bateria sólida pode ter uma vida útil maior do que a de íon-lítio. Modelos atuais costumam durar 10 anos e o preço de troca pode chegar a até metade do valor do veículo. Especialistas afirmam que a bateria sólida pode ter uma vida útil de até 18 anos, além de ser mais segura.  A expectativa é de que as baterias sólidas cheguem ao mercado a partir de 2027. A Noruega é o país que mais vende carros elétricos e híbridos, proporcionalmente. Em 2022, esses modelos representaram 88% das vendas de veículos. Na China, que é o país que mais produz carros no mundo, as vendas de elétricos ou híbridos representaram 29% das vendas, em 2022. Na Europa, o índice foi de 21%; nos EUA, de 8%. No Brasil, elétricos ou híbridos somaram apenas 1% das vendas de veículos em 2022. Especialistas afirmam que o país tem um desafio maior, por causa da falta de infraestrutura e pela extensão territorial.

 

A Volvo Cars pretende resolver um dos maiores problemas dos carros elétricos: o tempo necessário para recarregar as baterias. Para reduzir essa espera, a fabricante fechou parceria com a startup Breathe Battery, que desenvolveu software capaz de reduzir o tempo de recarga em até 30%, destaca o Automotive Business. A bateria usa a tecnologia de recarga adaptativa que controla a recarga em tempo real e acelera a velocidade de carregamento.”A recarga adaptativa extrai o máximo da bateria no período em que ela é nova, e adapta a recarga de forma dinâmica à medida que a bateria envelhece como forma de protegê-la”, explicou a Breathe Battery em comunicado. A empresa recebeu aporte da Volvo Cars para criar esta nova tecnologia. Segundo a companhia, o software controla o processo de recarga para evitar o risco de galvanização do lítio. Trata-se de um fenômeno que ocorre quando a célula da bateria de íon de lítio é danificada quando submetida a constantes recargas em alta voltagem. Na prática, esse processo pode causar um curto-circuito nas baterias que usam eletrólitos convencionais. A Volvo disse que a tecnologia pode ser integrada aos atuais packs de bateria e não exige o uso de novas matérias-primas. Para a fabricante, o uso dessa novidade criaria a oportunidade de usar um pack menor de baterias, que reduziria os custos de produção do veículo, reduziria o peso do carro e melhoraria a eficiência energética.

 

O Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, iniciou um projeto voltado para o restauro e modernização do acervo herpetológico da instituição, que foi danificado em mais de 80% por um incêndio em maio de 2010. Batizado de Projeto ReCoBra – Recuperação das Coleções Herpetológicas Brasileiras, o programa pretende coletar, tomografar, sequenciar e repatriar digitalmente espécimes de serpentes de toda a América do Sul. Iniciado em 2023, o projeto de pesquisa terá duração de cinco anos e é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelos setores de Estratégia Institucional e Tecnologia da Informação do Instituto Butantan. Entre seus objetivos estão sequenciar o genoma completo de 45 espécies de jararacas (dos gêneros Bothrops e Bothrocophias), que serão coletadas em 44 localidades de 8 países, sequenciar glândulas de veneno das serpentes estudadas e gerar imagens 3D do material restaurado que sobreviveu ao incêndio. Uma rede nacional e internacional de pesquisadores foi criada para a tarefa – o trabalho conjunto vai dar origem a uma plataforma online e de livre acesso, integrando bancos de dados de diversas coleções herpetológicas. De acordo com o curador da Coleção Herpetológica Alphonse Richard Hoge do Butantan, Felipe Grazziotin, “a ideia é possibilitar o acesso à informação desses exemplares através da tomografia computadorizada e da museômica”. Para ele, o maior desafio é reaver o material danificado, já que as moléculas se degradam com o calor e isso torna o sequenciamento mais difícil, informa o gizmodo. A museômica, estudo de dados genômicos obtidos de DNA histórico (hDNA), assim como a tomografia computadorizada, devem facilitar o acesso aos exemplares danificados. Além da microtomografia, também serão utilizadas plataformas de sequenciamento e servidores em clusters — redes de supercomputadores com capacidade para processar grandes volumes de dados em alta velocidade.

 


13/03/2024: Robótica no Petróleo / Monitoramento de Veículos / Impressão 3D / Parque Tecnológico / Jato Hipersônico / Energia Hidrovoltaica


O Centro de Robótica da USP (CRob), com participação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), lidera o projeto Infraestrutura para o Desenvolvimento de Ferramentas Robóticas para Inspeção e Manutenção em Instalações Petrolíferas. A iniciativa tem parceria da Petrobras e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e pretende viabilizar o uso de robôs na execução de tarefas que possam colocar em risco a vida de funcionários que trabalham em instalações petrolíferas onshore e offshore, seja em áreas com risco de explosão ou em espaços confinados e de difícil acesso. “O ambiente de trabalho nesses locais é de alto risco, tendo em vista a presença de líquidos e gases inflamáveis e explosivos”, disse ao Jornal da USP o professor Marcelo Becker, coordenador do CRob. Como parte da infraestrutura para análise em campo, estão sendo adquiridos 40 robôs móveis aéreos e terrestres com diferentes configurações ― robôs andadores, robôs com rodas, robôs híbridos, esféricos e com esteiras. A construção de ambiente cenário modular semelhante ao encontrado em aplicações reais vai permitir a execução de testes experimentais com segurança e com graus crescentes de dificuldade para movimentação e atuação desses robôs. O projeto terá participação de mais de 50 pesquisadores. As linhas de pesquisa envolvidas estão relacionadas ao uso de técnicas de inteligência artificial, controle e navegação para inspeção autônoma com robôs.


A Ford apresentou o Command Center, uma plataforma criada pela Engenharia brasileira para monitoramento da ‘saúde’ dos veículos conectados da Ford América do Sul. A central integra sete sistemas diferentes, como os de manufatura, qualidade e serviços, e com auxílio de inteligência artificial cruza os dados para que decisões sejam tomadas de forma preventiva e rápida, relata Engenharia é. “Todos os dias, o Command Center lê, filtra e cruza 90 milhões de linhas de dados dos mais de 100 mil veículos conectados da Ford no Brasil e na Argentina, e entrega, em poucos cliques, respostas que levariam dois dias de trabalho, manualmente”, afirma Luciano Driemeier, gerente global de Novos Negócios Conectados. A central permite acompanhar os veículos, desde a fabricação até o uso nas ruas. O objetivo é apontar anormalidades antes que se tornem um problema, possibilitando uma reação rápida e preventiva. A inteligência artificial é aliada nesse processo. “Apostamos nos dados dos veículos conectados e na inteligência artificial, que permite que o engenheiro desempenhe funções de maior valor”, pontua. A central foi apresentada durante um evento que marcou o encerramento da segunda turma do Ford <Enter>, programa que capacita pessoas de baixa renda para atuar no mercado de tecnologia. Os alunos criaram no hackathon projetos para melhorar a mobilidade urbana com o uso da conectividade. Cem alunos já foram formados no curso da Ford Brasil e Ford Fund, em parceria com Global Giving e Senai-SP.
Pesquisadores descobriram uma nova técnica de impressão tridimensional sustentável com uso de uma única tinta. A inspiração para o estudo é a mudança de cor dos camaleões, relata o Correio Braziliense. Segundo o autor principal da pesquisa, Sanghyun Jeon, seu grupo sempre foi “fascinado pela cor estrutural que surge da interação das ondas de luz com materiais que possuem estruturas [apropriadas]”. O pesquisador relata que o fenômeno se dá nas penas de alguns pássaros, em conchas, plantas e répteis. O camaleão destaca-se: “Emprega a coloração estrutural para mudar dinamicamente a cor da pele”, diz Jeon. Essa característica de “coloração dinâmica” foi a inspiração para os cientistas desenvolverem a técnica que ajustasse as cores estruturais em tempo real. A partir da compreensão do fenômeno de “mudar dinamicamente”, os pesquisadores buscaram replicar na impressão 3D. A técnica de impressão colorida em 3D com a exploração da cor estrutural é uma ‘alternativa sustentável’ ao comparar com os corantes à base de pigmentos. “O estudo demonstra que um único material pode produzir múltiplas cores, incluindo variações de gradiente”, conta Jeon. Para Fernando Castro Pinto, diretor-adjunto de Tecnologia e Inovação da Escola Politécnica da UFRJ, a impressão 3D pode ser comparada a uma pistola de cola quente. “É como se pegasse a pistola de cola quente e desenhasse a peça camada a camada manualmente. A diferença é que a cola quente possui um bico grosso, enquanto o bocal da impressora tem algo perto de um milímetro de diâmetro”, explica. Segundo Marcelo Zuffo, professor de sistemas eletrônicos da USP, as pesquisas sobre impressão 3D começaram por volta da década de 1960 e as vendas, no fim dos anos 1970. Zuffo diz que houve “proliferação da tecnologia 3D” da década de 1990 a de 2010. Nesse período, as primeiras patentes da técnica venceram e isso colaborou para a massificação do equipamento.

 

O Parque Tecnológico de São Caetano será inaugurado nesta quarta-feira (13). O hub de inovação vai reuninr empresas de diversos segmentos para criar um novo ambiente de negócios. O Parque abrigará inicialmente 20 startups com projetos que serão impulsionados para que o polo possa formar uma geração de empreendedores voltados principalmente à área tecnológica, informa o Repórter Diário. As startups selecionadas participarão do programa de aceleração de seis meses – renováveis por mais 6 meses. O Parque oferecerá oportunidades para startups não residentes. O Parque Tecnológico terá uma arena multiuso no qual promoverá programas de aceleração, rodadas de negócios, hackathons, palestras, capacitação e network, além de contar com parcerias de universidades, agentes de mercado e fundos de investimentos. O projeto está estruturado em três pilares. Conhecimento e Capacitação: as empresas terão acesso a diversos modelos de capacitação para buscarem conhecimento e entregarem resultados efetivos. Foram firmadas parcerias com universidades e entidades que desenvolverão mentorias personalizadas para cada startup; com o Sebrae, que tem um programa para estruturação de planos de negócios, e com o StartSe, um programa de desenvolvimento sobre inovação, tendências e cultura empreendedora. Nessa fase, as startups terão suporte da USCS, do Instituto Mauá de Tecnologia, FIAP, UFABC, ETEC Jorge Street, Fundação Dom Cabral e Senai. O segundo pilar, de Formação do Ecossistema, levará ao Parque algumas das principais empresas do país para proporcionar às startups oportunidades de negócios. Os inscritos se relacionarão com empresas como GM, Shein, Porto, Leroy Merlin, Waze, Mercado Pago, Sodexo, TecBan, OLX e Claro. O último pilar, Fomento de Negócios, foi criado para empoderar negócios mediante parcerias com fundos de investimentos, aceleradoras e programas de acesso a recursos de fomentos municipais, estaduais e federais. As empresas terão apoio da Prefeitura de São Caetano, Governos Estadual e Federal, Finep, Fapesp e Anjos do Brasil.

 

A startup californiana Stratolaunch teve sucesso no primeiro voo do seu jato hipersônico, o Talon-A1. A empresa trabalha para desenvolver uma versão reutilizável deste veículo, que consegue carregar importantes cargas para a ciência em uma velocidade cinco vezes maior que a do som. O Talon-A1 foi lançado no ar pela aeronave Roc, também desenvolvida pela companhia e a maior já produzida no mundo, a mais de 10 mil metros de altitude. “Temos o prazer de anunciar que, além de atingir todos os nossos objetivos e de nossos clientes no voo, chegamos a altas velocidades supersônicas e coletamos muitas informações de grande valor para os nossos clientes”, disse Zachary Krevor, presidente e CEO da Stratolaunch, em um comunicado. A companhia pretende desenvolver suas futuras versões do Talon-A com propulsão de foguete e capacidade de carga variável para chegar a velocidades hipersônicas. A empresa também quer desenvolver um veículo hipersônico maior, o Talon-Z, e uma aeronave espacial, a Black Ice, que poderia levar cargas e, possivelmente, passageiros para a órbita terrestre, descreve a Época.

 

A nova tecnologia de hidrovoltaica desenvolvida por Tarique Anwar e Giulia Tagliabue apresenta avanços significativos em relação à eficiência e à viabilidade prática. Além de otimizar os geradores hidrovoltaicos, a pesquisa visa compreender os processos fundamentais envolvidos na geração de eletricidade a partir da evaporação da água. Uma das principais descobertas é a capacidade dos dispositivos hidrovoltaicos de operar com uma ampla faixa de salinidade da água, incluindo água comum e água do mar. Isso contrasta com a crença anterior de que apenas água altamente purificada poderia ser utilizada para garantir o melhor desempenho. Essa descoberta foi possível graças à utilização de uma nova plataforma altamente controlada, que permitiu quantificar os fenômenos hidrovoltaicos e destacar a importância das interações interfaciais. A técnica de fabricação dos dispositivos também é inovadora. Pela primeira vez em uma aplicação hidrovoltaica, foi utilizada a litografia coloidal de nanoesferas. Isso possibilitou a criação de uma rede hexagonal de nanopilares de silício espaçados com precisão. Os espaços entre os nanopilares foram projetados para proporcionar canais ideais para a evaporação da água. Além disso, esses espaços podem ser ajustados para melhor compreender os efeitos do confinamento do fluido e da área de contato sólido/líquido. Esses avanços não apenas melhoram a eficiência dos geradores hidrovoltaicos, mas também têm várias aplicações práticas. Além da geração de eletricidade, a tecnologia pode ser aplicada na dessalinização da água do mar e na limpeza de águas residuais, ampliando seu potencial impacto em diferentes setores, como energia renovável e tratamento de água, descreve o Inovação Tecnológica.

 


12/03/2024: Comunicação por Luz / IA / Drone Agrícola / Robô-cuidador /  Fintech



A comunicação por luz visível acaba de romper um dos maiores empecilhos à sua adoção em larga escala: a capacidade de operar em qualquer ambiente, mostra o Inovação Tecnológica. Uma nova rede de comunicação totalmente por luz permite uma conectividade perfeita não apenas nos ambientes abertos comuns, como também nos ambientes subaquáticos e até espaciais. Linning Wang e seus colegas da Universidade Nanjing, na China, combinaram diferentes tipos de fontes de luz para garantir a conectividade independentemente do ambiente – já existem lâmpadas especiais que transmitem dados 100 vezes mais rápido que o Wi-Fi, que usa ondas de rádio, mas a ideia é ir além das comunicações por ar aberto. “Esta nova rede sem fio permite conectividade ininterrupta entre ambientes, facilitando a transmissão bidirecional de dados em tempo real entre os nós da rede que realizam a comunicação e a troca de dados intra e inter redes,” disse Wang. “No mundo de hoje, a transmissão de dados é crítica para comunicação, navegação, resposta a emergências, pesquisa e atividades comerciais”. E o sistema é versátil, podendo operar nos modos inteiramente por luz ou por fiação, sendo que os dois modos podem funcionar simultaneamente. “A comunicação totalmente luminosa poderia ser usada em oceanos e lagos, por exemplo, onde sensores coletam dados ecológicos e se comunicam com boias de superfície,” disse Wang. “Os dados poderiam então ser enviados sem fio pela superfície da água ou através de links de transmissão de longa distância entre cidades. A rede também pode se conectar à internet por meio de um modem, garantindo às pessoas que possam estar em um local remoto no oceano, por exemplo, acesso à rede de base para o compartilhamento de informações”.


Um relatório publicado na última quinta-feira (7) pela Ação Climática Contra a Desinformação (CAAD), coligação de grupos ambientalistas, aponta que a inteligência artificial pode aumentar o uso de energia e acelerar a propagação de desinformação climática. Segundo o documento, com operações cada vez mais complexas, a demanda de energia pela inteligência artificial pede a duplicação do número de data centers – o que deve causar um aumento de 80% na emissão de gases do efeito estufa. Além da alta demanda de energia, o relatório ainda faz um alerta para o fortalecimento de discursos negacionistas sobre a crise climática por pessoas e organizações – principalmente nas redes sociais – ocasionado pela IA. Em 2023, o Google lançou um relatório apontando que a IA poderia reduzir em até 10% as emissões globais de carbono até 2030. Porém, apesar do desenvolvimento de ferramentas que apoiam o monitoramento de eventos climáticos diversos, os dados da CAAD trazem um alerta sobre a exigência de eletricidade dessas tecnologias, conclui o Olhar Digital
A startup brasileira Psyche Aerospace realizou no dia 6, em São José dos Campos, o voo inaugural do seu drone pulverizador Harpia P-71. De acordo com o engenheiro Victor Galvão, responsável pela tecnologia e engenharia do projeto, o drone agrícola foi um grande desafio para ser executado. A equipe responsável precisou desenvolver a tecnologia do zero. O Harpia P-71 possui 8 metros de comprimento, autonomia de 10 horas e cobertura de 40 hectares por hora. O processo de desenvolvimento levou seis meses, reporta o Mundo Conectado. “Pelo peso, energia, controle e estrutura, fomos instigados a fazer algo novo. Não existem referências para drones grandes. O que fizemos foi inédito, com todas as variáveis que o projeto de um eVTOL exige, mas com a complexidade e as dimensões maiores do que os modelos convencionais”, frisou. Segundo a Psyche Aerospace, após o voo inaugural bem-sucedido, o modelo vai iniciar novos testes de campo. O objetivo é aprimorar o protótipo, antes de entrar na fase de manufatura em larga escala. A startup possui uma fábrica de 2 mil metros quadrados na Zona Sul de São José dos Campos, local onde são feitos os testes. O objetivo da Psyche Aerospace é ousado: “Nosso caminho é ser o maior drone agrícola de pulverização do mundo e com a maior carga útil de defensivos a serem pulverizados“, comentou João Barbosa, cofundador da startup. O drone agrícola é cada vez mais utilizado no agro para plantios e também em projetos de reflorestamento ambiental, com modelos capazes de plantar árvores dez vezes mais rápido do que humanos.

 

Cientistas da Universidade de York, na Inglaterra, desenvolveram uma máquina que pode ‘imitar’ os movimentos de duas mãos dos profissionais de saúde enquanto vestem um paciente. Até agora, os robôs que fazem essa função trabalham apenas com um braço. Eles são usados, principalmente, nos cuidados de idosos e pessoas com deficiência. O estudo britânico mostra que a inclusão de mais um braço pode fazer grande diferença no conforto dos pacientes, registra Olhar Digital. Jihong Zhu, pesquisador de robótica do Instituto para Autonomia Segura da Universidade de York, se inspirou nos cuidadores profissionais adeptos de uma técnica chamada ‘Hand-under-Hand’. Os cientistas ressaltam que não querem que o robô substitua um profissional da saúde. A máquina seria um auxiliar para desempenhar funções específicas, como ajudar alguém a se vestir. Com isso, o enfermeiro ou cuidador poderá se concentrar em outras atividades em prol do paciente. O robô é dotado de Inteligência Artificial. Jihong Zhu coletou informações com profissionais da área e permitiu que o robô observasse padrões. Com isso, gerou um modelo que praticamente imita os ajudantes humanos realizando suas tarefas. “Adotamos um método chamado aprendizagem por demonstração, o que significa que você não precisa de um especialista para programar um robô, um ser humano só precisa demonstrar o movimento que o robô aprende a ação”, disse o pesquisador. A equipe garantiu que a máquina consegue parar o movimento ao ser tocada pelo paciente ou por comando de voz.

 

A fintech brasileira Bullla estabeleceu uma parceria com a CI&T, especialista global em transformação digital, mirando na inteligência artificial generativa (GEN AI), relata Exame. A empresa, que atua no segmento de crédito e benefícios flexíveis, pretende gerar códigos com 200% mais velocidade e reduzir em até um terço o tempo de testes com automação inteligente. A aplicação que será utilizada é o FLOW, plataforma de GEN AI que permite o desenvolvimento e a publicação ultrarrápidos de softwares. A parceria transforma a Bullla na primeira fintech brasileira a utilizar essa tecnologia para expandir seu núcleo de TI. “Vamos ampliar a adoção de GEN AI na operação, definindo um modelo pioneiro no mercado de entrega de produtos e serviços. Essa evolução começa pela habilitação da hiperprodutividade dos times de produtos e tecnologia, chegando à geração de insights de evolução automáticos pela plataforma através da leitura do perfil de utilização de cada cliente”, afirma Mauro Gomide, vice-presidente de Tecnologia. Paralelamente, a fintech vai migrar sua infraestrutura de TI para o Google Cloud, com o apoio da SantoDigital, especialista em cloud computing. O principal objetivo é acelerar os processos de transformação digital, migrando a plataforma para a nuvem do Google em conjunto com a utilização de ferramentas de GEN AI da CI&T para acelerar a construção dos sistemas core do Bullla.

 


11/03/2024: Selo Verde / Teste de Conexão / Concreto Verde / Realidade Mista



O Governo de São Paulo tem um espaço inédito na edição 2024 do South by Southwest (SXSW), maior evento de inovação do mundo, que começou na sexta-feira (8) vai até o dia 16 em Austin, nos EUA. Alguns painéis debatem ações de preservação e sustentabilidade ambiental no Estado, mas a Casa SP vai além: por meio de uma parceria com a greentech brasileira BMV Global, as atividades serão medidas e seus impactos serão revertidos na conservação da biodiversidade, gerando o Selo de Sustentabilidade BMV Eu Preservo, destaca InvestSP. A Casa SP é um espaço com 1.000 m² e capacidade para receber 5 mil pessoas. Localizado em frente do hangar principal do evento, o espaço tem como objetivo promover São Paulo como o principal polo de inovação e economia criativa da América Latina, além de atrair investimentos estrangeiros. Para receber a certificação, as empresas precisam fornecer aos especialistas do BMV Global dados do evento, como número de pessoas, metragem do local onde vai ocorrer e quantidade de dias. Com essas informações é medido o impacto gerado, por meio de uma base de cálculo que transforma esse efeito em uma moeda, chamada UCS (Unidade de Crédito de Sustentabilidade). Ao adquirir as UCSs, as empresas remuneram aqueles que conservam, as comunidades locais que habitam as regiões e garantem a continuidade da biodiversidade e dos recursos naturais, promovendo a regulação do clima.


A Anatel aprovou a prestação de serviços de telefonia móvel por satélite no Brasil em caráter experimental. A tecnologia é conhecida como Direct-to-Device (D2D) e permite que celulares 4G e 5G funcionem, sem hardware adicional, em áreas que atualmente não têm cobertura móvel, relata o Tecnoblog. Claro e TIM apresentaram um primeiro pedido de interesse no D2D, segundo a agência, e devem realizar testes com a operadora de satélites AST Space Mobile. No D2D, os aparelhos transmitem sinais para satélites de baixa órbita, que o retransmitem a torres de telefonia fixas no solo. Isso é feito usando as mesmas frequências da telefonia móvel, o que garante a compatibilidade com os smartphones atualmente disponíveis. Para autorizar a prestação de serviços em fase experimental, a Anatel usou o ‘Sandbox Regulatório’, mecanismo que suspende temporariamente algumas regras que impedem determinados projetos, desde que haja relevância no desenvolvimento tecnológico e na promoção do acesso às telecomunicações. Para Carlos Baigorri, presidente da agência, o D2D será uma revolução para a conectividade, com “potencial para expandir a cobertura do serviço móvel pessoal em áreas remotas e rurais”. 
A indústria está sempre em busca de alternativas mais sustentáveis para seus materiais. Recentemente, uma equipe de cientistas brasileiros apresentou uma solução inovadora: um concreto verde produzido com fibras de coco e resíduos de mineração da rocha de quartzito, ideal para reforço de blocos, começa matéria do site Engenharia 360. A pesquisa desse novo concreto verde para Engenharia Civil foi desenvolvida pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) em colaboração com outras instituições, além do apoio de importantes órgãos de fomento à pesquisa, como CNPq, Capes e Fapemig. E a equipe foi liderada pela doutora Isabelle Cristine de Carvalho Terra, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Biomateriais. A equipe da UFLA apresentou à comunidade científica a ideia de utilizar para a produção de blocos de concreto resíduos de mineração, especialmente o subproduto “pó” de quartzito, e fibras de coco. Esses materiais ajudaram a reforçar a massa de concreto, embora não tenham melhorado significativamente a sua resistência. Por outro lado, os blocos moldados com esse composto apresentaram menor densidade, favorecendo a construção de edifícios de estruturas leves. Ainda é aguardada uma análise mais detalhada dos materiais e formulação de composições. Já se sabe que a substituição parcial de areia por pó de quartzito e fibras de coco no concreto verde resultou em blocos 25% mais resistentes à compressão, duráveis, com porosidade certa para isolamento térmico e menor condutibilidade térmica.

 

A realidade mista (RM), uma inovação tecnológica que combina elementos da realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA), está transformando o panorama da engenharia e construção. Ao sobrepor informações digitais ao mundo real, a RM permite uma interação sem precedentes com projetos antes mesmo de sua execução física, começa matéria do Blog da Engenharia, que explora como essa tecnologia está revolucionando o planejamento, design e execução de projetos no setor de engenharia e construção, destacando casos de uso práticos que demonstram seu potencial transformador. No estágio de planejamento, a realidade mista oferece uma capacidade única de visualização de projetos em suas localizações reais. Dessa forma, engenheiros e planejadores podem visualizar estruturas complexas, sistemas de ventilação e redes elétricas em escala real e sobrepostas ao terreno, facilitando a identificação de potenciais conflitos ou problemas antes de se tornarem realidade. Isso permite ajustes no projeto em tempo real, economizando tempo e recursos significativos. A colaboração no design de projetos de engenharia é outra área que se beneficia enormemente da realidade mista. Equipes multidisciplinares podem trabalhar juntas em um modelo digital compartilhado, mesmo estando fisicamente distantes. Mudanças no design podem ser visualizadas instantaneamente por todos os membros da equipe, permitindo feedback em tempo real e tomada de decisão ágil. Essa colaboração interativa não só acelera o processo de design mas também aumenta a precisão e a eficiência do projeto. Durante a fase de construção, a realidade mista serve como uma ponte vital entre o modelo digital e a construção física. Os trabalhadores podem ver o design digital sobreposto ao ambiente físico, garantindo que cada elemento seja construído exatamente de acordo com as especificações. Isso é particularmente útil para instalações complexas onde a precisão é crítica, como em sistemas de HVAC, tubulações, ou na instalação de componentes estruturais.

 

Produzido pela CDI Comunicação